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sábado, 30 de novembro de 2024

Cobertura de Show: Katatonia – 15/11/2024 – Carioca Club/SP

 As trevas astrais anunciaram a aparição do Katatonia em solo nacional

Concebido ao mundo no começo dos anos noventa, o Katatonia ainda se mantém na ativa desde 1991 com modificações sonoras substanciais ocorridas durante a sua trajetória. Tendo as suas origens com um Doom Metal mesclado com fragmentos da cena do Death Metal da famosa cena de Estocolmo, ele possui dois membros que a fundaram: o vocalista Jonas Renkse e o guitarrista Anders “Blakkheim” Nyström, que embora fosse apenas uma “banda de estúdio em seu gênese, os próprios não tinham ideia do escopo que ela eventualmente acabou criando.

Avançando para o ano de 2024, os suecos construíram um histórico relativamente constante com o público brasileiro, tendo comparecido ao nosso país ainda no ano passado. Motivo de surpresa foi o fato de que não teve banda de abertura, fato este que deu um senso mais genuíno de “apresentação única”, não apenas por ter sido o único show no Brasil, mas por não terem sido acompanhados por outro conjunto. Reprisando o tradicional local do conhecido Carioca Club, os escandinavos carregaram a característica da pontualidade, já que exatamente às 21 em ponto, a sonoplastia da casa recebeu uma mudança drástica de tonalidade: era hora de se dar início para a razão da vinda da multidão reunida.

MESMO O CÉU FOI BANIDO

Ainda que tivesse sido em um dia com várias outras atrações disponíveis na capital paulista (feriado, diga-se de passagem), é impressionante que mesmo num horário com uma folga notável do começo, a casa já se encontrara bem tumultuada, sendo a sua culminação natural o enchimento da própria. Quando estamos lidando com veteranos de mais de 3 décadas de experiência, uma audiência fiel é algo que vem com o território.

A pressão sob os ombros dos veteranos era alta para superar a aparição do ano passado. De cara, uma reprise de 2023: uma vez mais, um elemento central do Katatonia, Anders “Blakkheim” Nyström não compareceu, sendo a composição de um quarteto novamente.


A PRESENÇA DO SENHOR DE BAIXO FOI SENTIDA POR TODOS

A música é o filho primogênito das Sete Formas da Arte, e não é por acaso que esse esforço veio a ser. Sendo a primeira manifestação artística registrada pelo homem, toda e qualquer carência de um elemento-chave que criou o fundamento básico de uma banda, ou de músicas queridas por uma fatia do seu público pode ser compensada se uma alteração atmosférica vier a ser invocada. Este aspecto é uma técnica que a entidade conhecida como Katatonia domina de maneira a ensinar como se faz. Características como o teor melancólico que envolvia os perímetros do Carioca Club, a voz de agonia perfurante do vocalista Jonas Renkse e as frases sentimentais da guitarra de Nico Elgstrand viraram uma assinatura registrada durante a apresentação. Quando o musicista realiza uma entrega tão dedicada, para além de uma performance ordinária, você percebe que está diante de um autêntico artista.

Deve se mencionar também que o atual guitarrista Sebastian Svalland não pôde comparecer a atual turnê porque está resolvendo questões referentes ao seu casamento. No entanto, Jonas garantiu que na próxima vez, ele aparecerá de maneira mais “selvagem” para compensar esta falta.

LUA ACIMA, SOL ABAIXO

Alguns dos pontos mais conhecidos ou de maior crítica da banda foram reforçados nesta passagem pelo Brasil durante a turnê do mais novo álbum, “Sky Void of Stars”.

“For My Demons” do aclamado “Tonight’s Decision” é culpada por colocar a capacidade de decibéis de quem estava presente ao teste, ao fazer a plateia cantar em união. “Evidence”, de “Viva Emptiness”, arrancou uma demonstração de euforia por parte do público que se agitou com mais frequência do que o normal.

O tamanho do peso sentimental carregado por “My Twin” foi tão imenso que obrigou ao público a vivenciar mais de perto o que estavam testemunhando, em desfavor do uso ocasional de celulares no meio da apresentação.

“Onward Into Battle” foi facilmente um dos destaques, sendo uma resposta de que a expectativa desta aparição foi cumprida com sucesso, apagando o gosto amargo da vinda do grupo sueco do ano passado, ainda que continue a incerteza no ar sobre o futuro de Blakkheim.


Destaque para Jonas que apresentou uma interação com a audiência (bem) maior do que normalmente faz, mostrando que estava sentindo falta do clima caloroso que o colosso da América Latina é capaz de ofertar, ao ponto de agradecer sistematicamente a presença de quem veio vê-los em plena sexta-feira, com todas as atrações que São Paulo tem a sua disposição. Além de desejar tocar novamente no mesmo final de semana, e se movimentar mais com o restante dos membros enquanto performavam, desafiando um tabu de que não é porque o som deles demanda um clima introspectivo que as pessoas não podem se movimentar mais enquanto o curtem.


Niklas Sandin instigava todos a banguearem quando a oportunidade demandava, e se colocava no limite entre o palco e a pista central em praticamente todos os momentos, traduzindo em atos de que o mesmo se encontrava entusiasmado em ver a casa de show lotada e de que gosta daquilo que faz.


Daniel Moilanen estava observando a tudo e a todos por trás do seu kit de bateria, enquanto também arrancava ações da plateia durante a sua sólida performance das linhas de bateria.


