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domingo, 18 de maio de 2025

Cobertura de Show: Foreigner – 10/05/2025 – Espaço Unimed/SP

O tempo frio, nublado e chuvoso de sábado, dia 10 de maio, não deixou as pessoas sossegadas em casa. Muito pelo contrário: as ruas e os comércios estavam tomados por gente comprando, de última hora, o presente das mães para o dia seguinte. Mas, além disso, muitos rumaram ao bairro da Barra Funda para assistir a dois shows. Não, não fui ver o System of a Down, que foi a escolha da maioria. Sendo diferente de todos, optei, é claro, pelo show do Foreigner.

Formada em 1976, com nove álbuns de estúdio e cerca de 80 milhões de discos vendidos, a banda é uma das mais bem-sucedidas da história do rock. Além disso, ajudou a definir o estilo AOR ao lado de nomes como Journey e Toto. Quer mais? Eles também são responsáveis por uma das músicas mais famosas do mundo, “I Want to Know What Love Is”, que, tenho certeza, você já ouviu em algum lugar – numa festa, na rádio ou até no ambiente de uma loja.

A última vez que o Foreigner veio ao Brasil foi em 2013, ou seja, quase 12 anos sem a presença deles por aqui. O Espaço Unimed, local escolhido para essa tão esperada volta, não atingiu sua lotação máxima, mas recebeu um público bem expressivo. Como se trata de uma banda de outra época, arrisco dizer que a maioria das pessoas ali tinha entre 50 e 60 anos. Poucos eram menores de 30 ou estavam por volta dessa idade. Ainda assim, havia gente de todas as gerações na plateia, mostrando que o grupo conseguiu conquistar novos fãs ao longo do tempo. E a grande surpresa da noite foi a participação de Lou Gramm, vocalista original da banda, que se afastou dos palcos por motivos de saúde.

Os vocalistas Eric Martin e Jeff Scott Soto, muito queridos pelos brasileiros, trouxeram o melhor de suas carreiras como uma forma rápida de recarregar as energias antes do grande momento da noite.

Acompanhados por BJ (que fez backing vocal, guitarra e teclado), Leo Mancini (guitarra), Henrique Canale (baixo) e Edu Cominato (bateria) – integrantes do Spektra –, Eric foi o primeiro a reviver alguns dos momentos mais marcantes ao lado do Mr. Big. Começou com a animada “Daddy, Brother, Lover, Little Boy (The Electric Drill Song)”, seguida por “Take Cover”, uma faixa mais calma. Esse clima mais introspectivo permaneceu até o final do show, com baladas como “Wild World”, “Shine” e “Green-Tinted Sixties Mind”.

Comparando com a última vez em que vi Eric com o Mr. Big – no último show da banda no Brasil durante o Summer Breeze – ele se saiu melhor desta vez. Naquele momento, achei sua voz abaixo do esperado. Agora, com o apoio do Spektra (como mencionado), ele conseguiu dar um gás extra às músicas. Para Edu Cominato, foi como estar em casa: ele teve a oportunidade de tocar com o Mr. Big nos últimos shows da banda. No geral, foi uma participação agradável e bastante proveitosa.


Se Eric trouxe uma atmosfera mais calma, Jeff Scott Soto foi o oposto. Sua entrada com “This House Is on Fire”, faixa do novo álbum do W.E.T., APEX – lançado em março –  deixou todo mundo empolgado. Depois veio “I’ll Be Waiting”, do Talisman, um dos maiores hits dele, que fez todo mundo cantar junto na hora do refrão. Ainda rolou um medley incrível com “Warrior” e “Fool, Fool”, relembrando os tempos em que Jeff fazia parte da banda do guitarrista Axel Rudi Pell.

É impressionante pensar que, quase chegando aos 60 anos, Jeff ainda mantém uma voz impecável. Prova disso foi a clássica “Crazy”, cover de Seal, que mostrou toda sua versatilidade e como consegue encaixar seu talento em diferentes estilos musicais. Depois veio “Alive”, do Sons of Apollo; no entanto, por algum motivo – talvez uma brincadeira – Jeff e seus parceiros do Spektra não conseguiram executá-la após três tentativas frustradas. No lugar dela entrou “Separate Ways”, do Journey.

O encerramento ficou por conta de dois duetos entre Jeff e Eric, cada um cantando uma música marcante de suas carreiras. “Livin' the Life”, que fez parte da trilha sonora do filme Rock Star, chegou a levantar suspeitas de uma participação de Jeff Pilson no palco antes de finalizar com “To Be with You”, sucesso nas rádios e um verdadeiro clássico.

Exatamente às 22h em ponto, sob uma iluminação pulsante, o Foreigner entrou no palco com força total. Começaram com hits dos anos 70: “Double Vision” e “Head Games”, que receberam uma recepção calorosa graças à performance impecável dos músicos, dando para perceber como seria a noite.

Atualmente, ninguém na banda faz parte da formação original. A dupla de guitarristas, contendo Bruce Watson e mais um que não consegui identificar o nome, está entre os pontos altos dessa fase atual, entregando riffs e solos incríveis – até mais pesados e impactantes do que nas versões originais.

E o baixista Jeff Pilson? Conhecido pelos trabalhos com Dokken e Dio, ele foi praticamente o maestro da noite: circulava pelo palco interagindo com os colegas e mostrou ser muito mais do que um excelente baixista, mas também um ótimo pianista. Sua participação em “Cold as Ice”, um dos maiores sucessos da banda nessa noite, foi um bom exemplo disso, fazendo que muitas vozes começassem a se levantar.

