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quarta-feira, 17 de abril de 2024

Cobertura de Show: Angra & Jeff Scott Soto - 12/04/24 - Bar Opinião/RS

Por: Renato Sanson

Poucos meses depois de sua última passagem pela capital gaúcha, o Angra retornava mais uma vez e dando continuidade à turnê do seu aclamado novo álbum: “Cycles of Pain” lançado no ano passado.

O local escolhido, mais uma vez o Bar Opinião, mas desta vez o Angra trazia uma participação especial, a do icônico vocalista Jeff Scott Soto para um show acústico.

A abertura (assim como no ano passado) ficou a cargo do excelente guitarrista Luiz Toffoli. Uma grata surpresa, pois, apresenta um Prog Metal de alto nível tendo como base os americanos do Dream Theater. Mas nada que tirasse o brilho de suas composições.

Com um som nítido e cristalino, a banda de Luiz desfilou técnica e requinte com sua musicalidade. Sendo o guitarrista um show a parte. Vale ainda destacar a presença do baterista Pedro Tinello que dispensa apresentações e do excelente vocalista maranhense Cassio, da banda Alchimist. Mandando muito bem em sua performance e tendo aquela influencia melódica de Halford com a vitalidade de Tim Owens.


Uma excelente abertura de uma banda muito profissional e promissora.

Eis que as 22h Jeff Scott Soto entra em cena acompanhado do fiel escudeiro Leo Mancini. O palco já montado para o acústico e ambos com seus violões em mãos. Começando a noite com “Livin the Life” (criada para a trilha sonora do filme Steel Dragon) levantando o público, seguida do clássico “Mysterious” do Talisman, que abriu caminho para “Alive” do Sons of Apollo.

É impressionante como canta Scott Soto. De forma natural e encantadora. Com muita simplicidade e simpatia ganhando os presentes. Sendo um caso raro de talento e humildade.

As composições ficaram muito bem nesse formato acústico, a exemplo de “Comes Down Like Rain” do W.E.T. e “Carry On Wayward Son” do Kansas que fez a galera cantar junto do começo ao fim.

Um show curto, mas muito bem executado com Soto bem à vontade e um som muito bom ecoando dos PA’s, o que deixou a apresentação ainda mais incrível.

Passado das 23h era hora da atração principal e a intro “Crossing” ecoa nos alto falantes, com Bruno Valverde fazendo a frente para o delírio dos fãs e aos poucos a banda vai adentrando e “Nothing to Say” inicia o caldeirão para o mago Fabio Lione dar o seu show. Mais um clássico chega com tudo e “Angels Cry” adentra para a felicidade dos presentes. Dispensando comentários.

O Angra atualmente consolidou o seu novo momento com Lione, Bruno e Barbosa. Mostrando muita personalidade até aqui, mas solidificando essa formação com “Cycles of Pain”. Não que os dois álbuns anteriores fossem ruins (longe disso), porém “Cycles...” traz uma formação mais amadurecida e com a “cara” do Angra. Com Lione muito mais encaixado a sonoridade.

E sim, os grandes destaques deste show ficaram por conta das composições novas, que embalam essa fase atual como: “Vida Seca” (um show de interpretação de Lione), “Dead Man on Display” (com Barbosa e Bruno soberbos), a faixa titulo que é um show de técnica e variações.

Tendo ainda a rápida e agressiva “Ride Into the Storm” e a moderna e bela “Tide of Chances Pt. 01 e Pt. 02” que contou com a participação de Jeff Scott Soto em um dueto magnifico com Fabio Lione. Que de quebra, ainda tocaram “The Show Must Go On” do Queen.

Claro que outros momentos do show também foram marcantes, como o set acústico que o Angra adotou já há alguns anos, Rafael sempre a frente, informou que desta vez tinha esquecido seu violão em casa e pegou emprestado o do amigo Leo Mancini, e brincou que teria que improvisar. Destaque deste pequeno set fica para a belíssima “Gentle Chance”. “Make Believe” também apareceu, mas no formato acústico a mesma perde força, pois é extremamente emocional e seria incrível se o Angra voltasse a tocar a mesma em seu formato original.

