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terça-feira, 19 de julho de 2016

Datavenia: Estreia Madura e de Peso!



Formada em 2007 na cidade de Frederico Westphalen, interior do RS, o Datavenia chega ao seu primeiro full lenght, já com uma maturidade lapidada por quase uma década de estrada, experiência essa refletida nas dez faixas de "Welcome to the Underground", transpirando personalidade, peso, melodia e muitos riffs.

A primeira coisa que chamou a atenção, foi a produção excelente (o álbum foi produzido pela banda e por Moris Drumm, no estúdio Drumm), mostrando essa maturidade que comentei no início, ou seja, a banda buscou registrar seu debut, um passo importantíssimo, de maneira profissional e de qualidade. Ressalto isso porque em mais de 30 anos mergulhado neste cenário, ainda vejo muitos trabalhos com uma qualidade sofrível, o que é algo imperdoável, o álbum é o cartão de visitas, então, ótima primeira impressão do Datavenia.

Segundo, as composições são bem acabadas, maduras e o álbum é muito bem balanceado, com peso, melodia e boas variações nas 10 faixas, e as músicas tem o principal, elas te prendem, e dá vontade de você ouvir de novo. Fazer boa música parece ser algo simples para alguns e tão complicado para outros, não é mesmo?


Partindo para as músicas que compõem "Welcome to the Underground", posso citar como referências o Metallica, principalmente ali entre o "And Justice.." e o "Black Album", e também Pantera, Black Label Society e Iced Earth, resumindo, aquele Metal pesado, beirando o Thrash às vezes, mas sempre com melodia, com a cozinha pesadona e segura, muitos riffs, refrãos marcantes e os vocais rasgados de Guilherme Busatto, que lembram algo entre James Hetfield e John Bush, casando muito bem com a sonoridade da banda.

Na abertura, com a  faixa título, vocês de cara poderão perceber esses pontos que toquei acima, e o Heavy Metal pesado, com um pezinho no Thrash, riffs marcante e boas melodias, inclusive algumas intervenções discreta de teclado, mas somando-se muito bem a massa sonora do Datavenia. As referências à Metallica me parecem bem evidentes, destacando o grande refrão e os solos com o uso certeiro do wha-wha; "Hate to the Bones" é outra paulada, mais cadenciada, e novamente ressalte-se os riffs e refrão marcantes, além do peso da cozinha; "Metal God" tem aqueles riffs arrastados e abafados, tipo a "Walk" do Pantera, só pra citar uma referência. Abro parênteses para a letra, que, pelo que percebi, critica a atitude de alguns nessas questões de "o que é 'true' ou o que não é".


"Even if Dies" começa com ótimos riffs, em um andamento mais acelerado e porrada, alternando com trechos mais cadenciados e melódicos; "The Last Chance" traz um pouquinho de calmaria, sendo aquela típica balada Metal, destacando os violões e solos bem melodiosos, com os teclados contribuindo de forma mais marcante. Como referência, citaria o Black Label Society, Zakk Wylde é um expert em baladas pesadas.

"Hot Ginger Woman" segue carimbando a qualidade e o equilíbrio do álbum, que volto a ressaltar, é bem balanceado, mas sem perder a personalidade, como acontece às vezes de algumas bandas atirarem em várias direções, mas sem uma coesão. Voltando à música, ela tem um andamento estilo Blues, um Heavy Blues, destacando os Hammonds, que sempre são perfeitos para que uma canção soe ou traga traços "setentistas"; "Bang your Head" é outra com andamento mais acelerado, não economiza peso, principalmente na cozinha, e com Busatto até beirando o gutural, num Heavy/Thrash que me lembrou o Anthrax.

