sexta-feira, 14 de fevereiro de 2025

Entrevista - Rick "Avenger" Barro: "Na mesma trilha dos gigantes da Guitarra

 

- Olá Rick. Obrigado pela sua gentileza em nos atender. Parabéns pelo lançamento do álbum “Reasons For My Vengeance”, pois o material ficou de primeira…

Olá! Eu que agradeço à Road To Metal pelo espaço e interesse pelo meu trabalho. Será um imenso prazer bater esse papo com vocês e compartilhar um pouco do que faço.

- Como você pode descrever o trabalho na composição deste tipo de sonoridade?

Eu compararia o processo, da composição ao lançamento, ao trabalho de um astronauta em missão solo: você passa por toda uma preparação física, pressão psicológica, encara todo o risco sozinho e, quando finalmente sai da órbita do planeta, está deslumbrado a encantadora visão da Terra e do cosmo, misturando alegria, comoção, solitude, êxtase… Compor um trabalho instrumental é de uma exigência muito maior do que compor uma canção, pois a canção tem a voz como elemento central e a letra como elemento de conexão, enquanto a guitarra terá seu momento de maior complexidade nos solos mas, na música instrumental, sempre está rolando algo com a guitarra em primeiro plano. Manter a eloquência ao elaborar temas e frases que sejam cativantes, não saturar a experiência do ouvinte, mostrar técnica satisfatória com naturalidade e desenhar uma curva emocional envolvente, não é uma tarefa fácil. Por isso foi muito importante ouvir novas referências, checar impressões de amigos e ponderar as observações do meu produtor, Thiago Bianchi.

- Eu escutei o álbum diversas vezes e, só após várias tentativas, consegui captar parte das suas ideias. Os fãs têm sentido este tipo de dificuldade também?

Acredito, pelos feedbacks que tenho recebido, que o álbum seja democrático, pois é capaz de comunicar com um público que não é músico, ao mesmo tempo que apresenta suas contribuições técnicas para outros instrumentistas e conhecedores de música. Há camadas mais discretas e outras mais explícitas de complexidade. Essas impressões podem variar muito, dependendo do background musical do ouvinte.

- Existem planos para uma nova prensagem de “Reasons For My Vengeance” através da MS Metal Records, atual gravadora de vocês?

Espero que sim. O termômetro para isso serão as vendas realizadas. Eu, particularmente, sou adepto das mídias físicas e gostaria até de lançar e outros formatos, mas o filtro da viabilidade passa pela vontade e participação do público.

- Adorei o fato de você trabalhar com o instrumental, mas isso não pode vir a atrapalhar você no mercado internacional? O fato de não ter um cantor, pode deixar o material nichado, concorda?

Depende da ótica. Há muitas pessoas que apreciam música instrumental em todo o mundo e, uma vez que a música possua letra, a mensagem terá que passar pelo filtro do idioma. Na música instrumental não existe esse filtro, e há grandes festivais internacionais para esse tipo de linguagem também. A música instrumental também abre possibilidades de sync, podendo ser incorporada a produções cinematográficas, publicitárias e videogames, o que ajuda a popularizar aa obra.

- Soubemos que você focará o seu trabalho em 2025 em aulas presenciais e online. O que você pode nos falar a respeito destes cursos?

Iniciei 2025 com 28 turmas presenciais e estou testando alguns formatos para o ensino online: mentoria, cursos por módulos, cursos curtos com temas específicos, com suporte ou estudo livre etc. Interessados podem entrar em contato através da minha conta no Instagram (@rickbarrosofficial).

- Quem foi o responsável por assinar a capa do CD? Qual a intenção dela e como ela se conecta com o título?

A capa é assinada por um ilustrador de Sorocaba/SP, Ernst Eskelsen. A imagem ilustra o tema do álbum: Razor, líder da resistência Scorpio Kai,  combatendo os autômatos da Ordem do Eclipse às margens do Império das Máquinas, pela libertação da raça humana. A história de cada uma das músicas pode ser apreciada por aqueles que adquirirem o CD físico. A capa possui diversos easter eggs.

- “Reasons For My Vengeance” foi todo produzido pela equipe do Fusão Studios, confere? Foi satisfatório seguir por este caminho?

Sim, trabalhar com o Thiago Bianchi foi uma das premissas desse álbum, e algo que já tentei viabilizar antes com a banda Scars, durante a produção do álbum “Predatory”. Em “Reasons For My Vengeance” pudemos concretizar isso e o resultado foi muito positivo. Fui muito bem acolhido pelo Thiago, sua esposa Roberta e toda equipe do Fusão: Dougão, Gabriel, Lemon... Falando tecnicamente, as contribuições do Thiago começaram com suas ponderações sobre as músicas desde a composição e arranjo, acompanhamento durante todo processo de gravação, realização da mixagem e masterização comigo ao lado e recrutamento do Lemon Marodin para dirigir os vídeos.

