terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

Entrevista - Mike LePond: Retorno ao Brasil, Heavy Metal tradicional e muitos mais!


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Mais conhecido pelos seus trabalhos no Symphony X, o baixista Mike LePond prova que não respira só Prog Metal, e eu seu primeiro trabalho solo “Mike LePond's Silent Assassin” temos um ótimo Heavy Metal tradicional calcado nos anos 80, com bons toques atuais, o que deixou o resultado final muito interessante.

Conversamos com LePond sobre a concepção do disco, escolha dos músicos e claro Symphony X! Confira nas linhas a seguir e não deixe de conferir este projeto:


Road to Metal: Mike, primeiramente gostaria de agradecer a oportunidade de entrevistar um dos melhores baixistas do mundo! Aproveitando, gostaria que você nos falasse um pouco mais da temática de “Mike LePond's Silent Assassins”.

MLP: Obrigado pela entrevista. Minha grande paixão sempre foi o Heavy Metal tradicional. Era meu sonho lançar um álbum do estilo. Quando o Symphony X estava na turnê do nosso último CD eu tive o tempo necessário para compor as músicas dentro do nosso ônibus.

RtM: A sonoridade em si de seu primeiro trabalho solo soa bem diferente de sua banda o Symphony X, pendendo mais para o lado Tradicional. Como surgiu as ideias para o mesmo?

MLP: A maior parte da música que escrevo se encaixa na estética do Heavy Metal tradicional então ter ideias para ele foi algo realmente fácil. Eu queria fazer um álbum como as bandas da década de 80, mas com a orquestração que é usada nos dias de hoje, pois para mim isso iria criar uma nova sonoridade.


RtM: “Mike LePond's Silent Assassins” foi lançado através de um projeto Crowdfunding, onde os fãs puderam contribuir para que o mesmo ganhasse sua versão física. Como foi essa experiência? Devido à baixa venda de discos que o mercado musical vive essa seria uma opção para o futuro?

MLP: Crowdfunding foi realmente uma ótima experiência para mim. Nos dias de hoje, onde as gravadoras estão falindo, eu acredito que seja uma ótima maneira para as bandas alcançarem seus objetivos. É como se os fãs se tornassem a sua gravadora.

RtM: Claro que não poderíamos ficar sem falar de Symphony X. “Underworld” foi lançado em 2015 e traz a banda mais melódica que de costume. Como está sendo a recepção do mesmo?

MLP: A reação em relação ao “Underworld” foi melhor do que jamais poderíamos sonhar. Nossos fãs simplesmente o amaram e a imprensa nos deu resenhas extremamente positivas. Quando nós escutamos a mixagem final, nós sabíamos que tínhamos algo muito especial para compartilhar com o mundo.


RtM: O ano 2000 marcou a sua entrada para o Symphony X, onde você estreou gravando aquele que é considerado o melhor trabalho da banda, “V: The New Mythology Suite”. Poderia nos falar sobre o processo de gravação do mesmo e alguma curiosidade desta época?

MLP: Quando eu entrei na banda este álbum estava quase todo já composto, então eu tive muito trabalho tentando aprender a tocar este novo material. As gravações duraram 3 longos dias de trabalho, mas quando eu terminei, eu estava muito feliz e orgulhoso do que eu fiz.


RtM: Em “Mike LePond's Silent Assassins” além do baixo você também gravou as guitarras rítmicas, contando com seu companheiro de Symphony X Michael Romeo e Metal Mike (Halford, ex-Sebastian Bach, ex-Testament) nos solos. Como surgiu a ideia de convidar esses dois monstros da guitarra para o disco?

MLP: Quando pensei sobre quem faria os solos de guitarra, eu decidi que queria os melhores que eu pudesse ter e que estivessem perto de onde moro. Metal Mike é um amigo muito querido eu inclusive toquei em seu CD solo então ele ficou muito feliz de ajudar. Quando acrescentei o estilo do Romeo ao dele tudo se complementou de uma maneira bem legal.

RtM: Ainda sobre o line-up de seu álbum solo, Alan Tecchio (Hades, ex-Seven Witches, ex-Watchtower) aparece nos vocais, onde fez um trabalho soberbo, mostrando ser a pessoa certa para o momento em questão. Como se deu a procura do vocalista para o projeto? E o porquê de usar bateria programada no álbum, não foi possível encontrar um baterista?

MLP: Alan tinha todo o poder e habilidades melódicas que eu precisava e além do mais ele é um amigo muito próximo. Ele amou o que eu estava fazendo e ele fez um trabalho fascinante. Eu pedi o Romeo para programar as baterias devido ao nosso orçamento e tempo que estavam curtos para gravar o álbum.


RtM: Você pretende fazer algum show com seu projeto solo? E o Symphony X quando retornará ao Brasil?

MLP: Sim eu gostaria muito de tocar ao vivo com o Silent Assassins, eu apenas preciso coordenar a agenda do projeto com a agenda de turnês do Symphony X. Nossos planos são de tocar em Maio no Brasil com o Symphony X.


Entrevista por: Renato Sanson
Tradução: Guilherme Alvarenga


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