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sexta-feira, 2 de outubro de 2020

Brutal Morticínio: uma aula de história em formato extremo

Resenha por: Renato Sanson

A ideia do Black Metal cantado em português e retratando uma realidade histórica pouco difundida, traz esse diferencial necessário liricamente, indo na contramão e deixando o excesso de blasfêmias e xingamentos de lado e sim focando nas conquistas europeias em cima do povo sul-americano, onde muita tortura, escravidão e mortes ocorreram sem limites.

Esse é o Brutal Morticínio, que nos apresenta em seu segundo lançamento – Os Obsessores Espíritos das Florestas Austrais (14) – uma continuidade muito bem esmerada de seu Debut (“Despertar dos Chacais... Outono dos Povos – 11), apresentando uma temática lírica em volta do povo sul-americano dizimado pelos europeus com uma sonoridade ríspida, mas que aqui ganha novos elementos.

Se em outrora o Brutal Morticínio investia em um Black Metal mais atmosférico e técnico, aqui temos boas doses de melodias soturnas se entrelaçando com o Depressive Black Metal, e com boas nuances da obscuridade do Heavy Metal tradicional, transbordando muito feeling e momentos marcantes.

A produção mais apurada também engrandece sua sonoridade com muito peso e os instrumentos individualmente soando como navalhas cortantes em prol do som extremo.

Um álbum que infelizmente foi muito pouco comentado na época de seu lançamento, porém não deixa de ser mais um marco para a cena gaúcha e underground, pois os gaúchos de Novo Hamburgo mostraram novamente que é possível fazer um som autentico e diferenciado, nos dando ainda de brinde uma bela aula de história em suas letras.

 

Links:

https://www.facebook.com/BrutalMorticinio

 

Formação:

Tormento (vocal/guitarra)

Mielikki (baixo)

André Rodrigues (bateria)

 

TRACK LIST:

1. Intro

2. Não Darei A Outra Face

3. Para O Eterno Sofrimento De Cuauthemoc

4. Evocando Os Espíritos Obsessores Das Florestas Austrais

5. Vingança Ancentral

6. Anacrônico Tempo, Obsolescência Da História

Bonus Tracks:

7. Densas Névoas Das Profundezas

8. Estúpido E Podre Homem Branco Cristão

 

terça-feira, 25 de outubro de 2016

Revanger: Para fãs de Manowar, Grey Wolf e Grand Magus


Com certeza você já ouviu aquela expressão: “não julgue o livro pela capa”. Pois bem, ao me deparar com o Debut dos mossoroenses do Revanger, e ao olhar sua bela capa (e até mesmo pelo nome da banda), pensei que “Gladiator” (2014) era um disco de Death Metal, mas me enganei feio, pois o que temos aqui é Heavy Metal tradicional cru com toques de Hard oitentista.

A ideia é simples, mas funcional a qualidade é vista e fãs de Manowar, Grand Magus e Grey Wolf certamente irão adorar o trabalho. A produção é crua, não chega a comprometer, mas deixa certos buracos, como na timbragem de bateria que soa um pouco acima, ou de alguns solos que variam a qualidade, mas soa clara e pesada, já que a velocidade aqui não é o predominante.

A introdução instrumental “Enter Hades” já entrega o que você ouvirá em “Gladiator”, se confirmando em “Crazy Words” que conta com um bom riff e linhas vocais bem sacadas, já que o timbre de Patrick é mais grave e não puxado para o agudo, onde o mesmo até se arrisca, mas de forma moderada.  “Hells Angels” é bem grudenta com toques de Hard mais salientes, mas também bastante repetitiva, que se melhor trabalhada certamente será uma grande composição; Com uma atmosfera mais amena temos “The Evil Song” com belas melodias que se entrelaçam com o peso do baixo-bateria, e conta com um ótimo refrão; “Gladiator” sem dúvidas é o grande destaque do álbum, um clima épico e uma construção melodiosa incrível, assim como seu refrão, sendo um verdadeiro hino de batalha, não tendo pontos baixos; E fechando a bolacha temos a cativante “Chuva de Balas”.

