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quarta-feira, 29 de maio de 2013

Vandroya: Confira Clipe Oficial e Ainda os Bastidores da Gravação nas Palavras de Daísa Munhoz


Seguindo mais uma etapa da divulgação do seu elogiado primeiro trabalho, "One", a Vandroya lançou recentemente seu primeiro vídeo oficial, produzido pela MondoCão Filmes e dirigido por Paulo Verdu Júnior. A música escolhida foi a balada "Why Should We Say Goodbye", que é, praticamente, um "hit" da banda, sendo uma excelente escolha, por ser uma faixa com melodias e refrãos marcantes, e que tem aquela qualidade de "grudar" na mente de imediato.

O vídeo é bem feito e criativo, e, mesmo com orçamento limitado e pouco tempo para gravação, o resultado final ficou muito bacana, já estando no youtube há alguns dias. Vale destacar que Daísa se saiu muito bem, demonstrando bastante naturalidade, afinal, a experiência como "frontwoman" que vem adquirindo, certamente ajudou bastante.

Para saber como foi a experiência do primeiro vídeo oficial, conversamos com a vocalista Daísa Munhoz para nos contar um pouco mais sobre essa oportunidade de gravar o primeiro clipe da banda, os bastidores da gravação e o seu dia de atriz! Confira abaixo o que nossa Metal Godess nos contou:


"Quando começamos a procurar produtoras para fazer o clipe, fomos apresentados ao Junior, da MondoCão Filmes. Marcamos uma única reunião e já saímos de lá com o story board praticamente pronto, pois já tínhamos uma ideia do que queríamos, e o Junior complementou essas ideias com outras mais incríveis ainda, e tudo dentro do nosso orçamento, que era bem pequeno, diga-se de passagem."

"Seriam três locações e tentaríamos fazer isso tudo em único dia, portanto elas teriam que ser próximas: e eram, mas mesmo assim foi uma loucura total, um corre-corre por São Bernardo do Campo e Santo André. Fechamos uma equipe pequena (e muito eficiente) de 4 pessoas da produtora, mais a Gabriela Silva, maquiadora e cabeleireira que nos acompanhou em todas as locações."

"As primeiras cenas que gravamos, logo de manhãzinha, foram as do “quartinho rabiscado”. Eu achei que eu fosse dar muito trabalho com minhas crises de riso e vergonha, mas na segunda tomada eu já estava à vontade e fazendo tudo por instinto, me concentrando na letra da música e entrando naquele universo desesperador de fim de relacionamento, e foi tudo muito rápido. "

"Em seguida corremos para o galpão onde gravamos as cenas com a banda. As gravações dessas cenas foram rápidas e os meninos foram incríveis: não precisamos repetir nenhuma tomada, saiu tudo de primeira. 


Depois da loucura pra desmontar todo o set, ainda faltava a cena da piscina, que foi simples, sem frescura e igualmente rápida, mas isso por conta do frio imenso que eu estava sentindo. Foi sofrido! Quando terminamos, o cansaço era imenso, mas a alegria e satisfação de ter gravado nosso primeiro clipe invadiu nossos corpos! Voltamos para São Paulo tagarelas e terminamos a noite bebendo cerveja e dando trabalho para os vizinhos do Otávio (Nuñez)."

Texto: Carlos "Caco" Garcia
Fotos: Divulgação

Acesse aqui o canal oficial da banda no youtube e assista ao clipe (Check Here the Video). Abaixo, o teaser.



Now it's time,
I feel that it can't be the end
How could we just live without our love?
Saying goodbye,
it's not the thing I want yet
And don't have those moments anymore

Remember All the words you said to me
That couldn't be a lie

When you try to say the truth
I am standing here for you
Dreaming of a nearly past,
trying to be and do the best
While you're breaking up my heart
I'm counting the stars,
tell me why,
Why should we say goodbye?


Tell me now,
how can I just live without
The life that we had dreamed once before
Save me now,
my heart is tired of fight it out
Stop this pain and close this dammed hole

Remember All the words you'd heard from me
Coz' it you can't deny

When you try to say the truth
I am standing here for you
Dreaming of a nearly past,
trying to be and do the best
While you're breaking up my heart
I'm counting the stars,
tell me why,
Why should we say goodbye?

I must be just dreaming
You said you loved me so believe me
There's a light that I've met in you and
it's the only way to save me
When you are so distant
I cannot stand my own existance
There's a flame that still burns here inside my heart

This nightmare won't free me
Oh baby, don't you dare to live me
Coz' you're inside my heart



When you try to say the truth
I am standing here for you
Dreaming of a nearly past,
trying to be and do the best
While you're breaking up my heart
I'm counting the stars,
tell me why,
Why should we say goodbye?

While you're breaking up my heart
I'm counting the stars,
tell me why,
Why should we say goodbye?
Why should we say goodbye?






Get ONE at:
http://www.innerwound.com (Europe and North America)
http://www.spiritual-beast.com (Asia)
http://www.voicemusic.com.br (Latin America)
http://www.vandroya.com (Brazil)

Vandroya é:

Daísa Munhoz (Vocal)
Marco Lambert (Guitarra)
Rodolfo Pagotto (Guitarra)
Giovanni Perlati (Baixo)
Otávio Nuñez (Bateria)

Acesse e conheça mais sobre a banda
Facebook

domingo, 31 de março de 2013

Entrevista: Vandroya - Separando Sonhos de Expectativas



Nascida em 2001, na cidade de Bariri (SP), a Vandroya começou como tantas outras bandas, ou seja, apenas alguns "moleques" fãs de Heavy Metal, que formaram um grupo para tocar covers de seus ídolos. (TO READ ENGLISH VERSION, CLICK HERE)

Com o tempo passando, logo sentiram a necessidade de criar suas próprias músicas, lançando o EP "Within the Shadows", em 2005. Porém, devido a indefinições, trocas na formação, falta de condições de investir na banda e outras dificuldades, fizeram o grupo quase desistir. Porém, para o bem da cena Metálica, felizmente as coisas começaram a tomar novo rumo, e com uma formação reformulada, e também graças a boa visibilidade que a talentosa Daísa Munhoz ganhou com seu trabalho junto a Soulspell  Metal Opera, de Heleno Vale, mais olhos se voltaram ao potencial e talento da Vandroya.

Finalmente dado mais um grande passo, que foi o lançamento do debut  "One", distribuído no exterior pelas gravadores Inner Wound Recordings e Spiritual Beast, e no Brasil pela Hellion Records, a banda vem colhendo os frutos, sempre, como Marco comenta nesta entrevista, mantendo os pés no chão e celebrando cada conquista, tendo excelentes resenhas e notas na mídia especializada. Conversamos com Daísa Munhoz e Marco Lambert para falar um pouco mais a respeito desse momento, e, claro, sobre o álbum "One".


