O guitarrista Roland Grapow desembarcou em terras paulistanas no último dia 18/07 e reuniu fãs de sua vasta carreira no Manifesto Bar.
Entretanto, para abrir o palco, a escalação contou com a brasileira Allen Key, cuja sonoridade contemporânea e suas linhas melódicas cativaram claramente o público, como também o carisma e energia de Karina Menasce (vocal), Pedro Fornari e Victor Anselmo (guitarras), William Moura (baixo) e Felipe Bonomo (bateria). Um belo início!
Já o lendário guitarrista alemão contou com uma poderosa banda de apoio, formada por João Luiz (vocal, Golpe de Estado), Affonso Jr. (guitar, Confessori Band), Fabio Carito (baixo, Metalium, UDO, Tim Ripper Owens, Warrel Dane, Leather Leone) e Marcus Dotta (bateria, Metalium, UDO, Tim Ripper Owens, Warrel Dane, Leather Leone, About 2 Crash, The Heathen Sÿthe). Nesse contexto, os primeiros acordes de "Mr. Torture" deram o ritmo do que haveria por vir: uma viagem por clássicos de Helloween e Masterplan para nenhum fã de power metal colocar defeito.
Canções como “Spirit Never Dies” (Masterplan), “The Chance” e “Time of the Oath” (Helloween) foram os destaques da noite e foram cantadas pela casa, que contava com um bom público para uma fria quinta-feira em São Paulo.
Para o bis, vocalistas convidados foram chamados ao palco e ajudaram a nos levar para clássicos tocados pela carreira de Grapow. Ricardo Peres cantou “ A Tale that Wasn’t Right”, enquanto Victor Emeka, “Eagle Fly Free” e “I Want Out”.
Por fim, “Heroes”, executada pelo agora trio de vocalistas – completado por Samyr Morgue –, homenageia e exalta as composições de Grapow como grande influência na história power metal.
Fim de ano batendo na porta e as expectativas para 2023 só aumentam nos próximos 2 meses que restam pra acabar o ano. Isso significa que 2022 já deu o que tinha que dar? Nem pensar! Após uma terrível pandemia, dificuldades econômicas e logísticas para trabalhar com entretenimento aqui no Brasil, os shows voltaram com força total, e até o fim do ano teremos muitas atrações imperdíveis para apreciarmos.
Pra começar o mês de outubro com os dois pês no peito, a Mercury Concerts trouxe a São Paulo dois gigantes do Power Metal mundial. Sim, estou falando dos alemães do Helloween e dos suecos do Hammerfall com a United Forces Tour pra duas datas (08/10 e 09/10) no acessível Espaço Unimed (antigo Espaço das Américas), que teve a perna brasileira iniciada no dia 06/10 (quinta feira) em Ribeirão Preto, cidade que se tornou o novo ‘point’ de shows internacionais.
Segundo amigos e colegas que estiveram presentes no show de sábado, a casa estava abarrotada de gente que mal dava pra se mexer. E isso era de se esperar, pois nesse dia, especificamente, o show estava totalmente ‘sold out’, sobrando poucos ingressos pra quem quisesse ir no domingo.
Quem foi no sábado não precisou se preocupar em levar guarda-chuva devido ao tempo ensolarado, porém os que foram no domingo (e para este que vos escreve) teve que enfrentar a forte chuva para chegar até o local. Muitos chegaram quase em cima da hora da primeira atração e alguns, que queriam repetir a dose do dia anterior, desistiram por conta do tempo.
Hammerfall, We Will Prevail!
Deixando de lado a parte ruim do dia, vamos focar nos shows. Previsto pra começar às 18hrs, o Hammerfall teve um atraso de meia hora pra subir no palco, o que também aconteceu no show passado.
Confesso a todos que não era um fã exímio deles, apesar de gostar de uma coisa aqui e outra ali. Mas há vésperas do show, fui escutando alguns trabalhos pra criar vergonha na cara. A casa logo foi bombardeada ao som das guitarristas bem na linha Judas Priest – e de outros grandes nomes do Heavy Tradicional – quando Joacim Cans (vocal), Oscar Dronjak e Pontus Norgren (guitarras), Fredrik Larsson (baixo) e David Wallin (bateria) entraram com “Brotherhood”, faixa do mais recente disco, “Hammer Of Dawn”.
