
17 de setembro, saiu finalmente o novo Therion. Mais um grande lançamento, aguardadíssimo pelos fãs. 2010 tem sido bem generoso.
Sitra Ahra é o décimo-terceiro trabalho de estúdio da banda Suéca, capitaneada pelo seu criador e mentor Christofer Johnsson e encerra a quadrilogia iniciada com Deggial, seguida por Lemuria e Sirius B.
Mais uma vez a parte lírica foi escrita pelo parceiro inseparável de Cris, Thomas Karlsson e também marca a estréia de um line-up reformulado, já que, segundo o guitarrista e líder, queria explorar novos horizontes e teria que trabalhar com pessoas diferentes das que já vinha trabalhando.
Gostaria de destacar também a voz peculiar e teatral de Snowy Shaw, uma verdadeira "figuraça" do Metal, com uma performance de palco impressionante, mais um vez presente. As vocalistas Linnéa Vikström e Lori Lewis, as quais tem timbres que me agradam bastante e se completam, possuindo a capacidade de variar bastante, fugindo dos líricos tradicionais e a estréia do guitarrista argentino Christian Vidal.

Já nas primeiras audições percebe-se que ali está o Therion que aprendemos a conhecer e admirar, que moldou uma característica, um estilo todo próprio no Metal, algo que só os grandes conseguem, e faz com que se tornem referência.
Com músicas mais sombrias, explorando ainda mais intensamente o trabalho vocal e orquestral, sendo que, faixa por faixa descobrimos várias surpresas no que se refere a instrumentos e sonoridades. Ouça, por exemplo, a faixa Land of Canaan, com seus mais de 10 minutos, uma verdadeira viagem climática e sonora!
Alguns podem sentir falta de mais faixas do estilo Blood of Kingu, mais rápidas e agressivas (tem a curta faixa "Din", que possui vocais guturais e tem um andamento puxado para o Metal mais extremo e "Kali Yuga III", que, talvez, mais se aproxime daquela linha), mas isso não significa que a audição pode se tornar maçante porque o CD é mais homogêneo, mais sobrio, com andamentos mais lentos e orquestrais, pelo contrário, a banda continua fazendo um som intrigante, original e que transmite várias emoções.
Impossível comentar faixa a faixa, pois aí a matéria seria enorme, citarei algumas que se destacaram após a segunda audição, e um álbum do Therion vamos descobrindo após várias audições, então, é complicado, mas lá vai: Introducing:Sitra Ahra, Kings of Edom, Hellequin,Kali Yuga III e Land of Canaan!

Sobre parte lírica sempre foi um ponto extremamente cuidado pela banda e este álbum prometia ser um dos mais, senão o mais sombrio já feito por eles.
Por tocar em temas relacionados a religião, ocultismo e filosofia draconiana, da qual vários membros e colaboradores da banda são seguidores.
Uma das idéias principais da Dragon Rouge (Ordem fundada na Suécia em 89, cujo um dos fundadores é o próprio Thomas Karlson) em grande parte parecida com as teorias da Thelema, é que as pessoas só usam pouco mais de uma fração daquilo que realmente são capazes. Em seus rituais eles tentam supostamente quebrar essas barreiras e revelar esse lado desconhecido. Carl Jung é o mais importante psicólogo para o grupo, sendo a psicologia muito importante para a Ordem.
Temas que sempre despertam opiniões contraditórias, e o Therion, inclusive, é a unica banda de Heavy Metal a ter uma nota de repúdio editado pelo Vaticano (assunto que causou certa polêmica, porém, não dá para se levar a sério o Vaticano, que a toda hora lança seu repúdio ou contestação a alguma coisa, e o tema acabou meio que caindo no esquecimento depois).
Significados de algumas faixas:
Kings of Edom: refere-se à estrela de 11 pontas que sempre aparece nos discos do Therion, que representa o reino qliphótico, os 11 reis que representam as 11 qliphoth da Árvore da Morte;
The Shells Are Open: refere-se às qliphoth novamente, à abertura dos reinos qliphóticos, à iniciação qliphótica;
Cú Chulainn: refere-se ao semideus e guerreiro celta/irlandês, sendo um arquétipo da esfera de Marte;
Din: refere-se à esfera de Geburah, à sephira correspondente à Marte, por vezes traduzida como “julgamento”, “justiça”, “força”;
Sobre a capa de Sitra Ahra, descrevo abaixo um texto do escritor Adiano Monteiro, estudioso de ocultismo:

A Árvore que aparece na ilustração é a Árvore qliphótica, de maneira invertida. A esfera da Árvore que está em primeiro plano é a qlipha Thaumiel (na Árvore da Vida é a sephira Kether). A “flor” que surge da qlipha Thaumiel é uma flor e é uma concha (o que significa “qlipha”); como flor representa o chacra Sunya, que está além do chacra da coroa (Sahashara);
Como concha representa a própria qlipha Thaumiel. Dessa “concha-flor” o que surge é uma pedra bruta conhecida como Diamante Negro, que é uma outra representação do chacra negro Sunya. Sunya é o Vazio que Tudo contém e é chamado também de Olho do Dragão, Olho de Lúcifer e Olho de Shiva, que quando aberto significa a destruição de toda Ilusão do universo manifestado para a assimilação e experiência do Real, e representa também o Pralaya, a dissolução, a Noite em seu sentido metafísico espiritual.
SITE DO ADRIANO
Toda idolatria (através da adoração ou simples menção de nomes de santos ou divindades, que, digamos, ofusquem a luz de Deus) é um portal para a Sitra Ahra, o lado negativo. E através do uso deste tipo de poder tão negativo, duas coisas ocorrem: o mundo é espiritualmente rebaixado e a força vital desta idolatria nutre e vitaliza também a própria pessoa, que então recebe esta força vital como um fluxo que provém das várias câmaras espirituais da sitra ahra!

* Christofer Johnsson – guitar, keyboards
* Christian Vidal - guitar
* Nalle "Grizzly" Påhlsson – bass guitar
* Johan Koleberg – drums
* Thomas Vikström – vocals
* Snowy Shaw – vocals
* Linnéa Vikström – vocals
* Lori Lewis – vocals
* Thomas Karlsson – lyrics
* Thomas Ewerhard – cover artwork
Chaos, Magick, Fire, Death - We call upon thy mighty forces
Chaos, Magick, Fire, Death - We're coming closer Sitra Ahra
Chaos, Magick, Fire, Death - We call upon thy mighty forces
Chaos, Magick, Fire, Death - We're coming, take us SITRA AHRA
SET LIST
01 - Introduction: Sitra Ahra
02 - Kings of Edom
03 - Unguentum Sabbati
04 - Land of Canaan
05 - Hellequin
06 - 2012
07 - Cu Chulainn
08 - Kali Yuga III
09 - The Shells Are Open
10 - Din
11 - Children of The Stone: After The Inquis
SITE DA BANDA
informações sobre a ordem Dragon Rouge, a qual Cris Johnsson pertence
SITE DA ORDEM
Mais Informações do àlbum e Para "test drive auditivo", VEJA AQUI
ENTREVISTA COM THOMAS KARLSSON NESTE SITE
muy bueno sitio!saludos de corrientes..me gusta lo trabajo de los Therion..grácias por la materia
ResponderExcluirgostei da matéria.Não sabia de muitos detalhes, como a ligação dos caras com a sociedade Dragon Rouge.Foram além da música em pouco espaço e com links interessantes.
ResponderExcluirGreat men!
ResponderExcluirTherion é uma das melhores bandas q existe.E depois de ler esta materia acho q vou me juntar a Dragon Rouge.
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