- Imagino que já esteja trabalhando em novas músicas. Se sim, como está se dando o processo e como elas estão soando?

Quando compus E@rth-2 e Deathstalker, percebi que essas músicas seriam a transição entre o Reasons e o próximo álbum, pois foi natural o desejo de partir para afinações mais baixas. No final de 2024 recebi dos parceiros da Blend a SM7, minha primeira guitarra de 7 cordas, que está me possibilitando novos recursos e ideias musicais que ainda não havia explorado mais amplamente. O que venho compondo soa mais pesado, percussivo e técnico que as músicas do álbum atual. Talvez inclua algo das novas composições durante os shows de divulgação do “Reasons For My Vengeance”.

- Novamente parabéns pelo trabalho e vida longa ao mundo da música instrumental... O espaço agora é seu para as suas considerações finais... 

Agradeço, mais uma vez, ao Road To Metal e seus leitores pelo espaço e interesse pelo meu trabalho. Juntos somos mais fortes e essa é a essência do nosso underground! Aproveito para convidar todos a visitarem meu site (rickbarros.com), meu Instagram (@rickbarrosofficial) e a adquirirem o álbum “Reasons For My Vengeance”, que traz em seu encarte a experiência completa do álbum, com transcrição de toda história narrada por cada uma das músicas da obra. Forte abraço a todos. Stay metal!

 

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2025

Cobertura de Show: Fabio Lione – 02/02/2025 – Vip Station/SP

No final da tarde do dia 02 de fevereiro de 2025, a capital paulista recebeu Fabio Lione, a icônica voz das bandas Rhapsody, Visions Divine, Kamelot e Angra no Vip Station com a sua “Epic Tales Tour Brazil 2025”. Produzido pela Caveira Velha Produções em colaboração com a Underground Produções, a turnê finalmente chegava a São Paulo para seu décimo sétimo espetáculo após passar por diversos estados, incluindo Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia e Paraná.

Por volta das 16hrs, as portas do Vip Station se abriram, recebendo um público que, devido a uma repentina mudança climática - da ensolarada manhã para uma chuvosa tarde - chegava lentamente ao local.

Horas antes, pela manhã, a produção do evento havia atualizado suas redes sociais sobre a alteração no horário, inicialmente previsto para um pouco mais tarde, com a abertura da casa programada para às 17 horas. A mudança de plano de última hora e o congestionamento causado pelos alagamentos em função das intensas chuvas da tarde surpreenderam o público.

Por volta das 16h30, o Vip Station estava quase deserto quando a primeira banda convidada, Marenna – originária do Rio Grande do Sul e representando o Hard Rock e AOR –, subiu ao palco. Eles proporcionaram um show à altura, mesmo para um público reduzido. Às 17h30, foi a vez dos cariocas do Innocence Lost, que trouxeram seu Heavy Metal autoral com influências de Power metal e Metal Progressivo para animar aqueles que começavam a chegar.

Um pouco depois das 18h30, a tão esperada Enorion, banda de Power Metal oriunda de Tatuí, subiu ao palco e proporcionou uma apresentação bastante intensa. O grupo é composto por Rafael Bras nos teclados, Felippe Castello nos vocais, Gabriel Oliveira e Christopher "Dragon" Lopes nas guitarras, Thiago Caieiro na bateria e Pablo Guilarducci no baixo. 

Em função de alguns atrasos na troca de bandas, do evidente cansaço da equipe devido à longa turnê e do tempo restrito, o setlist da banda acabou sendo reduzido para apenas quatro faixas: duas originais – “Enorion” e “Time to Understand”– e dois covers – “He-man”, uma música do Trem da Alegria que a banda regravou recentemente e a icônica “Pegasus Fantasy”, tema de abertura do clássico anime Os Cavaleiros do Zodíaco. Apesar dos contratempos, a banda conseguiu oferecer uma performance enérgica para o público presente.