“July”, do memorável “The Great Cold Distance”, foi outro ponto alto da noite, fazendo com que Nico Elgstrand mostrasse a que veio (tendo já se apresentado no Entombed A.D.), ajudando a conjurar a atmosfera estabelecida no local e solidificando a evidência de que guitarras também são capazes de ter sentimentos.

PARA ALGUNS, SOLITUDE E ISOLAMENTO SÃO TAMBÉM BOAS COMPANHIAS

O repertório como um todo realizou um passeio por quase toda a sua discografia. Quase. Foi explícita a ausência de qualquer faixa do ponto inicial da carreira, cravada em sua história pelo conjunto de “Dance of December Souls”, “Brave Murder Day”, e os dois EP “For Funerals To Come” e “Sounds of Decay”, tendo até mesmo a participação do ilustre Mikael Åkerfeldt (conhecido pelo Opeth) durante este período.

Este é um ponto que merece ser revisado, não só em consideração por aqueles ouvintes que os conheceram durante a fase supramencionada, mas também porque o legado que estes lançamentos causaram ao universo do Doom/Death é impossível de ser subestimado.

Ainda que (injustamente) passemos uma borracha por esta fase e consideremos apenas o trabalho oferecido de “Discouraged Ones” em diante, não se pode negar que o Katatonia se mantém como um pilar referencial do som melancólico com cunho gótico, onde até mesmo o seguidor do som mais brutal pode se sentir enfeitiçado pelo clima depressivo e mais lento oferecido pelos “katatônicos”.

Enquanto eles estiverem na ativa, outra vinda sem tanta espera do grupo já é algo garantido em nosso país.

Os parabéns são obrigatórios para toda a equipe da Overload, por terem organizado e gerenciado este registro para marcar o final do ano corrente com uma presença de peso em terras tupiniquins.


Texto: Bruno França 

Fotos: Belmilson Santos (Roadie Crew)

Edição/Revisão: Gabriel Arruda


Realização: Overload


Katatonia – setlist:

Austherity

Colossal Shade

Lethean

Deliberation

Forsaker

Opaline

For My Demons

Leaders

Onward Into Battle

Soil’s Song

Birds

Old Heart Falls

Criminals

My Twin

Atrium

Bis

July

Evidence

quarta-feira, 12 de outubro de 2022

H.E.A.T: Hard Rockers Suécos Chegam ao Sétimo Álbum e Reestreiam Vocalista


Se nos anos 80 as bandas Norte Americanas de Hard Rock e Melodic Rock eram a grande força, levando o estilo ao mainstream, quando inclusive dominavam as rádios e programas de TV, nos tempos atuais o cenário é diferente, os holofotes da grande mídia já são passado, mas o Hard Rock segue muito vivo e chutando, com muitas boas novas bandas e vários remanescentes dos anos 80 ativos e produzindo.


O celeiro principal hoje está na Europa, e a Suécia está entre os maiores exportadores de Hard Rock e Melodic Rock, com algumas dezenas de ótimos nomes, e um dos destaques sem dúvidas é o H.E.A.T, que desde sua estreia foi caindo nas graças dos fãs do estilo e aos poucos espalhando sua música à outras partes do mundo.




A banda, formada em 2007, acaba de lançar seu sétimo álbum, "Force Majeure", pela gravadora earMusic, que possui em seu catálogo bandas como Deep Purple, Alice Cooper e Skid Row. Inclusive falando nessa última, o vocalista Erik Grönwall, que gravou os quatro álbuns anteriores do H.E.A.T, saiu do grupo para se juntar justamente ao Skid Row.


Com a saída de Erik, a solução foi familiar, o vocalista original, e que gravou os dois primeiros álbuns, Kenny Leckremo, retornou aos vocais.


Erik devolvendo o microfone para Kenny(foto by Fifth Music)

E essa mudança então foi algo que praticamente não mexeu com as estruturas do que a banda vinha fazendo nos mais recentes trabalhos, e trazendo algo da sonoridade dos dois primeiros, que são mais calçados nas inspirações oitentistas e do Melodic Rock.


O H.E.A.T apresentou aos fãs seu Hard com aquelas doses altas de  energia e grandes melodias em músicas como "Hollywood", "Not For Sale", "Nationwide" e a balada "One of Us", onde destilam pitadas das influências dos anos 80, como Whitesnake, Mötley Crüe e Van Halen e estruturas mais atuais desse prolífico cenário europeu. 


A abertura com "Back to the Rhythm" traz a energia já tradicional, sendo que já possível reconhecer de cara a sonoridade dos suécos, com seus riffs e refrãos marcantes, teclado fazendo o fundo e intervindo com alguns efeitos mais modernos de forma precisa e sem exageros.



"Tainted Blood" traz uma levada mais cadenciada, com riffs vigorosos, me remetendo ao Mötley do "Dr Feelgood"; a citada "Hollywood", une as influências 80's , aquela dose de malícia e sonoridades do Hard moderno, refrão com jeitão de hino.


Embora inferior aos antecessores, que possuiam mais momentos marcantes, o H.E.A.T entrega mais um álbum com elementos suficientes para agradar seus fãs e os amantes do Hard Rock e Melodic Rock em geral, simples assim.


"Force Majeure" está disponível nas principais plataformas de streaming e também lançado em CD por aqui pela Shinigami Records.


