Diretamente de Salvador, Bahia, a Psychotic Apes vem conquistando espaço no cenário do metal nacional com uma sonoridade que passeia entre o doom, sludge e metal alternativo, carregada de peso, experimentação e atmosferas intensas.
Formada com a proposta de unir agressividade e emoção, a banda tem se destacado pela autenticidade de suas composições e pela energia de suas apresentações, trazendo letras que abordam reflexões existenciais, críticas sociais e sentimentos sombrios.
Com essa identidade única, os baianos consolidam-se como um dos nomes mais promissores da cena pesada, abrindo caminho para novos voos dentro e fora do underground. Confira o papo com a banda, que falou mais a respeito do seu mais recente trabalho.
- Olá Ramiro. Obrigado pela sua gentileza em nos atender. Parabéns pelo lançamento do álbum “Marakatus”, pois o material ficou de primeira...
R – Nós é que agradecemos, é um prazer falar com vocês.
- Como você pode descrever o trabalho na composição deste tipo de sonoridade?
R - Esse álbum levou mais tempo que os anteriores para ficar pronto. No processo, tivemos uma maior participação dos membros da banda, todos contribuíram com ideias para a estrutura das músicas etc.
Em geral, eu componho uma base harmônica, junto com as melodias, as letras e um esqueleto inicial. Daí, levamos ao estúdio nos ensaios, para ver o que está funcionando e o que precisa melhorar. Nessas sessões, com toda a banda reunida, as versões finais dos arranjos são definidas.
- Creio que é preciso algumas audições para captar por completo a proposta da banda, você sente que o público às vezes tem uma dificuldade inicial ?
R – Essa dificuldade é explicável ante a profusão de influências que existe no nosso som. Temos uma base de metal/hard rock e sobre ela muitas camadas que vão desde rock alternativo até música regional brasileira. É preciso mesmo algumas audições para digerir tudo.
- Existem planos para o lançamento de “Marakatus” no exterior no formato físico? Tivemos contato até agora, apenas o formato físico nacional...
R – Nosso selo, a MS Metal Records, está em contato com parceiros no exterior. Parece que há interesse sim, vamos aguardar.
- Como estão rolando os shows em suporte ao disco? A aceitação está sendo positiva?
R – A aceitação do disco tem sido excelente. Antes mesmo do lançamento, a gente incluiu algumas das novas faixas nos shows, para testar como elas funcionariam ao vivo, e a reação do público foi insana, sobretudo em músicas mais enérgicas como Boomers e The Road.
- Quem assinou a capa do CD? Qual a intenção dela e como ela se conecta com o título?
R – Além de músico, também faço ilustrações. Gosto de complementar a música com as artes visuais, integradas numa mesma obra. Assim eu fiz em todos os álbum da Psychotic.
A capa é uma referência direta ao título do álbum e apresenta o gorila, nosso mascote, tocando uma alfaia (instrumento típico do maracatu) num manguezal.
- “Marakatus” foi todo produzido pela banda, confere? Conte-nos mais a respeito.
R – Sim, assim como os dois álbuns anteriores, “Marakatus” também foi produzido pela banda, mas dessa vez tivemos Paulo Medeiros como co-produtor, além de ter sido o técnico de gravação da bateria e ter assinado a mixagem e masterização do álbum. Ficamos extremamente satisfeitos com o resultado.
- Imagino que já estejam trabalhando em novas composições. Se sim, o que pode nos adiantar?
R – No momento, o foco total da banda está em promover o novo material e fazer o maior número de shows possíveis. Claro que, aqui e ali, uma ideia surge, um riff, uma melodia etc. Daí a gente registra, pra desenvolver depois.
- Novamente parabéns pelo trabalho, fica o espaço para sua mensagem final.
R – Obrigado pela oportunidade e um abraço a todos da Road to Metal!
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