Finalmente, chegou o momento mais aguardado. Já passava um pouco das 20hrs quando as luzes do local se apagaram e a introdução de Lux Triumphans começou a tocar. Com o retorno das luzes, os primeiros acordes de “Dawn of Victory” cortaram o ar de forma intensa, levando o público à euforia, que cantou o refrão em uníssono. Após algumas interações de Fabio com a plateia, a magnífica “Land of Immortals” dominou o ambiente, seguida pela deslumbrante “Winds of Destiny”. Logo depois, o primeiro convidado da noite, Kiko Shred, guitarrista do Viper, subiu ao palco e se juntou aos membros da Enorion, que estavam atuando como banda de apoio para Fabio naquela noite, proporcionando uma apresentação impecável com seus solos impressionantes na envolvente “Holy Thunderforce”, que animou a multidão.

Subsequentemente, Kiko impressionou com sua guitarra em uma performance solo que deixou o público em êxtase. Dando continuidade, as composições “Emerald Sword”, “The Magic of the Wizard’s Dream”, “Wisdom of the Kings” e “Unholy Warcry” destacaram-se em uma execução primorosa. Entre as faixas, Fabio envolvia o público com relatos de eventos e curiosidades de sua era junto ao Rhapsody, promovendo uma interação íntima. Antes de interpretar "Emerald Sword", fez uma observação bem-humorada, mencionando que a banda havia concebido essa canção quase como uma brincadeira, que acabou conquistando o público a ponto de se tornar um clichê, assim como "Carry On" para o Angra. Para concluir o repertório musical do Rhapsody no primeiro ato do setlist durante a apresentação, "Lamento Eroico", "Sea of Fate" e "The Village of the Dwarves" dominaram o ambiente com seu encanto e magia, sendo executadas de forma esplêndida. 

Logo após, Juliana Rossi subiu ao palco ao lado de Fabio, encantando a todos com uma linda interpretação de “Bleeding Heart”. Durante a performance, Fabio também se juntou à apresentação cantando um trecho da versão em português do grupo Calcinha Preta, chamada “Agora Estou Sofrendo”. Na sequência, continuaram com as músicas “Send me an Angel” e “Violet Lonliness”, que foram escolhidas para marcar sua passagem pelo Visions Divine.

Entre as canções, Fabio interagiu com o público, compartilhando algumas histórias engraçadas. Ele ainda cantou um pedaço da famosa “The Call” dos Backstreet Boys, mencionando sua apreciação por outros estilos musicais. Em um momento divertido, brincou com um casal na plateia, expressando seu desejo de presenciar um beijo romântico e confessou que gostaria de estar com sua amada. Para descontrair ainda mais a atmosfera, ofereceu uma pequena aula de vocal de apenas 30 segundos para os presentes.

Em seguida, ele convidou Felippe Castello, o vocalista da Enorion, para se juntar a ele e Juliana na performance da famosa "Time to Say Goodbye" (Con te Partiró), resultando em uma apresentação impressionante do trio. Finalmente, foi a vez de "Forever", uma das notáveis composições do Kamelot, brilhar, seguida pela clássica "Still Loving You" dos Scorpions e "Carrie" da banda Europe. Antes de entoar sua música de encerramento, Fabio rendeu uma homenagem a um amigo ao cantar a capela "Una Furtiva Lacrima". 

Para encerrar a noite de forma esplêndida, após cerca de 22 canções e mais de duas horas de show, "Wasted Years" do Iron Maiden ressoou nas vozes de todos os presentes, acompanhando Fabio e fechando com êxito mais um capítulo da Epic Tales Tour Brazil 2025. 


Texto: Guilherme Freires

Fotos: Anderson Hildebrando (Heavy Metal Online/Metal no Papel)

Edição/Revisão: Gabriel Arruda


Realização: Underground Produções / Caveira Velha Produções


Fabio Lione – setlist: 

Dawn of Victory

Land of Immortals

Wings of Destiny

Holy Thunderforce

Emerald Sword

The Magic of the Wizard's Dream

Wisdom of the Kings

Unholy Warcry

Lamento eroico

The Village of Dwarves

Rebirth

Nova Era

Bleeding Heart / Agora estou sofrendo

Send Me an Angel

Violet Loneliness

Still Loving You (Scorpions cover)

Time to Say Goodbye (Con te partirò) (Andrea Bocelli cover)

Forever (Kamelot cover)

L'elisir d'amore (Gaetano Donizetti cover)  

Carrie (Europe cover)

Wasted Years (Iron Maiden cover)

domingo, 9 de fevereiro de 2025

Cobertura de Show: Nervosa – 30/01/2025 – Gravador Pub/RS

Por: Renato Sanson

Fotos: Vinny Vanoni

Após dois anos de sua mais recente vinda à capital gaúcha, a Nervosa retorna e com grandes novidades ao público. Uma delas é a tour de 15 anos divulgando o seu novo álbum “Jailbreak” e trazendo sua nova formação com Prika assumindo os vocais da banda.