Texto: Carlos Garcia

Fotos: Divulgação


Banda: H.E.A.T

Álbum: "Force Majeure" 2022

Estilo: Hard Rock, Melodic Rock

País: Suécia

Selo: earMusic/Shinigami Records


Site Oficial


Tracklist


1. Back To The Rhythm 2. Nationwide 3. Tainted Blood 4. Hollywood 5. Harder To Breathe 6. Not For Sale 7. One Of Us 8. Hold Your Fire 9. Paramount 10. Demon Eyes 11. Wings Of An Aeroplane







sábado, 6 de fevereiro de 2021

H.e.a.t: Excelência em Hard/Melodic Rock


"H.e.a.t II" é o sexto álbum dos suecos (o título "II" a banda explicou que o processo de composição foi similar ao de estreia, então seria a "continuação espritual do primeiro, brincaram também que é muito maneiro ter um II romano na capa), e o primeiro produzido inteiramente pela própria banda. 

E se os experimentalismos do anterior, "Into the Unknown", não agradou a todos (particularmente, achei muito bom também), neste eu acredito que os fãs em geral não tem nada a reclamar! Aqui eles retornam ao estilo dos 4 primeitos. Que álbum maravilhoso de Hard, cheio de ótimas melodias e refrãos marcantes.

Melodioso, muito bem executado, polido e com canções empolgantes, daquelas que dá vontade de cantar junto.

Vou citar por exemplo os riffs e teclados marcantes, e o excelente refrão de "Dangerous Ground", que inicia com uma intro de uma ignição de carro ligando para então entrar esse Hardão acelerado e empolgante; a levada Heavy/Blues da pesada e cadenciada de "We Are Gods";  "Adrenaline" e seu jeitão de hit, de ritmo empolgante e aquele refrão explosivo, com os teclados acompanhando a melodia vocal.


Grandes baladas são praticamente praxe em um álbum de Melodic Rock/Hard, e "Nothing to Say" tem todos aqueles elementos clássicos: tocantes melodias do teclado, guitarras acústicas, vocais cheios de emoção, começa naquela levada suave e explode no refrão; 

Destaco ainda o maravilhoso Melodic Rock de "Heaven Must Have Won an Angel", naquele estilo clássico de nomes como Journey ou Europe, belas melodias e solos de guitarra, riffs marcantes, levadas criativas na bateria, grandes teclados e ótimo refrão, com direito aqueles trechinhos com "ô ô ô". 

"II" é um disco dinâmico, tendo músicas explosivas, baladas, Melodic Rocks de melodias marcantes, belo trabalho de guitarras e também um excelente uso de teclados e sintetizadores, enfim, um ótimo álbum do estilo, é o clássico Melodic Rock, que soa atual e revisitado, com a personalidade do H.e.a.t. Altamente recomendado aos fãs e amantes do gênero. Realmente, a Suécia é a atual meca do estilo.

Texto: Carlos Garcia

Banda: H.e.a.t
Álbum: "II"
Estilo: Melodic Rock, Hard Rock
País: Suécia
Selo: Sound City/ear Music/Shinigami Records


Line-up

Erik Grönwall: Vocais
Dave Dalone: Guitarras
Jona Tee: teclados
Jimmy Jay: Baixo
Don Crash: Bateria

Tracklist:

1. Rock Your Body 4:04
2. Dangerous Ground 4:07
3. Come Clean 3:44
4. Victory 4:28
5. We Are Gods 4:11
6. Adrenaline 4:26
7. One By One 3:47
8. Nothing To Say 4:08
9. Heaven Must Have Won An Angel 4:42
10. Under The Gun 3:25
11. Rise 4:18



quinta-feira, 6 de outubro de 2016

Sabaton: Retornando a Porto Alegre em novembro!


Da Suécia ouve-se um brado forte e retumbante dizendo: “Cobras fumantes, eterna é sua vitória!” Aqui do outro lado do Atlântico, no Brasil, nós entendemos este chamado. E foi assim que a banda Sabaton alcançou largo conhecimento entre os amantes do Power (Military History) Metal no país e arrastou uma verdadeira horda pelos shows no Brasil.

Sabaton surgiu em Falun (223 km de Stockholm, em direção ao interior da Suécia) por volta de 1999 e vem se mantendo firme até os dias atuais. Na promoção do CD “HEROES” (2014) a tour passou por 10 cidades brasileiras. Neste trabalho uma das músicas conta a história de Arlindo Lúcio da Silva, Geraldo Baeta da Cruz e Geraldo Rodrigues de Souza. Três brasileiros que lutaram na segunda guerra mundial, enviados pela força expedicionária.

Pois bem, o novo trabalho “THE LAST STAND” (2016) é o gatilho que aciona “precursor”, e a Sabaton vem ao Brasil novamente. Dessa vez serão seis destinos, seis trincheiras a serem derrubadas: BELO HORIZONTE, SAO PAULO, RIO DE JANEIRO, LIMIERA, PORTO ALEGRE e CURITIBA.

No dia 02 de novembro, pelas mãos da Abstratti, junto ao Sabaton teremos a oportunidade (novamente) de homenagear os “Cobras Fumantes” em alto e bom som. Palco de outros grandes momentos, o Bar Opinião será novamente testemunha de mais uma grande noite.

Preparem suas fardas, municiem as armas e calcem suas botinas soldados. Sabaton está marchando a Porto Alegre novamente, e é bom que estejam preparados.

O quê: Sabaton
Onde: Opinião – Rua José do Patrocínio, 834
Quando: quarta, 2 de novembro – 21h (feriado)
Quanto: de R$ 90 a R$ 240
>>>>> ATENÇÃO<<<<<<

* A organização do evento não se responsabiliza por ingressos comprados fora do site e pontos de venda oficiais.

* É expressamente proibida a entrada de câmeras fotográficas profissionais e semiprofissionais, bem como filmadoras de qualquer tipo.