Mas quem realmente roubou a cena foi Luis Maldonado, responsável pelos vocais principais nesta turnê devido à impossibilidade de Kelly Hansen sair dos EUA por problemas com visto. E esse cara cantou demais! Foi algo fora do comum.

O setlist seguiu com a famosa “Waiting for a Girl Like You”, trazendo um clima mais romântico e aconchegante naquela noite fria. Depois veio “That Was Yesterday”, com seus teclados marcantes que deixaram todo mundo em transe, preparando o terreno para as divertidas “Dirty White Boy” e “Feels Like the First Time”, que fizeram muita gente dançar.

Em “Urgent”, o palco foi tomado por um espetáculo de luzes vibrantes e explosões de fumaça. Logo em seguida, o tecladista Michael Bluestein e o baterista Chris Frazier assumiram o centro das atenções com seus respectivos solos.

Com a banda completa novamente no palco, “Juke Box Hero” foi a deixa não só para os momentos finais do show, mas também para a entrada do grande convidado da noite. Bastou Lucas pegar mais um microfone e posicionar um pedestal ao seu lado para que o público começasse a chamar por Lou Gramm, e ele apareceu para cantar os versos finais da música.

Ao adentrar no palco, já deu para notar sua dificuldade de locomoção. Sua voz até soou bem, embora distante dos tempos áureos, o que já era de se esperar. Mas só o fato de vê-lo ali, mesmo que por alguns instantes, já fez tudo valer a pena.

“Long, Long Way From Home” foi o pedágio para o grande momento da noite, com a nada menos que “I Want to Know What Love Is”. Vê-la cantada ao vivo pela voz original arrancou prantos da maioria dos presentes. “Hot Blooded” encerrou a apresentação de forma animada.

O show foi uma parte importante da turnê de despedida da banda. É uma decisão compreensível, embora também cause uma certa tristeza, já que foi a última oportunidade de assistir ao vivo aos clássicos que fizeram parte desse espetáculo e que marcaram época. Daqui por diante, só nos resta guardar com carinho essa noite inesquecível na memória e continuar celebrando o legado deles através das músicas que nos conquistaram ao longo do tempo.




Edição/Revisão: Gabriel Arruda


Realização: Mercury Concerts



Eric Martin – setlist:

Daddy, Brother, Lover, Little Boy (The Electric Drill Song)

Take Cover

Wild World

Shine

Green-Tinted Sixties Mind


Jeff Scott Soto – setlist:

This House Is on Fire / I'll Be Waiting

Warrior / Fool Fool

Crazy (Seal cover)

Separate Ways (Worlds Apart) (Journey cover)


Jeff Scott Soto / Eric Martin – setlist:

Livin' the Life

To Be With You


Foreigner – setlist:

Double Vision

Head Games

Cold as Ice

Waiting for a Girl Like You

That Was Yesterday

Dirty White Boy

Feels Like the First Time

Urgent

Juke Box Hero (com Lou Gramm)

Long, Long Way From Home (com Lou Gramm)

I Want to Know What Love Is (com Lou Gramm)

Hot Blooded (com Lou Gramm)

sexta-feira, 22 de março de 2024

Cobertura de Show: FM – 20/03/2024 – Manifesto Bar/SP

Finalmente, o Brasil vem recebendo nomes importantes da história do Hard Rock mundial. No ano passado, os vocalistas Johnny Gioeli (Hardline, Axel Rudi Pell) e Danny Vaughn (Waysted, Tyketto) fizeram shows excelentes para os apreciadores do estilo que se quer, ou jamais, imaginavam que um dia eles pudessem estar por aqui. Neste mês de março, a capital de São Paulo recebeu Crazzy Lixx, Pretty Boy Floy e Stevie Rachelle (vocalista do Tüff) no GlamMetal Fest. E para ficar ainda melhor, os paulistanos também tiveram a honra de receber os ingleses do FM.

Comemorando 40 anos de carreira, a banda teve uma rápida ascensão na década de 80 com os discos “Indiscreet” (1986) e “Tough It Out” (1989), trabalhos que até hoje são reverenciados pelos fãs de Melodic Rock e AOR. Fora o ótimo resultado que obtiveram neles, também deram suporte aos shows de grandes lendas como Bon Jovi, Foreigner, Status Quo, Gary Moore e entre outros. Na década seguinte, lançaram “Takin’ It to the Streets” (1991) e “Aphrodisiac” (1992), que não teve o mesmo alcance dos dois primeiros, fazendo com que as atividades fossem encerradas em 1995.

Mas eis que, em 2007, o quinteto recebe um convite para um único show, em Nottingham (ING). E o que era para ficar só nisso, acabou resultando na volta definitiva da banda, que até hoje continua fazendo shows e lançando ótimos trabalhos através da Frontiers Records. 

Da formação original, só estão o vocalista (e também guitarrista) Steve Overland, o baixista Merv Goldsworthy e o baterista Pete Jupp (antigos membros do Samson) – o guitarrista Jim Kirkpatrick (assumindo o posto que já foi de Chris Overland e Andy Barnett) e o tecladista Jem Davis completam o atual time.

A turnê também passou por outras cidades da América Latina (Buenos Aires, Lima e Bogotá), com pontapé em São Paulo, que não só recebeu o público local, como também de outros estados (Curitiba, especificamente) numa quarta-feira para lá de quente e com uma rápida chuva antes da abertura das portas, aberta antes do horário previsto. Mas a maioria só foi comparecer mesmo em peso no Manifesto Bar (local da apresentação) faltando uma hora para o início, o que era de se esperar pela quantidade de ingressos que foram vendidos.