Apesar de ser uma banda veterana já quase beirando 30 anos de carreira, para alguns o Hammerfall era uma novidade, por incrível que pareça. E a impressão que dava é que pessoal curtiu mais eles do que a atração principal, mas isso vai do gosto de cada um.
A oportunidade de eles estarem ao lado de um grande expoente do estilo (que é o Helloween) deu a chance de ganhar mais fãs no Brasil e na América Latina, além, claro, te entregar o melhor show de Heavy Metal possível tanto na questão musical e carisma em que cada membro transmitia, que vamos abordar um pouco sobre logo abaixo.
Joacim era um dos que mais chamava atenção pelo seu forte poder de se comunicar com o público. A empatia era tanta que ele perguntava e pedia pra que todos levantassem as mãos quem estava assistindo o Hammerfall pela primeira vez (a maioria, obvio!), e como era o segundo e último show em solo brasileiro, ele também fez questão de querer saber quem estava presente de novo, já que na noite passada também teve várias pessoas que estavam vendo a banda pela primeira vez.
Norgren sempre mostrava uma feição bem-humorada e risonha, já o outro guitarrista e fundador Oscar Dronjak não parava um minuto, principalmente quando era vez de tocar com a sua invejável guitarra em forma de martelo.
No rápido set de 11 faixas, destaco a pesadíssima “Any Means Necessary”, “The Metal Age”, “Hammer Of Dawn” (outra do novo álbum) “Last Man Standing” e o medley matador de “Hero’s Return / On the Edge of Honour / Riders of the Storm / Crimson Thunder”, com Joacim manado da bandeira do Brasil amarrada no seu pedestal de microfone.
Outro momento épico ficou por conta de “Let the Hammer Fall”, onde Joacim anunciou falando só as três primeiras palavras, deixando o público terminar respondendo “Fall”; “(We Make) Sweden Rock” teve toda iluminação em azul e amarelo em homenagem ao país natal, encerrando com a clássica “Hearts on Fire”.
A única mudança do show de sábado para o domingo foi a substituição de “Renegade” para “Blood Bound”, mas que não fez diferença nenhuma. O show superou as expectativas de quem esperava um simples show de Heavy Metal. Depois dessa última vinda dos suecos, a moral com nós, brasileiros, só aumentou com tudo o que entregaram nas duas noites em SP.
It's Helloween!!
Logo que o Hammerfall saiu do palco, a enorme cortina – com o logo do Helloween – cobriu toda a parte frontal do palco para que septeto pudessem entrar no horário combinado. Dito e feito! Às 20hrs, as cortinas se abriram mostrando a arte que está caracterizada no último e homônimo disco no telão gigante. Não precisou nem de muito e nem de pouco para que a emoção do público fosse assaltada quando Michael Kiske e Andi Deris (vocais), Kai Hansen, Michael Weikath e Sascha Gerstner (guitarras), Markus Grosskopf (baixo) e Dani Löble (bateria) iniciarem o show com a épica “Skyfall”.
A música, que está caminhando a passos largos a se tornar um clássico, transpareceu toda grandiosidade desta nova história que esses gigantes do Power Metal (ou Metal Melódico) estão vivendo desde que Deris (atualmente o detentor da marca Helloween) teve a brilhante ideia, em 2016, de unir forças com Kiske e Hansen para o que seria somente uma turnê, mas que agora voltaram a ser membros efetivos depois do grande ‘boom’ que teve a Pumpkins United.
Dali por diante, o set foi alternando entre clássicos que marcaram a carreira da banda e músicas novas. O público não se conteve a loucura quando os riffs iniciais de “Eagle Fly Free” saiu da guitarra de Weikath, que teve direito a explosão de serpentinas quando Kiske entrou em ação nessa que é uma das músicas que exige muito do seu vocal, principalmente no refrão. Podem passar anos e anos que ele não vai precisar de esforço nenhum, pois no auge dos seus 54 anos, o timbre vocal continua o mesmo dos álbuns que lhe colocaram como um dos grandes vocais do Metal, como “Keeper of the Seven Keys”.
Quem estava assistindo ao show no lado esquerdo da pista, deu pra ver um dos membros da equipe da banda curtindo o som que até o Kiske entrou na onda dele.
O intenso som de baixo de Grosskopf indicou que a próxima da noite seria a contagiante “Mass Pollution”, trazendo novamente Deris ao palco, e que ficou ainda melhor ao vivo graças ao refrão latejante. Kiske voltou a dar as caras em “Future World”, que deixou o público a vontade pra cantar os primeiros versos da música, tanto que um dos membros da equipe da banda levantou um enorme pedestal pra poder captar bem o ambiente sonoro da pista premium. Incrível né?