Confirme presença no evento: http://goo.gl/5G4VnL


Texto: Uillian Vargas
Revisão/edição: Renato Sanson

domingo, 12 de junho de 2016

Candlemass: EP Comemorando 3 décadas de Epic Doom Metal




Os reis do Epic Doom Metal comemoram os 30 anos de carreira com um EP de 4 pedradas, trazendo toneladas de peso e riffs magnificentes! O EP também marca a efetivação de Mats Levén como vocalista da banda.

"Death Thy Lover", faixa título do EP, despeja o Epic Doom dos suecos, mesclado ao Heavy Metal tradicional, peso e melodia. Vibrante e poderosa, certamente vai ganhar a aprovação dos fãs, destacando a performance arrasadora do excelente Mats Levén.

"Sleeping Giant" traz os tradicionais riffs Doom, devidamente inspirados no grande pai Sabbath, seguindo aquele andamento mais cadenciado, guitarras carregadas de peso e Wha-Wha; "Sinister and Sweet" abre com o peso monumental e grave das guitarras, maximizado pela cozinha esmagadora, e entre os tradicionais andamentos Epic Doom e o sempre presente Wha-Wha, trechos mais melodiosos e climáticos, quase que psicodélicos.


Bateria compassada seguida da base pesada e arrastada, cortada por melodias melancólicas, assim é a instrumental "The Goose", que encerra este empolgante EP, que marca com louvores essas três décadas, e anuncia bons ventos nesta fase com Mats nos vocais. Se o que vier pela frente seguir o nível apresentado no EP, preparemo-nos para mais um grande e épico álbum.


Texto: Carlos Garcia
Fotos: Divulgação

Ficha Técnica:
Banda: Candlemass
Álbum: "Death Thy Lover" EP - 2016
País: Suécia
Estilo: Epic Doom Metal
Selo: Napalm Records

Site Oficial

Line Up:
Leif Edling: Baixo
Mats Léven: Vocais
Mats Mappe: Guitarras
Jan Lindh: Bateria
Lars Johansson: Guitarras
Per Wirberg: Teclados

Track List
Death Thy Lover
Sleeping Giant
Sinister And Sweet
The Goose


quinta-feira, 16 de abril de 2015

Band of Spice: Indicado aos fãs de um bom Stoner e Rock Setentista


Uma mistura entre o Stoner e o Rock Clássico. De uma maneira rápida, assim pode ser definido o trabalho da Band of Spice, banda do ex- Spiritual Beggars e ex-The Mushroom River Band, Christian “Spice” Sjöstrand. Segundo trabalho do grupo (Feel Like Calling Home, o primeiro sob este nome foi lançado em 2010), Economic Dancers (2015) traz riffs fortes e distorcidos na medida certa. Com aquela cara de anos 70, mas sem soar datado, o álbum é um belo exemplo de que a música é atemporal.

Formada por Spice (vocal e guitarra), Anders Linusson (guitarra, ex- The Mushroom River Band), Johann (baixo), Bob Ruben (bateria, ex- The Mushroom River Band) e Hulk (piano, teclados), a banda agradará aos fãs que curtem um som com um vocal cru e bastante “orgânico” (por vezes agressivo, por vezes melódico), riffs carregados, cozinha pesada e a teclados que se encaixam perfeitamente na proposta setentista da banda. Se a intenção era ser sujo (como todo bem Rock deve ser) e baseado no trabalho das guitarras, o grupo atingiu seu objetivo!


Abrindo com Economic Dancer, um Hard sujo e com aquela cara de beira de estrada, onde o vocal de Spice mostra a agressividade citada anteriormente. Bela escolha como faixa de abertura e que conta com um solo cheio de feeling! True Will, começa com um riff simples, e que se transforma em mais uma performance do grupo e deixa Spice á vontade para encaixar seu vocal de forma rasgada, e que possui um refrão grudento. Mais um belo solo de Anders Linusson. On the Run, a mais anos 70 de todas, nos coloca em um daqueles bares esfumaçados, onde as verdadeiras bandas iniciaram suas carreiras. Dosando a melodia e a agressividade de maneira perfeita, a interpretação do vocalista é o grande destaque aqui. Depois da pequena Intro (ao piano), The Joe, mantém o pique da década de ouro da música. Em You Will Call, o Hammond predomina, e percebe-se o grande trabalho realizado por Johann no baixo. Uma das faixas mais “calmas” do trabalho, mas que tem um solo carregado de feeling. You Can’t Stop, traz o peso novamente á tona. Entendam por peso, no que se refere ao estilo praticado pela banda. Fly Away, a mais Stoner do trabalho, e também a mais pesada, é a faixa que reúne todas as características do grupo.


In My Blood, já começa com o teclado imprimindo seu ritmo e nos leva de volta aos 70’s. Down by the Liquor Store, evidencia a cozinha formada por Bob Ruben e Johann, e tem aquele baixo “gordo” que faz toda a diferença. O álbum se encerra com You Know My Name, de forma grandiosa, como aliás, começou. Guitarra distorcida, cozinha pesada, teclado viajando e um vocal cheio de garra.

Um grande trabalho de uma banda que merece uma exposição maior. Talento é o que não falta. Indicado aos fãs de um bom Stoner, Rock com aquela veia anos 70, e apreciadores de música de qualidade!


Resenha por: Sergiomar Menezes
Revisão/edição: Renato Sanson


Label/Selo: Scarlet Records

Tracklist:
1.            Economic Dancer
2.            True Will
3.            On The Run
4.            Intro – The Joe
5.            The Joe
6.            You Will Call
7.            You Can’t Stop
8.            Fly Away
9.            In My Blood
10.          Down By The Liquor Store
11.          You Know My Name


Acesse o link e conheça mais a banda:



domingo, 12 de abril de 2015

Marduk: Dia 20 de abril véspera de feriado, o RS vai feder a enxofre!


