O Stone Temple Pilots é uma banda de rock alternativo formada em 1989, na Califórnia. É uma das bandas de maior sucesso dos anos 90, chegando a vender mais de 40 milhões de álbuns pelo mundo inteiro. E, na quinta-feira do dia 22 de maio, eles se apresentaram em São Paulo no Terra SP.
O show contou com Velvet Chains como banda de abertura. O Velvet Chains foi formado em Las Vegas em 2018, e conta com um som mais voltado ao hard rock. A banda começou seu show no horário, as 20:10, e desde a primeira música era possível ver o clima morno que ia ficar durante toda sua apresentação.
A plateia não estava muito animada durante todo o show do Velvet Chains, apenas gritando quando o vocalista, Chaz Terra, conversava em português com quem estava presente.
A banda chegou a tocar seu novo single, lançado esse mês, chamado “Ghost in the Shell”, e Chaz ainda brincou perguntando se os 5 fãs deles presentes no show já tinham assistido o novo clipe da música.
O momento mais emocionante de todo o show deles foi na última música, quando o guitarrista desceu do palco pra tocar no meio do povo. Mas, mesmo assim, a maior parte das pessoas não ligou muito para a situação. Vale ressaltar que todos os integrantes tinham uma boa presença de palco, não deixando de entregar seu melhor, mesmo com uma plateia meio fraca.
Após o show do Velvet Chains, a casa começou a lotar cada vez mais, enquanto o público aguardava pela atração principal da noite. E, as 21:30, a banda subiu ao palco com a música “Unglued”, do seu segundo álbum, “Purple”. Mas a emoção começou mesmo nas duas músicas seguintes, “Wicked Garden” e “Vasoline”. Também começou o coro de toda a plateia gritando “STP! STP!”, mostrando seu amor pelo grupo, e os recebendo novamente em nosso país.
A banda conta com quase a mesma formação desde o início, com exceção apenas do vocalista. O vocalista original da banda, Scott Weiland, saiu do STP em 2013 e acabou morrendo em 2015 por conta de uma overdose, e desde 2017 quem assume os vocais é o Jeff Gutt. E mesmo com a pressão de ter que cantar as músicas de Weiland para os fãs, ele consegue entregar ótimos vocais com uma enorme presença de palco, chegando a cantar duas músicas na grade, junto com o público, a “Down” e a “Silvergun Superman”.
O set contou, no total, com 17 músicas, que passaram pelos primeiros quatro álbuns do STP, contando com diversos clássicos. Mas é um pouco estranho que mesmo com dois álbuns gravados com Gutt no vocal, não contou com nenhuma música de sua fase com a banda.
Após agitar tudo com “Meatplow”, tocaram “Still Remains” em homenagem ao Scott Weiland. E foi durante a sequência de “Still Remains” e “Big Empty” que vimos os irmãos DeLeo brilharem. Mesmo que tenham sido bem ativos durante todo o show, essas duas em especial mostraram o talento de Robert e Dean no baixo e na guitarra, respectivamente.
Alguns dos maiores destaques seguintes do setlist foram a clássica “Plush”, “Dead & Bloated” e a “última” música, “Trippin’ on a Hole in a Paper Heart”. Mas não demorou 5 minutos pra que voltassem ao palco para tocarem as verdadeiras últimas músicas do set no bis.
A sequência final fez todos presentes no local esquecerem que era uma quinta-feira a noite, simplesmente agitando a casa inteira. Finalizaram o show com “Sex Type Thing”, do “Core”, álbum de estreia da banda, onde Gutt fez um stage dive para finalizar a música e o show.
O STP conseguiu entregar um ótimo show pra alegrar esse fim de mês, que vai ficar na cabeça de todos os que puderam ir por um bom tempo. E mostra que, mesmo sem o Weiland, e que seja impossível achar alguém igual a ele mesmo, conseguiram alguém que tem um enorme respeito por Scott, e que honra o legado dele enquanto mostra seu talento.
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