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quarta-feira, 5 de junho de 2024

Cobertura de Show: Accept – 19/05/2024 – Santo Rock Bar/ABC

Apesar do Accept presentear o ABC Paulista com show arrebatador e quase intimista pela proximidade de contato visual e sonoro bem de perto, perdemos mais uma chance de elevar o patamar da turnê de uma grande banda na região com a presença do underground. 

Era para ser um evento reunindo um monte de bandas de São Paulo e do ABC, começar as 14h00 e adentrar a noite com o Accept celebrando 45 anos de vida no lançamento do mais recente disco Humanoid. Passou batido e vida que segue.

Sobrou para o Skalyface, de Osasco (SP) e formado em 2020, a tarefa de abrirem o evento. Fizeram uma apresentação pontual, direta, com repertório curto para ir aquecendo o lugar, que realmente começou a ficar quente e abafado com ar condicionado sem funcionar. Tocaram na íntegra o EP “Dark Angel”, um cover de The Evil That Men Do (Iron Maiden), que teve a participação do vocalista Raphael Dantas, mas tudo sem muita expressão. 

Não deram aquela sacudida que uma banda de abertura precisa, por isso, ao meu ver, o feedback teria sido maior tendo mais bandas antecedendo o show, pois haveria um equilíbrio no conjunto do evento preparado para o Accept, e de fato, há sempre uma grande expectativa na abertura de um show quando se tem um clássico fechando a noite.

O Accept cumpriu seu papel, fez tudo que faltou e mais um pouco... emocionaram o público! Quem teve o privilégio de assisti-los no Santo Rock Bar com som e iluminação em perfeitas condições, sentiu um momento único de bangear, cantar as letras e não tirar os olhos do palco. 

O lugar proporcionou com muita qualidade a performance dos caras ao vivo, independentemente de onde a pessoa estava, foi muito positivo pois a banda interagiu a todo momento. O trio com Wolf Hoffmann (clássico e carismático guitarrista da formação original) junto a Joel Hoekstra e Uwe Lulis que não saturaram as guitarras, ouvia-se tudo perfeitamente bem. 

O baixo de Martin Motnik e a bateria de Christopher Williams deram o peso que toda aquela estrutura merecia.

Quem dispensa apresentações é o vocalista Mark Tornillo, que fará 70 anos em junho próximo, chega ao seu 6º disco desde 2009 à frente do Accept. 

Realmente, assisti-lo pela primeira vez deixa a sensação de como um vocalista vem para ficar, cuida da sua força e saúde vocal, da afinação, postura de palco, põe a galera para cantar, além de dar continuidade na história em que o Accept começou no Heavy, Speed e Power Metal. Um show impecável! Ele e Wolf Hoffmann foram personalidades marcantes na noite.

Do repertório, apresentaram algumas músicas do disco novo, destaque para The Reckoning e Humanoid, intercalaram com os clássicos da discografia antes e pós-UDO, claro, sem deixar de fora músicas que gastaram meus discos de adolescente: Midnight Mover, Metal Heart, Fast As A Shark e Balls To The Wall.

No geral, casa cheia, boa estrutura, pontualidade, horário excelente para voltar para casa. Entretanto, poderiam colocar mais bandas de abertura começando mais cedo? Sim! Ligar o ar condicionado pois o lugar é fechado e saiu todo mundo derretendo do lugar? Sempre! Melhorar o atendimento de quem consome bebidas lá dentro? 

Essa parte precisa melhorar bastante pois havia uma regra: quem pedia a cerveja mais cara era atendido primeiro! Quem pedia a cerveja em mais barata para tomar e curtir o show, fazia o pagamento e ficava um bom tempo esperando (que foi meu caso e de várias pessoas em volta que estavam presentes). Essa regra de consumo hierarquizado pela condição do bolso de cada um realmente foi uma novidade.

Enfim, uma noite inédita e memorável para o ABC Paulista, no qual já passaram pela casa Primal Fear, Tim "Ripper" Owens e Vinny Appice. 

O fã fez sua parte e compareceu, inclusive muitos amigos de cidades vizinhas de longas datas foram, alguns viajaram para reencontrar-se e ver de perto essa lenda do Heavy Metal alemão, onde fez uma apresentação digna, clássica carimbando com muita honra seu nome e fidelidade ao som por quase 5 décadas. Voltem sempre Accept!!!