Seguindo essa boa dinâmica do álbum, "Bad Days" é um dos destaques, soando meio melancólica, com bases pesadas, cadenciadas, densas e melódicas, inclusive com os teclados novamente sendo bem colocados, deixando a canção com um ar épico; "Rescue Me" e sua base arrastada e compassada mantém a qualidade, com muito peso e melodia, e parece inesgotável a fonte de bons riffs e refrãos da banda; "Unprotected" Thrash moderno, pesado e com aquele andamento meio tempo, invoca mais uma vez o grande Pantera, fechando o álbum da maneira que abriu, com peso, melodia e personalidade.


"Welcome to the Underground" deixa as melhores impressões, mostrando uma banda madura, produção profissional, trazendo 10 composições muito boas, com peso, melodia e boa diversidade. Traz o que se espera de um álbum bom de Metal, ou seja, riffs e refrãos marcantes, cozinha pesada e bons solos, e o mais importante, aquilo que ressaltei no início, músicas que são marcantes, que dão vontade de ouvir de novo, que a melodia e o refrão grudam na mente.

Texto: Carlos Garcia

Ficha Técnica:
Banda: Datavenia
Álbum: "Welcome to the Underground" (2016)
Estilo: Heavy/Thrash
País: Brasil
Produção: Datavenia e Moris Drumm
Design Gráfico: Carlos Trelles
Selo: Independente

Contatos: 
bandadatavenia@gmail.com

Line-Up:
Guilherme Busatto: Vocals & Guitars
Guilherme Argenta: Bass & Backing Vocals
Eduardo Pegoraro: Drums
Gabriel Quatrin: Guitars

Track List:
Welcome to the Underground (clique no link e assista ao clipe)
Hate to the Bones
Metal God
Even if it Dies
The Last Chance
Hot Ginger Woman
Bang Your Head
Bad Days
Rescue Me
Unprotected


terça-feira, 5 de agosto de 2014

Na Mira do Rock: Aproxima-se a 10º Edição do Festival (Frederico Westphalen/RS)



Manter o mesmo festival durante 10 anos ininterruptos não é para qualquer um. Pois este é o feito que Luiz Carlos, conhecido como Fuga, conseguirá neste ano de 2014 no próximo dia 16 de agosto quando ocorrerá a 10º edição do Na Mira do Rock Festival, tradicional evento de shows do interior do Rio Grande do Sul. No palco do festival já passaram bandas como Paul Di’anno (Iron Maiden), Scelerata, Tierramystica, Cartel da Cevada, Motorocker, dentre inúmeras outras.

Nesta edição serão três bandas: Datavenia, conhecido grupo local e que ano passado abriu show do Angra em Porto Alegre/RS e traz composições próprias e covers de bandas como Pantera, Metallica, Black Label Society entre outras; Excellence, de Ijuí/RS, que retorna à Frederico Westphalen apresentando nova formação e show enquanto grava o segundo álbum com sua proposta de um disco de Hard/Heavy Metal; e a atração principal da noite, Rosa Tattooada, que vem de Porto Alegre/RS divulgar seu novo álbum “XXV” (ouça aqui).

O evento acontece nas dependências do Basement FW e o pessoal da cidade pode adquirir ingressos antecipados ainda hoje (5) no 2º lote (R$20,00) em Bier Haus, Aba Store e Lugosi Rock Bazar. Pessoas de fora da cidade podem contatar o organizador Fuga pelo Facebook até o dia 10 para comprar via depósito (após somente nos pontos de venda).

O Road to Metal sente-se lisonjeado de mais uma vez poder apoiar este festival que sempre garante uma bela festa de união do público rocker. Estaremos lá conferindo de perto e fazendo a cobertura oficial.

Texto/edição: Eduardo Cadore
Fotos: Divulgação

Acesse a página do evento e fique por dentro das novidades atualizadas.