RtM: Gostaria que vocês descrevessem o sentimento de,  finalmente, ter o seu “debut”  lançado. Lembro que a Daísa, em entrevista para o Road em 2010, chegou a dizer que era o “Chinese Democracy” de vocês, fazendo uma brincadeira, um tipo de paralelo, com o álbum dos Guns, que ficou tempos naquele sai –não-sai!
Marco Lambert: Essa analogia foi perfeita (risos). Hoje mais do que nunca eu acredito que as coisas aconteceram no momento certo. Quando lançamos nosso Ep “Within Shadows” em 2005, não estávamos preparados para gravar um disco inteiro. Nós já conversamos muito sobre esse assunto e chegamos à conclusão que se tivéssemos lançado um disco em 2007 ou 2008, é bem provável que ele seria apenas mais um disco de Metal mal gravado e mal produzido.

É evidente que 11 anos é muito tempo para lançar um álbum, mas esse tempo foi fundamental pra adquirirmos maturidade musical e pessoal. Estamos muito contentes com o resultado que “ONE” tem alcançado, tanto no Brasil quanto no exterior. Sinceramente, não esperávamos tudo que está acontecendo, pois temos os pés no chão e sabemos que é um mercado muito difícil.


RtM: O álbum vem recebendo muitos elogios, sendo que foi lançado no Japão primeiramente, e já temos agora a edição nacional. Contem pra gente como foram surgindo essas oportunidades e o interesse dos selos do exterior.
Daísa Munhoz: Posso dizer que tudo começou a partir do momento que meu nome ganhou mais visibilidade, é claro. Nossos vídeos começaram a ser mais acessados e a Inner Wound, mesma gravadora da Soulspell, entrou em contato. Eles sabiam que estávamos em estúdio e pediram pra ouvir o material. Eles gostaram tanto que batalharam por um selo na Ásia também. 

Acabamos assinando com a Spiritual Beast do Japão, que fez a melhor proposta. Isso tudo foi uma enorme surpresa pra gente, e comemoramos cada conquista. Já quanto ao selo brasileiro, o contato aconteceu enquanto mixávamos o disco em São Paulo.


RtM: E ainda quanto esta excelente receptividade, como vocês estão vendo? Está tendo o retorno que vocês esperavam?
Marco Lambert: Sem dúvida é muito gratificante ler as resenhas positivas, com ótimas notas, vindas de todas as partes do mundo, ver que os fãs estão gostando de "ONE", e que a espera por esse disco valeu a pena. Mas como eu já disse, não esperávamos absolutamente nada, está tudo sendo novidade pra gente. Hoje em dia a cena do Metal vive uma realidade muito diferente da cena vivida nos anos 80 e 90, existem muitas bandas, muitos lançamentos e o mercado de hoje é extremamente exigente.

Preferimos trabalhar sem criar expectativas com relação a nada dentro da Vandroya, queremos nos surpreender com cada coisa que possa acontecer, a cada dia. Nós conseguimos separar expectativas de sonhos. Eu acredito que sonhar faz você trabalhar muito em prol de algo que você deseja, mostra diversos caminhos pra você tentar realizar seus objetivos. Mas quando você confunde sonhos com expectativas, só existe um caminho, o da frustração.



RtM: A banda esteve parada por um tempo, mas depois foi reunindo forças e está aí com um grande álbum nas mãos. Gostaria que vocês falassem sobre os momentos difíceis, e de como a banda foi buscando forças para retornar a cena até chegar no momento atual.
Daísa Munhoz: ficamos parados por um bom tempo. Basicamente, nosso maior problema foi a entrada e saída de integrantes, pois cada vez que se muda a formação é como se você estivesse começando do zero. Éramos moleques, muitos sem saber ainda se ia pra faculdade, se não ia, o que queriam fazer da vida, outros se casando e desistindo da cena, essas coisas. Fora a falta de dinheiro pra injetar na banda. Também acredito que a falta de maturidade pra lidar com esses problemas afetou nossa decisão de dar um tempo com as atividades da Vandroya, mas como o Marco disse, ainda bem que aconteceu dessa forma, pois tenho certeza que essa mesma falta de maturidade ia contribuir e muito para o lançamento de um péssimo disco.


RtM: Sobre as composições em “One”, vocês poderiam falar a respeito de como foi a escolha das músicas para o álbum? Pois, a banda iniciou as atividades em 2001, teve o EP “Within The Shadows”, então, provavelmente vocês já tinham também outras ideias e composições, muitas devem ter sido descartadas, outras rearranjadas e algumas novas compostas. E ficou algum material já para um próximo lançamento?
Marco Lambert: Essa foi uma tarefa bem difícil, pois quando decidimos que gravaríamos “ONE”, nós tínhamos apenas quatro músicas prontas, sendo que duas delas faziam parte do EP de 2005. Também tínhamos muitos fragmentos. Eu gosto muito de compor dessa forma, ir anotando tudo e depois avaliando as ideias. 

Decidimos então regravar as músicas do EP, com pequenas mudanças, principalmente nos teclados. A partir daí a missão foi juntar os fragmentos e transformar tudo aquilo em música. Vamos começar a trabalhar no novo álbum em breve, mas não temos nada de concreto ainda, apenas algumas coisas que sobraram, e que precisam passar por uma nova avaliação.


RtM: E sobre a faixa “Change the Tide”, que aparece também no “Hollow’s Gathering”, do Soulspell. Ela teve a letra reescrita para encaixar na história desse álbum (Hollow’s)? E teve algum estranhamento por parte dos fãs por essa música ter sido lançada nos dois álbuns, e num espaço de tempo bem curto entre eles?
Daísa Munhoz: Essa música é de Daniel Manso, nosso ex-guitarrista , e sim, ela tinha outra letra, uma letra minha. Gravamos e engavetamos, pois naquele momento não tínhamos intenção de lançar um disco. Acontece que Heleno Vale se interessou pela música e na época das gravações de Hollow’s Gathering ele propôs usar a música no disco da Soulspell mudando a letra para que esta se encaixasse na história, de modo que a musica passaria a ser de ambas as bandas. 

Somente os vocais foram regravados (N. do R.: na versão de que está no "One", há a participação de Leandro Caçoilo), o instrumental é o mesmo nos dois discos. Os fãs gostaram, eles só talvez ainda não saibam o porquê disso (risos). Por causa de tramites de gravadoras e outros empecilhos, que são normais, ambos os discos sofreram alterações em suas datas de lançamento, por isso a proximidade.


