Mostrando postagens com marcador Black Metal Sinfônico. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Black Metal Sinfônico. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 27 de maio de 2024

Tellus Terror: “Hoje o underground procura se transformar e existem mais opções em termos de profissionalismo”

Por: Renato Sanson

Músico entrevistado - Marcelo Val (baixo)

Em termos comparativos, quais as diferenças entre “EZ Life DV8” e “DEATHinitive...”?

Marcelo Val - Musicalmente o DEATHinitive... é um álbum mais focado em torno de um conceito musical, que é o Black/Death Metal Sinfônico, enquanto o EZ Life DV8 agregava mais elementos musicais de diversos estilos misturados, que resultou à época na criação do termo “MMS”, ou “Mixed Metal Styles”, para bem definir o estilo que a banda propunha então. 

São dois álbuns que em termos líricos têm conceito temático definido, no caso do primeiro álbum mostra um contexto analisando os dilemas da humanidade em relação aos conflitos gerados pela disputa por poder e nossa colocação no universo, enquanto o DEATHinitive tem uma atmosfera mais voltada ao Dark Romance, e como o amor e as paixões podem influenciar tanto positiva como negativamente a nossa trajetória.

A proposta sonora é bem em volta do Metal Sinfônico, mas calcado no extremo. Trazendo uma áurea obscura e rica em detalhes. Como funciona a parte criacional?

Quando entrei na banda o álbum já tinha sido composto, mas como trouxe minhas próprias idéias em termos de arranjos para as linhas de baixo, essas acabaram entrando definitivamente na gravação. 

Minha abordagem na criação dos arranjos de baixo foi desenvolver um trabalho de sinergia entre baixo e bateria, e agregar texturas harmônicas e camadas melódicas, onde havia o espaço para tal. Um exemplo é Amborella´s Child, onde o baixo faz uma melodia discreta em cima da parte em que antes ficava apenas piano e vozes orquestrais. 

 

Retornando após esse longo hiato, o que mudou de lá para cá na indústria musical e underground que puderam notar?

Acho que hoje o underground procura se transformar e existem mais opções em termos de profissionalismo para entregar um show bem feito que possa cativar os bangers. A indústria hoje se apoia fortemente no lado digital, e há a necessidade cada vez maior de se trazer uma apresentação bem feita não apenas sonoramente, mas na parte visual também. 

O lado digital beneficia as bandas de Metal sob o aspecto de ser um estilo cultivado por fãs do mundo todo, não fica preso apenas a determinadas regiões. Temos tido contato com os fãs de Metal dos mais diversos países e continentes, é impressionante e muito satisfatório.

Em 2014 quando lançaram “EZ Life DV8” vocês de certa forma chacoalharam o underground com sua proposta sonora ousada, mas ainda assim extrema. Quais lembranças vocês tem daquela época?

Eu não fazia parte da banda na época, mas lembro que a banda chegou com um álbum impressionante (EZ Life DV8) em termos de produção e sonoridade, e o nome Tellus Terror já se tornou conhecido por mim desde então.

“DEATHinitive...” soa como uma evolução natural de “EZ Life DV8”. Parecendo que o tempo não passou para nenhum dos trabalhos. “DEATHinitive” já tinha composições prontas desde aquela época ou surgiu nos últimos anos?

Sim, concordo. Há uma evolução natural no estilo de composição, e a intenção é amadurecer cada vez mais as composições e trazer álbuns que se comuniquem entre si, mas trazendo suas próprias particularidades.

Finalizando, gostaria que comentassem quais os próximos passos daqui em diante e se veremos o Tellus Terror de volta aos palcos em breve. Muito obrigado pela disponibilidade.

Estamos trabalhando com afinco para desenvolver nossas apresentações ao vivo ao nosso máximo, e em breve teremos novidades muito legais em relação aos shows de divulgação de nosso novo álbum. Recentemente tivemos uma grande oportunidade abrindo o show do Ripper Owens no Rio de Janeiro, produzido pela THC Produções, e o resultado foi muito legal. 

