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domingo, 31 de agosto de 2025
Entrevista: Greg Mackintosh fala sobre Ascension e o legado eterno do Paradise Lost
sábado, 30 de agosto de 2025
EPICA: uma música de cada disco para curtir até o show em São Paulo
Com uma discografia que já chega a nove álbuns de estúdio - sem contar discos ao vivo e EPs -, o que não falta ao Epica, uma das maiores bandas de metal sinfônico do mundo, e a maior no geral dos Países Baixos, escolher músicas para um setlist é sempre um desafio. Claro que, em muitos casos, algum álbum vai ficar de fora totalmente, mas sempre há aquela música de cada disco que mais as pessoas querem ouvir. Segue algumas que gostaríamos que fossem tocadas!
The Phantom Agony - Cry for the Moon
É inevitável falar sobre essa canção que é o primeiro grande sucesso da banda, aquela que os alçou ao estrelato no gênero. Também é, em termos gerais, o maior hit da banda até hoje, e está presente em todos os shows, desde o começo até hoje.
Consign to Oblivion - Dance of Fate
Outro grande hit, não é presença constante em todos os shows, mas é uma das mais icônicas músicas da banda. Diferente da maioria das mais famosas canções do Epica, Dance of Fate se aproxima do power metal em sua estrutura, e não tem os vocais guturais de Mark Jansen presentes - algo que, num geral, é uma exceção, não a regra na trajetória da banda.
The Divine Conspiracy - Chasing the Dragon
Uma das músicas mais longas da trajetória da banda, ela acaba sendo encoberta por músicas mais famosas do disco, como Never Enough. Porém, é possível dizer que foi essa canção que pavimentou os rumos que a banda seguiria nos discos subsequentes, com guturais mais fortes, baterias muito rápidas intercalando com momentos mais “balada”. Seria incrível vê-la novamente sendo tocada em shows.
Design Your Universe - Tides of Time
Composta por Coen Janssen, tecladista da banda, é um dos destaques do disco desde seu lançamento, há mais de quinze anos. Se tornou, inclusive, um símbolo da “nova fase” do grupo holandês.
Requiem for the Indifferent - Storm the Sorrow
Esse é, provavelmente, o álbum menos “querido” do Epica entre os fãs, e de forma alguma obteve um sucesso tão grande quanto os anteriores - foi a época, também, que Simone Simons teve cabelos loiros, o que causou estranheza entre seus fervorosos fãs. A canção Storm the Sorrow, porém, foi um dos destaques do disco, e sempre que grande parte dos fãs fala bem desse disco, citam essa canção.
The Quantum Enigma - Unchain Utopia
Mark Jansen acabou ficando conhecido como alguém muito interessado em física quântica, e supostamente estou muito sobre o assunto. Não para menos, usou o tema como base em muitas de suas músicas, e o álbum em questão, um dos mais adorados na fase mais recente da banda, foca especificamente nisso. A faixa Unchain Utopia, a mais curta do disco se tirarmos os interlúdios, foi o cartão de visitas para o que esperar do registro completo, e é presença constante em shows.
The Holographic Principle - Universal Deathsquad
Das canções do Epica, em toda sua carreira, essa é uma das mais pesadas, quase se aproximando do Death Metal! Levando em conta que a banda tocará junto ao Fleshgod Apocalypse em sua turnê brasileira, essa música é uma pedida infalível para agradar todos os presentes no evento, seja para ver os holandeses, quanto para quem quer assistir ao show dos italianos do FGA primariamente.
Omega - Abyss of Time-Countdown to Singularity
A abertura do penúltimo álbum dá a letra: sinfônico, pesado, com ótimos duetos entre Mark Jansen, também compositor da canção, e Simone Simons! O álbum, no geral, segue a linha proposta aqui, que é onde temos a ideia do que esperar.
Aspiral - Apparition
O polêmico último disco do Epica, claro, vai ser o foco do show. Um disco que foca mais no lado progressivo e modernizado da banda, para muitos foi de difícil assimilação; apesar disso, o disco já pode ser considerado um sucesso, e a atual turnê prova isso! Apparition foi tocada pela primeira vez no início de Agosto, e só foi executada duas vezes ao vivo. Porém, como foi assim nos dois últimos shows que a banda fez até o momento, podemos dizer que é uma séria candidata a vermos por aqui; com seus menos de cinco minutos de duração, encaixa perfeitamente no setlist.