Apresentando também a nova baterista Gabriela Abud e a baixista Emmelie (da banda Sisters of Suffocation, onde é guitarrista) que substitui Hel Pyre nessa tour por problemas pessoais.

Muitas novidades em tão pouco tempo. Se antes a Nervosa tinha tocado no Bar Opinião, agora seria no caldeirão Gravador Pub e sua ótima estrutura, se tornando a nova casa dos bangers gaúchos!

Para a abertura tivemos os australianos do Elm Street, que vem acompanhando a Nervosa nos últimos shows e que grata surpresa! Aquele Heavy Metal clichê do Accept, com algumas pitadas de Thrash e alguma influencia ali e aqui de Judas e Megadeth. O Elm Street fez um showzaço encantando os presentes. Não sendo apenas uma banda de abertura, mas trazendo um arsenal sonoro de primeira!

Uma dupla de guitarras afiadíssima e melodias que grudavam e arrepiavam vocais ásperos que bebe na fonte dos anos 80 e uma linha de baixo e bateria correta e bem variada. Não demorou muito para os bangers estarem grudados no palco e curtindo cada minuto do Elm Street ao vivo.

Com muito carisma e presença, o Elm Street ganhou os fãs e saíram de cena mais do que aplaudidos. Ainda em tempo a som em especial estava fantástico, parecia um CD tocando e tivemos também uma homenagem da banda a Paul Di’anno tocando o clássico “Running Free”. Sensacional!

Não demora muito e a Nervosa vai adentrando em palco para arrumar seus equipamentos, realizar pequenos ajustes para iniciar seu show. É fantástico isso na banda e no Gravador Pub que proporciona essa experiência e vemos ali o quanto às meninas são gente como a gente!

A intro ecoa nas caixas de som e a avalanche sonora se inicia com “Seed of Death” e “Behind the Wall” não é preciso dizer que o publico foi a loucura e as primeiras rodas já se formavam e o caldeirão estava pronto.

Um detalhe em questão é que o som não estava tão bom quanto o do Elm Street, o que prejudicou um pouco a força da apresentação, pois, mal se ouvia os solos da Kotina para quem estava do lado direito. Passava a sensação que em muitos momentos a banda não estava se ouvindo tocando apenas no feeling graças ao entrosamento que já possuem.

Tivemos uma parada técnica para ajustes do som, mas que não resolveu muita coisa, mas o baile seguiu e como era uma comemoração aos 15 anos de estrada Prika (muito aplaudida e referenciada) informou que seria uma festa por toda a discografia da banda, mas é inegável o quanto faixas como “Death!” e “Perpetual Chaos” são festejadas. 

E o que torna isso ainda mais incrível é que são musicas de diferentes fases, onde Prika mostrou se adaptar muito bem e ficar aquela pergunta: “Porque ela não assumiu os vocais antes?”. Após uma enxurrada de riffs Prika elogiou muito o publico gaúcho dizendo que somos um dos melhores do mundo e um dos mais brutais. Não preciso dizer que os berros de “Nervosa, Nervosa...” ecoaram aos quatro cantos da casa.

Ao total foram 18 musicas executadas sendo “Jailbreak” o álbum priorizado e mostrando a nova força da Nervosa, faixas essas que ficaram ainda mais poderosas ao vivo. Mas sem esquecer o passado e suas demais fases, a Nervosa passeou por todo o seu legado agradando gregos e troianos.

Um show enérgico, brutal e rico em carisma. As meninas são a nova força do Thrash nacional e vão levando a bandeira brasileira mundo a fora, doa a quem doer.

Vale mencionar que após o show a Nervosa atendeu todos os seus fãs. Detalhe: a casa estava extremamente lotada e aí você já viu, para bater aquela foto e trocar aquela ideia, tinha que pegar fila (risos). Avante Nervosa! Aguardamos o seu retorno!



quarta-feira, 5 de fevereiro de 2025

Entrevista: Radicitus - Homenagem para Amy Winehouse no pacote da Alternative Music

 

- Olá Lucas. Obrigado pela sua gentileza em nos atender. Parabéns pelo lançamento do Single “Back to Black”, em homenagem à Amy Winehouse, pois o material ficou de primeira...

R: Muito obrigado pelas palavras!

- Como você pode descrever o trabalho na composição deste tipo de sonoridade, que a banda pratica em suas músicas autorais?

R: Na Radicitus, nosso processo de composição é por partes. Então cada membro traz algo, como uma letra, um riff ou uma linha de baixo. Nós pegamos isso tudo e juntamos, é como uma espécie de “colagem”, no melhor sentido que essa palavra tem.