Depois de um breve atraso de dois minutos e uma pontualidade que faz referência a nacionalidade do grupo, os membros desceram para o palco para ocupar os seus postos. A trinca com “Synchronized"“Tough it Out” (primeiro clássico da noite) e a melódica “Killed By Love”, intervinda da clássica introdução da 20th Century Fox Theme e de uma voz mecânica apresentando a banda, levou todo mundo ao delírio. Muito antes, Pete registrou toda reação da galera na câmera do seu celular para guardar de lembrança.

Todos que estavam presentes tinham as músicas na ponta da língua, chegando até ser emocionante ver a vibração e a alegria da maioria que estava vendo a banda pela primeira vez ao vivo num espaço intimista que é o Manifesto, deixando o público bem próximo da banda. A energia motivou Steve – principalmente – e seus demais companheiros a terem mais vontade de entregar um excelente show. Merv, por exemplo, deu um show a parte com uma baita presença de palco.

O setlist conteve oito músicas do “Tough it Out” (1989), o que é mais do que justo, pois se trata do melhor trabalho da carreira e que soou ainda melhor ao vivo. Antes de executar “Someday (You’ll Come Running)”, Steve prestou as suas primeiras palavras, dizendo que esperou 40 anos para tocar no Brasil e agradeceu os presentes por nunca terem abandonado a banda. Dando continuidade, “Let Love be the Leader” (primeira do “Indiscreet”) foi antecipada por ‘Oh, Oh, Oh’ vindo da plateia antes de anunciá-la. “Everytime I Think Of You” teve como destaque as ondas de fumaça para ajudar no clima durante performance da banda.

O repertório também teve espaço para uma música nova, “Out of The Blue”, que estará no novo álbum, “Old Habits Die Hard”, a ser lançado em maio. Steve fez questão de perguntar quem já ouviu, e poucos acabaram levantando a mão. “The Dream that Died” e "Don’t Stop" (com Steve executando o solo com extrema segurança) equilibrou bem o nível de tranquilidade com uma balada e um Hard Rock com refrão chicletoso.

Após perguntar se todos estavam se divertindo, Steve revelou que a próxima música, "American Girl", é bem antiga e que foi composta em parceria com o seu irmão. O videoclipe é uma homenagem a saudosa atriz do cinema Marilyn Monroe. 

A rápida levada de bateria de Pete (chimbal, caixa e bumbo) deu início a “Frozen Heart”, outra que foi bastante celebrada e com a maioria da plateia cantando uma parte dela à vontade. “Does It Fell Like Love?”, outra do “Tough It Out” (1989), teve seu final estendido com um solo vocal maravilhoso e Jim e Merv em cima das caixas que ficam na lateral do palco para despojar as últimas notas.

Os clássicos foram reservados faltando pouco para o final. “That Girl”, “Bad Luck” e “I Belong to the Night”, essa encerrada com um solo bem ala John Boham do Pete não só teve a sua merecida recepção, mas aclamada sob berros e gritos FM. A primeira citada foi regravada pelo Iron Maiden – presente na coletânea "Best of the ‘B’ Sides” – já a segunda foi composta por ninguém menos que Desmond Child, que tem uma certa semelhança de “Give Love a Bad Name”, do Bon Jovi e também de autoria do Desmond. “Turn This Car Around”, do mais recente álbum, “Thirteen”, completou a primeira parte do set antes do breve bis.

Enquanto Steve, Jim e Merv tomavam fôlego no camarim, Jim ficou no palco mandando lindas melodias e preparando terreno para o momento mais calmo da noite (só com teclado e voz) em “Story Of My Life”, que teve como destaque a brilhante performance vocal de Steve Overland, que no auge dos seus 63 anos, continua com a voz impecável e ovacionado pelos seus apreciadores fãs no final. A dobradinha de “Face to Face” e “Other Side of Midnight” encerram o show de forma apoteótica.

Muitos elogios e aplausos foram atribuídos depois do encerramento por tudo que entregaram. Em todos os quesitos, mereciam agradecimento de joelhos, mas os gestos prestados estão de ótimo tamanho para um dos melhores de Hard Rock em terra brasilis neste ano. 

Para quem ficou com um gosto de “quero mais”, a banda prometeu, durante o show, que voltam num futuro breve. Assim esperamos!

 

Texto: Gabriel Arruda

Fotos: Paula Cavalcante

 

Realização: Onstage Agencia

Mídia Press: ASE Press

 

FM

Synchronized

Tough It Out

Killed by Love

Someday (You'll Come Running)

Let Love Be the Leader

Out of the Blue

The Dream That Died

Don't Stop

American Girls

Frozen Heart

Does It Feel Like Love

That Girl

Bad Luck

I Belong to the Night

Turn This Car Around

***Encore***

Story of My Life

Face to Face

Other Side of Midnight

sábado, 6 de fevereiro de 2021

H.e.a.t: Excelência em Hard/Melodic Rock


"H.e.a.t II" é o sexto álbum dos suecos (o título "II" a banda explicou que o processo de composição foi similar ao de estreia, então seria a "continuação espritual do primeiro, brincaram também que é muito maneiro ter um II romano na capa), e o primeiro produzido inteiramente pela própria banda. 

