Mostrando postagens com marcador 2016. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador 2016. Mostrar todas as postagens

domingo, 20 de agosto de 2017

Tumulto: indicado aos fãs de Municipal Waste, RDP & Cia

Resenha: Renato Sanson


Surgidos no começo dos anos noventa, os paranaenses do Tumulto já faziam muito barulho na cena underground local com seu Punk/Hardcore raivoso e sem papas na língua, que acabou rendendo na mesma época um lançamento junto a banda Morthal, que colocavam a rodar nos sebos do underground a fora “Conflitos Sociais”.

Pois bem, passados aí mais de vinte e cinco anos, o Tumulto retorna a ativa e traz a regravação de “Conflitos Sociais” (2016), que ganhou um novo ar, pois se antes a banda investia em um som Punk/Hardcore mais cru, com o passar do tempo sua sonoridade foi moldando e se transformando em um Thrash/Crossover de respeito.

A nova roupagem nas composições fez toda a diferença, ainda mais contando com a produção de Emerson Pereira (Embrio) que soube deixar o som limpo, mas com a sujeira necessária do estilo, onde os timbres soam bem orgânicos e transbordando energia.

As letras casam perfeitamente com o cenário atual do país, mostrando que pouco se mudou em termos políticos e sociais de 1991 para cá, trazendo todo o protesto e ferocidade em temas líricos que superaram o teste do tempo. A arte gráfica é uma releitura da original, que mesmo se mantendo simples, soa direta e bem a calhar com a proposta do grupo.

No mais temos um trabalho enérgico, empolgante e que pode agradar tanto os fãs de Municipal Waste quanto aos fãs de Ratos de Porão e Cia. Ouça no talo, pois a diversão é garantida!


Links:

Tracklist:
1. Realidade
2. Massacrados
3. Corrupto
4. Conflitos Sociais
5. Humanidade
6. Sociedade é uma Prisão
7. Meu Filho (Câmbio Negro HC)
8. Desconstrução (Ação Direta)
9. Medo (Cólera)

Formação:
Germano Duarte - Vocais, guitarras
Rafael Feldman - Baixo
Marcio Duarte - Bateria

domingo, 12 de março de 2017

Roadie Metal - Volume 8: um plantel diabólico escolhido a dedo


Como construir uma bolachinha com os sons mais matadores da atualidade e mesclar o que há de melhor do Thrash e Death Metal, com o melódico e o cadenciado Heavy Metal? Se uma das respostas, que vier a cabeça, for: Não tem como ser feito, não com essa receita. – ERRADO!

A coletânea Roadie Metal – volume 8 (2016) vem à tona para provar que tudo que foi descrito (e mais um pouco) acima, é possível. E como se já não fosse o bastante, a coletânea segue a tradição das últimas edições e apresenta um digipack duplo. Com isso foi “menos complicado” (imagino) realizar a separação de ânimos e sentimentos entre um disco e o outro. Aqui não se aplicam os termos “certo ou errado”, se não houvesse a separação dos estilos ficaria igualmente interessante. Mas confesso que a disposição do setlist me agradou muito. O primeiro disco é praticamente um tridente demoníaco, sonoramente falando. Poderia descrevê-lo como um psicopata em um ataque de distúrbio emocional, com a “faca entre os dentes”. Entre o enxoval do inferno, destaco Jailor – Stats Of Tragedy, nada mais nada menos que um convite para conhecer os nove círculos do inferno, em um Thrash muito bem pontuado. Vale o destaque à Fallen Idol – The Boy and The Sea e Necrofobia com Membership. O disco é apresentado pela Claustrofobia (Metal Maloka) e pela Torture Squad (Return of Evil), e essas dispensam qualquer tipo de apresentação. Feche os olhos e deixa rolar o som, impossível desgostar. O primeiro disco traz dezesseis bandas diferentes, e não pense que, por não ter citado os nomes das demais, elas perdem em qualidade e agressividade. Garanto que os dois quesitos são visitados por todas as bandas da coletânea, um plantel diabólico escolhido “a dedo”.

Enquanto o primeiro lado destila todo o veneno a amacia o ouvido, o segundo disco chega com outra seleção categórica, e agora um pouco mais melódica, tira o pé do acelerador, mas investe na sonoridade com excelência. Abrindo o segundo cd os braços da Yakuza, os reis das sombras de Chinatown metem o pé na porta com um Rock ‘n’ Roll executado com precisão cirúrgica. Black Triad com R.I.P. deixa bem clara qual a proposta do segundo lado da coletânea (em algum lugar, Lemmy está orgulhoso desses guris). Apple Sin chega na sequência com Roadie Metal e assina (com sangue) o documento que a Black Triad havia acabou de redigir. Mas calma aí: não bastassem as duas anteriores, cada uma abrindo uma “folha” da porta final para o submundo, chega a Rising com Road of Metal protocolando o atestado de [Melhor Coletânea da Atualidade].

