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domingo, 31 de julho de 2011

Clássicos Brasil: “Reality In Chaos” (2005) do Heavenfalls - O Poder do Vocal Feminino no Power Metal Nacional

Hoje vocais femininos no Metal são comuns em bandas nacionais como Holiness e Shadowside, porém em 1999 na nossa cena isso era visto como incomum e quando algumas bandas optavam por esse caminho era sempre aquele dueto entre “a bela e a fera”, muito comum no Gothic Metal.

Mas nadando contra a maré, a banda Heavenfalls escala para seu time a vocalista Sabrina Carrión que apresentava à frente da banda vocais fortes que se encaixavam muito bem no Power Metal perpetuado pelos mesmos.


Banda foi grande destaque da cena brasileira na década passada

Com algumas trocas de integrantes, a banda lança o seu primeiro trabalho, um EP intitulado “Winter's Dance”. Continuando sua jornada, em 2002 sai o trabalho “Ethereal Dreams”, um CD com nove faixas que trouxe uma surpresa para os fãs antigos: a participação do ex Heavenfalls Hugo Navia no vocal de “Castles of Illusion” e “And The Heaven Falls”.

Para um álbum de estréia a repercussão foi extremamente positiva, ganhando notas altas em todas as resenhas. Tudo ia muito bem até que há a troca de integrantes, dessa vez sai Daniel White, sendo substituído por Carlos Janarelli (baixo) e Davis Vasconcelos (segundo guitarra, deixou a banda que a partir daí passa a ter uma guitarra só aos comandos do membro fundador Victor Montazão). Entrava, também, o tecladista José Luiz Faulhaber. Unindo forças a Sabrina e André Andrade (bateria).

Troca de integrantes e pressão de um novo trabalho, tudo isso era uma realidade e um caos (ahah, que trocadilho, hein, Harley), pois tudo isso foi crucial para o nascimento de um clássico.

O grande segredo desse trabalho é, em primeiro lugar, o cuidado tanto com a produção, que é muito melhor que os primeiros lançamentos, quanto à parte gráfica e as letras.

Além disso, os caras tiveram a “manha” de misturar uma pegada moderna ao nosso tão adorado Metal dos anos 80, ou seja, massacre para nossos pescoços.

O que você vai encontrar nesse CD é uma boa dosagem de Power, Prog, Thrash extremamente bem intercalado. Toma pancadaria com “No Sorrow”, “Fly High Away” e “Masquerade Down” ou “H.W.L.”.

Em “Through The Ruins” e Self To Self”, um clima meio medieval e melancólico invade o ar e os vocais de Sabrina conseguem mostrar grandes variações, dando um brilho todo especial para a canção, sem abusar dos líricos forçados.

Outra que rouba a cena é “Rising Of A New Soul” que compõem uma trilogia que se inicia com teclados inspirados para depois cair no peso e na melodia, uma verdadeira viagem musical.

Então bangers, lançado em 2005, essa foi uma grande obra do Metal brasileiro e merecedor de todos os elogios.

Infelizmente no Myspace dos caras não achei atualizações e realmente não sei por onde eles andam. Se alguém tiver uma notícia avisa ai e para quem ainda não conhece não perca mais tempo e se renda ao brilhantismo do Heavenfalls.

Texto: Harley

Revisão/Edição: Eduardo Cadore

Fotos: Divulgação


Ficha Técnica

Banda: Heavenfalls

Álbum: Reality in Chaos

Ano: 2005

Tipo: Power/Heavy Metal

País: Brasil

Selo: Hellion Records


Formação

Sabrina Carrión

Victor Montalvão (guitarra)

Carlos Janarelli (baixo)

José Faulhaber (teclados)

André Andrade (bateria)

Pedro Motta (guitarra)

Tracklist
1. No Sorrow
2. Fly High Away
3. Masquerade Down
4. Through The Ruins
5. H.W.L.
6. Self To Self
7. New Reality
8. Rising Of A New Soul
a) Conception
b) First Breath
c) Growing Again
9.
Awakening
10. Evolution
11. Go Away

Acesse o Myspace


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quinta-feira, 5 de junho de 2008

Life of Agony: Criatividade é Seu Sinônimo


Longe de ser uma banda nova, pois tem 10 álbuns lançados (!), o Life of agony apresenta um som mais alternativo no seu último álbum, lançado em 2005 que leva o nome de “Broken Valley” (abaixo link para download). Apresentando um som pesado, ora mais melódico, estes caras produzem músicas criativas e de bom arranjo instrumental e vocal que lembram, em partes, a nova fase do Skid Row.

Aqui temos o álbum muito bom, bem tocado pelos músicos Keith Caputo (vocal); Joey Z. (Guitarra);Alan Robert (Baixo); Sal Abruscato (Bateria), que levou a banda a participar da aclamada turnê Gigantur, ao lado de monstros do Metal como Megadeth, Dream Theater, Fear Factory e Nevermore.


Só por isso já vale a pena tentar conhecer essa banda, que como muitos fãs dizem, é por demais injustiçada.

Assim, embora tenha um pé no New Metal (mas não aquele comercial de bandas como Linkin Park e Korn), a banda traz músicas com guitarras ora arrastadas (aposto que Joey Z. cresceu ouvindo os riffs do mestre Iommi, do Black Sabbath), ora mais rápidas, inclusive tendo na música “Last Cigarret” uma levada punk rock que nos faz querer entrar numa roda punk.


Entretanto, as primeiras músicas que conheci dessa banda, que vi no vídeo da Gigantur, foram “Love to Let You Down”, que abre o disco de forma competente, e “The Day He Died”, outro som que se tornará um clássico, onde o vocalista Keith Caputo dá um show a parte. Outros destaques são “Wicked Ways” e “Justified”, que pode agradar aos apreciadores de sons como os de Marilyn Manson, pois lembra a melodia das “baladas” do cara. Além dessas, “Strung Out” tem um refrão grudento, com uma batera muito bem tocada, a faixa título, bem arrastada, também agradou aos ouvidos de quem vos fala.


Então, pra quem não conhece, aqui vai a dica de uma banda nada conhecida praticamente, mas com uma trajetória de anos e que com essa experiência consegue fazer um som que, embora em certas partes lembre coisas que outras bandas costumam fazer, passa uma originalidade, sendo um álbum que pode ser amado ou odiado. Assim, quem não tem a cabeça um pouco aberta à sons mais alternativos, mesmo que com os dois pés no Heavy Metal, provavelmente não gostará deste álbum. Já quem é mais eclético (curte vários “tipos” de Metal), como meu caso, pode ter certeza de que nesse álbum encontrará músicas para curtir de monte.


Stay Heavy



Texto: EddieHead