Uma das principais bandas de black metal do mundial vai voltar ao RS, os suecos do Marduk vão se apresentar na cidade de São Leopoldo, na Sociedade Orpheu, divulgando o novo álbum “Frontschwein”.

Além da banda principal mais dois convidados vão participar desta celebração ao metal negro, Symphony Draconis de Porto Alegre e Revogar de Esteio, se você é apreciador do metal das trevas não perca está grande noite.


Ingressos:

R$60,00 (VALOR ÚNICO)
Na hora: R$70,00
Estudantes e Pessoas com Deficiência R$30,00

Cronograma:

Abertura da casa: 19h
19h30min - Revogar
20h05min - Symphony Draconis
21h00min – MARDUK
Término: 22h30min

Pontos de venda:

Loja Aplace (Voluntários da Pátria, 294 - loja 150 (Centro Shopping) - Porto Alegre).

Origem Tattoo (São Caetano, 25, Cento - São Leopoldo/RS - atrás da estação de trem São Leopoldo)

*Blue Ticket: http://www.blueticket.com.br/13680/Marduk/?obj=busca

*Em toda rede MULTISOM


Local: Sociedade Orpheu
Rua Brasil, 506 – Centro - São Leopoldo/RS

Horário: 19h30min

Bandas de abertura:



Classificação: 16 anos

Para maiores informações acesse o evento:

https://www.facebook.com/events/823402261088178/


Texto: Marlon Mitnel
Revisão/edição: Renato Sanson




quarta-feira, 18 de março de 2015

Entombed A.D: Uma Noite para Ficar na História (08/03/15 – Embaixada do Rock)


No último dia 08 de março, além de comemorarmos o dia internacional da mulher, era dia também de celebrar o Death Metal. A cidade de São Leopoldo recebeu uma lenda da vertente mais pesada do Metal, os suecos do Entombed, o que há pouco tempo atrás ninguém imaginaria que aconteceria, pois a banda desmantelou-se e parecia que não voltaria à atividade, mas Lars-Göran Petrov que é a alma da banda resolveu retornar, mas passando a se chamar Entombed A.D, devido a disputas judiciais com o guitarrista Alex Hellid em 2014.

Após algumas tempestades enfim lançaram o álbum “Back to the Front” e para a alegria de todos os fãs vieram divulgar o novo trabalho no Brasil, acompanhados da banda mineira KroW rodaram pelo Brasil e América do Sul despejando destruição por onde passavam. Agora vou contar como foi o show de São Leopoldo.

O local escolhido para o show foi a Embaixada do Rock, casa relativamente pequena para um show internacional, mas já acostumada a receber o público undergroud, haviam no local do evento menos de 200 pessoas, mas como a casa não é muito grande a sensação era que tinham 500 e o calor fez essa sensação aumentar, nem com ar condicionado a temperatura ficou agradável, mas o público presente sabia que o sacrifício valeria a pena, pois logo veriam no palco uma grande lenda.

DyingBreed
A Primeira banda a se apresentar foi a  DyingBreed de São Leopoldo. Mostraram o motivo de estarem a cada dia crescendo mais e ganhando respeito na cena nacional, a banda é relativamente nova, mas seus músicos já estão na estrada há muitos anos, e representaram o RS muito bem, fazendo um show brutal e que agradou muito os presentes. O Death Metal no RS está muito vivo e vai muito bem obrigado.

KroW
KroW de Uberaba – MG foi à segunda banda da noite, apesar do som muito alto para o tamanho da casa, os mineiros fizeram um show maravilhoso, a banda tem muita qualidade, e representou muito bem Minas Gerais, ainda quero ver um show deles com som e qualidade merecida, pois realmente fez muita diferença na apresentação deles.

Era a hora mais esperada da noite, os suecos subiram ao palco e os fãs gritavam pelo Entombed, e eles atenderam logo de cara tocando “Pandemic Rage” do último trabalho. O show seguiu com muita brutalidade, muito calor e muito ranho? Sim muito ranho, Lars Petrov por varias vezes pegava de sua própria boca pedaços de meleca e mostrava para o público, algo nojento, mas como era uma lenda fazendo não vamos levar isso tão a serio né?!


“I for an Eye” e ”Revel in Flesh” dos tempos mais antigos fez a galera se despedaçar na roda, “Second to None” também representou o álbum novo, mas o que fez os headbengers pirar mesmo foi às músicas mais antigas, ”The Underminer” apareceu também no setlist, mas não animou tanto os bangers que estavam querendo os clássicos e eles vieram, “Living Dead”, por exemplo, foi a música mais apreciada da noite, mas “Stranger Aeons” e “Chaos Breed” foram pontos fortes também. Além de “Left Hand Path” e “Wolverine Blues” eles tocaram “Night of the Vampire”, cover do conterrâneo deles Roky Erickson, eu particularmente gostei muito desta versão, mas alguns fãs pareciam não entender muito que estava acontecendo.

A Embaixada do Rock nunca mais será a mesma depois dessa noite, apesar do calor, as bandas no palco fizeram tudo valer a pena. A simpatia dos membros do Entombed A.D foi algo absurdamente surpreendente, com muita humildade mostraram para todos que o Death Metal é um só e não importa a língua que você fala ou os país que você vive, no fim todos falam uma única língua que é o Metal Extremo.