Outra grata surpresa foi “Time” tendo uma interpretação de tirar o folego de Fabio. Assim como "Morning Star” e “Beeding Heart”.

Mas, “Silence and Distance” foi em minha opinião o ponto alto do show em uma performance que honrou essa época dourada da banda.

O encerramento vocês já sabem:  as mais que clássicas “Carry On” e “Nova Era”. Matando a saudade dos fãs gaúchos que não lotaram a casa, mas estavam em peso em mais uma sexta-feira chuvosa em Porto Alegre.

Alguns pontos a se considerar:

Fazia muito tempo em que não via um som tão cristalino e redondo no Bar Opinião. Todas as bandas que tocaram estavam com uma qualidade acima da média. O que é ótimo para os fãs e imprensa.

Referente a polêmica pista vip. Penso que, em um local como o Opinião que abrange de 1500 à 1900 pessoas, se torna desnecessário a pista vip. Pois, o local já é pequeno e você limitando os presentes que não pagam barato para estar ali, fica insustentável. Já que era visível o desconforto dos fãs na pista vip que ficou extremamente pequena e apertada.

Finalizando, o local destinado às pessoas com deficiência deveria ser revisto, pois, é um local baixo demais e para as pessoas que utilizam cadeira de rodas é um desafio ver os shows daquela posição. Um pequeno elevador até o mezanino resolveria esse impasse e daria mais qualidade às pessoas com deficiência que pagam tanto quanto os outros para estarem prestigiando seus artistas favoritos.

 

P/S: infelizmente nossos fotógrafos não estavam disponíveis nesta data. Por isso, a cobertura consta sem fotos. Pedimos desculpas e contamos com a compreensão de todos.

quarta-feira, 29 de março de 2023

Angra Fest – 26/03/23 – Araújo Vianna – Porto Alegre/RS

Cobertura por: Renato Sanson

Fotos: Glauco Malta

Um belo domingo de sol e um grande festival para ir dando adeus ao mês de março. Assim foi o domingo do dia 26/03 na capital gaúcha com a chegada do ANGRA FEST e sua última data da tour com as bandas: VIPER, MATANZA RITUAL e claro o próprio ANGRA, que está celebrando os seus 30 anos de carreira.

O local escolhido para o show foi o fantástico Araújo Vianna, e ao chegar ao local já nos deparamos com uma fila gigantesca o que mostrou que teríamos casa cheia! Nada mais justo para o calibre do evento e das bandas que estariam no palco em seguida.

A primeira banda a subir ao palco foi a lenda VIPER apresentando a sua nova formação, que além dos eternos Felipe Machado (guitarra), Pit Passarell (baixo/vocal) e Guilherme Martin (bateria) tiveram a adição do guitarrista Kiko Shred e o do excelente vocalista Leandro Caçoilo.

Under the Sun” – música que estará presente no novo álbum – abre os trabalhos e já mostra a força do “novo” Viper, e o que podemos ver foi uma banda entrosada e acima de tudo extremamente feliz em cima do palco.

A trinca que viria a seguir foi de tirar lágrimas: “Knights of Destruction”, “A Cry from the Edge” e “Evolution”, mostrando a grande versatilidade de Caçoilo com ótimos duetos com Pit e com Kiko mostrando toda a sua destreza e técnica apuradíssima.

O carisma do Viper é incrível em palco, Pit é uma figuraça e a banda num geral encanta a todos com sua simplicidade e carisma. Era chegada a hora do maior clássico da banda, Caçoilo fala da importância do eterno Maestro Andre Matos e pede para um dos fãs da plateia levantar a camiseta que estava em mãos com o rosto de Andre e disse que nada disso seria possível sem ele, a sua obra e sua influência. E que agora queria ajuda de todos para cantarem para o Andre Living for the Night”, onde o vocalista desceu do palco e cantou junto com os fãs na grade, sensacional!

Tivemos ainda a música preferida de Pit a incrível “Prelude to Oblivion”, assim como “Coma Rage”, “To Live Again”, “Rebel Maniac” e o encerramento com o cover de “We Will Rock You” do Queen.