E se os experimentalismos do anterior, "Into the Unknown", não agradou a todos (particularmente, achei muito bom também), neste eu acredito que os fãs em geral não tem nada a reclamar! Aqui eles retornam ao estilo dos 4 primeitos. Que álbum maravilhoso de Hard, cheio de ótimas melodias e refrãos marcantes.

Melodioso, muito bem executado, polido e com canções empolgantes, daquelas que dá vontade de cantar junto.

Vou citar por exemplo os riffs e teclados marcantes, e o excelente refrão de "Dangerous Ground", que inicia com uma intro de uma ignição de carro ligando para então entrar esse Hardão acelerado e empolgante; a levada Heavy/Blues da pesada e cadenciada de "We Are Gods";  "Adrenaline" e seu jeitão de hit, de ritmo empolgante e aquele refrão explosivo, com os teclados acompanhando a melodia vocal.


Grandes baladas são praticamente praxe em um álbum de Melodic Rock/Hard, e "Nothing to Say" tem todos aqueles elementos clássicos: tocantes melodias do teclado, guitarras acústicas, vocais cheios de emoção, começa naquela levada suave e explode no refrão; 

Destaco ainda o maravilhoso Melodic Rock de "Heaven Must Have Won an Angel", naquele estilo clássico de nomes como Journey ou Europe, belas melodias e solos de guitarra, riffs marcantes, levadas criativas na bateria, grandes teclados e ótimo refrão, com direito aqueles trechinhos com "ô ô ô". 

"II" é um disco dinâmico, tendo músicas explosivas, baladas, Melodic Rocks de melodias marcantes, belo trabalho de guitarras e também um excelente uso de teclados e sintetizadores, enfim, um ótimo álbum do estilo, é o clássico Melodic Rock, que soa atual e revisitado, com a personalidade do H.e.a.t. Altamente recomendado aos fãs e amantes do gênero. Realmente, a Suécia é a atual meca do estilo.

Texto: Carlos Garcia

Banda: H.e.a.t
Álbum: "II"
Estilo: Melodic Rock, Hard Rock
País: Suécia
Selo: Sound City/ear Music/Shinigami Records


Line-up

Erik Grönwall: Vocais
Dave Dalone: Guitarras
Jona Tee: teclados
Jimmy Jay: Baixo
Don Crash: Bateria

Tracklist:

1. Rock Your Body 4:04
2. Dangerous Ground 4:07
3. Come Clean 3:44
4. Victory 4:28
5. We Are Gods 4:11
6. Adrenaline 4:26
7. One By One 3:47
8. Nothing To Say 4:08
9. Heaven Must Have Won An Angel 4:42
10. Under The Gun 3:25
11. Rise 4:18



quinta-feira, 2 de julho de 2020

Captain Black Beard: Celebrando o Hard/AOR e Pop Rock 80's



O novo trabalho do Captain Black Beard tem sua line-up mais uma vez modificada apenas com Christian Ek (guitarra) e Robert Majd (baixo) de remanescentes. A proposta continua a de celebrar o pop rock americano dos anos 80. 

Em comparação ao último registro, a produção harmonizou melhor os arranjos, principalmente a guitarra que ficou menos abafada e pesada. Pra esse tipo de som acabava esmagando os demais instrumentos.

Outra coisa notável é a volta do vocal masculino, agora na responsabilidade de Martin Holsner, o qual lembra diversas vezes a voz de Paul Stanley.


As 10 canções compartilham baterias redondinhas repletas de reverb, brass de sintetizador e riffs no dever de pavimentar o canto de Holsner naquele clima anos 80 do KISS.

Eu poderia destacar abaixo as seguintes canções:

Headlights: Uma estranha cruza de KISS na era do "Lick It Up" enquanto os sintetizadores remetem o single "Gloria" de Laura Branigan. O solo apesar de curtinho reflete a essência oitentista usando bends expressivos e tappings.

Lights And Shadows: Apresenta melodia inspirada ao lado de múltiplas vozes no auge da música. Guitarras ganham um papel extra, elas roubam cena nos breves momentos.

Disco Volante: O cantor encarna de vez Paul Stanley. Teclados estridentes se fundem aos pratos com direito a pequenos arpejos. Na reta final a guitarra soa melódica e se sincroniza com outra.

Tonight: É uma balada potente, cria uma montanha russa sentimental de momentos tristes e revigorantes. A voz e rápidos momentos da guitarra tornam a canção poderosa. Infelizmente abusam além da conta dos sintetizadores e se prendem demais ao clichê. Apesar da qualidade, pode soar um pouco datada para a maioria, parecendo trilha de algum filme da Sessão da Tarde.

Time To Deliver: Uma das melhores canções. A voz se destaca entre as outras do trabalho. O riff pesadão cavalgado é entrecortado pela bateria pura que divide espaço com a voz. Os fraseados finais na guitarra infelizmente terminam sufocados.

Midnight Cruiser: Inicia com um baixo rugindo. Sintetizadores se fundem melhor com a guitarra para produzirem um caminho empolgante até o núcleo da música. Vale mencionar a passagem do teclado tocando uma ideia barroca antes da guitarra solar. Casaria muito bem com algum racha de carros à noite. O ponto alto do disco.


Chegando a um veredito, "Sonic Forces" reverencia totalmente o som de uma época, às vezes se aproximando de uma caricatura involuntária. O álbum também não tenta construir um papel para cada faixa. Todas soam previsíveis pela semelhança.

