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sexta-feira, 25 de julho de 2025

Cobertura de Show: Angra (RockFun Fest) – 13/07/2025 – Viaduto do Chá/SP

Na noite do Dia Mundial do Rock, 13 de julho, o Angra mostrou por que é um dos nomes mais respeitados do metal brasileiro. A banda subiu ao palco montado em frente ao imponente Theatro Municipal de São Paulo para uma apresentação gratuita, como parte do Rockfun Fest — um evento que, com entrada livre, vem consolidando sua importância na cena musical da cidade. Mas essa noite tinha um peso especial: foi a penúltima apresentação do Angra na capital antes de um hiato por tempo indeterminado. A despedida oficial dos palcos em São Paulo está marcada para 3 de agosto. Sabendo disso, o público lotou a Praça Ramos de Azevedo com a energia de quem sabe que está vendo a história acontecer.

Com sua formação atual — Fabio Lione (vocal), Rafael Bittencourt (guitarra), Marcelo Barbosa (guitarra), Felipe Andreoli (baixo) e Bruno Valverde (bateria) — o Angra entregou um setlist de respeito, equilibrando clássicos e músicas da fase mais recente da banda. A abertura com “Nothing to Say” foi explosiva; seu riff icônico já levantou o público, enquanto Rafael Bittencourt e Marcelo Barbosa duelavam nas guitarras com uma sincronia impecável, e Fabio Lione, com sua voz potente, conduzia o público com maestria.

Em seguida, "Millennium Sun" chegou com suas belas melodias, lembrando-nos o início dos anos 2000, quando a banda renasceu com o Edu Falaschi nos vocais. Com Felipe Andreoli à frente do palco, era hora de “Tide of Changes”, faixa do álbum Cycles of Pain, trabalho mais recente da banda. Com uma pegada mais progressiva, a canção trouxe um clima maior de introspecção para os fãs, que acompanhavam atentamente a performance da banda.

A seguir, a celebração dos 20 anos do disco Temple of Shadows, que faz parte dessa turnê de despedida. Nem precisa dizer muito sobre o álbum — é como chover no molhado falar de uma obra que é apreciada por 10 entre cada 10 fãs do estilo. A energia de "Spread Your Fire", uma das faixas mais rápidas do repertório, incendiou o público e mostrou que a banda vive um excelente momento. Impressiona a precisão dos músicos diante de tamanha velocidade. Não foi diferente em “Angels and Demons”, que reforçou a química afiada entre Valverde e Andreoli. Infelizmente, por conta de ser um festival, o disco não foi tocado na íntegra, como vem sendo feito na turnê. Fecharam essa parte com “Late Redemption”, anunciada como a preferida do vocalista. O público foi um show à parte: cantou maravilhosamente alto as partes em português, originalmente gravadas pelo cantor Milton Nascimento.

Com a recepção calorosa do público, Fabio Lione se empolgou e decidiu testar as habilidades dos presentes com praticamente um solo de vocal. Com a aprovação do vocalista, anunciaram a emblemática “Rebirth”. Nem precisa dizer que o lugar veio abaixo, mostrando a força do Angra. “Angels Cry”, sem anúncio, foi tocada em seguida, e mais uma vez o público se entregou completamente, cantando cada verso como se estivesse se despedindo de velhos amigos, encerrando com emoção esse momento épico.

No bis, a dobradinha “Carry On/Nova Era” foi simplesmente apoteótica. Clássicos absolutos, essas faixas fecharam o set não apenas revisitando os primórdios do Angra, mas também servindo como um lembrete poético do legado da banda. Certamente, um momento que será lembrado por muito tempo.

Vale destacar que essa apresentação no Rockfun Fest não foi apenas mais uma data na agenda: foi a penúltima vez que o Angra pisaria nos palcos de São Paulo, com a despedida marcada para 3 de agosto, anunciando um hiato por tempo indeterminado. Essa sombra de fim iminente adicionou um peso emocional extra ao show, transformando cada nota em um adeus temporário. Com uma formação tão coesa, o Angra provou mais uma vez porque conquistou fãs ao redor do globo, deixando todos ansiosos pelo que virá após o hiato — e esperançosos de que essa pausa seja apenas o prelúdio para um retorno ainda mais grandioso. 