RtM: E sobre esse time maravilhoso de músicos que compõem a Banda? Como vocês foram se reunindo através destes anos? Influências que acabam compondo a personalidade e sonoridade do Vandroya certamente!
Daísa Munhoz: Esta banda começou com um grupo de moleques que se reunia no domingo pra tocar Metal, pra praticarmos, sem a menor intenção de ir além disso. Porém, as coisas foram mudando, a vontade de compor apareceu, muitos acabaram saindo, voltando, saindo de novo, e dos fundadores da banda, só sobramos Marco, Rodolfo e eu. Mas tivemos a grande sorte de achar em uma cidade vizinha um baita baterista que conhecia um baita baixista, e que estavam muito a fim de levar a banda a sério. O Otávio é muito importante nessa banda. Quando tudo estava desmoronando, anos atrás, ele não esmoreceu e nos deu muita força pra reerguermos a banda e também é meu parceiro em algumas letras. O Giovanni também é um cara sensacional. Somos todos muito amigos e os nossos encontros são sempre muito divertidos.

A Vandroya em tempos idos.
RtM: Temos visto vários lançamentos de bandas brasileiras por selos estrangeiros, selos que também têm investido em novos lançamentos, com bandas novas e bandas clássicas, como é o caso da Nuclear Blast, Napalm Records, Frontiers... inclusive com edições em vinil e edições especiais. Temos visto mais reportagens na tv falando de Metal, inclusive mais programas de TV e mais espaço para o estilo, temos grandes festivais pelo mundo. Vocês acreditam que vivemos novamente um momento favorável para o Hard/Metal, claro, talvez não chegará a tanto, mas poderá chegar perto novamente num momento como foi nos anos 80? Como vocês veem o futuro do estilo?
Marco Lambert: Tudo isso que está acontecendo com o Metal, principalmente quando atinge a mídia que não é especializada no assunto, é de extrema importância, mas ainda é muito pouco para resolver o problema. Eu acho que hoje em dia, existe muito mais público de Metal, muito mais bandas, festivais e facilidade em adquirir produtos e informações sobre as bandas, coisas que faltavam nos anos 80. A cena nunca foi fácil, mas atualmente temos que suar mais ainda a camisa pra conseguir alguma coisa, principalmente as bandas brasileiras. 



O Brasil hoje é rota obrigatória em turnês das bandas de fora, ou seja, mercado existe. Mas é claro, não adianta ficar reclamando e não fazer nada. As bandas brasileiras precisam fazer sua parte, que é gravar um material com qualidade, e trabalhar intensamente para fazer shows com a mesma qualidade do disco. Obviamente, o público tem que apoiar cada vez mais o Metal nacional, e os produtores organizarem shows em que haja respeito com as bandas e principalmente com o público.

RtM: Marco, conte um pouco pra gente sobre como começou a tocar, suas influências como guitarrista.
Marco Lambert: Comecei a tocar com 17 anos, e iniciei meus estudos sozinho, nunca tive aulas de guitarra ou violão. Pouco tempo depois montei uma banda com uns amigos. Isso já faz um bom tempo rsrsrsrrsrs. Passei por diversas bandas, e toquei diversos estilos musicais antes de entrar de cabeça no Metal, apesar de sempre ter sido fã no estilo.



Em 2001 formamos a Vandroya, e foi um grande desafio pra mim, pois nunca havia tocado Heavy Metal com uma banda. Em 2010 fui convidado a fazer parte da Soulspell Metal Opera. Sobre minhas influencias, os guitarristas que eu mais gosto de ouvir tocar são John Petrucci (Dream Theater), Paul Gilbert (Mr. Big), Nuno Bettencourt (Extreme), Edu Ardanuy (Dr. Sin), Yngwie Malmsteen e Zakk Wylde.

RtM: Para a Daísa, a gente já perguntou em uma entrevista anterior (leia AQUI) a respeito das suas influências, então vou querer saber quais vocalistas da nova geração você admira, e com quem gostaria de dividir os vocais num próximo álbum, seja do Vandroya ou Soulspell?
Daísa Munhoz: Você sabe que eu só ouço velharia, né? Meus heróis estão todos no passado e eu quase nunca sei o que está rolando de novo para falar que eu admiro.  Mas sei que tem muita coisa boa acontecendo e eu destacaria a Fernanda Lira, da Nervosa. Ela tem muita técnica, vocês precisam ouvi-la cantar outros estilos que não só Thrash Metal.

A própria Fernanda também me apresentou uma banda chamada Fire Strike, que tem uma vocalista com um alcance absurdo. É um som bem oitentista; eu ficaria de olho neles. Mas quanto a dividir os vocais numa possível gravação, os nomes continuam os mesmos desde a minha primeira entrevista para o RtM: Anne Wilson e Russell Allen.

RtM: Lembro também que a Daísa estava treinando boxe. Como estão os treinamentos? Continua ainda praticando? E Você Marco? Tem treinado algo para o caso de ter de se defender? Heheheeheh!
Marco Lambert: Eu sempre tive muita vontade de praticar alguma luta, mas o tempo foi passando e eu nunca fui atrás. Admiro muito o Aikido e o Jiu Jitsu, mas infelizmente não tem como eu entrar para uma academia, acho que é um tanto quanto arriscado se contundir e ter que ficar parado sem tocar!!
Daísa Munhoz: Sim, eu continuo treinando e muito mais pesado agora (risos). Já incorporei o boxe na minha vida e não dá mais pra viver sem.

RtM: Obrigado a vocês pela entrevista, com certeza ainda virão muitas conquistas pela frente! Fica o espaço para sua mensagem final!
Marco Lambert: Agradecemos a vocês pelo espaço e aos amigos e fãs pelo apoio e receptividade ao nosso trabalho, estamos agendando vários shows e preparando também o clipe para a música "Why Should We Say Goodbye", que começara a ser gravado início de abril. Acompanhem os canais oficiais para novidades. Nos vemos na estrada!





Entrevista: Carlos "Caco" Garcia
Edição: Carlos Garcia
Revisão: Sir Allen
Fotos: Divulgação




Visite os canais oficiais da banda:
Site Oficial
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Na Diehard






Interview - Vandroya: Separating Dreams of Expectations



Born in 2001 in the city of Bariri (SP), the brazilian band Vandroya began like so many other bands,  just some "kids", Heavy Metal fans, who formed a group to play covers of their idols.

With time passing, soon felt the need to create their own music, releasing the EP "Within the Shadows" in 2005. However, due to uncertainties, line-up changes, lack of conditions to invest in the band and other difficulties, the group did almost give up. However, for the sake of Metal scene, thankfully things started to take a new direction, and with a new line-up, and also thanks to good visibility that talented  singer Daísa Munhoz won with her work with Soulspell Metal Opera,  more eyes turned to the potential and talent of Vandroya.