O quê? 10º Na Mira do Rock Festival
Onde? Basement FW (Frederico Westphalen/RS)
Quando? 16 de agosto de 2014
Quanto? 1º lote (R$15) ESGOTADO
              2º lote (R$20) (somente hoje)
              3º lote (R$25) 
Quem toca? Bandas Rosa Tattooada, Excellence e Datavenia

Confira os convites das bandas para o festival

Rosa Tattooada



segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Resenha de Show: 8º Na Mira do Rock Festival (Frederico Westphalen/RS)

8º edição marcou pela diversidade sonora da música pesada underground


Num verdadeiro encontro de estilos de bandas, a oitava edição deste já tradicional festival do interior do estado, fez do Na Mira do Rock 8 mais um sucesso na noite de 12 de outubro, feriado nacional.

Embora pudéssemos ter esperado mais pessoas, as mais de 200 pessoas que compareceram no Les Paul Pub puderam conferir grandes bandas da cena underground.

Banda local Datavenia fez bem o dever de casa e esquentou o público que ainda chegava

Com o clima propício para muita cerveja, as 23 horas, a banda local Datavenia subia ao palco, para além de apresentar covers, agitar o público com as duas conhecidas composições próprias (“Strange Zone” e a arrasa-quarteirões “Bang Your Head”), mostrando que não venceram a seletiva (na qual este redator foi jurado) a toa, pois a energia do quarteto fica clara em cima do palco, com o guitarrista e vocalista Guilherme fazendo um ótimo trabalho vocal, cantando coisas como Black Label Society, Metallica e Pantera, cuja versão para “Dominion” arrepiou a todos que lamentam ainda a morte de Dimebag Darrel (guitarrista do Pantera) e o fim prematuro do grupo.

Eternal Flame estreia com show recheado de clássicos do Metal mundial


Com a galera mais que já aquecida, a Eternal Flame, banda de Ijuí/RS, fazia sua estreia ao vivo. “Estreia” entre aspas, na verdade, pois a banda tocou músicas focadas na carreira do Iron Maiden e Bruce Dickinson solo, já que o vocalista Alex Finckler possui um vocal que lembra o frontman da Donzela.

O show foi bem recebido, embora várias pessoas tenham comentado que esperavam novidades. A verdade é que a banda deixou a desejar no set list em não apresentar nenhuma composição própria, embora tenha detonado (positivamente) nos clássicos como “Fear of the Dark” (Iron Maiden  e “Chemical Wedding” (Bruce Dickinson). Ao término, ficou aquele gostinho de “quero mais”, mas o grupo mostrou ser competente no palco com as básicas canções que todos já estão acostumados a ouvir. Fica a dica para a banda se concentrar em composições próprias e deixar de lado tantos covers.

Rinoceronte levou-nos ao mundo da poesia do Rock & Roll progressivo setentista

Seguiu-se Rinoceronte, de Santa Maria/RS, numa sonoridade setentista e sempre cantando em português, o power trio foi a grande surpresa da noite, já que poucas pessoas conheciam o trabalho e, de modo geral, saíram mais que satisfeitos, pois o trabalho dos caras é um trabalho maduro, com espírito de Rock & Roll, muita poesia nas letras e ótimos momentos instrumentais.

Tudo isso fruto de anos de história e discos lançados, além da experiência de ter tocado no Festival Psicodália, provavelmente o mais em termos de música underground do Brasil.

Para fechar a noite, após terem viajado milhares de KMs, e iniciando sua turnê pelo sul e sudeste do Brasil, a banda cearense Encéfalo trouxe seu Thrash/Death Metal abalando as estruturas do Les Paul. Embora o avançado da hora e a saída de uma parte do público, quem ficou presenciou um massacre sonoro em forma do Thrash Metal do álbum “Slaves of Pain”, que estava sendo divulgado e que tem obtido ótimas críticas Brasil afora.

Além das músicas do álbum, ainda valeu covers de bandas como Sepultura e Venom, desta sendo executada a seminal “Black Metal”. Vale destacar a empolgação do público em todos os shows, com muitos mosh pits, o que durou desde a primeira banda até Encéfalo, onde as últimas energias do público foram investidas à porrada sonora do competente quarteto.