Num ritmo absolutamente crescente, a segunda parte da “compendium tártaro” segue trilhando caminho direto e reto ao bom gosto. Cuidado! Consuma sem moderação. Uma última consideração especial para Super Over com Esquema, pegada, raivosa e cheia de falta de paciência. O melhor? Cantada em português (não é a única com essa característica)! Mas não segura o play por aí, deixa rolar, pois tem muita água pra rolar em baixo da ponte, existe muito vida ainda após Super Over. Dezessete músicas e bandas distintas (e ainda assim conversam entre si, do Rock ‘n’ Roll ao Power Metal) sedentas por decibéis. Então, escuta uma por uma com o coração, há de encontrar a mais pura vertente do Underground em cada uma delas.

Roadie Metal 8 trouxe à tona a máxima de que este é um dos trabalhos de maior relevância, compilado, para o Underground da atualidade. Maneira de trazer alguns “esquecidos pelo mercado” para conhecer a luz do sol. Se liga nesse lineup maestral:

CD 1:
01 – Claustrofobia – Metal Maloka
02 – Torture Squad – Return of Evil
03 – Necrofobia – Membership
04 – Death Chaos – From the Dead They Will Rise
05 – Jailor – Stats of Tragedy
06 – Hunger – Demons In White
07 – Stoned Bulls – Good For Shit
08 – Burnkill – Guerra e Destruição
09 – Terrorsphere – Assassinos
10 – Crookhead – Via Crucis
11 – Fallen Idol – The Boy and the Sea
12 – Tormentor Bestial – Demon of Pervertion
13 – Dying Suffocation – Deathbed
14 – Voiden – Antares
15 – Quintessente – Towards Eternity
16 – Haumette – Changed Heart

CD 2:
01 – Black Triad – R.I.P.
02 – Apple Sin – Roadie Metal
03 – Rising – Road of Metal
04 – Brutallian – Blow on the Eye
05 – Heaven’s Guardian – Dream
06 – Super Over – Esquema
07 – Darkship – Prison of Dreams
08 – Soledad – Giant
09 – Moby Jam – Homem de Gelo
10 – Sickymind – Question of Honor
11 – Oni – Pedaços
12 – Ariel/Kaliban – À Morte
13 – Blancato – Laís
14 – Neogenese – Oceans of Time
15 – High Moonlight – Inovaya
16 – Brvto Amor – Vida
17 – The Walkins – O Sinal

Trinta e três excelentes motivos para manter essa edição sempre no porta luvas do carro. Nunca se sabe, então quando a estrada te chamar, estará muito bem preparado para ir a qualquer lugar e “muito bem acompanhado”. Se liga no Face da Roadie Metal e fica ligado nas novidades e promoções que rolam por lá. Roadie Metal 8, só posso dizer: muito obrigado!

Resenha por: Uillian Vargas
Revisão/edição: Renato Sanson



domingo, 29 de janeiro de 2017

Ecclesia: Power Metal épico e intenso

Resenha por: Renato Sanson


Ter uma banda no Brasil não é nada fácil, e o músico e multi-instrumentista pernambucano João D’Andrade que o diga, tendo várias dificuldades neste caminho árduo, chegando a sessar as atividades do Ecclesia em 2012 mesmo tendo o disco “Circle of Fire” pronto.

E é deste trabalho que vamos falar hoje, originalmente gravado em 2012, mas que chegou ao mercado somente no ano passado, trazendo um Power Metal épico e intenso com temas líricos inspiradores.

O disco apresenta apenas seis faixas, mas que dá seu cartão de visitas e mesmo que não apresente nada inédito temos boas composições, assim como boas estruturas melódicas, que remetem a nomes como Blind Guardian e Gamma Ray, e não caindo na mesmice de agudos irritantes ou falsetes demasiados, aqui temos um vocal com drive mais agressivo, me lembrando em alguns momentos o saudoso Chris Boltendahl do Grave Digger.

Mas infelizmente o que pesa no trabalho é a fraca produção, que traz uma alternância até mesmo no meio das faixas, e variando de qualidade, o que atrapalhou o trabalho em si.

No mais, a ideia é muito boa e melhor produzido certamente trará uma visão mais impactante ao trabalho, que apresenta uma boa dinâmica e energia.

Há tempo de ressaltar que D’Andrade gravou todos os instrumentos inclusive os vocais, palmas para esse guerreiro que traz o Ecclesia a ativa novamente e com muitas surpresas para este ano que aporta. 

Destaques: “Last Breath”, “Wild Fire” e “Hereafter”.