Finally taken another big step, which was the debut release of "One," distributed  by Inner Wound recordings and Spiritual Beast Records, and in Brazil by Hellion Records, the band has been reaping the benefits, with excellent reviews, notes and with many interviews around the world. We talked with Daísa Munhoz and Marco Lambert to talk a little more about the actual moment, and, of course, about the album "One".


RTM: Would you describe the feeling of finally having your "debut" released? Daísa, did you remember that, in an interview for the Road in 2010,   you sayd that "One" was your "Chinese Democracy", of you making a joke, a kind of parallel with the album of Guns and Roses, because a long time to release that !
Marco Lambert: This analogy was perfect (laughs). Today more than ever I believe that things happen at the right time. When we released our Ep "Within Shadows" in 2005, were not prepared to record an entire album. We've talked a lot about this subject and come to the conclusion that if we had an album released in 2007 or 2008, it's likely that it would be just another album poorly written and poorly produced.

It is clear that 11 years is too long to release an album, but this time was crucial to acquire personal and musical maturity. We are very pleased with the result that "ONE" has achieved, both in Brazil and abroad. I honestly did not expect all that is happening, because we have our feet on the ground and know that it is a very difficult market.

RTM: The album has received many good reviews, and was released in Japan first, and now we have a national edition. Tell us how were these emerging opportunities and the interest of the labels.
Daísa Munhoz: I can say that it all started from the time that my name has gained more visibility, of course. Our videos began to be more accessible and Inner Wound, Soulspell's same label, contacted. They knew we were in the studio and asked to hear the material. They liked it so much that battled for a label in Asia too.

We ended up signing with Spiritual Beast in Japan, who made the best proposal. This was all a huge surprise for us, and we celebrate each achievement. As for the Brazilian label, the contact occurred while we mixed the album in Sao Paulo.


RTM: And as this excellent reception, as you are seeing? Are you having the return you expected?
Marco Lambert: No doubt it is very gratifying to read the positive reviews, with excellent grades, coming from all parts of the world, see what the fans are enjoying "ONE", and that the wait for this album was worth. But as I said, we did not expect anything at all, it's all being new to us. Today, the metal scene is experiencing a very different reality scene experienced in the 80s and 90s, there are many bands, many releases and today's market is extremely demanding.

We prefer to work without creating expectations of anything in the Vandroya, we want to surprise us with every thing that can happen every day. We managed to separate dreams of expectations. I believe that dreaming makes you work hard towards something you want, shows several ways you try to accomplish your goals. But when you confuse dreams with expectations, there is only one way, the frustration.


RTM: The band was stopped for a while, but then it was gathering strength and is here with a great album in hands. Would you talk about the tough times, and how the band was trying to return forces to reach the scene at the moment.
Daísa Munhoz: We stood for a long time. Basically, our biggest problem was the constant exchange of members, because each time you change the formation is as if you were starting from "zero". We were kids, many still do not know if he was going to college, if there was not... what they wanted to do in life, marrying and giving up of music. Outside the lack of money to inject into the band. I also believe that the lack of maturity to deal with these problems affect our decision to take a break with the activities of Vandroya, but as Marco said, glad it happened that way because I'm sure that this same lack of maturity at that time, probably result in a bad album.


RTM: About the compositions on "One", could you talk about how it was the choice of songs for the album? Well, the band started its activities in 2001, had the EP "Within The Shadows", then you probably also had other ideas and compositions, many must have been discarded, others rearranged and some new compounds. And already got some material for an upcoming release?
Marco Lambert: That was a very difficult task, because when we decided that recorded "ONE", we had just finished four songs, two of which were part of EP. We also had many fragments. I really like this way of composing, writing down everything and go after evaluating ideas.

So we decided to rerecord the songs from the EP, with minor changes, mainly on keyboards. From there the mission was to gather the fragments and transform everything into music. Let's start working on the new album soon, but we have nothing concrete yet, just a few things left over, and they need to go through a reassessment.


RTM: What about the song "Change the Tide," which also appears in Soulspell's Act III "Hollow's Gathering". It had the lyrics rewritten to fit the story of this album (Hollow's Gathering)? And there was some estrangement from the fans for this song was released on two albums, and in a very short space of time between them?
Daísa Munhoz: This song was written by Daniel Manso, our former guitar player, and yes, it had another lyrics. We recorded and engavetamos because at that time we had no intention of releasing an album. Turns out Heleno Vale became interested in music at the time and the recordings of Hollow's Gathering he proposed the use of music on the disc Soulspell changing the lyrics so that it would fit in the story, so that the music would be of both bands.

Only the vocals were rerecorded (N. R.: in the version that is in the "One", is attended by Leandro Caçoilo), the instrumental is the same on both discs. The fans liked it, they just may not yet know why this (laughs). Because of proceedings of labels and other impediments, which are normal, both discs have changed in their release dates, so the proximity.


RTM: What about this wonderful team of musicians that comprise the band? As you were coming together through these years? Influences that end up composing the sound and personality of Vandroya indeed!
Daísa Munhoz: This band started with a group of kids who gathered on Sunday to play Metal, to practice, without the slightest intention of going beyond that. But things were changing, the desire to compose appeared, many ended up leaving, coming back, coming back, and founder of the band, only left Marco, Rodolfo and me. But we had the great fortune to find in a neighboring town one hell drummer who knew a hell of a bass player, and they were very ready to take the band seriously. Otávio ​​is very important in this band. When everything was falling apart, years ago, he faltered and gave us a lot of strength, and he is also my partner in some lyrics. Giovanni is also a phenomenal guy. We are all great friends and our meetings are always fun.

Vandroya few years ago
RTM: We have seen several releases of Brazilian bands by foreign labels. Labels that have also invested in new releases, with new bands and classic bands, such as Nuclear Blast, Napalm Records, Frontiers ... including vinyl editions and special editions. We have seen more reports on tv talking about Metal, even more TV shows and more space for the style, we have many festivals around the world. Do you believe we live again in a favorable moment for Hard / Metal, of course, may not come to much, but you can get close again at a time when it was in the 80s? How do you see the future of style?
Marco Lambert: It's what's happening with the metal, especially when it reaches the media that is not specialized in this field, is of utmost importance, but it is too little to solve the problem. I think today there is much more public to Metal music, more bands, festivals and ease in acquiring products and information about the bands, things that were missing in the 80s. The scene has never been easy, but today we have even more difficulties to get something, especially the Brazilian bands.