O aguardado retorno, após mais de um ano, do Epica ao Brasil, ao lado dos italianos do Fleshgod Apocalypse, acontece no início de Setembro. Confira as informações completas!
SERVIÇO
Data: 14 de setembro de 2025 – domingo
Local: Terra SP
Endereço: Av. Salim Antônio Curiati, 160 – Campo Grande, São Paulo – SP
Horário: 18h
Ingressos:
PISTA – 1o Lote
Meia Entrada / Solidária: R$ 250,00
Inteira: R$ 500,00
PISTA PREMIUM – 1o Lote (Livre acesso ao setor premium em frente ao palco e ao camarote / mezanino)
Meia Entrada / Solidária: R$ 350,00
Inteira: R$ 700,00
CAMAROTE – 1o Lote
Meia Entrada / Solidária: R$ 350,00
Inteira: R$ 700,00
PACOTE VIP / MEET & GREET
É necessário comprar um ingresso separadamente! O PACOTE VIP inclui: • Meet & Greet com o Epica / • Oportunidade de tirar uma foto com a banda / • 1 Camiseta exclusiva do Epica / • 1 Credencial oficial do Epica / • 1 Cordão oficial para a credencial / • Acesso à casa de shows antes do público em geral
Meet & Greet – Camiseta Tamanho P: R$ 600,00
Meet & Greet – Camiseta Tamanho M: R$ 600,00
Meet & Greet – Camiseta Tamanho G: R$ 600,00
Meet & Greet – Camiseta Tamanho GG: R$ 600,00
sexta-feira, 29 de agosto de 2025
Lothlöryen: Uma Jornada Barda e Insana
Por Gabriel Arruda
Décadas se passaram e, até hoje, muitos afirmam que Minas Gerais é a capital do Heavy Metal brasileiro. Afinal, foi de lá que surgiu o maior nome do estilo no mundo, o Sepultura, além de excelentes bandas de death e thrash metal como Overdose, WitchHammer, Sarcófago e outras.
Anos mais tarde, a cena mineira também se tornou um celeiro do Folk Metal nacional, revelando nomes como Tuatha de Danann e Lothlöryen. É justamente esta última que, no próximo mês de setembro, lançará “…Of Bards and Madmen [Reimagined]”, uma releitura do álbum lançado há vinte anos.
Com novos arranjos e letras remodeladas, a obra conduz ao universo bardo, explorado com maestria por Daniel Felipe (vocal), Leko Soares (guitarra e vocal), Leo Ghigiarelli (baixo) e Lucas Bello (orquestrações e vocais). O álbum reúne das dez faixas o inspiradissimas, regadas de orquestrações grandiosas, backing vocals imponentes, passagens acústicas e toda a riqueza sonora que são características do gênero.
Faixas como "Ruins Of Fantasy, "Elfic" e "There And Back Again" — esta última com a participação do talentoso vocalista Raphael Dantas (Ego Absence) — representam bem a proposta, surpreendendo pelo equilíbrio entre peso e toda a abundância sonora citada acima de forma condensada. A sequência com a faixa-título e "Moriality" trazem o poder magnético do Power Metal, com riffs e solos que grudam na memória como cola Super Bonder, além de linhas vocais impactantes e envolventes. "Another Tale" (com leve influência de Avantasia e participação de Shoujy) e "Someday" acrescentam uma boa dose de teatralidade, sendo duas baladas carregadas de emoção.
A produção é outro ponto forte. Mesmo sendo uma regravação, a qualidade impressiona pela clareza e pelo peso. Cada detalhe é audível, especialmente quando se ouve com fones de ouvido, que aproximam o ouvinte da experiência sonora completa.
Mesmo com alguns torcendo o nariz e afirmando que, uma vez concebida uma obra não deve mais ser alterada, muitos — inclusive este que vos escreve — acabam resistindo à ideia. Mas, no caso de …Of Bards and Madmen [Reimagined], a mudança é positiva e abrasiva, pois esta nova versão se mostra ainda mais polida e resistente que a primeira. Então, já deixe sua IPA, sidra ou hidromel à mão, pois este álbum merece ser degustado com cada gole e ouvido atento, assim como toda a experiência que ele oferece.
Entrevista - Dicentra: Cruzando as Linhas do Metal Nacional, Rumo ao Estrelato
- Olá Sandro. Obrigado pela sua gentileza em nos atender. Parabéns pelo lançamento do álbum “Crossing”, pois o material ficou de primeira.