E sim é de se surpreender que uma banda lendária destas haja com humildade, pois muitas vezes vemos bandas undergrounds do nosso próprio estado fazerem pose de rockstars e acharem que são os reais do mundo.

Parabéns a Makbo por trazer mais uma lenda ao nosso estado e por acreditar em nossa cena.


Cobertura por: Marlon Mitnel
Fotos: Diogo Nunes
Revisão/edição: Renato Sanson

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Entombed, Krow e DyingBreed - Death Metal Em Alto Estilo!


Prepare seu pescoço! Mais uma vez, o Vale dos Sinos será o cenário de um momento histórico! Um massacre sonoro, da melhor qualidade! Em mais uma grande iniciativa da Makbo em parceria com a Cronos Entertainment, pela primeira vez no RS, o ENTOMBED A.D. se apresentará na Embaixada do Rock (tradicional casa underground) e terá como companhia as bandas Krow (MG) e DyingBreed (RS).

DyingBreed
Abrindo os trabalhos, a banda gaúcha DyingBreed trará o que de melhor é feito no Death Metal no RS. Prestes a lançar seu álbum de estréia, Whorship No One, o grupo que recentemente participou do Zombie Ritual, é um legítimo representante daquele Death Metal old school, praticado por nomes como Morbid Angel, Cannibal Corpse e pelo próprio Entombed. Formada por Leonardo Schneider (vocal), Felipe Nienow (guitarra), Ariel Boesing (guitarra), Fabrício Bertolozi (baixo) e pelo novo baterista Daniel Vilanova, a banda promete honrar, mais uma vez, a tradição gaúcha em fazer Metal extremo de qualidade!

Krow
Logo em seguida, os mineiros do Krow subirão ao palco pra mostrar que o Triângulo Satânico Mineiro continua firme e forte quando o assunto é brutalidade e qualidade no Heavy Metal! Praticando um mistura bem dosada de Thrash e Death Metal, o grupo formado por Guilherme Miranda (vocal e guitarra), W. Johann (guitarras), Cauê de Marinis (baixo) e Jhoka Ribeiro (bateria) o quarteto vem divulgando seu último trabalho, o EP Relentless Disease. Formada em 2007, a banda já têm em sua discografia dois álbuns, Before the Ashes (2009) e que será relançado e o excelente Traces of Trade (2012). Uma banda que já está merecendo um maior destaque no cenário nacional!

E a lenda do Metal sueco finalmente chegará ao RS! O ENTOMBED A.D. chega ás terras gaúchas trazendo o Death Metal como ele deve ser: brutal e sem firulas! Formado atualmente por L.G. Petrov (vocal), Nico Elgstrand (guitarra), Victor Brandt (baixo) e Olle Dahlstedt (bateria), o grupo que conta apenas com L.G. Petrov da formação original, precisou trocar de nome devido a uma briga judicial entre o vocalista e o guitarrista Alex Hellid, um dos fundadores da banda. Com o acréscimo do A.D. ao nome, a banda lançou no ano passado Back to the Front, um excelente álbum que traz o que sempre souberam fazer: Death Metal. Chamando o grupo como quiser (duvido que algum banger se refira ao grupo citando o A.D.), toda a garra e fúria que sempre foram suas características estão intactas. Um show que promete novidades além de clássicos de álbuns como Left Hand Path, Clandestine, Wolverine Blues (amado por uns, odiado por outros), entre outros. Um show que ficará na história! Então, como está escrito na chamada pro show: Agora, é você, HEADBANGER!


Para mais informações acesse o evento:



Texto: Sergiomar Menezes
Revisão/edição: Renato Sanson


quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Marduk: Qualidade Inegável em Nome do Metal Negro


Como se fosse um furacão fora de controle os suecos do Marduk chegam ao seu 13° disco de estúdio, o infame “Frontschwein”. Os fãs mais saudosistas podem torcer o nariz para o que o tanque de guerra Marduk vem lançando desde 2004, porém perdem de conhecer uma banda com sangue nos olhos e com suas características intactas.

Muitos podem questionar de não ter a presença de Legion, mas esquecem que Mortuus de fato é um vocalista mais completo e versátil, não deixando nada a desejar. Claro que Erik Hagstedt (ou apenas Legion) gravou os melhores discos do Marduk, mas é quase um erro negar o que a horda negra vem criando após sua saída.


E de fato em “Frontschwein” temos o melhor lançamento desta nova fase, e um dos melhores discos de sua discografia, devido as proporções o Marduk conseguiu lançar um disco tão poderoso quanto o clássico absoluto “Panzer Division Marduk”.

Seguindo em seu front o guitarrista e líder Morgan continua impecável, riffs insanos e mais do que marcantes, como é o caso da faixa titulo (que soa abusivamente rápida e pesada, destacando também o novato Fredrik Widigs nas baquetas) e “The Blond Beast” (menos veloz, mas com peso absurdo e com Devo mostrando todo o poder de seu baixo).

Mas impossível não mencionar Mortuus e sua versatilidade, como em “Wartheland” (cadenciada e mórbida, com vocalizações de arrepiar); “Afrika” vem extremamente rápida, com aquele Black Metal ríspido e cru que consagrou o Marduk, onde as linhas vocais se entrelaçam entre o rasgado e o gutural de forma muito consistente.


“Between the Wolf-Packs” também se destaca pelo seu lado “mezzo”, encontrando uma boa dinâmica entre a velocidade e cadencia, mostrando também grande apuro técnico da parte instrumental.