Texto: Marcelo Gomes


Edição/Revisão: Gabriel Arruda 


Realização: RockFun Fest


Angra – setlist:

Nothing to Say

Millennium Sun

Tide of Changes - Part I

Tide of Changes - Part II

Spread Your Fire

Angels and Demons

Waiting Silence

Late Redemption

Rebirth

Angels Cry

Carry On/Nova Era

domingo, 10 de julho de 2016

Hangar: Dando Um Passo A Frente


Antigamente, mais precisamente nos anos 70, era algo recorrente e normal as bandas lançarem álbuns todo ano (ás vezes, até mais de um), hoje, não é dessa maneira! Muitas das lendárias bandas ficam períodos longos sem lançar material novo. Lançar ou gravar qualquer coisa, seja inédito ou não, nunca foi obrigação, mas em se tratando do Hangar, banda liderada pelo grande baterista Aquiles Priester, a coisa já é diferente, pois apesar da demora de 7 anos sem promover um álbum somente de inéditas, a banda colocou lançamentos no mercado, teve novas mudanças na formação, mas a união e paixão de fazer música não sumiu no grupo. Dando mais um passo adiante, os gaúchos vão soltar o tão esperado “Stronger Than Ever” este mês.

Antes de começar o review, vale registrar que nós do Road to Metal estivemos durante a audição do disco, que foi realizada no último dia 15 de junto no EM&T, escola de música e tecnologia, que fica localizada em São Paulo. Para quem teve a oportunidade de ir puderam ouvir, em primeira mão, com a presença de todos os integrantes, cada faixa desse novo trabalho, além de também comprar as únicas tiragens do CD antes do lançamento oficial, tendo também a venda exclusiva da camiseta do álbum. Fora isso, antes da audição, cada integrante deu suas declarações sobre o álbum de forma descontraída e humorada, também comentado o conceito e a forma como compuseram cada música.

Focando agora no disco, “Stronger Than Ever” acumula um festival de peso e técnica. Pra quem teve boas lembranças ouvindo “The Reason Of Your Conviction” (2007) e “Infallible” (2009), que já mostrava a ferocidade progressiva e power do quinteto, neste novo lançamento a banda mostra uma evolução súbita e inimaginável, e isso é compreendido pelos riffs fortes de guitarra (marcando o retorno de Cristiano Wortmann, sendo o único guitarrista permanente após a saída temporária de Eduardo Martinez), a base rítmica inigualável e as viajantes melodias de teclado, que a frente disso tem a estreia do vocalista Pedro Campos, que se encaixou muito bem ao grupo. A isso tudo, o trabalho mostra o mesmo Hangar que todo mundo conhece, só que com mais modernidade e vida para tocar o barco.



A produção e as composições ficaram sob a batuta do próprio Aquiles Priester, deixando o restante gravar as suas partes nos seus devidos cantos. A mixagem e a masterização, que é o principal fator de toda a parte sólida do disco, ficaram a cargo do produtor finlandês Jesse Vainio, no estúdio Mofo Music Studio. Graças a ele, a qualidade das músicas ficou perfeita para ouvir no volume máximo, sendo a escolha certa pra cobrir essa parte. A parte de layout foi dirigida pela esposa do Aquiles, Patrícia Priester, e pelo já conhecido João Duarte. E segundo a Patricia, durante o final da audição, ela declarou que toda a parte gráfica resume a sonoridade do álbum.

É claro que há sempre preferências por parte de alguns sobre a questão de melhor disco, mas “Stronger Than Ever” deixa claro que a banda ainda tem bastante gás para fazer música, que se depender de todos, ainda há muito que acontecer na carreira do Hangar, e este novo álbum é a verdadeira amostra do que está por vir nesses quase 20 anos de carreira.

Sobre as impressões de “Stronger Than Ever”, “Reality Is A Prison” começa mostrando a verdadeira identidade do Hangar, revitalizados por riffs acessíveis e bateria num andamento rápido e pesado, não perdendo a habilidade técnica que cada um mostra. Às viradas monstruosas de bateria do Aquiles antecipa o início da “The Revenant”, que aborda linhas vocais mais agressivas (prestem atenção na voz do Pedro e dos backing-vocals de Cristiano) e riffs cadenciados, além de ter bastante diversificação de ritmo por parte do Aquiles, algo que ele sabe fazer com maestria. “Forest Of Forgotten” tem um pouco de tudo pra quem gosta de Heavy Metal, havendo momentos que são mais Death e Thrash Metal, além de ter mudanças de andamento que são bem executadas. “A Letter From 1997”, que já não é tão pesada, exibe uma bela harmonia de imediato, mas que não demora muito para mostrar sua verdadeira cara, sendo uma ‘power-ballad’ bem arranjada. E é incrível como o Pedro consegue por controle na sua voz, flertando do mais agressivo ao limpo.