Na parte técnica, você nota os sintetizadores brigando com prato pelas faixas de frequência. Se por um lado, a guitarra no último registro soava incompatível e agora mais assertiva,  por outro ela termina sufocada no excesso de reverb e ganha um papel mínimo. Até em discos do Poison e Dokken elas eram imprescindíveis para a extravagância do seu som.

Numa visão geral, eu recomendaria para quem deseja revisitar uma era ou saudosistas do Hard Rock sintetizado.

Texto: Alex Mattos (Canal Rock Idol)
Edição: Carlos Garcia

Banda: Captain Black Beard
Álbum: "Sonic Forces" 2020
Estilo: Hard Rock, AOR, Pop Rock
País: Suécia
Selo: AOR Heaven/Metal Heaven

Canais Oficiais da banda:
Site Oficial
Youtube

       

       

       

terça-feira, 2 de junho de 2020

Sapphire Eyes: Mais AOR do Celeiro Sueco



A Suécia virou celeiro de grupos dedicados a tocar AOR. Não faltam bandas reproduzindo o sentimento daquilo escutado nas estações norte americanas durante os anos 80.

O Saphire Eyes apanha o melhor dos grandes nomes desse segmento e entrega sem rodeios o esperado neste novo álbum, "Magic Moments". Há uma atenção de equilibrar harmonias sintetizadas cristalinas sem abdicar a potência das guitarras.

"Still Alive" parece a fase mais comercial do Saxon, tipo o álbum Destiny, detalhe para a voz de Kimmo Blom parelha a de Biff Byford.

"Don't Walk Away" soa algo do Journey, principalmente no brass sintetizado. Instrumentos servindo de pista para a voz, em seguida uma súbita quietude pronta para eclodir num refrão emocional.

"I Never Meant to Hurt You" é iniciada por um solo melódico simplista porém certeiro, outros também vão surgindo ao longo dessa faixa.

"Bring Back the Night" começa com umas alavancadas na guitarra, a ideia chave da música usa sequência de notas muito usuais nas canções AOR daquela época. Há também participação de vocais femininos nessa faixa (Anette Olzon, ex-Nightwish)).


"As the Day Go By" é a mais dinâmica, riffs rápidos abafados e sua construção se aproxima da fase pop do Yes.

Canções de natureza mais tranquila recheiam o álbum também: "Just Leave Me" uma power ballad com rompantes otimistas preparando terreno pro aguardado solinho emocional.

"All I Need is to Hold You", música romântica predominada por teclados e melodia serena, mesmo na hora de atingir altura. Blom já tenta bancar o CJ Snare do Firehouse na maneira de cantar.

Quem se derrete por canções piegas ficará satisfeito. É uma recriação selecionando o mais assertivo desse tipo de música. Não tentam arriscar nada, tocaria sem dificuldades numa rádio anos 80.

A previsibilidade e o excesso de reverb na bateria parecendo marretada de obra estragam um pouco o resultado final. Totalmente indicado para os apreciadores de power ballads.

Texto: Alex Matos (Canal Rock Idol)
Edição: Carlos Garcia

Banda: Sapphire Eyes
Álbum: "Magic Moments" 2020
Estilo: AOR, Melodic Rock
País: Suécia
Selo: Pride & Joy Music
Press: GerMusica

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domingo, 15 de março de 2020

The Night Flight Orchestra: Revisão Eficaz da Musicalidade dos Anos 80


Da bebedice do cantor Björn Strid e do guitarrista David Anderson, durante suas atividades pelos Estados Unidos surgiu o projeto paralelo The Night Flight Orchestra. Sua característica era reconstruir o rock típico das estações de rádio norte-americanas.

Desde 2007, o grupo sueco lançou 5 álbuns. O curioso é existir uma espécie de retrospectiva conceitual álbum a álbum. Nos primeiros dois trabalhos houve um amadurecimento em ajustarem o som pesado que faziam pra canções comuns da segunda metade dos anos 70.

O quinto álbum "vira a década de vez", reproduzindo tudo aquilo que o rock sintetizado dos anos 80 poderia oferecer. Dentro da proposta, não apenas passam o clima certo mas mostram competência e qualidade. Está longe de ser um mero tributo decalcando genericamente os hits de uma época.


Em "Aeromantics", Björn dá uma intensificada no seu jeito de cantar estilo Martin L. Gore e Tony Hadley. Aqui usaram sem piedade arranjos tipicamente feitos no Synclavier, Emulator entre outras parafernalhas eletrônicas há certo tempo sinônimo da breguice, atualmente redescobertas e bem empregadas.

As várias camadas sintetizadas tentam passar uma forte carga sentimental ao lado de pratos reluzentes a ponto de cegar de tanto reverb. Os trechos melancólicos gradualmente culminam em refrões catárticos. Geram aquele sentimento motivacional de filmes daqueles mesmos tempos. As letras vão do melodrama ao sentimento de superação.

Abaixo citarei os pontos altos de "Aeromantic":

Servents of the Air: O riff central lembra "Live Wire" do Mötley Crüe partindo pra uma interessante ponte cromática que desdobra no refrão. Essa parte é meio flutuante. Os acordes são ressonantes apresentando bateria militarizada e pratos cheios de reverb. A música se reveza nos três trechos. 

Na reta final há um momento meio suingado nos moldes do Yes com as notas da guitarra expressivas. Em seguida rola uma sessão de solos, um no  sintetizador e outro na guitarra, parecendo algo do Joe Walsh. Com certeza a melhor faixa. A letra retrata possivelmente um aviador sobrevoando seu amor não correspondido.