Um bom trabalho, mas que precisa rever alguns pontos, como as linhas de bateria que poderiam ser melhor trabalhadas, principalmente a questão do tempo das viradas e maior domínio do pedal duplo, sendo possível assim lapidar algumas composições, até para não caírem na mesmice.

Acredito que para o próximo lançamento teremos uma banda mais madura, pois qualidade mostraram que tem, basta acertar alguns pontos.

Resenha por: Renato Sanson

Links:

Tracklist:
01 Enter Hades
02 Crazy Words
03 Hells Angels
04 The Evil Song
05 Gladiator
06 Chuva de Balas

Formação:
Patrick Raniery (Vocal)
Diego Miranda (Guitarra)
Diego Sampaio (Guitarra)
Guibyson Rodrigues (Baixo)
Vicente Mad Butcher (Bateria)

sábado, 15 de agosto de 2015

Symmetrya: Indicado para os amantes de um bom Heavy/Power Metal


Sete anos se passaram desde o lançamento de seu Debut autointitulado, algumas mudanças na formação, mas nada que descaracterizasse o Symmetrya, que lançou em 2014 o ótimo “Last Dawn”.

O Heavy Metal Tradcional com certos flertes de Power continua intacto, porém mais maduro e consistente. Algumas influencias de Hard também pode-se notar, assim como composições inspiradas e marcantes.

O trabalho também conta com a participação do renomado guitarrista Rafael Bittencourt (Angra) na faixa “Something In The Mist”, que abre os trabalhos após a belíssima intro “Sensory”. E o que podemos notar de cara são os ótimos arranjos, assim como as linhas vocais que soam agradáveis e com boas variações.


“In The Blink Of An Eye” vem mais cadenciada, com ótimo clima de teclado e bons riffs, com destaque ao belo refrão; Já “Darkest Love” vem mais épica e pesada, com baixo e bateria muito bem encaixados, assim como as linhas vocais que se destacam pela excelente interpretação; fechando o primeiro ato do disco, temos a bela balada “Stormy Winds”, com um clima calmo e com bons arranjos acústicos.

Iniciando a parte final do álbum, intitulado de “The Witch Of Portobello”, temos as excelentes “Past Life Trauma” (que retoma o caminho do Power Metal, soando empolgante e cheia de feeling) e “Athena’s Legacy” (que fecha o trabalho de forma emocional, em uma composição mais climática, que conta com ótimos arranjos melódicos, além da participação de Geane Carvalho).


A produção da bolacha foi realizada por Marcelo Vieira em parceria com a própria banda, que fez um trabalho satisfatório, deixando os timbres e elementos bem dosados. A arte de “Last Dawn” ficou a cargo do mestre Gustavo Sazes, que mais uma vez provou o porquê de ser tão procurado, uma arte fantástica, indo de encontro com o realismo.

Um trabalho acima da média e que com certeza irá agradar em cheio aos fãs de um bom Heavy/Power Metal.


Resenha por: Renato Sanson

Formação:
Jurandir Junior (Vocal)
Milton Maia (Teclado)
Alexamdre Lamim (Guitarra)
Marcos Vinicius (Bateria)
Jacson Luiz (Baixo)

Tracklist:
01 Sensory
02 Something In The Mist
03 In The Blink Of An Eye
04 Darkest Love
05 To Live Again
06 Caught In A Dream
07 711
08 Stormy Winds

THE WITCH OF PORTOBELLO

09 Past Life Trauma
10 Nature Of The Witch
11 Athena’s Legacy
12 Shark Paddle (Bônus Track)


Acesse e conheça mais a banda:




segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Crucifixion BR: Mantendo-se fiel à uma proposta