Ainda sob o deleite de clássicos, “Power” elevou a euforia dos presentes, fazendo bonito com o tradicional ‘Oh, Oh, Oh’ durante as harmonias de guitarra do Sascha, Hansen e do Weikath, encerrando a primeira metade do set com a melódica “Angels” (mais uma do último álbum), que entrou no lugar de “Save Us”, executada no show de sábado.
Deris fez as honras de chamar o cara que desenhou o início da vida do Helloween, ninguém menos que Kai Hansen pra comandar um bárbaro medley de “Metal Invaders”, “Victim of Fate”, “Gorgar” e “Ride the Sky”. As duas primeiras ele focou somente em cantar, mas o restante encarregou-se de pegar a sua ilustre guitarra vermelha.
Esse cara merece todo respeito do mundo não só por ser um dos membros fundadores, mas por ter criado um dos sub-gêneros mais populares dentro do Metal que é o Power Metal, por isso faz jus ao status de lenda. E o que dizer da disposição e vigor que ele teve nesse medley, que logo foi emendada com “Heavy Metal (Is the Law)”? Não é pra qualquer um.
Com uma hora de show concluída, Kiske e Deris tomaram o centro do corredor para relembrar que, naquele local, em 2017, foi gravado cenas do último DVD/Blu-Ray, “United Alive”. Tendo a presença somente dos dois, Sascha ao fundo e a galera com os flashs de seus celulares acesos, indicava que a balada “Forever and One (Neverland)” seria a próxima música, que deve ter tirado lagrimas de muita gente. Essa música ganhou muito mais pompa e alma em forma de dueto, sendo outro grande feito após o retorno do Kiske a banda.
Após os solos de guitarra do Sascha, a banda aproveitou pra executar mais uma do último disco, a dançante “Best Time”, pra logo voltar no formato que iniciou o show (tendo todos os integrantes todos reunidos novamente) com a icônica “Dr. Stein” e da equina “How Many Tears” – essa Dani Löble despojou toda a sua raiva tocando que nem um cavalo, assim como foi o show inteiro.
Sob os gritos de “Happy, Happy, Helloween”, o BIS abriu com a elegante “Perfect Gentleman”, destacando o trajado de mágico do Deris e a performance do mesmo, que sempre caminhava ao ritmo da música. Chegando perto do final, “Keeper Of The Seven Keys” que, pra mim, é a melhor música da história do Helloween e a que melhor define o que conhecemos hoje de Power Metal.
Com certeza o coração de todos foi purificado do primeiro até o último minuto deste grande clássico. Em seus momentos derradeiros, teve aquela tradicional apresentação dos membros. Mas foi uma apresentação diferente das que estamos acostumados a ver de outras bandas: Deris iniciou apresentando Kiske e o Kiske apresentando Deris, passando a bola pra Hansen apresentar Dani Löblen, Weikath e Sascha Gerstner após terem ido ao backstage.
Nessa saída de cada membro e troca de figurinhas que Sascha apresentou e dispensou (no bom sentido) Hansen e Markus Grosskopf para poder curtir a vibe do publico tocando as melodias iniciais que antecede a canção.
Por fim, o ‘grand finale’ ficou com a emblemática “I Want Out”, com direito a explosão de papel picado nos momentos finais.
A notoriedade do Helloween sempre esteve no alto, independente de quem estivesse na banda. Mas quando a união faz a força, como sugere o nome da turnê, o sarrafo sobe lá no alto. E isso não só deixou os fãs mais antigos felizes, mas também abriu o caminho para lograr fãs novos e faze-los com que eles queiram comparecer nos shows sem pensar duas vezes. Se essa formação continuar até o fim da vida, todos os shows será ‘sold out’, porque o prazer de ver o Kiske e o Deris cantando juntos, a energia do Hansen e a coesão dos demais integrantes é incomensurável.
Falei tanto que até esqueci de evidenciar outro detalhe importante, que é a produção de palco. A abobora gigante, que contornou e elevou a bateria de Dani Löblen, foi a novidade desta terceira vinda da atual formação, além do enorme telão (como destacado no começo deste texto) em alta definição mostrando imagens relacionadas a cada música do setlist.