Carmencita Seven: Uma das mais memoráveis, a guitarra tem maior influência e o sintetizador se limita a enfatizar os trechos da música. O solo final é muito expressivo.

Aeromatic: Puxa algo de "90125" do Yes, com Refrão extremamente AOR. O baixo segue uma tendência disco. Apesar de muito esforçada eu ainda acho ela fraca pra som titular em comparação as duas músicas citadas acima.

Divinyls: Seu tema base é o centro nervoso pra todos os componentes da canção, mesmo a cantoria não tenta fugir muito dos trilhos. Há vozes de apoio surgindo nos pontos chave da voz de Björn, uma linha de baixo mais aparente e ainda a canção guarda uns trechos difíceis de não remeter ao David Gilmour. A letra parece falar de superação.


If Tonight Is Our Only Chance: Poderia muito bem ser algum single do cantor Robert Tepper. Toda aquela carga emocional que um filme do Stallone pediria. A letra é tão melodramática quanto a condução da voz na música inteira.

Curves: Atende a um ritmo caribenho com um solo meio Michael Knopfler.

Transmissions: Parece uma reinterpretação do Abba principalmente no ápice da música. A voz de Björn está mais nervosa.

"Aeromantic" explora de maneira eficaz a musicalidade dos anos 80 sem parecer algo cafona ou mera pastiche, embora seus clipes zombem um pouco do clima oitentista. Se bobear superam muitas canções daquela era, pois houve uma revisão daquilo a ser evitado para não deixar brega. Quem curte esse revival de synthrock, é uma boa pedida.

Texto: Alex Matos (Equipe Rock Idol - Conheça o canal NESTE LINK)

Banda: The Night Flight Orchestra
Ábum: "Aeromantic" 2020
Estilo: AOR, Synthrock, Classic Rock
País: Suécia
Selo: Nuclear Blast (Brasil via Shinigami Records)

Line-up:
Björn "Speed" Strid - vocais
David Andersson - guitarra
Sharlee D'Angelo - baixo
Jonas Källsbäck - bateria
Sebastian Forslund - congas, percussão, guitarra
Anna-Mia Bonde - vocais alternativos
Anna Brygård - vocais alternativos


Tracklist:
01. Servants of the Air
02. Divinyls
03. If Tonight Is Our Only Chance
04. This Boy's Last Summer
05. Curves
06. Transmissions
07. Aeromantic
08. Golden Swansdown
09. Taurus
10. Carmencita Seven
11. Sister Mercurial
12. Dead of Winter


       

       

       

sábado, 14 de outubro de 2017

Scherer/Batten: Pérola do Hard/Melodic Rock Contemporâneo


A história deste projeto reunindo o vocalista Marc Scherer e a guitarrista Jennifer Batten começa em 2010, quando iniciou a parceria de Scherer com Jim Peterik (Pride of Lions, Ides of March, sua primeira banda, a qual o single "Vehicle" foi o mais vendido da história da Warner Music, e claro, Survivor, com a qual foi nominado ao Grammy e indicado ao Oscar de melhor canção com "Eye of the Tiger", que foi tema do filme "Rocky III"). Peterik é um ícone da música, principalmente se falarmos do Hard Rock e Melodic Rock, criando pérolas do estilo, seja na década de 80 com o Survivor (quem não conhece "Eye of the Tiger"?, que foi tema do filme "Rocky III"), ou com seus projetos mais atuais, como o Pride of Lions. Em 2010, impressionado com a voz de Marc Scherer, inicia a compor para o que viria a ser o projeto Peterik/Scherer, a fim de mostrar a capacidade e talento de Marc.  (English Version)

O álbum "Risk Everything" foi lançado em 2015 pela Frontiers Music, gravadora Italiana responsável hoje por uma gama enorme de lançamentos do estilo, incluíndo em seu cast novos nomes e nomes consagrados e cultuados da época de ouro do Hard e Melodic Rock.

Da parceria e amizade, e entre uma conversa e outra, surgiu a ideia deste novo projeto, onde seriam "resgatadas" algumas pérolas do baú de composições de Jim Peterik, canções que, na visão de Marc, mereceriam uma nova chance. Foram então escolhidas 8 canções, as quais ganharam nova vida e a interpretação de Marc.


E para tornar isso tudo ainda mais coeso e atual, afinal eram canções de diferentes épocas, e também com parcerias diferentes, Jim tem a ideia de trazer para o projeto a fantástica Jennifer Batten, guitarrista que trabalhou com nomes como Michael Jackson e Jeff Beck. Jennifer deu  a liga final, trazendo bom gosto, feeling e doses de virtuosismo. O trio então escreve três novas canções para o álbum, sendo a primeira delas a que se tornaria faixa título do projeto: "Battlezone"

Lançado via Melodic Rock Records dia 22 de setembro, "Scherer/Batten's Battlezone" traz um impressionante track-list com 11 peças de arte do Hard Rock e Melodic Rock, com uma sonoridade pavimentada por aquele feeling dos anos 80, porém soando atual e coeso. São canções onde a musicalidade e bom gosto atingem em cheio nossos ouvidos, transitando por momentos ora mais Hard Rock, ora mais Melodic Rock, em diversos coloridos e sabores. Canções recheadas de grandes arranjos, belas melodias e inspiradas performances de Scherer e Batten, os quais são apoiados por um line-up de primeira linha, incluindo músicos de grupos como Chicago, Survivor, World Stage e outros. 