A banda de Black Metal CRUCIFIXION BR traz em seu álbum de estreia (via Shinigami Records) uma sonoridade calcada na velocidade de riffs, blast beats e vocais odiosos, alternando com algumas passagens acústicas com violão. Formada por Lord Grave War (Vocals/Guitar/Bass) e Juliana Dark Moon (Drums) é preciso dizer que a banda aposta essencialmente em partes extremas e liricamente em blasfêmias contra o cristianismo (vide o próprio título do disco), como a fórmula mais eficaz de passar seu recado. O tracklist começa com a intro War Against Christian Souls, Crucifixion é rápida, direta ao ponto; Eternal Judgement – segue a linha, e traz dedilhado no meio; Dead Generations vem com alguns riffs Thrash Metal; End Of A Life traz mais um dedilhado de violão, vocais limpos no inicio, e finda com mais uma levada Thrash; Apocalyptic Sentence é a mais longa do CD, mais variações, dedilhado e uma parte mais cadenciada.



Slaves Of Christ inicia mais densa, com ênfase nos riffs; Future Memories Of A Hell – segue a fórmula de ser menos veloz e valoriza os riffs; In The Shadows Of Obscurity e I’m Dead mantêm a fórmula, assim como Soul’s Rupture e Destroying The Fucking Disciples Of Christ; já Schizo (cover do Venom) encerra o disco da melhor maneira possível. De uma maneira geral, o álbum mantém-se fiel à uma proposta, como já levantado acima, não se desvirtuando dela em momento algum. 



Contribui positivamente, ainda, a boa produção do especialista Sebastian Carsin (Hurricane Studio), que soube fazer um trabalho para deixar o negócio o mais necessariamente correto possível. O trabalho gráfico de Destroying... também é muito bem feito, ficando a cargo de Mike Hëll Poloni, devendo-se destacar a arte da capa. Ao passo que a banda conseguir estabilizar uma formação fixa no baixo, é provável que consiga angariar um número muito maior de apreciadores.
 
Texto: Marcello Camargo
Revisão: Carlos Garcia
Fotos: Divulgação

Ficha Técnica
Banda: CRUCIFIXION BR
Álbum: Destroying The Fucking Disciples Of Christ (2014)
País: Brasil
Estilo: Black Metal
Selo: Shinigami Records

Line-up
Lord Grave War (Vocals/Guitar/Bass)
Juliana Dark Moon (Drums)

Tracklist:
1-War Against Christian Souls
2-Crucifixion
3-Eternal Judgement
4-Dead Generations
5-End Of A Life
6-Apocalyptic Sentence
7-Slaves Of Christ
8-Future Memories Of A Hell
9-In The Shadows Of Obscurity
10-I’m Dead
11-Soul’s Rupture
12-Destroying The Fucking Disciples Of Christ
13-Schizo (cover Venom)

Links de acesso:



sexta-feira, 15 de maio de 2015

Yell The Truth: Com uma “fluência” musical moderna e uma pegada bem heavy


Energia e peso não faltam para o novo EP da Yell The Truth, intitulado de “Lies” (2014), que até poderia apresentar uma bateria mais agressiva para o estilo, mas isto tem muito a ver com a nova proposta musical da banda.

Algumas influências ficam bem claras na musicalidade do grupo, a exemplo de “I Know” que começa com um dedilhado de guitarra e o baixo preenche e recheia a música até sua metade.

Esse “funkeado” no baixo não engana e pode muito bem lembrar um Red Hot Chilli Peppers com ganas de metalizar. Ainda que no refrão haja uma dobra no vocal que, praticamente, não se faça necessário. “Lies” traz consigo uma pegada violenta de banda que já nasceu para ser grande em composição, certamente o disco poderia seguir esse compasso na sua totalidade.


Trouxe-me lembranças da Static-X.  Clichê demais? Negativo, e mesmo que fosse, até para ser clichê é preciso fazer com as influências corretas e uma pitada de identidade. Assim ouvi “Lies”!

