Assim que foi anunciada a turnê do P.O.D. em conjunto com o Demon Hunter pelo Brasil, os fãs reagiram de forma intensa, especialmente os de São Paulo, onde, em poucos dias, os ingressos quase se esgotaram, o que possibilitou a inclusão de uma data extra para atender à grande demanda. O Carioca Club ficou abarrotado para a data original, realizada no dia 13, a qual encerrou com chave de ouro a turnê pelo país.
A responsabilidade de aquecer o público para uma noite tão aguardada coube ao Demon Hunter, banda norte-americana conhecida por seu metalcore cristão, que mescla com maestria a agressividade do metal com passagens melódicas e letras introspectivas. Logo na abertura, com “Sorrow Light the Way”, a banda demonstrou sua voracidade, com o vocalista Ryan Clark destacando-se como o coração e a voz do grupo. Sua habilidade de transitar entre vocais guturais potentes e um canto limpo e emotivo constitui a espinha dorsal do som da banda, apresentada com precisão ao longo da performance. Músicas como “Collapsing” e “Not Ready to Die” foram executadas com intensidade, fazendo o chão do Carioca Club tremer e preparando o público para o que viria a seguir.
O setlist do Demon Hunter foi uma viagem intensa, equilibrando faixas mais pesadas com momentos de maior profundidade emocional. A banda apresentou uma sequência de faixas marcantes, incluindo a sombria “The Heart of a Graveyard”, a visceral “Infected” e a cativante “Cold Winter Sun”, todas acompanhadas em coro pelo público. A performance coesa da banda, aliada à presença de palco carismática de Ryan Clark, garantiu o total envolvimento dos fãs. O encerramento com a poderosa “Storm the Gates of Hell” contou com o vocalista cantando no pit, próximo ao público, celebrando um verdadeiro hino e elevando a energia ao máximo, além de aumentar a expectativa para a atração principal da noite.
Quando o P.O.D. subiu ao palco, a atmosfera no Carioca Club atingiu um novo patamar de histeria. A banda, pioneira do nu metal e fortemente influenciada por elementos de hip-hop e hardcore, é reconhecida por suas mensagens positivas e pela intensa energia em apresentações ao vivo. O vocalista Sonny Sandoval, figura central e carismática do grupo, mostrou-se o principal motor da banda, com sua voz inconfundível e sua capacidade de estabelecer conexão direta com o público. O show teve início com “Southtown”, seguida por “Rock the Party (Off the Hook)” e “Boom”, sequência que rapidamente formou uma roda na pista comum, evidenciando que a banda mantém sua força e relevância. Durante a apresentação, Sonny exibiu a bandeira do Brasil com o nome P.O.D. ao centro, presente de um fã, gesto que reforçou a recepção calorosa do público brasileiro.
A reta final do show foi um verdadeiro espetáculo de nostalgia e celebração. Após a apresentação dos integrantes antes de “Afraid to Die” e um falso começo em “Sleeping Awake”, o P.O.D. engatou uma sequência de clássicos que incendiou o público. “Youth of the Nation” destacou-se como um momento especialmente emocionante, com jovens fãs convidados ao palco para cantar junto, simbolizando que eles são o futuro. Com a energia elevada, o grupo encerrou a noite com “Satellite”, faixa que não havia sido executada na data extra, e com a emblemática “Alive”, deixando a sensação de dever cumprido e a certeza de que, mesmo após décadas de carreira, o P.O.D. permanece como uma força vital e inspiradora na música.
Ao final da noite, ficou evidente que a passagem do P.O.D. e do Demon Hunter pelo Carioca Club representou um marco para os fãs brasileiros. A combinação de casa cheia, performances intensas e uma conexão genuína entre bandas e público transformou a data original do dia 13 em um encerramento à altura de toda a turnê pelo Brasil. O Demon Hunter destacou-se não apenas como banda de abertura, mas como uma atração imponente, enquanto o P.O.D. entregou um espetáculo longo, consistente e significativo, reforçando sua relevância e sua mensagem positiva. Foi uma noite que justificou o sold out, o anúncio da data extra e deixou a sensação de ter participado de um momento especial, capaz de permanecer vivo na memória muito além do último acorde.

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