Temos inclusive vídeos dessa apresentação em nosso canal do Youtube, incluindo o Making Of. Agradeço ao Road To Metal pelo espaço e trabalho incansável em prol do Metal. 



terça-feira, 13 de outubro de 2015

Cradle of Filth: Mais Cru e Direto





Sei que a banda tem inúmeros detratores ou ex-apreciadores, que deixaram de acompanhar o grupo no passado por achar que tenha ficado ‘acessível demais’. De certa forma, o fato é que o CRADLE OF FILTH, não tem feito álbuns efetivos já vai algum tempo, na opinião deste que vos escreve. Não escutei muita coisa dos discos mais recentes. Mas é preciso dizer que a banda sempre teve músicos de primeira linha e experientes. Tu podes até não curtir o som dos caras, mas deve admitir que é bem construído e bem tocado. No entanto, devo me atentar, por ora, a este “Hammer Of The Witches”, lançado neste ano de 2015. 

E o fato é que a banda está mais direta, pesada e sem muita enrolação. Não há tantas partes orquestradas e ‘majésticas’, os vocais de Dani Filth estão com menos firulas também, enquanto que as guitarras de Richard “Ashok” Smerda e “Richard Shaw” despejam riffs atrás de riffs e promovem boas bases da mesma forma e intensidade. Claro que tem a intro “Walpurgis Eve” pra criar o clima, mas o som que realmente abre a bolacha, “Yours Immortality” começa pra quebrar pescoço; “Enshrined in Crematoria” mantém a linha; “Deflowering the Maidenhead, Displeasuring the Goddess” é rápida, enérgica e com bons solos. 


Um dos destaques do disco; “Blackest Magick in Practice” apresenta as habituais referências ao Metal Tradicional e Gothic; “The Monstruous Sabbat (Summoning the Coven)” é uma vinheta; segue com a faixa título, de maneira pomposa, teclados climáticos e riffs pegajosos, e ainda há os vocais femininos de Lindsay Schoolcraft que ficaram bem colocados. Certo que esta música também merece ser destacada; “Right Wing of the Garden Triptych” começa com uns barulhinhos meio estranhos e com vocais femininos, numa aura mais sinfônica até, e com solos, para, logo depois, acelerar o andamento. “The Vampire at my Side” é outra música que traz bons riffs influenciados pelo Metal Tradicional e pegadas insanas de blast-beats, pedal duplo e partes mais cadenciadas.

 
“Onward Christian Souls” lembra um pouco “Malice Through The Looking Glass” com o início nos teclados.“Blooding The Hounds Of Hell” encerra o CD de forma climática, com teclados majestosos.

Levando em consideração o que ouvi em “Hammer...” levo a crer que o CRADLE OF FILTH achou novamente o caminho das pedras, tendo em vista que a audição deste disco foi tranquila, sem percalços e/ou dúvidas acerca da qualidade. É óbvio que não se pode comparar a álbuns emblemáticos como seu debut ou “Dusk And Her Embrace”, de qualquer modo, merece elogios o conjunto da obra. Saliente-se, também, a linda capa, obra do artista letão Arthur Berzinsh, sendo a temática do álbum baseada no livro Malleus Maleficarum. A produção ficou a cargo de Scott Atkins (AMON AMARTH, BEYOND THE GRAVE, GAMA BOMB). A se destacar de negativo a ‘corpsepaint’ de Dani Filth, que ficou bizarro.

Texto: Marcello Camargo
Edição: Carlos Garcia

Lançamento: Nuclear Blast 


Line-up:
Dani Filth - vocals
Martin Skaroupka - drums
Daniel Firth - bass
Richard Shaw - guitar
Ashok - guitar
Lindsay Schoolcraft - keyboards and female vocals.


Track-List:

"Walpurgis Eve" 
"Yours Immortally..." 
"Enshrined in Crematoria" 
"Deflowering the Maidenhead, Displeasuring the Goddess" 
"Blackest Magick in Practice" 
"The Monstrous Sabbat (Summoning the Coven)" 
"Hammer of the Witches" 
"Right Wing of the Garden Triptych" 
"The Vampyre at My Side" 
"Onward Christian Soldiers" 
"Blooding the Hounds of Hell"



quarta-feira, 30 de abril de 2014

Dark Tower: Álbum à Altura de Gigantes do Metal Extremo

Com um álbum caprichado da arte às composições, grupo carioca se destaca no cenário pesado nacional

Quem me conhece sabe que não sou grande adepto de Metal extremo, mas também sabem que dou o braço a torcer quando a proposta é feita com seriedade e, acima de tudo, a qualidade que qualquer ouvido merece receber.