São Pedro pode não ter dado trégua no dia, mas por um lado fomos brindados com dois shows memoráveis de Heavy Metal.
Texto: Gabriel Arruda
Edição/Revisão: Carlos Garcia
Fotos: André Tedim | Instagram: @andretedimphotography
Produção: Mercury Concerts
Assessoria de imprensa: Catto Comunição
Hammerfall
Brotherhood
Any Means Necessary
The Metal Age
Hammer of Dawn
Blood Bound
Last Man Standing
Hero’s Return / On the Edge of Honour / Riders od the Storm / Crimson Thunder
Let the Hammer Fall
(We Make) Sweden Rock
Hammer High
Hearts on Fire
Helloween
Skyfall
Eagle Fly Free
Mass Pollution
Future World
Power
Angels
Metal Invaders / Victim of Fate / Gorgar / Ride the Sky
Um dos discos mais esperados do ano. Depois de um período de lapso criativo, o novo fôlego que a banda buscava surgiu com a reunião com Kai Hansen e Michael Kiske para a tour Pumpkins United, para alegria dos fãs, que há muito esperavam algo do tipo.
As tours foram sucesso absoluto, mas muitas questões com certeza pairavam na cabeça do fã e comunidade Metal. Um novo álbum funcionaria? Será que não haveria uma guerra de egos e tudo se arruinaria? A ótima recepção dos fãs e sucesso da tour daria a energia necessária para criarem um trabalho de qualidade? Ou somente largariam um produto burocrático e simples caça-níqueis para aproveitar o sucesso das tours?
Bom, "Helloween" está aí, e nós não poderíamos deixar de fazer uma audição cuidadosa, e expressar nossa opinião em uma matéria especial, com a visão dos nossos editores Caco Garcia e Renato Sanson sobre o álbum. Confira a seguir:
"Helloween" - Resenha por Caco Garcia
Creio que "Helloween" é o melhor trabalho da banda em anos, e se não chega a um patamar próximo dos melhores momentos da banda em sua totalidade, o álbum traz vacilos, mas muitos mais pontos positivos, e com momentos memoráveis.
Era o mínimo a se esperar, e seria decepcionante se este novo disco do Helloween não fosse o melhor trabalho da banda em anos. Pessoalmente, "Dark Ride" foi o último álbum que gostei, os seguintes foram bem irregulares, e a banda sofreu com um lapso de criatividade.
Não vou falar muito dos "vacilos", que aparecem em alguns momentos em que pecam pelos excessos, algumas músicas ficando longas demais e poluídas, nem sempre funcionando bem a utilização das 3 guitarras e das 3 vozes.
Os pontos positivos se sobressaem, e tenho certeza que a grande maioria dos fãs aprovou o álbum, assim como a crítica em geral.
A começar pela belíssima capa, temos também vários dos elementos clássicos da sonoridade da banda, que aparecem nos refrãos, andamentos fast-tempo, temas longos e épicos - elementos daquela fase dos 3 primeiros discos - e que se mesclam com os melhores anos da era Deris e ainda algumas pitadas de novidades.
A sonoridade do Helloween contemporâneo, digamos assim, que soa mais Hard, e com menos elementos da primeira fase, é o que se sobressai, e aí está o principal: nada soou datado ou forçado em minha opinião, com exceção da "Skyfall", que me pareceu que eles criaram uma faixa longa meio como obrigação de ter uma música épica de longa duração, tipo "Halloween" ou "Keeper of the Seven Keys".
Andi e Kiske funcionam muito bem nos duetos e se intercalando, sendo que por vezes, Kai também aparece, mas muito menos acionado que os outros dois. As 3 vozes, claro, dão muito brilho aos refrãos e coros.
O disco inicia com "Out for the Glory", naquele estilo veloz e cheia de melodias pegajosas, coros e solos de guitarra, típico Helloween, um bom início, mas as que mais se destacam em minha opinião são "Fear of the Fallen", com Andi nos vocais principais, tem peso nos riffs e grandes melodias, mesclando trechos velozes e melodiosos; "BestTime", que já inicia com uma melodia marcante nas guitarras, flerta com o Hard e AOR, lembrando faixas naquele estilo "If I Could Fly" e até algo de Unisonic. Ótimas e pegajosas melodias, o refrão gruda de imediato.
"Mass Polution", que também tem essa pegada mais pesada, Helloween contemporâneo de riffs bem Hard; "Angels", que também traz essa pegada mais Hard, com ótima performance de Kiske, e alguns flertes com o prog.