Texto: Roberto Bertz (Fanzine Pandemia)

Fotos: Amanda Vasconcelos

Edição/Revisão: Gabriel Arruda 


Realização: Dark Dimensions 

Mídia Press: JZ Press

Links relacionados: Entrevista 


Accept

The Reckoning

Humanoid

Restless And Wild

Midnight Mover

London Leatherboys

Straight Up Jack

Dying Breed

Zombie Apocalypse

Riff Orgy

Breaker

Shadow Soldiers

Frankenstein

Princess Of The Dawn

Metal Heart

Teutonic Terror

Pandemic

Fast As A Shark

Balls To The Wall

I’m A Rebel


terça-feira, 10 de março de 2020

Re- Machined: O Metal dos anos 80 e NWOBHM "Re-Usinado"



Com sua demo homônima, a banda de Mainz (Alemanha), o RE-MACHINED, chamou logo atenção no underground alemão em 2018, angariando admiradores e fãs. Com músicos que são experientes e competentes, a banda empolga com seu Heavy Metal pesado e clássico, com nuances Hard, trazendo solos delicados de guitarra e melodias cativantes.

Receberam inúmeras críticas positivas em publicações impressas e on-line rapidamente levaram a solicitações de shows e resultaram em concertos como banda de apoio para Manilla Road, Gun Barrel , Bonfire  e Trance.

O debut "Wheels Of Time" traz a inspiração e a marca de grandes ícones do Metal 80's, principalmente o Accept, para situar o leitor. O timbre vocal e a maneira de cantar soa como um encontro de Udo com Biff Byfford.  Asc músicas trazem um ênfase nos riffs e refrãos marcantes, trazendo melodias cativantes. 


Não há baladas, nem covers, nem teclados; no entanto, não há fôlego! Há uma variedade bem legal, entre músicas mais cadenciadas, com algumas mais velozes, trazendo em sua maior parte as citadas influências do Metal e Hard/Heavy anos 80 e NWOBHM, mas também algumas nuances 70's e até algo do Power Metal atual.

Músicas como "Brother Sun, Sister Moon", com suas guitarras dobradas e melodias marcantes, ou "In My Life" respiram o espírito do final dos anos 70 e tem aquela mescla do Hard e Heavy, e o próprio release cita Thin Lizzy e Demon e com razão.

 Destaques: é um álbum muito homogêneo, daqueles de curtir do início ao fim, mas cito a abertura explosiva e pesada de "Heart on Fire", com seu baixo poderoso, riffs e melodias cativantes, e principalmente o refrão, que gruda de imediato; "Prisoner", que traz algo de Saxon, principalmente nos vocais.


O impacto de velocidade de "Fear", o peso dos riffs de "Re-Machined", onde as influências do Accept clássico pulsam, e "Change Your Mind", que mescla levadas mais cadenciadas e pesadas com passagens melodiosas na ponte e refrão.

O renomado produtor Markus Teske, que tem no currículo trabalhos com SAGA , UDO e The New Roses, foi encarregado de mixar "Wheels Of Time".

Altamente indicado a fãs das influências citadas, como Saxon, Accept e NWOBHM. Uma bela estreia, carregada de Heavy Metal e Hard Rock cativante, de grandes riffs e refrãos, pronto para agradar os headbangers que procuram novos nomes que tragam aquela sonoridade clássica, sem soar como uma mera cópia! 

Texto: Carlos Garcia

Banda: Re-Machined
Álbum: "Wheels of Time" 2020
País: Alemanha
Estilo: Heavy Metal, 80's Heavy Metal, Hard Rock
Selo: Pride & Joy Music

Site Oficial

Line-up:
Horst Pflaumer: Guitar
Volker Brecher: Drum
Bruno Strasser: Bass
Thomas Ritter: Vocal
Andreas Glanz: Guitar

Tracklist
1.            Heart on Fire    
2.            Prisoner             
3.            Brother Sun, Sister Moon          
4.            Re-Machined   
5.            In My Life          
6.            Wheels of Time              
7.            To Hell and Back             
8.            No Master         
9.            Killing Words    
10.          Fear       5:00      
11.          Change Your Mind
12.          Paradise Lost