Fiquei bastante satisfeito com “...Of Chaos and Ascension” (2013) da banda do Rio de Janeiro Dark Tower. O trabalho liderado por Flávio Gonçalves (vocais) e Rodolfo Ferreira (bateria e vocais limpos) denota ótimo bom gosto em composições de extremo peso, mas com melodias bem colocadas, numa produção do próprio grupo e que não fica devendo a nenhum grande lançamento.

É um pouco limitante rotular o grupo como Black Metal Sinfônico, mas talvez sirva para dar uma ideia. Mas não espere aquele Black pomposo e que abandona o peso quando quer soar mais melódico. Neste disco, ao longo das suas 11 faixas, exaltado são o peso e as ótimas letras.

E quando falo que não há espaço para melodias pomposas, quero dizer que desde o Headbanger mais exigente em termos de peso e até aquele mais voltado ao Metal mais melódico, provavelmente irá gostar de faixas como “Dawn of Darkned Time”, “Murder of Anne”, “Vengeful Warrior” (que traz elementos que aproximam a música ao Folk Metal, sendo um dos destaques do disco) e “Rise the Dark Tower”, que não deixa sobrar pescoços.

A competência em “...Of Chaos and Ascension” também são méritos dos convidados  Romulo e Murilo Pirozzi, guitarras e baixo, respectivamente e na parte gráfica, a exemplo da sonoridade, o grupo caprichou numa versão digipak de luxo (que saiu pela Eternal Hatred Records), com encarte completo (fotos e letras), que fazem valer cada centavo do investimento, e uma capa (via Obsidian Design) que te faz querer colocar rodar o disco logo. Muito legal ver que é uma constante a preocupação dos novos grupos em ofertar um material de qualidade para quem compra.

Dark Tower vai à vertente de ótimos lançamentos brazucas, reforçando aquela máxima já batida (mas que ainda não é aceita por muitos): nós temos um dos melhores arsenais pesados do mundo!

Stay on the Road

Texto/edição: Eduardo Cadore
Fotos: Divulgação
Assessoria: Ms Metal Press

Ficha Técnica
Banda: Dark Tower
Álbum: ...Of Chaos and Ascension
Ano: 2013
País: Brasil
Tipo: Black Metal
Selo: Eternal Hatred Records


Formação e Convidados
Flávio Gonçalves (Vocal)
Rodolfo Ferreira (Bateria e Vocal Limpo)
Rômulo Pirozzi (Guitarra)
Murilo Pirozzi (Baixo)


Tracklist:
01 - Prediction
02 - Dawn of Darkened Times
03 - The Mightiest Being
04 - Into the Void
05 - Retaliation
06 - Murder of Anne
07 - Lord ov the Vastlands
08 - Vengeful Warrior
09 - Human Like Fire
10 - Rise of the Dark Tower
11 - Of Chaos and Ascension

Acesse e conheça mais sobre a banda


Gostou da matéria? Que tal curtir nossa página no Facebook? Só clicar AQUI!

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Malefactor: Álbum Marcando Ápice do Unholy Metal

De Salvador/BA, Malefactor oferta o maior trabalho da sua carreira

Lutar no underground para ter seu nome reconhecido é algo bastante árduo e, na maioria das vezes, não traz o retorno desejado. Fico muito contente quando uma banda com história segue mostrando que, apesar das dificuldades, até mesmo geográficas, é possível compor um trabalho digno dos mais altos elogios.

“Anvil of Crom”, lançado em abril de 2013 via Eternal Hatred Records, é o trabalho mais primoroso da carreira de cinco discos da Malefactor que, nascida em Salvador/BA, ainda lá no início dos anos 90 (época ingrata), conseguiu sintetizar a sonoridade auto-denominada Unholy Metal, que mescla passagens agressivas, com guturais, mescladas com momentos mais melódicos, tudo de forma tão encaixada, que não faz você pensar que trata-se de apenas mais uma banda sem identidade definida.