Atração principal da noite, Encéfalo destruiu no palco do Les Paul

Também ficou marcado, nos intervalos durante a troca das bandas, o sorteio de CDs do Metal nacional, patrocínio Road to Metal, muito bem realizado pelo organizador Fuga, que faz de Fred West, a cada evento que organiza, uma referência no interior do Rio Grande do Sul. Agora é aguardar o próximo, que trará as 4 melhores bandas ainda em ativa que já participaram do festival. Com certeza, superará as demais edições.

Fotos: Road to Metal e Letícia Antunes

Agradecimentos: Ao Fuga pela receptividade, amigos que fizemos durante as várias festas que estivemos e à pequena Letícia Antunes, pelas fotos da banda Encéfalo.

Veja mais fotos exclusivas no nosso Facebook aqui.

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Na Mira do Rock: Tradicional Festival Chega à 8º Edição




A cidade de Frederico Westphalen, interior do Rio Grande do Sul, possui um dos festivais mais tradicionais de todo estado, isso porque o Na Mira do Rock acontece há 8 anos consecutivos, por onde já tocaram atrações como Scelerata, Tierramystica, Phornax, até a atração internacional Paul Di’anno (ex-Iron Maiden).

Na edição de 2012, 4 grupos subirão ao palco do Les Paul Pub, casa de eventos com a cara do Rock & Roll: Encéfalo, Rinoceronte, Eternal Flame e Datavenia.

Encéfalo leva seu Thrash Metal ao Na Mira do Rock Festival

A Encéfalo vem do Ceará e, aproveitando sua turnê pelo sul, não podia deixar de passar por Fred West para executar seu reconhecido Tharsh Metal, garantindo o show mais pesado do festival.

Do lado mais Rock & Roll, a Rinoceronte, grupo de Santa Maria/RS, levará seu Rock em português para o público da cidade e região, que, com certeza, lotará as dependências do Les Paul.

Do noroeste do estado, Ijuí/RS, a Eternal Flame faz a estreia de seu Heavy Metal no Na Mira do Rock. O recém formado grupo é um projeto que envolve membros da tradicional banda Iron Maiden Cover daquela cidade, mais Excellence, conscituado grupo ijuiense. 

Para fechar o cast, a banda vencedora da seletiva ocorrida em 1º de setembro, Datavenia, grupo local já conhecido da região, prometendo um show enérgico trazendo suas composições próprias e covers que levantarão a galera.

Banda local Datavenia sempre presente

A produção fica a cargo do Fuga, da Fuga produções, importante figura da cidade que, além de proprietário da Lugosi Rock Bazar, comanda o programa Na Mira do Rock todos os domingos, em uma rádio comunitária da cidade.

O Road to Metal entra novamente como apoiador de um evento na cidade, por saber da importância que a cena underground tem e a resposta do público da cidade e região, que comparece e faz dos eventos lá, verdadeiras festas memoráveis. Com certeza você confere aqui cobertura completa do festival!

Os ingressos já estão à venda. Confira maiores informações no cartaz e diretamente com a organização!

Fotos: Divulgação


Serviço
Evento: Na Mira do Rock Festival – 8º edição
Onde: Les Paul Pub (Frederico Westphalen/RS)
Quando: 12/10/2012 (feriado nacional)
Quanto: R$15,00 (1º lote) – R$18,00 (2º lote) – R$20,00 (3º lote)
Onde comprar: Lugosi Rock Bazar e Aba Store (na cidade)

Excursões podem contatar diretamente a organização via Facebook (clique aqui), pelo telefone (55)9957-6712 ou pelo email fugaharley@hotmail.com 

Confira informações sobre o evento em tempo real (via Facebook): clique aqui.