“The Freak Of The Weak” o vocal começa intimista e quase deixa passar a impressão da falta de um pouco de pegada. Mas por volta de 01m46s a guitarra aciona o detonador e a música, por completo, se transforma trazendo nova percepção (cheguei a olhar o player pra ver se não havia trocado a música).

Sangue novo fazendo a diferença nos dias atuais, diria que estão prontos e que só falta “cozimento de palco”.


Não teria coragem de definir a banda como originalmente pesada. Mas posso afirmar, sem medo de errar, que estão muito bem fundamentados em influências contemporâneas e com “fluência” musical moderna e uma pegada bem heavy.

Sejam bem vindos, nossos ouvidos merecem!

Aproveite e faça o download do EP no link a seguir: http://on.fb.me/1L2iTIX

Resenha por: Uillian Vargas
Revisão/edição: Renato Sanson

Links de acesso:


Tracklist:

01 Hide and Seek, Lies
02 Lies
03 I Know
04 The freak of the Weak
05 Fooled One

Formação:

Renan Niffa (Vocal)
Wilhiam Breno (Guitarra)
Claudio Teiger (Baixo)
Yussef Anuar Lima (Guitarra)
Ricardo Costa (Bateria)

quinta-feira, 2 de abril de 2015

Machinergy: Thrash Metal Sem Firulas!


E os portugueses do Machinergy chegam com seu segundo Debut, mais precisamente lançado em 2014, sob o nome de “Sounds Evolution”.

Não espere por modernidades, mas sim pelo bom e velho Thrash Metal, soando tão ríspido e bruto que beira em alguns momentos o Death Metal, mas sem perder suas características.

Oriundos de Arruda dos Vinhos o Machinergy mostra uma capacidade incrível de soar como uma maquina insana e brutal, despejando riffs violentos, com uma cozinha mais do que consistente e variada. Sem contar às vocalizações que beiram a insanidade, com bastante influencia de Sarcófago.


E essa influencia por bandas brasileiras que também chamam atenção, é possível encontrar aqui e ali certos flertes de Sepultura, Sarcófago, Sextrash e etc.

O disco soa homogêneo e marcante, mas não espere por composições grooveadas ou cadenciadas, aqui a ideia é outra, transcendendo a violência sonora sem dó, não poupando os pescoços alheios.


A parte lírica do disco transita entre o português e o inglês, o que deixou o resultado final bem interessante e diversificado. A produção soa crua e bruta, mas em um bom nível com todos os instrumentos bem audíveis.

Resumindo um disco para se ouvir de cabo a rabo. Thrash Metal sem firulas!



Resenha por: Renato Sanson


Conheça mais a banda:


quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

CROTCHROT: Nem o Kid Bengala Escapou!


O que um fã de Goregrind gostaria em uma banda: nojeira, podridão, violência sonora e letras românticas. E é isso que você encontra no EP de estreia dos curitibanos do CROTCHROT, isso mesmo CROTCHROT: “Aroma pungente oriundo da região do púbis genital característico de quem tem doença venérea em progressão”.

Seguindo a linha clássica do Goregrind “Pata De Camelo” é diversão garantida, letras bem humoradas (e claro pútridas), instrumental seco e direto, com direito a d-beats e alguns blasts que tornam a sonoridade bem agressiva.


Formado atualmente por Muringa (vocal), Cynthia (guitarra), Angela (baixo) e Leonardo (bateria) - (sendo que as baterias do EP foram gravadas por Magno Vieira), o grupo não economiza em soar repulsivo, basta ouvir “Orgia de Crackudo”, “Molho Madeira”, “Kid Bengala” ou “Cachorro Transante” trazendo vocais sob efeitos e grunhidos atormentados com um instrumental coeso e simples, despejando temas líricos bem humorados e proibidos para menores de 18 anos.

A produção dessa “patada” ficou a cargo de Fabio Gorresen e pode-se dizer que fez um excelente trabalho, deixando a banda espumando raiva.