O próprio Jim Peterik se encarregou  da produção que está excelente, trazendo aquela qualidade que o estilo exige, e extraindo o melhor dos músicos, o que valorizou ainda mais as suas composições.


Aos primeiros acordes da faixa de abertura,  "Crazy Love", um Hard Rock com groove, podemos sentir o feeling e virtuosismo de Jennifer, aliados a grande voz de Marc.Destaque também para o refrão e pegajosos backing vocals; "Rough Diamond" alterna belas e suaves melodias de teclado, com a pegada e virtuosismo de Jennifer; "What do You Really Think" tem um andamento vibrante, e traz como destaque o magnífico refrão e as grandes melodias de teclado. Marc mostra feeling e técnica, passeando por regiões mais suaves e mais altas, às vezes parecendo duelar com a onipresente guitarra de Batten, sempre escolhendo belos timbres e exibindo virtuosismo.

"The Sound of Your Voice" é daquelas que nasceram destinadas a ser um Hit, e apesar de ter tido uma atenção na época em que foi gravada pelo 38 Special (no álbum "Bone Against Steel" de 1991), merecia nova chance, e ganhou uma versão mais vibrante e potente. Possui aquele feeling dos 80's, mas soa perfeitamente atual. A voz de Marc e as guitarras de Jennifer, assim como os arranjos de teclado, deram mais vida à canção; "Battlezone", a faixa título, é um Hard potente, virtuoso e com grandes vocais e impressionantes melodias e refrãos! Uma das 3 canções novas compostas pelo trio, e que batizou o álbum. Título forte, canção idem!


"Cuts Deep" é um  belo Melodic Rock. Balada de bom gosto, naquele estilo radiofônico dos anos 80, trazendo um dos mais marcantes refrãos do álbum, além de belos arranjos vocais e instrumental inspirado e carregado de feeling; "The Harder I Try" também é outro Melodic Rock de extremo bom gosto. Belas melodias de teclado e saxofone (este a cargo da ganhadora do Grammy Mindi Abair) trazem um ar melancólico, com Marc sabendo colocar a emoção correta; "Dreaming With My Eyes Wide Open", como o título até sugere, traz deliciosas melodias e cativante refrão, os quais nos fazem "sonhar com os olhos meio abertos".

"Space and Time" inicia com andamento moderado e suave, com Jennifer extraindo belos timbres. Suave e sofisticada, a canção cresce no refrão, que é apoiado por belos arranjos de teclado. Aquele sabor dos anos 80 também se faz presente; "Tender Fire", mais uma das novas canções compostas exclusivamente para o projeto, traz uma linha cativante de teclado, destacando o refrão quase sinfônico. As intervenções de Jennifer são certeiras e provocantes, e Marc esbanja classe e groove; "All Roads" encerra este belíssimo álbum de forma magistral. Power-Ballad com cativantes linhas vocais e melodias. O refrão traz algo de Soul Music, e Marc parece ter colocado doses extras de emoção em seus vocais.


Não é exagero afirmar que Marc Scherer, Jennifer Batten, e claro Jim Peterik e mais o incrível time de músicos envolvidos no projeto, cometeram uma "masterpiece" do estilo. Bom gosto, Feeling e atuações exuberantes. São onze faixas onde cada uma das músicas soa como uma pequena peça de arte, tal o cuidado com os detalhes, valorizando a musicalidade e inspiração dos músicos. Diversos “sabores”, tendo base o Melodic Rock dos anos 80, leia-se aí grandes melodias, excelentes teclados e guitarras, e um capricho enorme nos arranjos vocais.

Texto: Carlos Garcia
Agradecimentos: Marc Scherer, Maggie Poulos (Mixtape Media)


All Lead Vocals: Marc Scherer
All Lead Guitars: Jennifer Batten
Backing Vocals: Marc Scherer, Bill Champlin, Bryan Cole, Brian Hemstock, Danette Pahl
Alternate Lead and Rhythm Guitars: Jennifer Batten, Mike Aquino, Dave Carl, Jim Peterik
Bass Guitars: Bill Syniar, Klem Hayes
Keyboards: Jim Peterik, Christian Cullen, Chris Neville, Barb Unger
Drums: Dave Kelly, Ed Breckenfeld
Sax: Mindi Abair
Additional credits include:
Executive Producer: Danette Pahl

     

Tracklist:
Crazy Love
Rough Diamond
What Do You Really Think
The Sound of Your Voice
Battlezone
Cuts Deep
The Harder I Try
Dreaming with My Eyes Wide Open
Space and Time
Tender Fire
All Roads

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Scherer/Batten' Battlezone: Contemporaneous Melodic Rock Pearl!


We can say that the story of this project with the vocalist Marc Scherer and guitarist Jennifer Batten begins in 2010, when started Scherer's partnership with Jim Peterik (Ides of March, that song "Vehicle" was the fastest selling single in Warner's history, and sure, Survivor, which he was nominated for a Grammy for the song "Eye of the Tiger). Peterik is an icon, especially if we talk about Hard Rock and Melodic Rock, creating pearls of the style, either in the 80's with Survivor (who does not know "Eye of the Tiger"?) Or with his most current projects, such as Pride of Lions. In 2010, impressed by the voice of Marc Scherer, he began composing for what would become the Peterik/Scherer project, in order to showcase Marc's talent and ability. (versão em português)

The album "Risk Everything" was released in 2015 by Frontiers Music, the Italian label responsible today for a huge range of releases of the style, including in its cast new names and well-known and celebrated names from the golden era of Hard, Classic and Melodic Rock.