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Resenha de Shows: Holiness Ao Vivo no Dia Mundial do Rock

Frederico Westphalen/RS recebeu a banda Holiness no Dia Mundial do Rock
Sexta-feira 13 está longe de ser uma data que assuste os headbangers, afinal, neste ano uma dessas datas coincidiu com o Dia Mundial do Rock (data que passou a existir com a realização do Live Aid em 1985) e pipocaram eventos comemorativos mundo afora.

No interior do Rio Grande do Sul não seria diferente e a cidade de Frederico Westphalen levou, para a galera da região, a banda Holiness, uma das mais conceituadas revelações do Metal nacional para um show bastante especial.

O local foi o pub Maria Lúcia, já conhecido do redator e reconhecido na região por abranger diversos estilos musicais. Mas a sexta-feira era de Rock & Roll e para esquentar os ânimos da galera sedenta por riffs, a banda local Datavenia foi responsável por desfilar clássicos de bandas como Motörhead, Black Label Society, Pantera, Metallica, com direito até a finaleira com Slayer, sempre com versões muito fiéis (inclusive nos vocais) às bandas.

Mas o destaque ficou para as duas composições próprias da banda que, afiada como nunca, mostra que só falta é investimento maior na produção de mais composições desse calibre e de um disco na praça para a banda expandir-se além da cidade. Pessoalmente, assisti o grupo em 2009 e, com a mesma formação, é nítida a evolução dos rapazes.

Banda local Datavenia agitou a galera com covers e composições próprias

Com casa praticamente lotada (quase 300 pessoas), a Holiness (relembrando o frio intenso do Rio Grande) subiu ao palco quando já estávamos no dia 14 e, munidos de muita energia, desfilaram seus principais hits do único disco até então, “Beneath the Surface” (2010), incluindo aqueles que receberam vídeos, como “Into the Light”, “The Truth” e “Mine”, esta na versão plugada (que não deixa de ser bela).

Stefanie e Fabrício Reis

A banda se virou no pequeno palco, e vale revelar que o grupo trabalha unido. Quando cheguei ao pub, antes da passagem de som, pude encontrar o baterista Cristiano Reis, por exemplo, montando seu instrumento e ajudando na preparação do palco.

Uma das novas musas da cena Metal brasileira


Sendo o Dia Mundial do Rock, nada melhor que a banda também prestar algumas homenagens, intercalando entre suas canções, versões de clássicos como “Perry Manson” de Ozzy Osbourne (que a vocalista Stefanie Schirmbeck chamou de “Rei”, o que causou estranhamento em alguns presentes), “Man in the Box” (Alice in Chains), “Strange Deja Vu” (Dream Theater), que pegou muitos de surpresa (algumas pessoas inclusive desconheciam a canção) e, mais para o término, “The Wicker Man” (Iron Maiden), que ficou bem interessante com vocal feminino.

Holiness divulgou "Beneath the Surface" (2010) e executou clássicos do Rock

A qualidade sonora estava acima da média, méritos da casa e da organização que contratou um bom técnico de som. Não se ouvia nada além do que a banda queria transmitir. Aliás, Holiness pode não agradar algumas pessoas pela falta de peso (prepare-se que vem um disco mais pesado em breve) em estúdio, mas isso é sanado ao vivo e vi pessoas que ficaram surpresas positivamente com o show desses gaúchos hoje erradicados em São Paulo/SP.

Também pudera, a participação marcante de Fabrício Reis na única guitarra, Cristiano Reis na bateria e Hércules Moreira no baixo, fecham os recursos da banda que conta com a voz afinada de Stefanie que deu muito conta do recado, com certeza preparada para as maratonas de shows, já que na noite seguinte a banda se apresentaria na sua cidade natal, Erechim/RS.

O saldo foi muito positivo, afinal, casa cheia, festa muito divertida, amigos pelo pub, cerveja no ponto e muitas histórias para relembrar, como o papo depois com os membros da banda por um bom tempo, fizeram do Dia Mundial do Rock, evento promovido pela Fuga Produções e apoiado por nós, um momento histórico e memorável, fazendo valer a pena as 8 horas (só de ida) num ônibus.