O ponto esbelto do álbum chega em “Just Like Heaven”. Balada linda com uma atmosfera romântica e com toques de Melodic Rock e AOR, que com certeza vai grudar na cabeça de quem ouvir pela primeira vez; o peso volta a aparecer em “The Silence Of Innocent”, e segundo o Aquiles, a música foi refeita várias vezes pra chegar ao resultado final. E podemos dizer que é uma verdadeira paulada, que com certeza cairia bem como faixa de abertura. E o mais interessante é que o grupo consegue assimilar diferentes nuances em uma só música; “Beauty In Disrepair” segue uma forma mais dinâmica, e grandes riffs, que são abrasivos e intrincados. Os teclados e os solos de guitarra são uma prova que a capacidade técnica do grupo não lhes dá limite, volvendo uma verdadeira aula de Prog Metal.

“We Keep Running The Course” é mais uma balada, só que mais climatizada, destacados pela cadência nos riffs e o ótimo refrão, que é bem grudento. E o Laguna conseguiu elevar ainda mais o nível com linhas requintadas de teclado; “The Hangar Of Hannibal”, até então, termina de um modo azedo e agressivo, voltando a ter aqueles backing vocals ríspidos que o Cristiano sabe impor (na linha que apresentaram nas inéditas do "The Best Of"). Num determinado momento, o Aquiles consegue chamar a atenção da banda através das notas que ele executa na sua bateria, com o restante seguindo o mesmo compasso. Encerrando, a banda nos surpreende com uma versão acústica da “Just Like Heaven”, que não foge muito dos padrões da versão original, só algumas mudanças nos vocais e alguns elementos de cordas.



Quem ainda é fiel a essa grande lenda do Metal gaúcho e nacional, vale a pena ter esse 6º trabalho de estúdio, que marca uma verdadeira mutação na carreira da banda.


Texto: Gabriel Arruda
Revisão/Edição: Renato Sanson
Fotos: Divulgação

Ficha Técnica
Banda: Hangar
Ano: 2016
Estilo: Power/Prog Metal
Gravadora: Making Of 

Entrevista com Cristiano e Nando


Formação
Pedro Campos (Vocal)
Cristiano Wortmann (Guitarra)
Nando Mello (Baixo)
Fabio Laguna (teclados)
Aquiles Priester (Bateria)

Track-List
01. Reality Is A Prison
02. The Revenant
03. Forest Of Forgotten
04. A Letter From 1997
05. Just Like Heaven
06. The Silence Of Innocent
07. Beauty In Disrepair
08. We Keep Running The Course
10. Just Like Heaven (Acoustic Version)

Contatos

quinta-feira, 7 de abril de 2016

Interview - Hangar: The New Album Will Surprise Everyone

 



Very close to release their seventh studio album (Counting acoustic CD and Best Of, 2014, which contains new songs and some new versions), which will also mark the first work entirely composed of new songs since the entrance of Pedro Campos (Vocals ) and the return of former member Cristiano Wortmann (guitars), the members of Hangar cannot contain the excitement about the new album, which has just been mixed in Finland on Mofo studios, by Jesse Vainio (responsible for mixing works of artists like Apocalyptica, Poets of the Fall, Tarja, Sunrise Avenue, and mixing soundtracks, DVDs), and promise to be an album that will surprise everyone!  (acesse aqui a versão em português)




We talked with Nando Mello (bass) and Cristiano Wortmann (guitars), to they tell us a little more about the upcoming CD, to kill a bit of the curiosity ... or maybe make it worst! Check it!

 

RtM: To begin, it is visible the excitement of you with this new work, we can see the posts on social networks. Tell us us how you're feeling about this new album and what it brings of different aspects compared to the other Hangar albums.
Worttmann - The album is heavier and more contemporary. We use different tunings and experience different types of balances, bases and vocal melodies. Of course you still have a lot of "Infallible" and "TROYC" in it, however, with many new elements.

Mello - A new CD is always a renewal and an evolution, mainly in technical terms. We try to overcome some frontiers with these new songs.


RtM: And the new songs has new elements, something you have not used before and what you believe will surprise the fans?
Wortmann - As I said before, we use different tunings and experience different types of balances, bases and vocal melodies. This album has many new elements.

Mello - Some new elements will make the fans very happy, at least I 'm happy (laughs).