Today Brazil is mandatory route to the band's tours, yeah market exists. But of course, no use complaining to stay and do nothing. The Brazilian bands need to do their part, which is to record a material with quality, and work hard to do shows with the same quality of the disc. Obviously, the public has to support increasingly the National Metal and producers organize gigs with good conditions to the bands and especially to the public.


RTM: Marco, tell us a bit to us about how he started playing, your influences as a guitarist.
Marco Lambert: I started playing at 17, and started my studies alone, never had guitar lessons. Shortly after I put together a band with some friends. It's been a long time rsrsrsrrsrs. I went through several bands, and played various musical styles before entering headfirst into the metal, although always been a fan in style.

In 2001 we formed the Vandroya, and it was a big challenge for me because I had never played with a Heavy Metal band. In 2010 I was invited to join the Soulspell Metal Opera. About my influences, guitarists that I like to hear playing are John Petrucci (Dream Theater), Paul Gilbert (Mr. Big), Nuno Bettencourt (Extreme), Edu Ardanuy (Dr. Sin), Zakk Wylde and Yngwie Malmsteen.


RTM: To Daísa we already ask in a previous interview about their influences, so I wonder what the new generation of singers you admire, and with whom you would share vocals on a forthcoming album of Vandroya or Soulspell?
Daísa Munhoz: You know I just hear old stuff, no? My heroes are all in the past and I almost never know what's going to speak again that I admire. But I know I have a lot of good happening and I would like to talk about Fernanda Lira, from Nervosa band. She has great technique, you need to hear her sing other styles that not only Thrash Metal.


Herself, Fernanda, also introduced me to a band called Fire Strike, which has a vocalist with a range absurd. It is a well-eighties sound, I'd keep an eye on them. But as for a possible split vocal recording, the names remain the same since my first interview with RTM: Anne Wilson and Russell Allen.



RTM: I also remember that Daísa was training boxing. How are the workouts? Did you still practicing? And you Marco? Are you training for the case of having to defend yourself? (Marco and Daísa are married) Heheheeheh!
Marco Lambert: I always had a strong desire to practice some fighting, but time went by and I never went back. I admire the Aikido and Jiu Jitsu, but unfortunately i cannot join to gym, I think it is somewhat risky to getting hurt and having to go without playing guitar!

Daísa Munhoz: Yes, I keep training and much heavier now (laughs). Already incorporated boxing into my life and there's no more way to live without.

RTM: Thank you for the interview, surely many achievements still to come ahead!I left this final lines for your message to the fans!
Marco Lambert: Thank you for the space and to friends and fans for their support and responsiveness to our work, we are scheduling several shows and also preparing the clip for the song "Why Should We Say Goodbye," which began to be recorded early April. Follow the official channels for news. See you on the road!





Interview: Carlos "Caco" Garcia
Editing: Carlos Garcia
Review: Sir Allen
Photos: Disclosure




Visit the official channels of the band:








                         




segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Vandroya: Inspirado e Cheio de Vida!



Experiência, aliada a profissionalismo, paciência e, claro, excelentes músicos só poderiam resultar em uma coisa: um álbum perfeito (para proposta oferecida), empolgante e, por que não, genial! Esses são alguns dos adjetivos que destacam o álbum de estreia da banda paulista Vandroya, que veio ao mundo no começo do ano sob o nome de "One".

Vindos de Bairiri (SP), o Vandroya iniciou suas atividades em meados de 2001, e deste então vem lutando arduamente na cena, sendo que em 2005 lançaram o EP "Whitin Shadows", onde receberam excelentes críticas da mídia especializada, e também tiveram ótima receptividade do público.

Para quem não conhece a banda, o Vandroya vem se destacando na cena ano após ano (apesar de terem passado por um período de dúvidas), pois além de músicos de talento, tem a sua frente a bela voz de Daísa Munhoz, que foge de todos os clichês atuais que se possa ter de bandas com uma frontwoman. 


A banda ganhou mais visibilidade depois das participações de Daísa, Marco Lambert e Rodolfo Pagotto (guitarras) no Metal Opera Soulspell (capitaneado pelo baterista Heleno Vale), onde mostraram para todo Brasil seus potências, despertando a curiosidade de muitos de como soaria o álbum de estreia do Vandroya.

E posso dizer que valeu a espera por "One", pois o que encontramos neste trabalho é o melhor do Power/Melódico, refrões grandiosos, riffs rápidos e quebrados, solos virtuosos (bem dosados), e uma cozinha rápida e certeira, tudo que um grande álbum do estilo proporciona.

Mas tudo isso não bastaria se não tivessem uma voz forte e potente a frente da banda, e neste quesito Daísa é competente com sobras, com certeza a melhor vocalista de Metal do Brasil, um timbre bem particular, que vai de momentos mais agudos, aos mais calmos e interpretativos, sendo um dos destaques do álbum.

A parte gráfica do trabalho é um show parte, com uma bela capa, além do encarte completíssimo e belo, que fará os bangers ficarem horas analisando os detalhes.

O trabalho de guitarras aqui apresentado não fica para trás, pois Marco e Rodolfo fizeram tudo em uma harmonia e sentimento que beira a perfeição, seja nos riffs, nas melodias pegajosas ou os solos com muita técnica e feeling.


Após a bela intro "All Becomes One", temos a rápida e certeira "The Last Free Land" com riffs velozes, uma cozinha arrebatadora de Giovanni Perlati (baixo) e Otávio Nuñez (bateria), e, claro, com uma linha vocal inspirada de Daísa, um refrão forte e marcante que soa no minimo empolgante.

"No Oblivion For Eternity" entra em cena com seu lado mais progressivo, lembrando os grandes momentos dos americanos do Dream Theater, riffs quebrados e uma levada mais cadenciada, que explode em um ótimo refrão.

Já em "Anthem (For The Sun)" temos o meio termo do Prog e do Melódico se entrelaçando, em uma faixa variada e ao mesmo tempo cativante, com Daísa dando um show de interpretação e com a dupla de guitarras mais do que afiada, disparando riffs e melodias certeiras para todos os lados.


Uma das coisas que me chamou bastante atenção no álbum, foi a inclusão da música "Change The Tide", composição que saiu originalmente no ato III do Soulspell, onde Daísa divide os vocais com Michael Vescera, mas na versão do Vandroya tivemos a voz de Leandro Caçoilo (ex-Eterna) ao lado da cantora, onde mantiveram a fidelidade da composição, mas com um duelo fantástico entre a dupla que chega a arrepiar.