No destaque, Cristiano Reis

Agradecimentos: Ao amigo Lucas Cottica, do site The Headbanger pela parceria e hospedagem, às minhas queridas amigas Thaís Piovesan e Letícia Antunes pela parceria e divertidos momentos. Em especial ao Fuga, pelo profissionalismo e parceria (conte sempre conosco) e ao pessoal do Maria Lucia Pub, sempre recebendo o Road to Metal muito bem. Valeu! Em outubro estamos aí de novo!

Texto: Eduardo Cadore
Revisão/edição: Eduardo Cadore / Renato Sanson
Fotos: Road to Metal (proibido uso sem citar a fonte)

Confira muito mais fotos via Facebook clicando aqui.

terça-feira, 12 de junho de 2012

Dia Mundial do Rock: Frederico Westphalen Recebe Holiness em Show Inédito com Promoção




13 de julho é uma data comemorada por todos os rockers do mundo, afinal, é o dia mundialmente conhecido como o Dia do Rock. Pipocam eventos nessa data, especialmente quando o dia 13 cai no fim de semana.

Neste ano, a sexta-feira 13 tem tudo para ser uma noite de muita festa para a cidade de Frederico Westphalen e a região do norte do Rio Grande do Sul. Isso porque a Fuga Produções leva para a cidade a banda Holiness, que é, com certeza, um dos nomes que mais cresceram nos últimos dois anos na cena Metal brasileira, erradicados em São Paulo, mas com a origem aqui no sul.


Banda tem aparecido na TV brasileira além de shows em São Paulo

O grupo liderado pela bela e carismática Stefanie Schirmbeck realiza uma série de shows no mês de julho, tendo parada garantida no Pub Maria Lúcia, que tem se tornado uma ótima opção em se tratando de pubs da cidade.

A banda Holiness vem de uma grande repercussão nacional, com seu mais novo vídeo “Mine” figurando entre os mais assistidos e comentados. No show, o grupo tocará composições de seu álbum de estreia, “Beneath the Surface” (2010), que tivemos a oportunidade de escrever sobre (confira clicando aqui).

A bela vocalista Stefanie no vídeo de "Mine"

Para celebrar essa data e o evento (que ainda contará com a prata da casa Datavenia na abertura), a loja Lugosi Rock bazar está promovendo um concurso cultural que premiará um sortudo com um Kit Holiness (CD+camiseta+ingresso). Para participar, basta curtir a página da loja no Facebook (clique aqui) e aguardar a divulgação do vencedor.

O evento tem tudo para ser um sucesso e estamos orgulhosos de figurarmos como o principal apoiador do show (cobertura do evento garantida!). Agora é contar com a presença sempre marcante do público de Fred West e arredores, pois sexta-feira 13 com certeza ficará para a história da região.

Stay on the Road

Texto: Eduardo Cadore
Edição: Eduardo Cadore
Fotos: Divulgação

Serviço
Show com a banda Holiness (abertura Datavenia)
Dia 13 de julho de 2012
Em Frederico Westphalen, Rio Grande do Sul
Na estrutura do Pub Maria Lúcia
Ingressos à venda na Lugosi Rock Bazar à preço promocional de R$12,00 (primeiro lote)
Após, o valor passa à R$15,00 e, no local R$20,00

Assista ao novo vídeo da banda 

sábado, 29 de agosto de 2009

Resenha de Shows: Na Mira do Rock (Tierramystyca, Scelerata, Paul Di’anno e Datavenia), Frederico Westphallen/RS


Sábado (11 de julho)depois de um dia com muita chuva em todo o Rio Grande do Sul. No norte do estado, a cidade de Frederico Westphallen e toda a região do RS e também inúmeras cidades de Santa Catarina compareceram ao Parque de Exposições da cidade para presenciar a apresentação histórica de Paul Di’anno, primeiro vocalista da lendária banda Iron Maiden.