Uma apresentação maravilhosa e que deixou os fãs encantados e sedentos por mais Viper na capital gaúcha!

Após uma breve troca de palco era hora das mesas de bares quebrarem, de cadeiras voarem e muita cerveja rolar! Estou falando do MATANZA RITUAL e o super time que acompanha Jimmy London. Pois após a sua saída do Matanza, Jimmy montou a sua versão com músicos consagrados da cena nacional, tendo em suas lacunas: Antônio Araújo do Korzus na guitarra, Amílcar Christofáro do Torture Squad na bateria e Felipe Andreoli do Angra no baixo. Mas para as datas do Angra Fest, quem assumiu os graves foi baixista Juninho do Ratos De Porão.

Nada mal hein, esse time do Jimmy não é?  

Para iniciar o Matanza Ritual não poupou esforços e “O chamado do bar”, “Meio psicopata” e “Remédios demais” transformaram o Araújo Vianna em um verdadeiro pandemonium. É incrível como a figura de Jimmy traz energia e a sonoridade do Matanza Ritual contagia, pois era impossível ver alguém parado no show dos caras, e olha, que eu não sou fã de Matanza, mas dou o braço a torcer pela energia que entregam aos fãs. Fazendo um show empolgante e sim, pesado e agressivo, já que os músicos que o acompanham dão aquela pequena “envenenada” na sonoridade, e trazem um pouco mais de agressividade.

Eu não gosto de ninguém” também deixou todos ensandecidos, assim como “Mulher diabo” e o seu maior clássico: “Ela roubou meu caminhão”. Se não fossem as cadeiras da casa de show, certamente teríamos uma roda gigante com muito headbanging.

Ao total foram 19 músicas, mais o solo de bateria do monstro Amilcar. Lavando a alma dos fãs de Matanza e de Jimmy London, que teve a plateia em mãos a todo o instante.

Passados das 22h era hora do ANGRA entrar em cena e nos trazerem o show de comemoração de 30 anos de sua carreira.

As luzes se apagam e “Newborn Me” ecoa nos PA’s e o Angra está ali presente mais uma vez em Porto Alegre! Fabio Lione é um Maestro e o “novo” Angra se mostra tão bom quanto as versões anteriores. Pois, a adição de Fabio nos vocais, Bruno na bateria e Barbosa na guitarra mostra todo um novo potencial e novas possibilidades sonoras a serem exploradas pela banda.

O que chama a atenção é que a cada novo lançamento novos fãs chegam e as músicas parecem já clássicas quando executadas ao vivo. O setlist transitou entre clássicos inesquecíveis como “Nothing To Say”, “Angels Cry” e “Rebirth”, assim como novos clássicos: “Travelers of Time”, “Black Widow's Web” e “Magic Mirror”.

A interação da banda com o público foi incrível e Lione muito carismático e comunicativo com todos, sempre brincando e instigando os presentes. Ao meio do show tivemos o momento acústico, onde Rafael subiu ao palco sozinho e tocou a composição mais antiga do Angra conforme o mesmo falou, a bela “Reaching Horizons”. Para em seguida falar da importância de todos os membros que já passaram pela banda e que eles não existiram se não fossem todos eles, mas em especial uma pessoa, que já não está mais entre nós o nosso eterno Andre Matos.

Rafael ressaltou a importância do Andre e do Viper, pois se não fosse ambos, o Angra jamais existiria e a próxima música era pra ele, chamando ao palco Lione e executando uma versão lindíssima de “Make Believe” (a música favorita desse que vós escreve) um momento muito emocionante e intimista com todos. No mínimo maravilhoso!

O set ainda contou com algumas músicas que não figuram costumeiramente em seu setlist, como “Ego Painted Grey” – que Lione ressaltou que é um som incrível e não entende o porquê de não estar sempre no set –, “Lisbon”, “Late Redemption” – em uma versão muito boa com Fabio cantando em português – ,“Lease of Life” e “Bleeding Heart” uma das baladas mais lindas do Heavy Metal mundial.

A finaleira como já é de costume: “Carry On” e “Nova Era”. Clássicos absolutos de eras diferentes, mas que trazem toda a essência do seu sucesso.