Eu que agradeço o interesse da Road To Metal pelo Dicentra. Todos nós ficamos sempre muito honrados.
- Como você pode descrever o trabalho na composição deste tipo de sonoridade?
Bom, em minha opinião, lançamos um genuíno álbum de Heavy Metal, carregado de influências oitentistas e que procura trazer toda essa essência em cada composição. No caso do “Crossing” nos reunimos duas vezes por semana para compor as canções com nossas influências. Essa junção da vivência de cada integrante ficou bem interessante e os sons foram saindo naturalmente. Temos no “track list” canções com “riffs” pesados e solos marcantes, bem como, as melodiosas baladas que caracterizavam a época. Vocais que variam do “clean” ao rasgado, com a bela contribuição das backing vocals Cintia Paiva e Sissi Maués e, linhas de baixo e bateria bem construídas em cada faixa. No final do álbum apresentamos o Dicentra em uma canção com elementos acústicos chamada “Aluminium”, para tentar mostrar também um pouco da versatilidade das bandas dos 80’. A meu ver ficou um disco bem completo e estamos muito orgulhosos dele.
- Eu escutei o material diversas vezes e, só após várias tentativas, consegui captar parte das suas ideias. Os fãs têm sentido este tipo de dificuldade também?
Acredito que cada pessoa que ouvir o “Crossing” vai interpretá-lo de forma diferente. Isso é mais um fator que deixa o trabalho, no mínimo, curioso. Os temas têm uma forte inclinação para a preservação ambiental, principalmente, a proteção aos animais. Várias canções falam disso em suas letras. Uma mágoa crescente do planeta para com seus algozes humanos também fica bem evidente. Recentemente, lançamos o “lyric video” da canção “Sweet Look” que, deixa claro a ideia da letra e um pouco do tema principal abordado pela banda. Acho que as pessoas que nos acompanham estão curtindo bastante o álbum e, se tiverem dificuldades de entender qualquer canção, podem conversar conosco. Quando eu começo a falar sobre uma letra específica, não quero mais parar. (kkk)
- Existem planos para o lançamento de “Crossing” através da MS Metal Records, atual gravadora de vocês, no formato físico? Tivemos contato até agora, apenas o formato digital.
O álbum foi lançado no formato físico também com o apoio da MS Metal Records e da TerrorZone Produções. Prensamos 400 cópias do “Crossing” e, entre as vendas naturais em shows e eventos, procuramos por uma distribuição que seja viável e que nos traga bons resultados. Seria uma honra enviar uma cópia para a Road To Metal.
- Adorei o fato de trabalharem com o inglês, mas isso não pode vir a atrapalhar vocês no mercado nacional?
O Underground é feito de obstáculos e dificuldades intensas. Desde o início da estrada temos que enfrentar todas as barreiras que surgem e, confesso que, a língua é a menor de todas. Como banda Autoral lutamos muito para que as casas de shows abram espaço para que, simplesmente, possamos mostrar nosso som. Atualmente, os donos de casas de shows preferem as cópias do que os originais, se é que você me entende. Não desmereço o trabalho de ninguém mas, não podem me forçar a reconhecê-los como parte do Underground. Se dermos importância a isso, chegaremos apenas à frustração. Portanto, buscamos fazer nosso som autoral, nos concentramos em melhorar cada vez mais e, aceitamos que, as pessoas que nos acompanham, apesar de poucas, são pessoas fiéis que cantam junto conosco a nossa própria música nos nossos shows. Isso é o pagamento que recebemos por todo o nosso trabalho e, te garanto, é gratificante demais! Como disse, temos que enfrentar problemas bem maiores que a barreira da língua para conquistar o mercado nacional.
- Como estão rolando os shows em suporte ao disco? A aceitação está sendo positiva?
Com certeza. Fizemos o lançamento do álbum na Woodstock Rock Store em São Paulo e foi sensacional. A agenda se estende por algumas cidades do interior como Campinas, Paulinia, Sumaré e Americana, além da participação em alguns “podcasts” e programas de rádio onde lançaremos o disco analisando cada canção. A aceitação do álbum está sendo surpreendente. Muitas pessoas estão entrando em contato conosco para elogiar o trabalho e ressaltar a evolução do Dicentra de um disco para o outro. Muito legal!
- Quem assinou a capa do CD? Qual a intenção dela e como ela se conecta com o título?