Links:
Site oficial: http://bit.ly/2bSFEnQ
Facebok page: http://bit.ly/2e0kp8o
Youtube Channel:
http://bit.ly/2dC8VFG

Track list:
1. Wildfire
2. Hereafter
3. Last Breath
4. Into the Circle Of Fire
5. Talisman Legend
6. Black Corsair (faixa bônus)



terça-feira, 17 de janeiro de 2017

Older Jack: Aliando ótimas influências em seu disco de estreia



Com uma sonoridade que bebe na fonte de nomes como Accept, Metal Church, Metallica e Motorhead, os catarinenses do Older Jack deixam a complexidade de lado, e trazem um Heavy Metal encorpado e cheio de vida.

Sendo que, mesmo não tendo inovação alguma em seu som (e precisa?), o fato de cantarem em Alemão (isso mesmo!), chama bastante a atenção, e no que se propõem ficaram acima da média.

O Metal aqui é latente, e a mescla entre o Tradicional com algumas pitadas de Thrash caíram muito bem, pois os riffs são simples, porém grudentos, a cozinha mais parece um martelo onde marca cada compasso e as linhas vocais no melhor estilo Lemmy Kilmister com bons lados melodiosos a lá UDO e Mike Howe.

A produção sonora que soa crua e bem nítida, deixa o trabalho ainda mais peculiar, sem modernices, e sim a aura vivida do Metal transparecendo em cada nota. Assim como a parte gráfica, que soa simples e funcional, sendo bem atrativa.

O que podemos dizer de “Metal Über Alles” (2016) é que sim, é um ótimo disco de Metal mostrando uma banda competente que tem tudo para seguir um caminho duradouro e vitorioso!

Resenha por: Renato Sanson

Tracklist:
1. Öl und Blut
2. Metal Über Alles
3. Fosa
4. In Namen das Geldes
5. Luft
6. Macumba
7. Wahnsinn
8. Das Ende

Formação:
Carlos Klitzke - Vocais
Deivid Wachholz - Guitarras
Hermann - Guitarras
Cesar Rahn - Baixo
Bruno Mass - Bateria


Links de acesso:
Facebook

terça-feira, 10 de janeiro de 2017

Dark Sarah: Sinfônico de Bom Gosto e Diversidade




O novo disco do Dark Sarah, projeto da cantora finlandesa Heidi Parviainen foi lançado em 18 de novembro. “The Puzzle”, assim como seu antecessor “Behind the Black Veil” , também é um álbum conceitual que continua contando a história de Sarah, dessa vez em uma ilha enevoada no meio de um oceano, perdida entre a vida e a morte.

As canções contam sua luta para sobreviver e como ela encontra forças para continuar. O álbum conta com as participações de JP Leppäluoto como o Dragão, Charlotte Wessels ( Delain ) como a Sereia e Manuela Kraller (ex-Xandria) como Destino. A música de introdução do álbum, “Breath”, nos faz entrar no clima cinematográfico do álbum. A canção “Island in the Mist” possui um vocal doce e delicado que contrasta com o peso do instrumental. “Little Men”, com sua bela orquestração e refrão envolvente foi a primeira música do álbum a ser divulgada. A música seguinte, “Ash Grove” é muito agradável de ouvir. A viciante “For the Birds” chama a atenção por sua introdução ao som de flauta. Em seguida, “Deep and Deeper”, uma canção forte, cheia de elementos sinfônicos.


“Dance with the Dragon”, conta com a participação de JP Leppäluoto, a música se destaca pelo refrão carismático, o dueto te faz sentir realmente em um musical. “Cliffhanger” é uma das faixas mais belas. Em “Aquarium” temos o impressionante dueto entre Heidi e Chalortte Wessels. E fechando com chave de ouro “Rain”, arrepiante dueto com Manuela Kraller.

Será difícil encontrar um fã de Metal Sinfônico que não tenha gostado de “The Puzzle”, um belo casamento entre o talento vocal de Heidi e o instrumental refinado. A versatilidade de cada música não deixa que se torne um álbum enjoativo.

Texto: Raquel de Avelar
Edição/Revisão: Carlos Garcia


Site Oficial
Facebook

Banda:
Heidi Parviainen [ex. Amberian Dawn] - Vocals
Erkka Korhonen [Northern Kings, Ari Koivunen] - Guitar
Sami Salonen - Guitar
Rude Rothstén - Bass
Thomas Tunkkari - Drums


Vocalistas Convidados: Manuela Kraller [ex. Xandria] as "Fate", JP Leppäluoto [Charon, Northern Kings] as "The Dragon", Charlotte Wessels [Delain] as the "evil siren mermaid"

Track Listing:
1. Breath
2. Island In The Mist
4. Ash Grove
5. For The Birds
6. Deep and Deeper
8. Cliffhanger
9. Aquarium [feat. Charlotte Wessels]
10. Rain [feat. Manuela Kraller]