"We try to overcome some frontiers with these new songs." (Mello)
RtM: Nando, I commented to you about a song with a more melodic catch and more Hard Rock,  Aquiles Priester posted a sample, during the mixing in Finland, and you said, "Wait to see the more Metal songs". What else can you tell us about the sound?
Mello - As always, we do not pay attention to a specific label, there are songs for all tastes.

Wortmann - The album is very heavy and is also the most prog work we've done. It has only two "calmer" songs and the rest is a punch in the face!


RtM: You also took a piqued the curiosity of the fans, talking about the first song received mixed by placing the abbreviation "SX. TX. EX.". A clue also to the first single? Incidentally, any forecast for a first single or video?
Wortmann - We are listening and looking much the songs, because now they are mixed, they were very different. It is very difficult to choose the first single because we want to show all!!hehehe. Probably in April we will start recording the first clip.

Mello - Each has their favorite, as always, but we already have an idea of ​​what to use at some stuff like clip.

 
RtM: Speaking in the mix in Finland with Jesse Vainio, what the reasons for his choice for this process? Also you can tell by the posts that you were satisfied and agreed on the choice.
Wortmann - He has worked with really cool bands and when we listen to their work, we simply shocked. He is a master in the art of mixing and we are extremely happy with the end result of our mix. 

Hangar: Martinez, Wortmann, Laguna, Campos, Priester & Mello
RtM: How was the writing process? There was participation of all? How were developing the songs will make the album?
Wortmann- We met for several days in the city of Bebedouro (SP) in Rush Recording Studio and started writing the album. Everyone came with different ideas and few were chiseling them and creating new songs. After we recorded the drums and voices in Rush Recording Studio and guitars and basses at Phantom Studios Recording Art in Novo Hamburgo (RS). Fabio recorded the keyboards in his own studio.

Mello - We sat inside SP and five days made the bases all. It was very fast, but we had some groundwork ready to work.
 

RtM: And the question of the lyrical part specifically, the album comes to a particular issue?
Wortmann - The album talks about our challenges in life, our fears, mistakes, doubts, relationships and our victories.

 
RtM: With your back Cristiano, and Pedro Campos (vocals) already well set in the band, I believe that a wider range of ideas and possibilities opened to the band, including bringing new energies. What you tell me about this, this new phase or new chapter in the history of the band?
Wortmann - Actually this line-up is already on the road since 2012. My back to the band and the entrance of Pedro really brought new energy to Hangar. We recorded six new songs with this line-up when we launched the CD "Best of" in 2014, and our fans liked it a lot, but I'm sure that this new album will surprise everyone.

Mello - Pedro is with us since 2012, so it's been a long time. The adjustment has been made and this has been demonstrated in the recording of this new CD.

"I'm sure that this new album will surprise everyone." (Wortmann)
RtM: You have always sought to evolve as musicians and as a band, with each new album showing it. What about the parts specifically, what you sought to bring to this new work and compositions, and also as part of technical and equipment you used?
Wortmann - I tried to bring heavier elements such as different settings, different types of bases, melodies and solos, but of course, I tried to keep some of Hangar music features. I used Jackson guitars, Fender amps, pedals Fire, D`Addario ropes, cables B and sources Power Play Brazil.



Mello - the first time the bass was recorded using exactly the live sound that i use, with two pedals, one Fire Bass Pusher a Boss Limiter plugged into the amp Fender Rumble and cash 4x10. Fender basses, strings D'Addario and Planet Waves cables. The sound was very "live" for real.


RtM: And the desire to hit the road with the band again to show the new songs? The anxiety It must be very great!
Wortmann - We can not wait to hit the road. We are eager to show this new phase.

Mixing with Jesse Vainio
RtM: And the expectations of shows here and outside Brazil?
Wortmann - We are working hard on it. Soon we will have many new features. 
Mello - We have two dates scheduled, one in Porto Alegre on 15/05 and another in Brusque (SC) day 11/06. Soon we will have more news.
 

RtM: The question that is currently shut in the minds of fans: There is a date to the album's release? And it will be released completely independently? Do you already have contacts with labels or distributors?
Wortmann - The release will be in June, and we signed with a European label. Soon we will talk more about it.

Mello - In June we'll be released with the CD.