A produção do trabalho merece destaque, pois soa abrasiva e “suja”, e ao mesmo tempo pesada, chegando num ótimo equilíbrio sonoro, com todos instrumentos em sintonia numa verdadeira marcha de guerra.

Uma verdadeira apoteose ao Metal negro é o Marduk mostrando que ainda tem muita munição para queimar em sua linha de frente.


Resenha por: Renato Sanson

Acesse e conheça mais a banda:




quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Cobertura de Show - Edguy, Hammerfall & Gotthard em Porto Alegre/RS (06/12/14)




Dia 06/12/14 (sábado) marcava o retorno das bandas Edguy e Hammerfall a Porto Alegre, depois de 7/8 longínquos anos. E de quebra teríamos os suíços do Gotthard, para completar a festa com seu Hard Rock de primeira qualidade.

A indecisão.

Primeiramente o evento seria no Bar Opinião, e algumas semanas antes foi anunciado o praticamente Sold Out dos ingressos, surgindo a possibilidade de transferência do mesmo para o Pepsi On Stage caso a procura continuasse grande.

Porém a mudança em primeira estância não houve, mas após uma interdição do Bar Opinião pela prefeitura por “poluição sonora”, foi decretado que o show passaria a ser no Pepsi. O que foi visto por muitos como uma ótima noticia, pois teríamos três bandas de renome e o Opinião lotado não é o melhor lugar para se ver o show.

Porém dias antes do “mini festival” temos o anuncio que o show voltaria para o Bar Opinião, já que o mesmo teria conseguido a liberação para funcionar normalmente. O que gerou a alegria de uns e descontentamento de outros.

O inferno.

Ao chegar no Opinião já víamos uma fila quilométrica, que passavam varias quadras indicando que a casa estaria lotada, o que de fato seria preocupante. Os portões abriram por volta das 16h, já que o Gotthard subiria ao palco exatamente às 17h.

Um pouco antes do Gotthard subir ao palco a casa estava praticamente cheia, em sua capacidade máxima, e o que me perguntava era: Seria possível suportar o calor absurdo dentro do Opinião por mais de três horas?


Pois é, prova de fogo, pois realmente a casa demonstra um despreparo imenso para shows de grande porte, pois com muita gente gera aglomera mento, os condicionadores de ar não estavam dando conta (sendo que em alguns pontos os condicionadores não estavam ligados), o que gerava mal estar, e sensações de desmaio (sendo que sim, algumas pessoas chegaram a desmaiar pelo abafamento).

Sem contar que em show lotado pessoas portadoras de deficiência não conseguem ver o espetáculo em si, e por quê? Porque não há um local especifico para pessoas com deficiência (digo isso com muita propriedade, pois sou cadeirante, e frequento a casa há anos, e o despreparo continua grande).


Para um evento dessa magnitude, não seria mais prudente transferi-lo para um local maior? Onde de fato os fãs teriam mais conforto, comodidade e segurança.


Gotthard: Energia, musicalidade e empolgação.


Então era hora da lenda do Hard Rock suíço entrar em cena, e apresentar ao público gaúcho seu novo disco “Bang!” (segundo álbum a contar com o vocalista Nic Maeder).

E após a intro “Let Me in Katie”, “Bang!” e “Get Up 'n' Move On” abrem o show com muita energia, com uma banda extremamente carismática e comunicativa.

Nic fica impressionado com o público, seja pela quantidade de fãs ou pela receptividade que foi fantástica. “Sister Moon” mantém o alto nível, com um refrão marcante e uma banda muito bem entrosada.


Vale ressaltar a nova voz do Gotthard, que demonstra um belo timbre, já que sua missão era de substituir o imortal Steve Lee. “Right On” vem para brindar a nova fase da banda, onde o guitarrista Leo Leoni usa um artefato em seu microfone que modifica sua voz para acompanhar o riff principal da música, com uma levada bem empolgante.

Da fase Steve Lee tivemos a clássica “Master of Illusion” (com boa parte do público cantando), a belíssima “The Call”, “Lift U Up” (que levantou a galera) e fechando o show com o clássico “Anytime Anywhere”.


Antes mesmo do primeiro “final fake” tivemos uma grata surpresa com o cover de “Hush” do músico Billy Joe Royal (música essa eternizada pelo Deep Purple), fazendo o Opinião cantar em massa seu refrão marcante.

O Gotthard se despedia com missão cumprida, em um belo show, onde os músicos demonstravam muita satisfação de estar ali e com certeza deram o seu melhor, é torcer que voltem as terras gaúchas, pois impressionou positivamente os presentes, desde os que já conheciam aos que nunca ouviram a banda.

Setlist:

01 Bang!
02 Get Up 'n' Move On
03 Sister Moon
04 Right On
05 Master of Illusion
06 Feel What I Feel
07 The Call
08 Remember It's Me
09 What You Get
10 Starlight
11 Hush (Billy Joe Royal cover)
12 Lift U Up
13 Anytime Anywhere


Hammerfall: A volta dos mestres.


Após uma mudança rápida de palco era hora dos suecos do Hammerfall entrarem em cena, trazendo a tour de seu novo disco o ótimo “(r)Evolution”. Sua ultima passagem por Porto Alegre foi em 2007, sendo assim a ansiedade para revê-los era grande.

E após as luzes se apagarem “Hector's Hymn” inicia e a galera explode de vez, Joacim Cans entra e é mais do que ovacionado, sem contar a empolgação da galera que chegava a cantar mais alto que o vocalista, tamanha emoção que estavam.

Seguindo o clima em alta “Any Means Necessary” e “B.Y.H.” mostrando que os trabalhos mais recentes da banda são muito bem aceitos, com o público cantando todas e deixando os músicos mais do que satisfeita.


