sexta-feira, 23 de maio de 2025

Cobertura de Show: Hibria – 09/05/2025 – Bar Opinião/RS

Por: Vinny Vanoni

Fotos: Vinny Vanoni


O Cara do Metal

Ian Garbinato, mais conhecido como O Cara do Metal, começou a criar conteúdos para Instagram, Youtube, TikTok, dentre outras plataformas em 2020, durante a pandemia, conteúdos estes que englobam coberturas de show, entrevistas e criação de músicas. Considerado hoje como sendo um dos maiores comunicadores do segmento Rock e Metal na internet ao cobrir diversos shows e festivais do gênero, tais como o Rock In Rio de 2022 ao lado de Supla e a convite do TikTok e o KnotFest, além de ter sido parceiro na divulgação do lineup do Mosnters of Rock de 2023, e de já ter entrevistado algumas das maiores feras do Rock e Metal tanto nacionais quanto internacionais.

E com a banda O Cara do Metal, não deixa de ser menos bem sucedido... Com um lineup recheado de talentos como Luana Cruz nos vocais femininos e que além de mandar bem nos gritedos é a maior influenciadora de Metal feminino do Brasil, o baixista Gabriel Martens e o baterista Diego Marinho e do próprio Ian nos vocais principais e na guitarra. Porém, não para por ai, devido as temáticas diversas, e atuais, inseridas nas letras das músicas em português, como por exemplo, cancelamento digital, empoderamento das mulheres headbangers, narrativas de contos de religiões, uma música criada junto com fãs no TikTok e um Metal em inglês que contou com a participação do baterista Aquiles Priester (Ex-Angra), O Cara do Metal já foi convidado pelo festival Samsung Best of Blues and Rock para abrir o show de Joe Perry, guitarrista da lendária banda Aerosmith, para mais de 6 mil pessoas e já realizou seu próprio festival. 

Com toda essa qualidade, O Cara do Metal foi uma das duas bandas de abertura, sim meus amigos, DUAS bandas de abertura para o Hibria em sua turnê de aniversário dos 20 anos de lançamento, e nascimento, do álbum “Defying the Rules”! E não fizeram feio não, conseguiram animar o público do Bar Opinião em Porto Alegre a tal ponto, que havia pessoas pulando no ar durante as rodas punk. Sensacional.

Phornax

Seguindo a comemoração em forma de espetáculo sonoro, a banda gaúcha Phornax sobe ao palco para animar ainda mais o público. Saindo de um hiato de 10, 11 anos, logo após o lançamento de seu primeiro EP “Silent War”em 2012, a banda formada em 2009 por Cristiano Poschi (vocal) e Maurício Dariva (bateria), seguidos logo após a entrada de Deivid Moraes (guitarra), a banda de Heavy/Power Metal conta com duas novas adições que além de terem sido muito bem recebidas pelo público, são duas figuras já bem conhecidas no cenário gaúcho.

Sfinge Lima, um dos mais consagrados baixistas do cenário Rock e Metal de Porto Alegre, ex-integrante de uma das bandas que ajudaram a pavimentar e consolidar o Heavy Metal dentro não só no Rio Grande do Sul, mas no Brasil, (a Crossfire), também tendo integrado o projeto Le Bizarro e ter feito parte da banda Metal Warhead, obviamente no baixo elétrico (esperavam o que? Que ele fosse tocar gaita de boca?) e outra figura de igual peso, Eduardo Martinez na guitarra. Martinez que também não é pouco conhecido na cena gaúcha, participou das bandas Panic e Hangar, onde contribuiu ativamente com linhas de guitarra sensacionais, elevando o nível musical das duas bandas.

E como era de se esperar, e superar expectativas, a Phornax arrasou no show, tocando com maestria as músicas do EP que inclusive dá nome à turnê de retorno da banda, “Silent War Tour”, além de outras que estão para serem lançadas, com diversos shows Brasil afora inclusive com agenda para abrir shows para Tim “Ripper” Owens, Kiko Loureiro, Edu Falaschi e MasterPlan!  Sejam muito bem vindos de volta e que seu retorno seja tão espetacular quanto suas músicas!