Resumindo, não espere um novo clássico, ou um retorno a eras anteriores, mas sim um álbum com boas e ótimas músicas, a banda em sua melhor versão desde o início dos anos 2000, e traz o Helloween de volta a um patamar elevado. Que essa formação prossiga para mais álbuns!🎃
"Helloween" - resenha por Renato Sanson
Após a fantástica “Pumpkins
United Tour” muito se falou de um novo trabalho de estúdio com essa mega
formação, já que o Helloween conseguiu uma proeza para poucos, unir três
diferentes fases em uma mega tour deixando os fãs fervorosos e ansioso pelos
próximos passos.
Eis então que nasce “Helloween” o
16° álbum dos alemãos carregado de expectativa. E não seria para menos, pois
ter os três vocalistas da história da banda a sua disposição e mais o
guitarrista original e responsável por clássicos memoráveis não é todo o dia, e
essa sintonia se mostrou muito afiada ao vivo e o mesmo se transcendeu para o
estúdio.
Poderia discorrer uma opinião bem
“fanboy” sobre o álbum, já que sou muito fã dos germânicos, mas certamente
vocês teriam nojo da matéria (risos), então não venho aqui tecer elogios
exagerados ou até mesmo chamar o disco de clássico, mas após ouvi-lo por uma
semana inteira e entender sua dinâmica, posso dizer que “Helloween” é um grande
trabalho que uniu tempos diferentes, mas com certa homogeneidade, mas é latente
as influências de Gamma Ray e Unisonic (porque será né?!).
O retorno de Kai Hansen as
guitarras deu um novo gás aos solos e riffs criados, já fazia um certo tempo
que o Helloween soava demasiadamente pesado, mas sem melodia e feeling, pouca
coisa dos últimos lançamentos soam marcantes. E nesse quesito riffs e solos
marcantes Kai é um especialista.
É claro que com o retorno de
Kiske o mesmo seria o protagonista do álbum, e acaba fazendo sentido, pois para
muitos a fase “Keepers...” é o auge das aboboras e também sua voz casa
perfeitamente com o Power Metal simples e melodioso aqui apresentado.
O dueto
com Deris em algumas faixas soam na medida certa, e as composições individuais
de cada um, casam com suas respectivas épocas, com um certo adendo, já que a
influência do Unisonic é gritante em Kiske e se reflete em algumas composições.
Kai participa cantando em algumas faixas, soa mais como um vocal de apoio, mas
que traz mais dinâmica e variações.
Seria um clássico? Penso que não.
É o melhor trabalho desde “The Dark Ride” (00)? Quem sabe. Só o tempo poderá
responder, a única certeza que tenho é que “Helloween” é um ótimo disco de
Power Metal e traz a junção de diversos momentos da banda em um formato coeso e
natural.
Um adendo a se fazer é a bela capa criada pelo artista
Eliran Kantor, enigmática e remetendo aos diversos momentos da banda. Trazendo
muitos detalhes que interligam desde “Walls of Jericho” à “Keeper Of The Seven
Keys – The Legacy”. Nos deixando curiosos e descobrindo novos elementos a cada
observação.🎃
Textos: Caco Garcia e Renato Sanson Edição: Caco Garcia
Banda: Helloween Álbum: "Helloween" 2021 País: Alemanha Estilo: Heavy Metal, Power Metal Produção: Charlie Bauerfeind/Dennis Ward Selo: Nuclear Blast - Edição nacional Shinigami Records (Adquira Aqui)
Curiosidades sobre "Helloween", o álbum:
A base deste álbum começou a ser erguida em estúdio com o uso do kit de bateria original de Ingo Schwichtenberg e gravando com os mesmos moduladores do estúdio caseiro da banda em Hamburgo, onde foram gravados os clássicos "Master Of The Rings", "The Time Of The Oath" e "Better Than Raw". Completamente analógico, o álbum contou com o trabalho do grande produtor Charlie Bauerfeind e com a coprodução de Dennis Ward antes de ser enviado a Nova York para a mixagem final no Valhalla Studios de Ronald Prent, que já trabalhou com bandas como Iron Maiden, Def Leppard e Rammstein.
TRACKLIST
Out For The Glory Fear Of The Fallen Best Time. Mass Pollution Angels Rise Without Chains Indestructible Robot King Cyanide Down In The Dumps Orbit Skyfall