Com certeza um dos grandes álbuns de 2013, que não peca em absolutamente nada, pois vale mencionar a produção do álbum que ficou a cargo do mestre Heros Trench (Korzus), que deixou o áudio perfeito, sendo um dos fatores que levam este lançamento às alturas, pois nada adiantaria ter excelentes composições, ótimos músicos, sem uma produção de primeira e é isso que encontramos aqui. 

Poderia ficar horas falando do álbum, mas faça melhor, adquira o trabalho (que saiu no Brasil via Voice Music) e ouça sem moderação.


Resenha por: Renato Sanson
Fotos: Divulgação


Ficha Técnica
Banda: Vandroya 
Álbum: One
Ano: 2013
País: Brasil
Tipo: Prog/Power Metal


Formação:
Daísa Munhoz - voz
Marco Lambert - guitarra
Rodolfo Pagotto - guitarra
Giovanni Perlati - baixo
Otávio Nuñez - bateria



Tracklist
01. All Becomes One
02. The Last Free Land
03. No Oblivion For Eternity
04. Within Shadows
05. Anthem (For The Sun)
06. Why Should We Say Goodbye?
07. Change The Tide
08. When Heaven Decides To Call
09. This World Of Yours
10. Solar Night


Acesse e conheça mais a banda

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

ENTREVISTA: DAÍSA MUNHOZ, a voz que deixou a cena Rock/Metal à deriva!


O título desta matéria é uma alusão ao sucesso do clip da música "Adrift"(à deriva), presente no álbum "Labirynth of Truths", do Soulspell, que alcançou em apenas dois dias cerca de 3 mil acessos!

Também é justa a alusão no título ao Soulspell, provavelmente o trabalho mais importante na carreira da vocalista, que, além de lhe projetar nacionalmente, conforme nos conta nesta entrevista, talvez não tivesse seguido em frente sem o apoio de amigos e se Heleno Vale (que não cansa de dizer que Daísa é a melhor vocalista do Brasil) não tivesse insistido em ter sua voz no Soulspell Metal Opera.

Quem imagina que, vendo o feeling, a desenvoltura e talento de Daísa no palco, seja com Soulspell, Inlakesh, Vandroya, Black Dog, ou outros projetos e Bandas que essa incansável paulista de vinte e poucos anos faz parte (e ainda acha tempo para atividades como treinar Boxe!! Nota do redator: Os marmanjos que não saiam da linha!hehe), quase deixou a música por medo de palco?

Recebendo rasgados e merecidos elogios, seja da imprensa especializada ou não, fãs, colegas de Banda (gente de quilate como Pastore e Linhares, que também participaram do Soulspell, não cansam de elogiar a moça!). Capaz de cantar baladas suaves, como a própria "Adrift", ou ter uma pegada com mais punch ou Rock and Roll, como podemos constatar nos shows da Inlakesh, Black Dog ou Vandroya, Daísa com certeza tem um longo caminho de sucesso pela frente, potencial e talento não faltam!

Confiram abaixo a agradável entrevista concedida pela sempre simpática cantora ao Road To Metal, e conheçam um pouquinho mais desta grande realidade do Metal/Rock brazuca:


Vendo uns vídeos do Inlakesh no Youtube, vi um vídeo seu, ainda garotinha, cantando em uma apresentação. Pela sua performance no palco, quando vi o Show do Soulspell, senti que era algo bem natural pra você. Conte pra gente como a música entrou na sua vida, quando você resolveu que queria ser uma cantora e quais vocalistas você citaria como influências?

Ah, aquele vídeo... eu devia ter uns 10, 11 anos. Foi muito legal poder rever depois de tantos anos. Na verdade, entrei na música ainda na barriga de minha mãe. Quando nasci, meu pai estava lançando seu primeiro disco, e desde bebê já era levada para os shows dele. Eu adorava! Lá em casa era uma doideira; era muito freqüentada por músicos (até hoje, na verdade), rolavam muitos ensaios, bandas, corais (por causa de minha mãe, que é cantora e pianista), e eu ficava lá no meio, dançando, cantando, observando. Quando todos iam embora, eu os imitava, tentava fazer igual. Aos 9 comecei a cantar junto com minha mãe em igrejas, festas, essas coisas. Então, foi algo bem natural mesmo. Não tinha pra onde fugir... rsrsrsr.
Posso dizer que meus pais são minhas maiores influências. Mas tem tanta gente que eu admiro!! A lista é gigantesca, e Robert Plant está no topo dela.



Lembra qual foi seu primeiro Show profissional e como você se sentiu?

Foi aos 14 anos. Era minha segunda banda. O guitarrista dessa banda era o Marco (Lambert), e foi aí que começou nossa parceria. Entrei pra substituir a vocalista deles, bem mais velha e experiente, então, você pode imaginar meu nervosismo. Sem contar que eu estava entrando na adolescência e descobrindo o mundo do rock, mas as pessoas ainda me viam como a “garotinha que cantava Sandy”, portanto, rolava muita pressão também. Mas no fim deu tudo certo, eu acho. Subi e cantei. Pronto. Fiquei com eles até a banda acabar e muitas coisas boas aconteceram, conheci muita gente e recebi muitos convites.





Além de cantar (muito, por sinal), você toca algum instrumento? Fale um pouquinho pra gente também sobre sua formação musical, fez aulas de canto, etc?

Minha formação musical é quase que inteiramente calcada na experiência, muito mais prática do que teórica. Comecei a fazer aulas de piano aos sete anos de idade, mas nas apresentações preferiam me colocar pra cantar. Aí, pensei: “Devo ser bem ruim mesmo. Quer saber? Vou parar”. Então, aos 12 anos, abandonei o curso. Fora que o Marco já tentou me ensinar um milhão de vezes a tocar violão. Sou muito descoordenada (e preguiçosa), e qualquer instrumento musical exige muita dedicação e paciência. Não é meu caso, nunca vou ser uma instrumentista que preste. Tenho um piano em casa, mas só uso pra me nortear quando estou compondo. Aulas de canto nunca fiz, mas, como já disse, aprendi muita coisa com meus pais (minha mãe sabe muito de técnica vocal) e com os amigos músicos que fui conhecendo ao longo da vida, e ainda aprendo... muito!


Além do Inlakesh e Vandroya, que a gente vai falar em seguida, você participou de algum outro projeto ou Banda?

Sim. Tô sempre me metendo em confusão. Atualmente, tenho um Led Zeppelin Cover (Black Dog) e um trio com minhas amigas e cantoras Manu Saggioro e Silvia Ferreira (Cantada à Três).

As meninas Super-Poderosas do INLAKESH

Sobre o Inlakesh, Banda formada por você e mais três amigas, onde vocês tocam muito Classic Rock, Rock And Roll, etc, além de que você tem também a companhia da Manu Saggioro, que também acabou participando no Soulspell, como surgiu a idéia de montar a Banda e se vocês pensam em lançar um trabalho com músicas próprias?