Pelo contrário, acho que poucos grupos realmente conhecidos apostam numa proposta assim. Um dos nomes que me vem à mente é o Septic Flesh (embora este seja definido por muitos como Black Metal Sinfônico).
Mais de duas décadas dedicadas ao Metal

Rótulos a parte, o sexteto por Lord Vlad (vocal), Danilo Coimbra (guitarra), Jafet Amoedo (guitarra), Roberto Souza (baixo), Alexandre Deminco (bateria) e Chris Macchi (teclados) oferta, já na parte física do material, muita qualidade. Um digipak de luxo, contendo a bela ilustração de Marcelo Almeida conta com encarte com todas as letras, fotos e informações precisas, mostrando respeito aos fãs e a imprensa, que não precisa dar uma de investigador para saber informações simples do trabalho.

Colocado o trabalho a rodar, a impressão que fica é que estamos diante de um disco ousado, marcante, de ótima produção (méritos da banda e de Mattos e Franco) e, quiçá, futuro clássico nacional. Pensará que é exagero só quem não conhece músicas como “Black Road of Burning Souls” (que começa com teclados surpreendentes e termina com riffs e solos de encher os ouvidos), “Elizabathory” (com o coro de arrepiar, riffs inspirados e a cozinha dando um show a parte), a faixa-título, uma das épicas do trabalho, também vai mostrar a experiência e talento desse grupo. Vale mencionar, ainda, a sensacional “666 Steps To Golgotha” (com participação do grande Eregion, vocalista do Unerathly), provavelmente a mais pesada, sonora e liricamente falando. É de arrepiar ouvir sons de alguém sendo torturado à chibatadas.

Como para abrilhantar ainda mais o trabalho, uma faixa em português. Trata-se de “A Guerra Virá” (conta com Susane Hécate, da banda Miasthenia), literalmente um prelúdio da derradeira guerra contra o cristianismo. Empolgante do início ao fim, apesar de que fica um pouco difícil entender algumas passagens sem ter que conferir a letra no encarte. 

“Anvil of Crom” é um daqueles discos que você ouve, sai cantando trechos, lembrando de riffs, tudo embalado em um belo material e que, se há justiça na cena nacional, será um divisor de águas não apenas para a Malefactor, mas para a proposta de mudança no Metal Extremo. Que mais bandas vejam que é possível fazer um disco pesado e agressivo, sem apostar só em elementos repetitivos. 

Stay on the Road

Texto/edição: Eduardo Cadore
Fotos: Divulgação
Assessoria: Ms Metal Press

Ficha Técnica
Banda: Malefactor
Álbum: Anvil of Crom
Ano: 2013
País: Brasil
Tipo: Unholy Metal
Selo: Eternal Hatred Records
Assessoria: MS Metal Press

Formação:
Lord Vlad (Vocal)
Danilo Coimbra (Guitarra)
Jafet Amoedo (Guitarra)
Chris Macchi (Teclado)
Roberto Souza (Baixo)
Alexandre Deminco (Bateria)



Tracklist:
01 Into the Black Order
02 Elizabathory
03 666 Steps to Golgotha (com Eregion)
04 Anvil of Crom
05 Black Road of Burning of Souls
06 Blood of Sekhmet
07 Trevas
08 A Guerra Virá (com Susane Hécate)
09 The Mirror
10 Into The Catacombs (Goat of Mendes)

Assista ao video clipe official de “Blood of Sekhmet

Teaser do disco


Acesse e conheça mais sobre a banda

Compre o CD enviando email para lordvlad666@hotmail.com

terça-feira, 12 de março de 2013

Cradle Of Filth: Voltando ao Horror

Novo trabalho dos ingleses busca resgatar elementos de álbuns anteriores

Resenhar um trabalho do Cradle of Filth para mim tem se tornando uma atividade complicada, afinal de contas acompanho a banda desde seus primórdios e da mesma maneira que sempre defendi o grupo de Dani Filth e cia por ter lançados trabalhos importantes para o Black Metal (ou Dark, Sinfônico, Gótico ou qualquer outro rótulo a qual a sonoridade dos ingleses recebe), sempre fico na expectativa pelos próximos lançamentos.