Trabalhamos desde o primeiro álbum “Bloody Heart” com a designer Kell Cândido e, se ela quiser, pretendemos trabalhar com ela por muitos e muitos álbuns. Suas sacadas são bem a cara do Dicentra e isso torna o trabalho de construção de artes bem tranquilo e satisfatório. A capa do “Crossing” mostra um mundo destruído e no centro da imagem, um portal para um lugar bem melhor, sem injustiças ou atrocidades, pelo qual, nenhum ser humano será capaz de passar. A letra da canção “Crossing” fala, justamente e de forma poética, dessa suposta passagem entre a vida e a morte. É a tal travessia que, a partir do entendimento da temática da banda, percebe-se impossível para a raça humana.
- “Crossing” foi todo produzido pela banda, confere? Foi satisfatório seguirem por este caminho?
Não foi bem desta forma pois, assim como a Kell no comando das artes, também trabalhamos, desde o “Bloody Heart” com o produtor Fábio Ferreira (Sangrena) no MixMusic Studio em Amparo-SP e, sim, seguiremos por este caminho pois, a nosso ver, está dando muito certo. Apesar da distância que, termos que percorrer para chegar ao estúdio, cerca de 90 km, procuraremos manter o produtor por sua competência e total responsabilidade com os trampos que assina. A troca de ideias que temos durante todo o processo de gravações é fundamental para que a produção fique sempre coesa e satisfatória.
- Imagino que já estejam trabalhando em novas composições. Se sim, como está se dando o processo e como ele está soando?
Sim, já temos cinco novos sons para o próximo álbum. Continuamos nos reunindo duas vezes por semana e, entre uma cerveja e outra (um fardo e outro?), de forma bem descompromissada estamos construindo nosso terceiro álbum de estúdio. Devemos, dessa vez, compor mais faixas que o normal e depois escolher as mais marcantes para compor o álbum. Posso adiantar que as canções estão soando mais diretas e pesadas. Talvez esteja nascendo o disco mais pesado do Dicentra e, em 2026 quando entrarmos no estúdio, vamos colocar toda essa garra e honestidade em mais um álbum.
- Novamente parabéns pelo trabalho e vida longa ao DICENTRA.
Muito obrigado e Vida Longa ao Road To Metal!!!
Entrevista - Tropa de Shock: A Revanche da Mãe Natureza Contra os Abusos da Humanidade
- Olá Don. Obrigado pela sua gentileza em nos atender. Parabéns pelo lançamento do álbum “Four Seasons of Darkness”, pois o material ficou de primeira.
TS - Oi para todos, muito agradecido.
- Como você pode descrever o trabalho na composição deste tipo de sonoridade?
TS - Foi um desafio, pois nesse novo álbum estavamos almejando uma sonoridade mais moderna, acrescentando no nosso estilo elementos do metal mais moderno tipo, trash, nu, death.
Como já tínhamos um rascunho do conceito, fomos misturando estes elementos nas harmonias, hora velozes, hora densas, hora melancólicas, quando as bases ficaram prontas foi a hora das melodias, fui solfejando e sentindo cada uma delas para criar o clima vocal, tendo em mente as poesias, foi um caminho longo mais muito satisfatório para banda.
- Eu escutei o material diversas vezes e, só após várias tentativas, consegui captar parte das suas ideias nesse mais recente trabalho. Os fãs têm sentido este tipo de dificuldade também?
TS - Provavelmente quando sair a HQ do álbum tudo se tornará mais claro, pois é difícil colocar em dez músicas um conceito tão complexo. Aqui está um resumo da estória
"FOUR SEASONS OF DARKNESS"
"O conceito por trás da obra."
O ano era 3099. Gaia descontente com as ações dos humanos que ainda a machucavam, a faziam sangrar, destruindo mares, matas, o ar, a fauna resolveu dar um fim aos humanos que não mais honravam ser seus filhos e se tornaram predadores letais. Gaia então transforma suas quatro estações Primavera, Verão, Outono e Inverno em estações de medo, sombrias e destruidoras tais como os quatro cavaleiros do Apocalipse trazendo guerra, fome, peste e morte)
Primavera – flores secas e frutos podres condenam os seres vivo à fome
Verão – passa a destruir tudo à sua frente por meio do fogo incontrolável
Outono – com o ar contaminado e ventos incessantes traz pestes e doenças aos humanos
Inverno – o próprio leito de morte para todos os pecadores
Desesperados e lutando mais uma vez por sua vida os humanos parecem cair em si e em uma tentativa de apaziguar a ira de Gaia aperfeiçoam mais uma vez uma A.I (I.A) numa solução tecnológica mas que não vem do coração. Será que vão conseguir????