Um trabalho consistente, divertido, agressivo e indigesto, se você é fã do bom e velho Goregrind com pitadas de Porn aí está há banda CROTCHROT, certamente arrancará seu pescoço do lugar!

Resenha por: Renato Sanson


Conheça mais a banda:



segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Tellus Terror: Jornada Sonora Sem Amarras



Partindo da concepção de que todos os estilos e sub-divisões do Rock e Metal são um só, que devemos juntar forças, o Tellus Terror (Tellus, é terra em latim) trabalhou sua sonoridade transitando por todas as nuances que compõem a "música pesada", e apresenta em "Ez Life DV8" (leia-se "Easy Life Deviate") o seu Mixed Metal Styles.

Um trabalho que surpreende desde a bela e bem cuidada concepção gráfica, um bem elaborado conceito lírico, onde tratam sobre o complexo tema de como a vida na terra começou, como a terra tomou forma, a adaptação do ser humano no planeta, enfim também, o quão pouco ainda sabemos, e, a parte sonora, que também, numa primeira audição pode não ser digerida de imediato, mas já vai ser notada a qualidade da produção e execução. 


Pesado, complexo, climático, extremo...melodioso. O Tellus vai de um extremo ao outro, alternando vocais rasgados, guturais, limpos, momentos cadenciados, rápidos e "meio tempo", em variações que passeiam pelo Black Metal Sinfônico, Thrash, Death, Hardcore....bom....Mixed Metal Styles.

Recomendo audições atentas, são muitos detalhes, e o álbum vai "viciando", levando o ouvinte numa verdadeira jornada sonora, e em meio a tantas bandas que querem apresentar um som "original", "moderno" ou "atual", com músicas que soam iguais umas às outras, soam clones de outras bandas, poucas acertam, e nada trazem de novidade, simplesmente soando "plásticas", felizmente, temos grupos como o Tellus Terror, uma dessas exceções, entrando no rol das poucas que acertam a mão, sendo uma das que realmente empolgam, pois não basta uma capa bem feita e uma produção cara e sonoridade "estourando", se a música apresentada não faz o sangue ferver.

Para citar destaques, vou de "Terraformer", "3rd Rock From the Sun" e "I.C.U. in Hell", que acredito, representam bem o MMS do Tellus Terror, apesar de que tudo soa melhor se degustado como um todo.


Abaixo, reproduzo as palavras do letrista e vocalista Felipe Borges, sobre o conceito do álbum:

“EZ Life DV8 (Lê-se – Easy Life Deviate), conta um pouco sobre como nossa vida começou, como tudo começou a ser formado (de acordo com o que nossa espécie conhece atualmente), sobre como Tellus (Tellus significa Planeta Terra em Latim), tomou forma, sobre o posicionamento do nosso planeta em nossa galáxia, falando um pouco também sobre fenômenos naturais, a adaptação do ser Humano na Terra, e de como somos capazes de gerar grandes conflitos por poder, em que na verdade onde nós vivemos é o verdadeiro inferno, refletindo sobre como seria o nosso definitivo Panorama do Fim dos Tempos, e finalmente a conclusão de que nós não sabemos nada, e que tudo que possamos imaginar sobre o fim do mundo ou a continuação da nossa espécie é um Erro.”


Texto/Edição: Carlos Garcia
Fotos/Vídeos: Divulgação

Ficha Técnica:
Banda: Tellus Terror
Álbum: "Ez Life DV8"
País: Brasil
Estilo: Mixed Metal Styles
Mixagem e Masterização: Fredrik Nordström
Produção: Felipe Borges, Tellus Terror e Fernando Campos
Assessoria: Metal Media


Line-Up:
Felipe Borges: Vocais
Alvaro Faria: Guitarras
Wederson Félix: Guitarras
Arthur Chebec: Baixo
Ramon Montenegro: Teclados e sintetizadores
Rafael Lobato: Bateria e percussão
Convidada especial: Larissa Frade - Vocais femininos