Antes de finalizar, Rafael chamou o Viper e o Matanza Ritual ao palco para uma jam e tivemos “Wasted Years” do Iron Maiden e uma homenagem ao eterno baixista do Raimundos o grande Canisso, onde o clássico “Quero ver o oco” foi executado com Jimmy e Antônio Araújo nos vocais.

Único ponto de ressalva fica para o som nesta noite que em muitos momentos o grave tomava conta e escondia alguns instrumentos em determinados momentos. O que aconteceu mais vezes no show do Angra, assim como também alguns problemas técnicos na guitarra de Bittencourt que foi sanado no decorrer do show.

Porém, nada que tirasse o brilho desta grande noite em nome do som pesado nacional. A capital gaúcha agradece e espera ansiosamente as novas edições do Angra Fest!

 

 

 

 

terça-feira, 2 de agosto de 2022

Angra: Rebirth 20th Anniversary Tour - 25/06 Porto Alegre RS

 


Porto Alegre recebeu mais uma vez o Angra, e na capital gaúcha o grupo sempre tem garantia de boa presença de público, tanto é que suas turnês sempre tem datas por aqui. Desta vez, a banda trouxe a tour comemorativa de 20 anos do álbum "Rebirth".

"Rebirth" marcou a retomada do grupo após profundas mudanças de line-up, e foi um marco na sua carreira, que com a formação do álbum ainda lançou mais 2 trabalhos e ainda "Aqua", com Confessori no lugar de Aquiles Priester. A partir daí o Angra teve mais mudanças, mas estabilizou o line-up atual, junto desde 2015.

O tradicional Bar Opinião mais uma vez foi o palco para o Angra na capital, e o show teve seus ingressos esgotados semanas antes da data.

Mortticia

Para enriquecer ainda mais o espetáculo, tivemos ainda dois ótimos nomes do Metal gaúcho esquentando a noite para a atração principal, Mortticia e Rage in My Eyes. Ambas formadas por músicos experientes, proporcionaram doses de muito Metal tradicional e Power Metal aos presentes.

O Mortticia teve um set mais curto e aproveitou ao máximo, com seu Heavy Metal carregado de energia. Um nome muito interessante da cena do Sul.

O Rage in My Eyes, que nasceu das cinzas de uma tradicional banda daqui, o Scerelatta, já tem álbum e EP lançados, além de ter aberto show do Iron Maiden aqui no RS, e vem mostrando um trabalho de alto nível e sonoridade diferenciada. Power Metal técnico e criativo, também utilizou uso de nuances da música tradicional gaúcha, além de peças da indumentária típica do Sul.

Rage in My Eyes

Após os ótimos shows de abertura, chegava a hora da atração principal, já com a casa lotada e com o público chamando a banda!

Uma coisa muito legal foi ver uma garatoda mais jovem na plateia, mostrando que a legião de fãs da banda segue se renovando.


"Nothing to Say", umas das tradicionais faixas de abertura da banda, inicia o espetáculo, agitando a galera, seguida por uma da fase atual, "Black Widow's Web", e após, inicia-se a execução na íntegra do álbum "Rebirth", e revisitá-lo ao vivo, tanto para banda e público tenho certeza que foi especial, nos fazendo lembrar que é um grande trabalho, e que ao lado do " Aurora Consurgens", foram discos que apresentaram o Angra a uma nova geração de fãs.


Depois do revisitado, homenageado e ovacionado "Rebirth", a banda ainda mandou vários clássicos dos outros álbuns, dando para o público um gostinho de cada disco. 

Ressalva para o número final, com "Carry On", onde Lione se perdeu em alguns momentos, provavelmente por problemas no retorno, e diga-se de passagem, o alto volume, casa lotada (ficou pequena para o show, desconfortável até), tudo contribui, mas o público estava feliz, levou tudo na boa.

Foi fácil perceber o quanto a galera curtiu demais este show, terminando a noite satisfeitos e com sorrisos nos rostos. Um ótimo espetáculo, e que acredito que merecia um espaço maior.

Cobertura/fotos: Diogo Nunes

Produtora: Abstratti