Nada na banda é descartado, nós sempre vamos aproveitar alguma ideia em determinado momento. E claro que todo esse processo é feito baseado nas nossas influências que são o rock alternativo, especialmente o grunge da década de 90, e o rock clássico dos anos 60 e 70.

- Eu escutei os Singles diversas vezes e, só após várias tentativas, conseguir captar parte das suas ideias. Os fãs têm sentido este tipo de dificuldade também?

R: No geral não, os fãs tem absorvido muito as mensagens das canções para si e a nossa intenção é justamente essa, que cada música ressoe diferente e de uma forma única em cada pessoa, para que ela se sinta representada ali naquela letra específica, que aborde um sentimento ou uma situação pela qual esse ouvinte já tenha passado ou esteja passando.

- Existem planos para o lançamento desses Singles através da MS Metal Records, atual gravadora de vocês, todos reunidos em um formato físico?

R: Bom, na Radicitus somos todos aficionados por discos de vinil e CDs, somos ávidos colecionadores e amantes desse universo (risos) então lançamentos nesse formato não são descartados por nós.

Sabemos que, apesar da maior parte das pessoas hoje em dia escutarem música através das plataformas digitais, ainda existe uma parcela considerável de ouvintes que apreciam música em mídia física, especialmente o fã de rock ou heavy metal, então, futuramente, temos planos de lançar algo nosso em mídia física, atendendo esses fãs do universo do vinil e do CD.

- “Peer” é fantástica! Como se deu o seu processo de composição?

R: Muito obrigado! Como eu falei, o processo foi aquela “colagem” que eu abordei no início, mas nessa canção em específico, nós trouxemos influências da música oriental, especificamente da música indiana e da música árabe.

Nós entramos em contato com esse mundo afim de absorver a sonoridade dessa cultura musical tão rica. Pegamos essa linguagem e colocamos em “Peer”, no riff da música, nos interlúdios antes do solo etc, foi bem interessante trabalhar nela.

- Como estão rolando os shows em suporte a estes materiais? A aceitação está sendo positiva?

R: Nós finalizamos a nossa turnê de divulgação do “Morphing” nosso EP de estreia no ano passado, tocamos em diversas cidades incríveis e o público nos recebeu de uma forma maravilhosa, cantando as músicas, pulando e trazendo uma energia contagiante para os shows.

Agora estamos retomando os ensaios e adicionando novos shows para 2025, será um ano de muito trabalho.

- Quem foi o responsável pela arte de capa do Single “Peer”? Qual a intenção dela e como ela se conecta com o título?

R: A capa de “Peer” é uma arte antiga, com um estilo de arte que era muito utilizado das décadas de 1930 até 1950 e é um anúncio sobre a técnica da hipnose. A ideia de utilizar essa arte veio com o tema da letra de “Peer”, que é ilusão, controle sobre alguém, exercer uma influência para que determinada pessoa aja conforme a outra quer. Sabendo disso, a arte com a ideia da hipnose foi uma analogia para conversar com a temática da canção.

- “Peer” e “Back to Black” foram todos produzidos pela banda, confere? Foi satisfatório seguirem por este caminho?

R: Nós tivemos voz ativa durante a produção e participamos do processo, mas “Peer” foi produzida pelo Maurício Cajueiro, que já trabalhou com diversos nomes da música nacional e internacional como: Zélia Duncan, Ivan Lins, Steve Vai, George Benson, Glenn Hughes entre outros.

Já “Back To Black” foi produzida pelo nosso produtor de longa data, Gerson Lima. O Gerson é dono do estúdio no qual nós gravamos todos os nossos materiais de estúdio e ele trabalhou produzindo nosso primeiro EP em 2023 e agora em “Back To Black”. “Peer” foi gravada no estúdio dele, mas foi produzida pelo Cajueiro.

- Imagino que já estejam trabalhando em novas canções. Se sim, como está se dando o processo e como elas estão soando?

R: Sim, estamos trabalhando em novas ideias sim. Tem sido um processo bem interessante de desenvolvimento e elas estão com uma sonoridade agressiva, cortante e bem com a nossa cara.

- Novamente parabéns pelo trabalho e vida longa ao RADICITUS... Agora é o momento das considerações finais de vocês... 

R: Eu agradeço o espaço e aproveito para pedir que os leitores sigam nossa página no Instagram: @radicitusoficial e que vão até as principais plataformas digitais, escutar nossos trabalhos. Estamos no: Spotify, Deezer, Apple Music, Amazon Music, YouTube Music e muitas outras.