Da mesma forma que me empolgava com o brilhante “The Principle of Made Flesh” e canções emblemáticas como "Funeral in Carpathia", "Born in a Burial Gown", "Her Ghost in the Fog", entre várias outras, o que veio depois foi uma sucessão de álbuns ruins cujos quais o mesmo que vos escreve já redigiu texto dizendo que não esperava mais nada desta banda, mas no inicio desse ano a trupe de Dani Filth vem com mais um trabalho que se não é tão bom quanto “Cruelty And The Beast” pelo menos é melhor que muita porcaria lançada nos últimos anos.

Banda trouxe de volta mais elementos do Black Metal Sinfônico

“The Manticore and Other Horrors" é aquele álbum que joga para torcida, pois ele vem revivendo alguns elementos mais sinfônicos que fizeram a fama da banda, mas também apresenta aqueles ares de modernidade que fazem a alegria dos fãs da fase mais nova do grupo.

É difícil saber qual a formação atual do Cradle of Filth, afinal de contas, a banda já se tornou um projeto de Dani, mas neste CD ele contou com Paul Allender (guitarra), James McIlroy (guitarra), Martin Skaroupka (bateria) e Caroline Campbell (teclado e vocais femininos), que deu um diferencial muito agradável à sonoridade aqui desenvolvida.

Dani Filth tem recebido inúmeras críticas sobre sua performance ao vivo, mas, pelo menos no estúdio, mostra amadurecimento

O primeiro indício vem com as letras mais inspiradas, sendo que, por mais que não seja um álbum conceitual, passa por vários mitos e historias que deixariam Stephen King sem dormir.

“The Abhorrent” empolga pelo seu início brutal, por mais que no meio do caminho venha perder a força, é notável que a banda decidiu vir mais forte e muito mais agressiva, méritos ao velho companheiro de Dani, Paul Allender, que rouba a cena em faixas como “For Your Vulgar Delectation” e “Huge Onyx Wings Behind Despair” que são um saudoso retorno ao Black Metal Sinfônico.

Mas é nas ultimas faixas que a banda realmente volta a me empolgar: “Pallid Reflection” traz aquelas orquestrações femininas que nos remetem à odes da banda como “The Forest Whispers My Name” (do primeiro disco de 1996).

“Siding with the Titans” apresenta um Dani variando muito nos vocais, o que é uma grande surpresa, já que ao vivo ele vinha decepcionando bastante; por fim, “Sinfonia” remete aquele clima de filme de terror tão natural para a banda.

Ao final de tudo um CD que não vai ser um divisor de águas na carreira do grupo inglês, mas pelo menos  mostra que no estilo que se propõem a fazer o Cradle ainda tem sua relevância. Agora é só esperar para saber se o berço da imundice ainda consegue assombrar. Um passo de retorno foi dado.

Texto: Harley
Revisão/edição: Eduardo Cadore
Fotos: Divulgação

Ficha Técnica
Banda: Cradle of Filth 
Álbum: The Manticore and Other Horrors
Ano: 2012
Pais: Reino Unido 
Tipo: Black Metal 
Gravadora: Nuclear Blast 

Formação 
Dani Filth (Vocais) 
Paul Allender (Guitarra) 
James McIlroy (Guitarra)
Martin Skaroupka (Bateria) 
Caroline Campbell (Teclados e Vocais Femininos) 



Tracklist
1. The Unveiling of O
2. The Abhorrent
3. For Your Vulgar Delectation
4. Illicitus
5. Manticore
6. Frost on Her Pillow
7. Huge Onyx Wings Behind Despair
8. Pallid Reflection
9. Siding with the Titans
10. Succumb to This
11. Nightmares of an Ether Drinker (Bonus Track)
12. Death, The Great Adventure (Bonus Track)
13. Sinfonia

Assista ao vídeo clipe "Frost on Her Pillow"


Acesse e conheça mais sobre a banda

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Mork: Uma Excepcional Força do Black Metal Sinfônico

Mork é uma das gratas revelações dos últimos anos na cena nacional


Ao longo dos anos, um dos estilos que mais se expandiu, com nascimento de inúmeras bandas ao redor do mundo, foi o chamado Black Metal Sinfônico que unia a agressividade e peso tanto instrumental quanto lírico do Black Metal original, com a presença de melodias de teclados, com orquestras e efeitos sinfônicos, tendo em bandas como Dimmu Borgir um dos representantes máximos.