Joacim brincava com os fãs dizendo que estava muito calor, chegando a dizer que aquele era o show mais quente que o Hammerfall teria feito em sua carreira (era notável que ele estava realmente desconfortável com a temperatura, imagina a galera que estava ali desde as 16h...). Seguindo o baile era hora do primeiro clássico da noite “Let the Hammer Fall” vem para deixar o Opinião ainda mais pequeno, todos com punhos erguidos cantando ao sinal de Oscar e Joacim.

Algo que chamou atenção de muitos foi uma pequena mudança na formação da banda, Anders Johansson não estava na bateria e sim David Wallin (Pain) e no baixo pasmem o ex-guitarrista Stefan Elmgren, que esta substituindo temporariamente Fredrik Larsson, que se afastou da banda por um período devido ao nascimento de seu segundo filho.


Com a chegada do primeiro clássico e sem deixar a euforia cair “Renagade” e “The Metal Age” deixam todos extasiados, principalmente “The Metal Age” que é uma faixa que dificilmente o Hammerfall toca.

O Hammerfall apresenta grande performance ao vivo, Joacim é um frontman incrível, assim como a dupla de guitarras Oscar e Pontus que demonstram uma presença de palco animal, sempre agitando e interagindo com o público. Falar de Stefan é chover no molhado, sempre carismático e um bageador nato. E David cumpre muito bem seu papel, sendo preciso e técnico.

Como estávamos em um evento com três bandas, certamente algumas faixas ficariam de fora de todos os sets, e no Hammerfall não seria diferente, pois a balada mais clássica do Metal Melódico não entrou no set, “Glory to the Brave” teve só o comecinho executado, deixando os presentes na expectativa.


A épica “Last Man Standing” vem com seu refrão pomposo e mostrando uma banda coesa e entrosada, e para fechar sua apresentação uma trinca para fã nenhum botar defeito “Hammerfall”, “Templars of Steel” e “Hearts on Fire”, deixando aquele gostinho de quero mais, em uma apresentação impecável.

Que voltem logo ao Sul, pois deixaram saudades mais uma vez!

Setlist:

01 Hector's Hymn
02 Any Means Necessary
03 B.Y.H.
04 Blood Bound
05 Let the Hammer Fall
06 Renegade
07 The Metal Age
08 Last Man Standing
09 Bushido
10 HammerFall
11 Templars of Steel
12 Hearts on Fire  


Edguy: Ansiedade a flor da pele.


Era nítido que muitos estavam ali pelos alemães do Edguy, mas não é para menos, seu frontman Tobias Sammet vem em uma crescente há anos com o seu projeto Avantasia, o que deixou um pouco de lado sua banda principal.

Precisos oito anos de sua ultima passagem pela capital gaúcha, gerava grande expectativa do show, já que seu ultimo álbum “Space Police” mostra o Edguy em sua antiga forma, voltando a suas raízes mais melódicas.

Chegado a hora e o baterista Felix Bohnke faz sua tradicional entrada chamando o público e pedindo para gritarem mais alto, e “Love Tyger” do novo álbum entra em cena e o barulho dos fãs era ensurdecedor, e quando Tobias apareceu ai a casa caiu de vez, tirando muitos sorrisos do alemão.


O refrão foi cantado em uníssono, mostrando a ótima aceitação do novo material. “Space Police” vem na sequencia mantendo a extasia do público, e para brindar os fãs mais antigos o clássico “All the Clowns”.

A banda que completa o Edguy é de fato um show a parte ao vivo, todos extremamente carismáticos, mas destaque total ao baixista Tobias Exxel, que rouba a cena em muitos momentos.

De uma forma mais contida, Tob mostra sua presença de palco e de como consegue ter o público em mãos, mas algo que soou exagerado foi os discursos que o vocalista dava ao final de cada música, era tanto falatório que chegou a falar de Copa do Mundo e do show anterior na Argentina que tinha sido fantástico (gerando aquele descontentamento clássico dos presentes), mas duvido que ele tenha tido uma receptividade tão forte e calorosa  como em Porto Alegre.


“Superheroes” chega para gerar histeria entre os fãs mais novos, assim como “Defender of the Crown”. “Vain Glory Opera” vem para relembrar o passado glorioso da banda, mas mostrando que os fãs mais novos não a conheciam ou não gostam tanto assim do passado do Edguy.

Após o solo de bateria de Felix (bem parecido com o de 2006, exageradamente grande e pouco atrativo) “Ministry of Saints” do fraco “Tinnitus Sanctus” é tocada, e um de seus maiores clássicos surgem “Tears of a Mandrake”, mas que não teve a receptividade que merecia.


Fechando a apresentação às batidas “Lavatory Love Machine” e “King of Fools”. Um show curto e que priorizou os chamados “hits”, deixando de lado muito de seus clássicos, principalmente o maior deles, a eletrizante “Babylon”.

O que podemos notar que o Edguy conquistou novos fãs com seus discos mais recentes, porém a banda se afastou do belo passado que construiu nos anos 90.

Setlist:

01 Love Tyger
02 Space Police
03 All the Clowns
04 Superheroes
05 Defenders of the Crown
06 Vain Glory Opera
07 Drum Solo
08 Ministry of Saints
09 Tears of a Mandrake
10 Lavatory Love Machine
11 King of Fools

Três excelentes bandas, mas que poderiam ter feito seu show em um local mais adequado, pois em primeiro lugar o público, certo?


Cobertura: Renato Sanson
Fotos: Diogo Nunes