Di’anno foi o primeiro vocal a gravar com a banda, gravando demos, singles e os dois primeiros álbuns da Donzela, “Iron Maiden” e “Killers”, de 1980 e 1981, além do ótimo ao vivo no Japão “Maiden in Japan”.

Além dessa lenda viva, as ótimas bandas Tierramystica e Scelerata de Porto Alegre/RS também marcariam presença antes do show de Di’anno. Inclusive esta última foi a banda de apoio de toda a turnê brasileira do inglês. Eles já haviam tocado no Paraná, Santa Catarina e na cidade de Passo Fundo no RS. Tratava-se, portanto, do quinto show do vocalista em 2009 no Brasil.

Além das bandas de abertura, a noite, ou melhor, a madrugada fechou com a banda local Datavenia, tocando os maiores clássicos do Thrash Metal mundial e derrubando tudo para o delírio daqueles que ficaram até o final.

Fazia um frio incrível e eram passada das 22 horas (horário marcado para inicio) quando os portões do ginásio foram abertos. O local foi apropriado, embora certas dificuldades de acesso ao banheiro, o que dificultou bastante a locomoção.

Cerca de 1.500 pessoas compareceram para ver a Tierramystica abrir esse “festival” promovido pelo programa Na Mira do Rock que completava 5 anos de uma rádio local. A banda toca há poço tempo junta, sendo uma dissolução da Toccata Magna, também da capital.

Já havíamos visto uma apresentação da banda e esperávamos ansiosos por algo superior a apresentação de meses antes. Um pouco pelo frio, mas muito pela própria banda o show foi bem fraco, com pouca participação do público, exceto quando tocam o clássico do Iron Maiden “Run to the Hills”. O Folk Metal da banda é bem tocado, com toda certeza, mas o estilo ainda não é bem assimilado ao vivo por estas regiões. Vale lembrar que a banda tem crescido bastante, abrindo recentemente para o Angra e Sepultura em Porto Alegre.

Após sobe ao palco a bastante esperada Scelerata, banda de Power/Progressive Metal que já tendo mais de um álbum lançado, pôde fazer o público agitar nas músicas próprias. O vocalista convidado (a banda está a procura de um definitivo e no site da banda há mais informações http://www.scelerata.com/), Dan Rubin (que canta na banda Magician) deu um show à parte, bastante integrado com a banda, agradecendo ao público pelo espaço e aos amigos da banda pelo convite.

A banda formada por Gustavo Strapazon (baixo), Francis Cassol (bateria), Magnus Wichmann (guitarra e neto do músico gaúcho Teixerinha, o que inclusive justifica o uso de gaitas em algumas canções da banda em estúdio) e Renato Osorio (guitarra) tocou músicas de seus álbuns “Darkness & Light” (2006) e “Skeletons Domination” (2008) e detonaram com Master of Puppets, clássico do Metallica.

A banda agradece e sai do palco. Todos ansiosos esperando por Paul Di’anno, mas o cara não chega. Passam mais de 30 minutos quando ele entra pela lateral do ginásio, com a já esperada bengala de apoio devido à problemas na perna direita.

A banda inicia com uma das maiores introduções da história, “Ides of March”, avisando que Di’anno, o vocalista que ajudou a banda Iron Maiden a iniciar sua jornada para o topo do Heavy Metal, estava se preparando para entrar no palco.

Com seus muitos quilos a mais, Di’anno detona com o clássico “Wrathchild”, cantado pelos maiores fãs, do inicio ao fim. Ele mostrava simpatia com o público, pedindo que agitassem mais.

“Prowler”, do primeiro disco da banda (1980), foi uma surpresa pra este que escreve. Lembro que, depois do hino da banda “Iron Maiden” (que Di’Anno não toca nos shows), esta foi a primeira música que ouvi da fase Di’anno, porém, com o Bruce Dickinson (que o substituiu) nos vocais.