Essa banda surgiu por causa de uma amiga, a Valéria Carvalho, dona de um bar em Bauru, onde todas nós morávamos na época, chamado Armazen, um templo do rock e local de encontro de muitos músicos e amigos. Todas nós tocávamos lá, em bandas diferentes, mas eu não as conhecia. A Valeria sempre me dizia: “você precisa conhecer essas meninas. Acho que vocês podiam montar uma banda”. A primeira que conheci foi a Lívia Cordeiro, baterista, e já de cara nos tornamos amigas. Eu ria muito com ela. 

Uma noite fui a esse bar ver um show da Manu Saggioro (guitarrista) e fomos apresentadas. Alguns dias depois conheci a Luciane Bertoli (tecladista, que já não faz parte da banda). A química foi tanta que resolvemos por em prática a idéia da Valéria, mas precisávamos de uma baixista e não conhecíamos nenhuma. Ficamos sabendo de uma moça (Roberta Telles) que não tocava nada, mas que sempre quis aprender guitarra. Falamos com ela, e você acredita que em duas semanas ela já tinha comprado um baixo e tirado 5 músicas? Marcamos um ensaio e em mais 2 semanas estávamos abrindo shows. A banda cresceu, se tornou conhecida, temos um público fiel e a gente faz muitos shows. Até compusemos algumas músicas, mas desistimos. A idéia dessa banda é pura diversão, e tem sido assim por 7 anos.

Daísa e Raphael Dantas (Caravellus e também revelação no Soulspell Act II)

No cenário do Rock Pesado, Heavy Metal, as mulheres sofriam certa discriminação, porém, com o tempo, isso foi mudando e temos várias Bandas de mulheres, ou Bandas que tem integrantes do sexo feminino. Você sente que ainda há preconceito? Sentiram alguma vez algum tratamento diferente em algum show que fizeram por serem uma banda exclusivamente formada por mulheres?

Sentimos um pouco, não só porque duvidavam da nossa capacidade musical, mas também sempre ouvimos coisas do tipo “ah, são meninas, chamam a atenção... assim é fácil conseguir shows”. Aos poucos conquistamos nosso espaço e hoje somos muito respeitadas. Na estrada conhecemos muitas outras bandas de meninas talentosas, trocamos figurinhas, contatos de bares, e isso é muito legal. Eu acredito que quando o artista é talentoso e faz um trabalho honesto e bem feito o público não tá nem aí pro gênero.

VANDROYA

Gostaria que você nos falasse um pouco agora sobre o Vandroya, um breve relato sobre o início da Banda.

Nossa! A história da Vandroya é gigante, renderia um livro. Só da pra contar abreviando mesmo. Éramos adolescentes e morávamos numa cidade muito pequena, que não tinha nada, muito menos shows de rock e heavy metal. Resolvemos montar a banda por diversão, pra tocar as músicas que amávamos: muito Iron Maiden, Dio, Angra, Dr. Sin. A formação original contava com Marco Lambert e Rodolfo Pagotto (guitarras), André Botton (baixo), Marcelo Alem (bateria), Kamila Fernandes (teclado) e eu. Não tínhamos intenção nenhuma, mas aos poucos os shows foram acontecendo, fomos ganhando público e, quando vimos, estávamos dentro de um estúdio, sendo apontados como revelação. 


Não tínhamos noção de que juntos éramos talentosos. Depois do EP Within Shadows lançado, muita coisa aconteceu em nossas vidas, muitos tiveram que sair (mas nunca por brigas, quem passa pela Vandroya nunca se esquece do clima maravilhoso e divertido: fazemos questão de sempre manter esse clima) e dessa formação só sobramos o Marco e eu. Na passagem de Daniel Manso (Fairytale/Soulspell) pela banda, gravamos mais duas músicas inéditas que foram automaticamente engavetadas, pois o Dani teve que sair da banda por motivos pessoais. E mais uma vez o sonho que tínhamos de gravar, de terminar esse álbum, permaneceu adormecido, mas não morto.

Gravações do Soulspell act I

E sobre o debut do Vandroya? Vocês estão preparando músicas para um primeiro trabalho, certo? Conte um pouco pra gente como estão as gravações, o que podemos esperar da sonoridade da Banda?

Pois é. Depois de tanto tempo, acho que esse ano sai. Estamos na pré-produção, escolhendo as músicas que vão entrar. Eu sinto que este disco vai soar como uma compilação de todas as fases que a banda passou: a fase mais hard rock, a mais progressiva, a mais tradicional, e por ai vai. É como se fosse uma coletânea de todos os discos que já deveríamos ter gravado, entende? É um desabafo. Eu ainda não consigo “visualizar” o resultado final, não tenho idéia. 

Mas posso dizer que as músicas são muito boas, a grande maioria composta pelo Marco Lambert e Otávio Nuñes (baterista). Também vamos ter a participação de um dos cinco finalistas do segundo concurso de vocalista da Soulspell e pode ser que entre em algum disco da Soulspell uma música gravada pela Vandroya. Estou muito ansiosa pra ver esse disco pronto.


Com o Soulspell você acabou despertando a atenção do público metálico em todo cenário nacional, e também no exterior, sendo apontada por muitos como uma das grandes revelações do nosso cenário. Conte um pouco como você tem se sentido com todo esse reconhecimento, com pessoas de todos os cantos mandando mensagens e elogios?

É, a Soulspell me trouxe visibilidade, apesar de estar na cena metálica há quase 10 anos. Tem sido incrível, você não faz idéia. Com a turnê de 2010 conheci muita gente interessante na estrada, fiz muitos novos amigos, muitas oportunidades bacanas. As manifestações do público são tão carinhosas que aumentam a nossa vontade de seguir em frente, de continuar batalhando no mundo da música. Isso é tão importante que foi fator decisivo pra que o Marco e eu reuníssemos nossas forças pra terminar esse “Chinese Democracy” da Vandroya.

E você tem recebido outros convites, para participar de outros projetos, ou participações especiais?

Já recebi alguns convites, mas até agora nada concreto.

No palco, em Ijuí (RS), com o Soulspell

Muitos já sabem, mas provavelmente muitos também não saibam, então, gostaria que você nos contasse como surgiu o convite para você participar do primeiro CD do Soulspell, "Legacy of Honor", e, consequentemente gravar os demais atos da Metal Opera e qual a importância desse trabalho na sua carreira?