Está é a proposta deste álbum,
uma sonoridade diferente, que alguns ouvintes tem achado bem interessante, mas acreditamos que o álbum irá surpreender muitos ouvintes novos e os fãs mais antigos, por conta das escolhas destes novos elementos musicais.
Nós buscamos nossas referências em sonoridades mais atuais e mesclamos com o nosso estilo,claro sem perder nossa essência.Então entendemos essa dificuldade, espero que o resumo venha clarear ao entendimento da obra.
- Existem planos para o lançamento de “Four Seasons of Darkness” no exterior, no formato físico ou digital? Tivemos contato até agora, apenas o formato digital...
TS - Sim estamos em sintonia com nossa gravadora MS Metal Records, e sim haverá lançamento físico conforme conversamos, incluindo um HQ no estilo da revista Heavy Metal dos anos 80. O trabalho de divulgação apenas começou pois o cd foi lançado no dia 4 de Julho, vamos em frente.
- Adoro o fato de vocês agora usarem as letras em inglês, mas isso nunca chegou a ser barreira para vocês no mercado nacional?
TS - Que bom que lhe agradou, uma breve história para vocês: Nosso primeiro disco foi lançado em vinil no ano de 1990 com o título "Fragmentos", pelo selo BMG Ariola, foi todo em português, trabalhamos muito esse disco, tv, rádios, revista e muitos shows é claro, mas queríamos mais, atingir outros públicos, então resolvemos gravar na língua inglesa que é usada no mundo todo.
O primeiro trabalho foi o álbum intitulado "Angels of Eternity" de 1997, dai pra frente com a ótima aceitação de outros países, continuamos a compor em inglês. Hoje temos o público aqui do nosso Brasil e o público internacional.Veja que bom, da pra atingir todo mundo (risos).
- Como estão rolando os shows em suporte ao disco? A aceitação está sendo positiva?
TS - Estão começando bem.Queremos divulgar muito este novo álbum, para que ele alcance o maior número de pessoas ao redor desse mundo, e para que todos possam refletir sobre o futuro do nosso planeta, sim pretendemos excursionar com certeza no Brasil e exterior com suporte de nossa gravadora MS Metal Records.
- Quem assinou a capa do CD? Qual a intenção dela e como ela se conecta com o título?
TS - Quem assinou a arte fui eu (Don), naturalmente até porque sou eu que tenho criado todos os materiais gráficos e conceitos dos álbuns da banda desde sempre.e com esse não seria diferente.
Dentro do meu conceito, eu queria criar uma arte onde fosse possível visualmente passar uma sensação de solidão e terror ao mesmo tempo, onde Lázarus, com todas as informações fornecidas pelos humanos,se desloca nas profundezas da mente de Gaia, para tentar a redenção para humanidade,os crânios representam os humanos culpados de destruir o planeta, e os pedaços de máquinas a nossa tecnologia usada "erroneamente", num ambiente hostil, sombrio e apocalíptico,criando algo como o Inferno de Dante moderno mental.
- “Four Seasons of Darkness” foi todo produzido pela banda, foi satisfatório seguirem por este caminho?
TS- Sim , escolhemos buscar este caminho para termos mais controle sobre a obra, que queríamos mais agressiva com timbres mais cortantes, que nos distanciasse dos anos 80.
Acrescentamos também efeitos sonoros em alguns tracks para valorizar o conceito as letras, o track mais complicado foi a instrumental "Four Seasons of Darkness - Chapter II", onde temos 6 guitarristas e um tecladista convidados que interpretaram cada um a seu modo uma estação sombria.(a track tem mais de 9 minutos). E foi muito bom porque podíamos fazer qualquer coisa e ver se ia ficar satisfatório pra nós.
- E os planos para médio prazo? Já estão compondo novas coisas? Se sim, como está se dando o processo e como estão soando?
TS - Sim já estamos criando um esboço, estamos criando o conceito que será bem forte,ai vamos partir para as harmonias,acho que vai ser bem impactante, ao meu ver é claro.
- Novamente parabéns pelo trabalho e vida longa ao TROPA DE SHOCK...