Não vou descrever aqui faixa por faixa este show que, com certeza, superou minhas expectativas como fã de Iron Maiden. Di’anno estava, dentro do possível, agitando, interagindo com o público, inclusive brincando dizendo que o público dormia (exagero da sua parte).

Tocando músicas da época pós-Maiden, poucas pessoas reconheceram as canções, que, diferentemente dos clássicos que ajudou a criar, são bem mais pesadas, em alguns momentos até apelando para um vocal mais gutural. Várias delas bem Thrash Metal.

“Murders in the Rue Morgue” veio para mostrar que Di’anno ainda tem o fôlego suficiente para essa que é uma das mais rápidas da história do Metal. Uma pena que o público não retribui à esse clássico como poderia...

Dedica “Remember Tomorrow” para seu “irmão” (como ele diz) Clive Burr, baterista até o terceiro disco do Iron Maiden e que, há anos, sofre de esclerose múltipla (morte em massa das células). Esse som é muito emocionante, e um dos primeiros a mesclar melodia e peso (trecho calmo-trecho rápido).

Era uma música muito esperada e o público reagiu bem melhor a ela, embora ainda os protestos do corintiano Di’anno (ele brincara com o público gaúcho, pois o Internacional havia perdido a Copa do Brasil para o seu time e, no dia seguinte, quando estaria na capital gaúcha, seria a vez do Grêmio).

Antes de uma das músicas, o vocalista a dedica à sua ex-esposa (ele fala em português nessa hora), que vive em Curitiba, que é uma verdadeira “vaca”.

A casa cai quando a Scelerata começa “Killers”, um dos sons mais “nervosos” do Iron Maiden e que Di’anno fez questão de colocar bastante peso. Ficou ótima. Assim como “Phantom of the Opera” que, embora não tenha ficado tão boa quanto as demais, também valeu pelo registro histórico dessa canção que o Iron Maiden ainda toca, entre uma turnê e outra, ao vivo.

“Running Free” vem pra fechar o show antes do bis, que obviamente ocorreria. Essa foi a primeira canção a dar popularidade aos ingleses, ainda em 1980 e que, com a lenda viva há poucos metros, só veio para acrescentar mais brilho à esse show histórico.

Com os já esperados pedidos da volta do vocalista ao palco, após alguns instantes, a Scelerata toca a instrumental “Transylvania”, de uma forma espetacular, conseguindo mobilizar o público que já podia se considerar cansado. Di’anno volta, para a satisfação do povo, e mete mais duas, “Mad Man” e fecha com o já esperado cover do Ramones, “Blitzkrieg bop”, banda que segundo o vocalista gosta muito. Aqui ele dá a prova do seu amor pelo punk rock.

Ele se despede, dessa vez definitivamente. Mas os fanáticos ainda iriam de atrás dele no camarim, tiram fotos e conversam com ele e a banda. Momento, para este que escreve, que ficará na memória para sempre.

Considero o Di’anno uma lenda viva do Heavy Metal (e pude dizer isso para ele), mas, em sua “humildade” não reconhecida, apenas se considera um “punk”.

Antes do fim dessa grande noite, a banda local Datavenia vem brindar com o pouco público que permaneceu tão tarde (deviam ser algo como 2 ou 3 da madrugada). Os garotos tocaram vários clássicos de bandas como Iron Maiden (fase Dickinson), Slayer, Pantera e Metallica.

Mesmo sendo apenas uma banda cover, eles tem sido reconhecidos na região pela excelência que tocam esses sons que não são fáceis de tocar, além que possuem a habilidade de movimentar seu show.

Terminada a noite, ficou a satisfação de ter participado desse evento que reunião gente de muitas cidades, grandes nomes do Metal nacional e regional, além da atração principal memorável. À organização, os nossos parabéns pela iniciativa ousada. Sabemos como organizar eventos desse porte é necessário persistência e apoio.

Stay on the Road

Texto: EddieHead