Comparações a parte, a verdade é que pipocam bandas do estilo, muitas vezes sem causar grande impacto no ouvinte, especialmente aquele já acostumado com a sonoridade.

Aqui no Brasil, uma das tentativas mais bem sucedidas é “Exemption” (2011), primeiro registro completo da banda de Brasília/DF, Mork, que já chamou atenção pelo seu EP de estreia em 2008 e que com seu debut álbum coloca-se como uma das gratas exceções positivas do estilo.

Contando com 14 faixas, incluído aí a introdução que te coloca no clima, “Exemption” é recheado de boas composições, com bastantes variações, não dando aquela impressão de que todas as faixas são parecidas. Além disso, a produção, que ficou à cargo da própria banda e Ricardo Araújo, nos estúdios Sgt. Pepper na sua terra natal, fazem do disco uma escuta prazerosa, já que os instrumentos estão audíveis e cada um mostra a importância da sua presença no conjunto total da obra. Também a arte é muito bela e sombria, méritos de Diego Moscardini.

Músicas como “Alastor”, “Unholy Inquisition” e “Prophecy of Infidel's Course” devem agradar na primeira audição ao mais extremo dos bangers, pois são mostras de que Black Metal Sinfônico não é justificativa para pouco peso.

Atual formação, com Glauber nos teclados

Embora todas as faixas mostrem um lado bastante pesado, aliado com trechos mais cadenciados, é notório os teclados de Leonardo (que foi substituído este ano por Glauber), sobretudo em “Make Them Suffer”, grande destaque, assim como “Zeitgeist”, num tom sombrio que lembra Mustis (ex-Dimmu Borgir) no seu auge. Aliás, a Mork começou como banda cover dos noruegueses.

As canções, de modo geral, possuem ótimos riffs de Rafael e Pedro, inspiradíssimos, levando ao headbnaging facilmente. Os vocais de Samuel são impressionantes (quando você vê a foto do cara, pensa “é possível?!”), assim como a agilidade e criatividade da cozinha formada pelo baixista Guilherme e o baterista Gabriel, que também se destaca, mostrando que o sexteto, na verdade, está em perfeita sintonia, cada membro destacando-se, sem ninguém soar por demais exaltado ou apagado.

"Exemption" marca uma estreia em álbum completo digna de banda grande

“Exemption”, embora tenha sido lançado em 2011, merece maior atenção da mídia e fãs do estilo, mesmo que tenha obtido ótimas críticas, ainda é um disco merecedor dos mais altos elogios e item obrigatório nas coleções de qualquer headbanger (extremo ou não) que se preze.

Stay on the Road

Fotos: Divulgação

Ficha Técnica
Banda: Mork
Álbum: Exemption
Ano: 2011 
País: Brasil
Tipo: Black Metal Sinfônico
Selo: Eternal Hatred Records
Assessoria: Ms Metal Press



Formação (do álbum)
Samuel (Vocal)
Rafael (Guitarra)
Pedro (Guitarra e Backing Vocals)
Guilherme (Baixo)
Gabriel (Bateria)
Leonardo (Teclados/Sintetizadores)




Tracklist
1. Exemption (intro)
2. Alastor
3. God Beneath My Glory
4. Unholy Inquisitor
5. Vatican XIII
6. Ego Boundaries
7. Interlude of Purification
8. Make Them Suffer
9. Zeitgeist
10. Prophecy of Infidels Curse
11. Insolence
12. Annihilation of Existence
13. Hate Eternal
14. Spiritual Extortion

Acesse e conheça mais sobre a banda

Compre o álbum clicando aqui.