TS- Agradecemos muito à vocês pelo espaço cedido e pelo apoio que sempre nos dão,não esqueçam de vir conhecer nosso trabalho em nossas redes sociais e principalmente nosso novo álbum "Four Seasons of Darkness". Up the Tropas...
quinta-feira, 28 de agosto de 2025
Revengin: Symphonic Heavy Metal com Essência Própria
Por Guilherme Freires
A banda carioca de Symphonic Heavy Metal, Revengin, lançou em 11 de abril de 2025 seu segundo álbum de estúdio, intitulado Dark Dogma Embrace. Composto por 10 faixas, o trabalho foi lançado pelo selo italiano Wormhole Death Records.
Produzido, mixado e masterizado pela própria banda, em parceria com Rômulo Pirozzi e Caio Mendonça, no renomado Tellus Studio, conhecido por trabalhos com Onslaught, Ektomorf e Borknagar.
Formada em 2008, a Revengin atualmente conta com Bruna Rocha nos vocais, Thiago Contrera nos vocais guturais e guitarra, Themys Barros na guitarra, Diego Pirozzi no baixo e Nacife Jr na bateria.
Com quase 17 anos de trajetória, a banda já se apresentou na Europa, passando por países como Hungria, Holanda, Eslováquia, Polônia e Alemanha. Sua sonoridade mistura Heavy Metal Tradicional, Metal Extremo e Metal Sinfônico, com influências góticas e vocais inspirados por artistas como Floor Jansen do Nightwish.
"Dark Dogma Embrace" revela uma sonoridade mais madura e conceitual, explorando emoções humanas em uma atmosfera sombria. As letras transmitem essa carga emocional de forma impactante, acompanhadas por uma execução técnica envolvente e poderosa.
A faixa de abertura, "Circle of Mistakes", apresenta bateria marcada, riffs pesados de guitarra, um groove intenso no baixo e uma voz misteriosa. A atmosfera gótica operística é reforçada pelos sintetizadores e pelo vocal lírico nos refrãos.
"Decadent Feeling" inicia com sons sintetizados e um solo de guitarra hipnotizante, acompanhado por uma bateria cadenciada que mantém o peso. A música constrói uma atmosfera plena até seu clímax final, onde bateria e vocal operístico se unem em um dueto impressionante com o vocal gutural.
"Wish You the Same but Worse" destaca-se pela sua estrutura mais encorpada, com sintetizadores criando uma atmosfera dark misteriosa. Os solos de guitarra e o vocal lírico se sobressaem nesse tema.
"Hall of Mirrors" possui bateria bem marcada que se integra organicamente às partes sintetizadas. Os vocais melódicos e guturais alternam com solos de guitarra hipnotizantes e baixo pesado, formando uma atmosfera épica.
"Huntress of Shadows" inicia com uma enxurrada pesada de bateria e baixo marcante. A combinação dos sintetizadores com vocais melódicos e guturais cria um clima épico típico do Symphonic Power Metal.
"No Saints in Glory" apresenta uma pegada mais cadenciada e leve na composição, com bateria marcada e riffs pesados de guitarra. O destaque fica para o dueto entre vocais melódicos e guturais.
"Caught in Dark" traz um ritmo mais alegre de balada, com sintetizadores que criam uma atmosfera envolvente. O vocal impecável e o solo de guitarra chamam atenção.
"Rising Sun" apresenta uma atmosfera misteriosa e sombria, com bateria marcada, baixo pesado e riffs duros. Os sintetizadores aumentam a sensação de crescimento e escuridão na música. Os vocais melódicos e guturais se destacam nesse clima crescente.
"Sublime Awakening" inicia com riffs pesados de guitarra, baixo groove intenso e bateria marcada junto aos sintetizadores. O vocal melódico e o solo de guitarra hipnotizante merecem destaque.
A faixa final, "Deep Within", encerra o álbum com maestria: uma peça instrumental cadenciada, com bateria suave, vocais em coro e solo de guitarra em escala junto aos sintetizadores que criam uma atmosfera épica de encerramento.
Dark Dogma Embrace é um álbum conceitual singular — maduro, técnico e que eleva a banda a um novo patamar dentro do gênero. Cada faixa transmite emoções distintas através das atmosferas dark e misteriosas criadas pelos sequenciadores e sintetizadores.
Recentemente, a banda se apresentou em São Paulo no Arena Galeria em 7 de agosto ao lado das bandas Midgard e Motores Malditos. No dia seguinte, 8 de agosto, tocou na La Iglesia ao lado de Far Beyond Empire e Angelique.
O álbum está disponível em todas as plataformas digitais como YouTube, Spotify e Deezer, além de possuir edição física para compra.