Na verdade, esse convite teve uma importância muito maior na minha vida pessoal do que na minha carreira. Conheci o Heleno quando ele entrou na banda de uns amigos, a Fairytale. Ele já conhecia meu trabalho na Vandroya e na Inlakesh. Anos depois, ele iniciou as gravações do Legacy. Muita gente indicou a ele meninas já mais conhecidas na cena. Mas ele resolveu apostar em mim, me dando o único papel feminino até então. Eu já tinha desistido, na verdade, de lutar. Estava conformada com o que tinha: ia ser só mais uma cantora, seguir cantando feliz com minhas bandas cover, mas sem intenção nenhuma de gravar músicas minhas. 


Passei também, nessa época, por alguns problemas de medo de palco. Foi psicológico, eu subia no palco achando que não ia conseguir terminar a primeira música....foi terrível. Se eu não tivesse a Inlakesh pra me apoiar nesse momento, não sei o que teria sido de mim. Foi vivendo todo esse turbilhão de emoções que gravei o Labyrinth. Quando o Heleno me convidou pra fazer parte da Soulspell ao vivo, entrei em choque e prontamente respondi que não. Passei dias tentando digerir essa resposta. Entrei aí num processo de cura, tomei coragem e liguei pra ele. Portanto, o que a Soulspell trouxe pra mim foi sangue novo nas veias, e agradeço tanto por essa chance....não consigo nem explicar isso. Sem a Soulspell com certeza eu já teria desistido. E é tão bacana esse concurso de vocalistas que ele promove. É uma chance que muitos vocalistas jamais teriam.


Ainda sobre o Soulspell, como foi desenvolver o seu personagem e o que usaste como inspiração para a interpretação das músicas?

Olha, por causa de tudo que tava vivendo na época das gravações, acho que minha maior inspiração foi a minha própria vida e tudo que já tinha passado até então. Gravei com todo o sentimento possível. Era uma mistura de medo, euforia, vontade, nervosismo, gratidão. Uma loucura total.


Manu Saggioro

No Soulspell agora você tem também a companhia de sua companheira de Inlakesh, Manu Saggioro, e dá pra perceber que tem uma ótima química entre vocês. Como é ter a Manu ao seu lado nesses projetos e como vocês se conheceram e iniciaram essa parceria?

É maravilhoso, porque a Manu é uma pessoa maravilhosa. Somos amigas há mais de sete anos. Ela é minha confidente, é bem-humorada, otimista. É reconfortante em cima do palco, numa situação de nervosismo, olhar para o lado e encontrar uma amiga com um sorrisão na cara como quem diz “arrebenta....qualquer coisa estou aqui”.






E como você se sentiu ao Cantar ao lado de nomes consagrados e respeitados no Metal Nacional, como Mário Pastore, Mário Linhares, etc? E, aproveitando, com que vocalistas você gostaria de dividir o palco algum dia?
Ao vivo com Pastore, durante Tour Soulspell

Cara, tente imaginar isso: um dia você esta deprimida, quase desistindo de tudo, e num instante você está em cima de um palco com alguns dos seus melhores amigos e com expoentes do Metal nacional!!! Caramba, tenho tanto a agradecer. Tem muita gente que admiro e gostaria muito que rolasse alguma parceria, seja no palco seja em discos. Sou fissurada pela Ann Wilson. Se, de alguma forma, isso acontecesse eu ia pirar. Dividir uma música com Russel Allen também não seria nada mal, não é?

E a Daísa além da música? O que você gosta de fazer? Seus Hobbies... gosta de cinema? Conte pra gente seus filmes favoritos, os livros... esportes...

Eu adoro design. To sempre reformando algo, projetando móveis, decorando. Adoro cinema também, apesar de que ultimamente tenho visto menos filmes do que gostaria por pura falta de tempo. Adoro ler Carlos Cantañeda, é sempre uma viagem maravilhosa. Quanto aos esportes, amo vôlei e no verão estamos sempre jogando biribol, mas minha nova paixão é o boxe!!

Assim como Doro Pesch (na foto com a lutadora Regina Halmich), Daísa também se apaixonou pela prática do Boxe

E voltando a música, o que você tem ouvido ultimamente? Que artistas ou Bandas atualmente lhe dão vontade de ir ver o show, comprar o cd, etc... pois atualmente, a oferta aumentou, mas a qualidade às vezes deixa a desejar!

É verdade. E eu sou aquele tipo de pessoa que ouve muita velharia também, sabe? Mas não tem como não dizer que 2010 foi o ano da Soulspell. O Heleno arrebentou com o Labyrinth. Pra citar só brazuca, vi o show do Tierramystica e achei muito bom, adorei a proposta. Também queria muito ver a Caravellus ao vivo, o Rapha tá cantando muito.

Daísa e a Black Dog, banda tributo ao Zeppelin

E os planos para 2011? Quais os planos futuros da nossa revelação (na verdade, uma realidade!!)?

As expectativas são as melhores possíveis. A produção do CD da Vandroya está a todo vapor. A Soulspell já vai começar o ano fazendo uma participação especial no show do Circle II Circle, de Zak Stevens, e se preparando para o lançamento do Act III. Torço pra que a gente consiga dar continuidade à turnê do ano passado, pois a idéia é levar o projeto ao vivo para o maior número de estados brasileiros possível.

Bom, Daísa, obrigado pela atenção, parabéns mais uma vez pela bela voz que tem encantado a todos e pela simpatia, fica o espaço para você mandar uma mensagem a todos os fãs e pessoas que acompanham e admiram seu trabalho!

Eu agradeço imensamente, do fundo do coração, por todas as manifestações de carinho que tenho recebido por onde passo com as bandas e também do pessoal da internet. Deixo um grande beijo à galera pelo apoio, que tanto tem me ajudado.

E agradeço a todos do Road to Metal pela oportunidade de eu mostrar um pouquinho do que eu sou.
A gente se vê na estrada!!!

Ainda deu tempo de pedir para a Daísa fazer um "Top Five" de seus filmes e discos preferidos:







"5 filmes que nao canso de assistir:" - TUDO SOBRE MINHA MÃE - TOMATES VERDES FRITOS - PULP FICTION - O SENHOR DOS ANÉIS (os 3!!!) - NOIVO NEURÓTICO, NOIVA NERVOSA








"5 discos da minha vida (daqueles que eu escuto sem pular uma música, de cabo a rabo)" - COWBOYS FROM HELL (Pantera) - LED ZEPPELIN IV (Led Zeppelin) - PRONOUNCED `LEH-NERD SKIN`-NERD (Lynyrd Skynyrd) - BOOK OF SHADOWS ( Zakk Wylde) - PINK BUBBLES GO APE (Helloween)








VÍDEOS:







Por Caco Garcia