Interview: Carlos Garcia
Photos: Diogo Nunes, Band's files




 
Hangar:
Pedro Campos: Vocals
Aquiles Priester:Drums
Nando Mello: Bass
Fábio Laguna:Keyboards
Cristiano Wortmann: Guitars
Eduardo Martinez: Guitars




terça-feira, 5 de abril de 2016

Alefla: Seguindo Infinita Longevidade



O Metal Tradicional abriu subsídios para novos subgêneros dentro do Heavy Metal, deixando várias opções no momento de compor e arranjar músicas. Essa liberdade, dependendo da escolha de cada um, claro, ainda continua existindo atualmente, mantendo sempre a raiz da coisa como o alicerce principal. Banhados ao peso e à sublimes melodias, o Alefla (o nome da banda surgiu da junção das iniciais dos integrantes fundadores, Alexandre, Leandro e Flávia), quinteto de Pindamonhangaba (SP), traz isso tudo e muito mais no seu trabalho de estreia, “End Of The World”


Musicalmente, a banda conduz, sem medo, a paixão que tem pelo Metal Melódico, mas sem ficar preso a tradicionais clichês do gênero. A energia do Power Metal e a elegância do Prog Metal, “End Of The Time Word” nos dá um prazer redentor a cada audição, começando, primeiramente, pelo trabalho vocal, que faz hipnotizar os ouvidos com fascinantes harmonias da Fla Moorey. O instrumental, altamente carregado, não decepciona! A dupla de guitarras traz riffs impetuosos e solos vertiginosos que tomam conta, vigorosamente, de boa parte da obra com personalidade, incumbindo também toda a parte rítmica, sempre mandando ver no peso e na técnica.  


Não há do que se queixar da sonoridade, mas a produção e a mixagem do excelente produtor e musicista Tito Falaschi deixou o som da banda com uma atmosfera ainda melhor. Gravado no IMF Studios, de propriedade do mesmo e localizado no ABC Paulista, presenteou o grupo com timbragens pesadas e limpas, mostrando que foi um acerto a sua escolha para produzir o disco, por ser familiarizado com o estilo há muito tempo. A arte traz um ambiente póstero o qual vivenciamos através da excelente ilustração do grande João Duarte, que mais uma vez fez um trabalho primoroso.

Nas 11 faixas que preenchem o trabalho, podemos considerar jogo ganho para, objetividade e a preocupação foi, pelo jeito, o primordial alicerce para que a banda nos desse um grande e diversificado trabalho. 


Após uma climática introdução com “Beginning Of The End”, a banda já entra com a faca entre os dentes com “Watching Over Me”, mostrando que não estão pra brincadeiras esbanjando um peso abrasivo (prestem atenção nos riffs e na parte rítmica) e brandas melodias; um pouco mais ‘clean’, “Believe Now” engloba nuances que ora são mais melódicas e ora mais pesadas, aliando a vocais masculinos com uma ótima interpretação; a faixa-título, “End Of The World”, traz energias inspiradoras, destacando a combinação perfeita entre melodia e riffs ganchudos, não deixando o pescoço descansar em momento algum; “Battlefield” decifra a verdadeira atitude que o Power Metal imprime (os riffs rápidos dão a resposta), engajado também a um dueto de voz bem postado. 



“Seven Sign” mostra que a banda também se sai bem na parte técnica, referenciando refrãos de fácil assimilação (não esquecendo os backing-vocals) e alguns versos que ora soam mais sujos; “Hope To Live” traz momentos mais sublimes e formidáveis, dando o fim de forma aut^wntica e precisa com “Walking Throught the Night”.

Com certeza vamos ouvir falar muito do Alefla, pois, nesse primeiro trabalho, fomos convencidos de que qualidade eles tem sobra, o que acaba se tornando uma fonte preciosa para lançar futuros grandes trabalhos. Duvido que, após a primeira, você não vai querer repetir a dose. 


Texto: Gabriel Arruda
Edição/Revisão: Carlos Garcia
Fotos: Divulgação

Ficha Técnica

Banda: Alefla
Álbum: End Of The World

Ano: 2015
Estilo: Power Metal/Melodic Metal 
Gravadora: Ms Metal Records/Voice Music
Assessoria: Ms Metal Agency
 

Formação

Fla Moorey (vocal)
Renan Lucena (guitarra)
Alexandre Nascimento (guitarra, vocal)
Leandro Pimenta (baixo)
Paulo Ferreira (bateria)



Track-List

01. Beginning of the End
02. Watching Over Me
03. Believe Now
04. End of the World
05. Wind Blows... Time Flows
06. Battlefield
07. Seven Signs
08. Miracle
09. Hope to Live
10. Killing Sparrow
11. Eyes of the Soul
12. Walking Through the Night



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