From the partnership and friendship, and between a conversation and another, the idea of ​​this new project arose, where some pearls from the Peterik's vault, songs that, in Marc's view, would merit a new chance. They were chosen 8 songs, which gained new life with the interpretation of Marc.

And to make it all even more cohesive, after all were songs from different eras, and also with different partnerships, Jim has the idea to bring to the project the fantastic Jennifer Batten, guitarist who worked with names like Michael Jackson and Jeff Beck. Jennifer gave the final ingredient, bringing good taste, feeling and doses of virtuosity. The trio then writes three new songs for the album, the first of which would become title track of the project: "Battlezone".


Jennifer under Peterik's eyes
Released via Melodic Rock Records on September 22, "Scherer/Batten's Battlezone" features an impressive track-list featuring 11 pieces of Hard Rock and Melodic Rock art, with a sonority paved by that 80's feel, but sounding current and cohesive . 

Songs where the musicality and good taste reach our ears full, passing for moments more Hard Rock, or more AOR/Melodic Rock, in diverse colors and flavors. Songs filled with great arrangements, beautiful melodies and inspired performances by Scherer and Batten, all of which are backed by a top-notch line-up, including musicians from groups like Chicago, Survivor, World Stage and others.

Jim Peterik himself was in charge of the production that is excellent, bringing the quality that the style requires, and drawing the best of the musicians, which further enhanced their compositions.

At the first chords of the opening track, "Crazy Love", we have a energic Hard Rock with groove. Highlighting the feeling and virtuosity of Jennifer, allied to the great voice of Marc, and also for the chorus and sticky backing vocals; "Rough Diamond" alternates beautiful and soft keyboard melodies, with Jennifer's footprint and virtuosity.

Marc Scherer & Jennifer Batten
"What Do You Really Think" has a vibrant tempo, and brings out the magnificent chorus and the great keyboard melodies. Marc shows feeling and technique, walking through softer and higher regions, sometimes seeming to duel with the ubiquitous guitar of Batten, always choosing beautiful timbres and displaying virtuosity.

"The Sound of Your Voice" is one of those born destined to be a Hit, and despite having paid attention at the time it was recorded by 38 Special (on 1991's "Bone Against Steel" album), it deserved a new chance, and won a more vibrant and powerful version. It has that 80's feel, but it sounds perfectly current. Marc's voice and Jennifer's guitars, as well as the keyboard arrangements, made the song more alive; "Battlezone", the title track, is a powerful, virtuous Hard and with great vocals and impressive melodies and choruses! One of 3 new songs composed by the trio, and that baptized the album. Strong title, idem song!

"Cuts Deep" is a beautiful Melodic Rock. Tasteful ballad, in that radio style of the 80's, bringing one of the most remarkable refrains of the album, as well as beautiful vocal arrangements and instrumental inspired and loaded with feeling; "The Harder I Try" is also another Melodic Rock of extreme good taste. Beautiful melodies of keyboard and saxophone (this one in charge of the winner of the Grammy, Mindi Abair) bring a melancholic air, with Marc knowing to put the correct emotion; "Dreaming With My Eyes Wide Open", as the title even suggests, brings delightful melodies and captivating chorus, which make us "dream with eyes wide open" for sure!

Marc and Jim
"Space and Time" begins with a moderate and smooth tempo, with Jennifer extracting beautiful timbres. Soft and sophisticated, the song grows in the chorus, which is backed up by beautiful keyboard arrangements. That flavor of the 80s is also present; "Tender Fire" plus one of the new songs composed exclusively for the project, brings a captivating line of keyboard, highlighting the quasi-symphonic chorus. Jennifer's interventions are accurate and provocative, and Marc lavishes class and groove; "All Roads" ends this beautiful album masterfully. Power-Ballad with captivating vocal lines and melodies. The chorus brings something of Soul Music, and Marc seems to have put extra doses of emotion into his vocals.

It is no exaggeration to say that Marc Scherer, Jennifer Batten, and of course Jim Peterik and the incredible team of musicians involved in the project, committed a masterpiece of the style. Good taste, Feeling and lush performances. There are eleven tracks where each one of the songs sounds like a small piece of art, such as the care of the details, valuing the musicality and inspiration of the musicians. Several "flavors", based on the Melodic Rock of the 80's, and it means great melodies, excellent keyboards and guitars, and a huge whim in the vocal arrangements.

Text: Carlos Garcia
Thanks to: Marc Scherer and Maggie Poulos (Mixtape Media)

Team:
All Lead Vocals: Marc Scherer
All Lead Guitars: Jennifer Batten
Backing Vocals: Marc Scherer, Bill Champlin, Bryan Cole, Brian Hemstock, Danette Pahl
Alternate Lead and Rhythm Guitars: Jennifer Batten, Mike Aquino, Dave Carl, Jim Peterik
Bass Guitars: Bill Syniar, Klem Hayes
Keyboards: Jim Peterik, Christian Cullen, Chris Neville, Barb Unger
Drums: Dave Kelly, Ed Breckenfeld
Sax: Mindi Abair
Additional credits include:
Executive Producer: Danette Pahl

     

Tracklist:
Crazy Love
Rough Diamond
What Do You Really Think
The Sound of Your Voice
Battlezone
Cuts Deep
The Harder I Try
Dreaming with My Eyes Wide Open
Space and Time
Tender Fire
All Roads

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