Hibria:

Ao final do show de retorno da Phornax, o momento que os fãs que ocupavam a totalidade do Opinião estavam esperando, ansiando e desejando com todas as forças de cada fibra de seu ser. O Hibria sobe ao palco para tocar na íntegra as músicas de um de seus álbuns mais consagrados, senão o mais consagrado, tanto pelos fãs, quanto pela mídia especializada. “Defying the Rules”. Contando com uma nova formação, a banda formada em 1996 e completando 30 anos de existência no ano que vem 2026, mostrou o porquê de ainda continuar na ativa e com qualidade e fôlego renovados, a banda conta no seu lineup integrantes de altíssima qualidade e técnica.

Com Abel Camargo, único integrante original a permanecer, na guitarra principal (solo) e Vicente “Velles” Telles na guitarra de apoio/solo, William Schuck (bateria), Ângelo Parisotto (Vocal) e Tiago Assis (baixo) vieram para complementar e elevar o nível da musicalidade, que sempre foi sensacional e agora está ainda mais! Iniciando com a música que os fez alcançar sucesso e reconhecimento nacional e internacional “Steel Lord on Wheels”, o Hibria arrebentou do início ao fim, relembrando aos fãs mais antigos e com dores nas pernas e costas como eu, e mostrando aos novos que ainda não chegaram em sua fase “crocante” a razão fundamental e primordial de ainda serem uma das maiores bandas de Heavy e Power Metal não só do Brasil, mas do mundo.

Tocando “Defying the Rules”em sua totalidade, o público foi a loucura, cantando junto, pulando, bangeando até quebrarem o pescoço (inclusive acho que alguém quebrou mesmo de tanto girar a cabeça como se fosse a hélice de um helicóptero) e perderem a voz ao acompanharem do início ao fim o novo vocalista que simplesmente arrebentou nos vocais, não deixando absolutamente nada a desejar e provando ao vivo que conseguirá tanto honrar o legado que Sanson e Emeka construíram, quanto contribuir ativamente com os futuros projetos da banda. O show ainda contou com mais uma surpresa e um grande presente para os fãs mais antigos, a participação especial durante a penúltima música do baixista original do Hibria, o grande não só em habilidade, técnica e talento, mas também em altura, Marco Panichi!

Esse foi um dos ápices para mim, que estava fotografando e ainda fazendo anotações para escrever esta matéria. Ao invés de sair do palco para dar lugar à Panichi, Assis continuou no palco e os dois tocaram JUNTOS, ao mesmo tempo as linhas da música. GURIZADINHA DO MAL! Imagino que eu e grande parte do público quase tivemos um ataque cardíaco. JURO! Se o público estava quase colocando o Opinião abaixo antes, nessa hora eu tenho certeza, fecharam para reformas estruturais! Esse foi um dos acontecimentos mais sensacionais que já presenciei em um show! Tocando juntos, ao mesmo tempo sem errar uma nota e com um toque a mais, Panichi simplesmente não parava no palco! Jogava o baixo para cima, dava voltas no corpo, girava, pulava, interagia com o público.

MEUS SENHORES, SENHORAS, JOVENS, RAPAZES E SENHORITAS!

Chegou um momento em que eu estava alucinado na frente do palco fotografando. Eu estava assistindo ao vivo o filho baixista de Axl Rose com Bruce Dickinson indo de um lado para o outro no palco, sem parar nem para respirar, enquanto destruía as linhas de baixo de uma música que nem lembro o nome, de tão vidrado que eu estava. Foi simplesmente... Não há palavras para descrever o que eu e todos que estavam no local estávamos presenciando. Se alguém tinha alguma dúvida de que o Hibria iria conseguir manter a qualidade de sempre, ela foi obliterada com esse show. O Hibria com a nova formação está melhor do que nunca e provou que irá continuar “desafiando as regras” por mais 30 anos!

 

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