quinta-feira, 24 de julho de 2025

Entrevista - Vox Mortem: Thrash Metal forte e direto, como deve ser.

 

- Olá Leone e Esaú. Obrigado pela sua gentileza em nos atender. Parabéns pelo lançamento do álbum “Duality”, pois o material ficou de primeira... Como você pode descrever o trabalho na composição deste tipo de sonoridade?

Esaú: Olá, agradeço a oportunidade de comentar sobre o trabalho. Bom, podemos dizer que Duality apresenta uma maturidade alcançada no som do Vox Mortem, hoje podemos dizer q achamos definitivamente a formula Vox Mortem de soar, o disco está coeso, as musicas estão bem distintas dentro da proposta que é fazer um Thrash Metal forte e direto, procurei usar o melhor das minhas influencias musicais da forma que individualmente penso como compositor e vi nitidamente que meus companheiros também tiveram isso como prioridade e isso na minha opinião contribuiu pra solidificar o disco e faze-lo soar como Vox Mortem.

- Eu escutei o material diversas vezes e, só após várias tentativas, consegui captar parte das suas ideias. Os fãs têm sentido este tipo de dificuldade também?

Leone: Usamos este disco para explorar novos horizontes, tanto musicalmente quanto nas temáticas de nossas letras. Como o nome do álbum diz, exploramos a dualidade e as múltiplas interpretações que podem existir tanto do nosso som – que é thrash metal com influências de vários outros estilos, do death metal ao hardcore – quanto nas temáticas de nossas letras. É natural, e esperado, que, ao aumentarmos a complexidade e a pluralidade, muitas ideias não sejam absorvidas de imediato. Mas não há mistério: a maioria das músicas usa a fé e a religiosidade como ferramenta metafórica para falar dos desafios cotidianos dos seres humanos: ser um trabalhador subjugado, não estar nem à direita nem à esquerda, mas embaixo dos poderosos, nossa hipocrisia em propagar fé enquanto buscamos hedonismo, o quanto somos autocentrados e encaramos altruísmo como ingenuidade, e muitas outras ideias.

- Existem planos para o lançamento de “Duality” através da MS Metal Records, atual gravadora de vocês, no formato físico? 

Leone: Sim, o lançamento físico já esta em trabalho de impressão

- Adorei o fato de trabalharem com o inglês, mas isso não pode vir a atrapalhar vocês no mercado nacional?

Esaú: Então, nos trabalhos anteriores tivemos composições em português as quais gostamos muito, Duality teve ideias de letras em português também, só que compartilhamos da opinião de que devemos fazer o que a música pede, chegamos até a gravar uma versão em português de uma musica do Duality, ao final achamos que a musica ficou boa nas duas versões mas se saiu melhor em inglês, ficou guardada a versão em português para um lançamento futuro (é uma surpresa rs). Quanto ao mercado nacional, acredito que muitas pessoas que ouvem metal hoje conseguem entender basicamente do que fala uma letra ao lerem mesmo estando em inglês, claro, importante dizer q não desistimos de compor na nossa língua, pode ter certeza que virão composições em português ainda.

- Como estão rolando os shows em suporte ao disco? A aceitação está sendo positiva?

Leone: Estamos em fase de montagem do nosso novo show e começaremos a divulgar o álbum a partir de 24 de agosto, no tradicional evento Aliança Negra no Rio de Janeiro. 

- Quem assinou a capa do CD? Qual a intenção dela e como ela se conecta com o título?

Esaú: Criei o conceito artistico da capa, nós, seres humanos fatalmente precisamos lidar com as dualidades que permeam nossas vidas, apesar que pessoalmente acho que nem sempre tudo é uma dualidade admito que há coisas que são, a capa pode representar a vida e a morte, como tambem o conceito figurativo do mal e do bem que habita em cada um de nós, conecta-se tambem com o que fala a letra da música, do “apagar fogo com acido” (fazer o mal acreditando que se faz o bem), do “se apegar a paz divertido-se com corpos multilados”, são versos da letra.

- “Duality” foi todo produzido pela banda, confere? Foi satisfatório seguirem por este caminho?

Esaú: Nós sempre trabalhamos muito unidos em tudo que fazemos, como uma familia mesmo, o disco principalmente não foi diferente, temos o Marco Anvito do Hicsos que nos ajuda muito na produção, é um co-produtor, é um amigo querido e um cara que é da nossa familia, isso nos da liberdade de conversar e propor sempre as coisas sem nenhum tipo de amarra e total liberdade, esse ponto tem nos deixado muito satisfeitos com o resultado final da produção

- Imagino que já estejam trabalhando em novas composições. Se sim, como está se dando o processo e como ele está soando?

Esaú: As composições no Vox Mortem fluem como a agua de um rio rsrs, tenho varias ideias e riffs já prontos esperando serem concretizados, como em Duality da praperceber, flertamos muitas vezes com o death metal pq temos muita influencia dele, então nuncaabandonaremos o Thrash Metal, nossa essencia, mas virão sempre passagens e coisas de death metal ainda mais nos lançamentos futuros, somando as ideias de meus companheiros pode ter certeza que a tendencia é estarmos mais viscerais e as musicas estarem cada vez mais soando como o Rafael diz no inicio dos nossos shows: semeando o caos e a desordem rsrsrs

- Novamente parabéns pelo trabalho e vida longa ao VOX MORTEM...  

Leone e Esaú: Mais uma vez agradecemos muito a oportunidade e Salve Metal!!!


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