Por Gabriel Arruda, junto com Marcos Lopes, do After do Caos
Fotos: Christoph Vohler | Paula Cavalcante
Desde que
voltou aos holofotes com o excelente “Blood Of The Nations” (2010), o Accept
não para de compor ótimos trabalhos e fazer shows calorosos, que fazem até o público cantar os solos de guitarra, como disse o guitarrista e fundador Wolf
Hoffmann.
Antes de lançar
o novo álbum, “Humanoid”, e embarcar para uma série de shows pela América
Latina e Brasil, Wolf conversou rapidamente conosco falando um pouco sobre os
fãs brasileiros, o novo álbum e o que podemos esperar da banda nos próximos
anos.
O Accept estará voltando à América
Latina e ao Brasil, especificamente, para uma sequência de shows. Toda às vezes
que a banda esteve aqui os shows foram lotados e, a maioria, com ingressos
esgotados. Há algum momento ou lembrança especial quando estiveram aqui?
Wolf Hoffmann: Os fãs brasileiros são um público
incrível, nossos fãs brasileiros do Accept são os melhores do mundo. Eu diria
que temos ótimas lembranças deles cantando junto conosco. Sabe como é? cantando
junto partes das músicas ao vivo. Às vezes, eles cantam junto com solos de
guitarra, e é como se fosse uma recepção calorosa em casa toda vez que estamos
no Brasil.
No ano passado a banda se apresentou na
primeira edição do festival Summer Breeze, que também acontece todo ano na
Alemanha. Como foi a experiência de tocar em mais um grande festival em São
Paulo, já que, em 2015, vocês também tocaram no Monsters Of Rock?
Wolf Hoffmann: Sim, quero dizer, nós amamos tocar em
festivais porque você consegue alcançar um público maior e você consegue
alcançar fãs que você normalmente não consegue atrair quando faz shows como
atração principal. Mas é sempre uma bela ocasião para conhecer novos fãs, e
tenho lembranças fantásticas de tocar em ambos os tipos de eventos. Como eu
disse, o público brasileiro é incrível e nós os amamos.
Em paralelo aos shows de maio, o Accept
estará lançando seu novo álbum, “Humanoid”, o primeiro com a gravadora Napalm
Records. As duas músicas que foram lançadas mostram que será mais um grande
disco. O que mais podemos esperar deste trabalho e como foi o processo de
composição?
Wolf Hoffmann: Eu acho que você pode esperar um álbum típico do Accept, que realmente vai te surpreender assim que você o colocar. Vai soar 100% como o Accept que você conhece, mas ao mesmo tempo são novas e excitantes músicas que realmente se encaixam nos tempos em que vivemos, principalmente a faixa-título, "Humanoid", que fala sobre inteligência artificial e o tema do homem versus máquina.
Mas mesmo as outras 10 faixas ou mais que temos no álbum, elas são típicas músicas de metal que os fãs vão adorar. Temos uma ótima música lenta neste álbum também, é uma espécie de balada chamada "The Ravages of Time", e você sabe, é impossível descrever o álbum inteiro. Eu acho que no fim você terá que esperar até tenha lançado, só vai demorar mais algumas semanas.
E já está definida a data não é? Acredito que estejam ansiosos.
Wolf Hoffmann: 26 de abril, o novo álbum será lançado mundialmente pela Napalm Records, e estou realmente muito animado para os fãs ouvirem este álbum. Tocaremos músicas novas quando formos ao Brasil, então com certeza apresentaremos algumas delas ao vivo já pela primeira vez em estreia mundial.
Nesse começo de ano, o Saxon e o Judas
Priest lançaram álbuns incríveis, e o Accept não será diferente, já que desde o "Blood of the Nations" (2010) lançam discos que sabemos que, quando estivermos ouvindo,
é um disco do Accept. Ao lado dessas bandas, vocês sentem que estão à frente do
Iron Maiden em questão de compor novas músicas, já que eles não lançam um
trabalho convincente há anos?
Wolf Hoffmann: Acho que em poucos segundos você ouvirá
e vai perceber que este é um novo álbum do Accept. Quando você colocá-lo,
parecerá muito familiar, e é isso que realmente estávamos procurando. E tenho
que dar muito crédito ao Andy Sneap por sempre trazer a certeza de que
estávamos no caminho certo. E sim, eu acho que os fãs vão adorar esse novo
álbum. Então temos que esperar e ver quando isso acontecer, mas acho que será
muito emocionante.
Você é o único membro da formação
original a permanecer na banda. Aqui no Brasil, principalmente, as pessoas têm
uma certa resistência em não querer ver a banda se ciclano ou fulano não
estiver nela. Mas o Accept não sofreu com esse tipo de situação, pois tanto os
fãs mais novos e ‘old school’ abraçaram a atual formação. Como você resumiria
esse novo capítulo do Accept e se podemos esperar por muito mais coisas nos
próximos anos?
Wolf Hoffmann: Sim, você pode esperar muito mais nos
próximos anos porque ainda estamos no meio disso. Acho que ainda vamos fazer
muitos mais álbuns, e pessoalmente eu digo para mim mesmo toda vez: o melhor
show ainda não foi tocado e a melhor música ainda não foi lançada. Acho que
ainda estamos querendo melhorar, e ainda estamos, você sabe, tocando em cada
show com todo nosso coração. Em geral, tenho que dizer que conseguimos um
pequeno milagre mudando de vocalista e realmente iniciando um novo capítulo de
muito sucesso na história do Accept. Quero dizer, ninguém poderia realmente ter
previsto tudo isso, porque todo mundo sabe que uma das coisas mais difíceis de
se fazer na história de uma banda é mudar de vocalista, porque um cantor é a
voz da banda e a identidade dela. Mas realmente fizemos o impossível com Mark,
nós realmente quase superamos nosso antigo período do Accept, você sabe, há
muitos fãs que diriam que sempre gostarão, você conhece, "Balls to the
Wall" e "Princess of the Dawn", mas eles realmente gostam tanto
das coisas novas ou talvez até mais do que alguns dos antigos clássicos, e é
uma grande honra para nós que isso significa que realmente, sim, alcançamos o
impossível. Isso também me deixa muito feliz.
Agradecimentos a Dark Dimensions e a JZ Press pelo agendamento desta entrevista!
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