Track List:
Stardust
Terraformer
3rd Rock From the Sun
Bloody Vision
Equinox
Civil Carnage
I.C.U. (International Chaos United)
Brain Technology Pt. 1 (This is where its starts)
EndTime Panorama
Error

Canais Oficiais da Banda:
Site Oficial
Facebook
Reverbnation





sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

Cobertura de Show: Matanza Fest - Estilos Diferentes, Mesma Paixão Pelo Metal (13/12/14, Pepsi On Stage)


No dia 13/12, o Pepsi On Stage foi o palco de mais uma edição do já tradicional Matanza Fest na cidade de Porto Alegre. Com um cast totalmente pesado, a festa esse ano contou com as bandas FINALLY DOOMSDAY (RS), BRUJERIA (USA), BIOHAZARD (USA) e os anfitriões e donos da festa, MATANZA!

Pontualmente ás 20h30min, conforme o cronograma, o Grindcore da FINALLY DOOMSDAY sobe ao palco pra dar inicio aos trabalhos. E a banda está cada vez melhor! Mais entrosada e tocando com sangue “no zóio”, a banda formada por Sebastian Carsin (guitarra e vocal), Rafael Giovanolli (guitarra), Felipe Nienow (baixo) e Márcio Jameson Kerber (bateria), trouxe toda garra e fúria do Grindcore pra uma galera que já preenchia um bom espaço do local.


Após a introdução, Rise Again, seguida de Raven’s Circle mostrou que a banda não está pra brincadeira e que, já passou da hora de um full lenght! Kamikaze Attack e na seqüência, a “desgraceira” Subhumans Conditions continuaram o ataque sonoro. Os já tradicionais covers do Ratos de Porão, Vida Animal, e Napalm Death, From Enslavement to Obliteration (nem parece que essa porrada já tem mais de 25 anos) antecederam a saidera e  já clássica Post Nuclear Armaggedom. Grande de show de uma grande banda! O Heavy Metal do RS vai muito bem, obrigado!


Após um intervalo relativamente curto, eis que um dos shows mais aguardados do festival se iniciava: BRUJERIA! E que grande show! A banda, sempre cercada de polêmicas trouxe pro Matanza Fest um set recheado de clássicos. Contando com Hongo Jr. (Nicholas Barker, - Cradle of Filth, Dimmu Borgir, Lock Up, entre outros) na bateria,  El Cynico (Jeff Walker - Carcass) no baixo, AA Kuerno na guitarra ( segundo informações que obtive, ele trabalha como técnico de som do Carcass e tem uma banda juntamente com Shane Embury, que atende por Hongo e é o guitarrista “titular” do grupo), El Sangron, que divide os vocais com o líder Juan Brujo, o grupo, em uma hora e cinco minutos, despejou toda a “fuerza” da súa música.

Falando em espanhol durante quase todo o tempo (exceção feita a alguns “motherfucker”, “fuck”) porradas como El Desmadre, No Aceptan Imitaciones, Marcha de Ódio, La Migra, Cuiden a los Niños e Brujerizmo fizeram com que rodas se abrissem no meio do público.

Um dos destaques do show, além é claro das performances sempre destruidoras de Nicholas Barker e Jeff Walker, foi o guitarrista AA Kuerno. Muito bem “mezclado” ao grupo, o músico substituiu o grande Shane Embury a altura. “Saludos!”, Juan Brujo e El Sangron mandavam a todo instante, enquanto mais e mais clássicos nos eram oferecidos.

         
Consejos Narcos e La Ley de Plomo também foram muito bem recebidas, assim como Matando Gueros, talvez a mais esperada, e oriunda do homônimo álbum, lançado em 1993, provou que, muitos que ali estavam, era por causa do grupo. Ao término, enquanto os músicos deixavam o palco, Juan Brujo interagiu com a galera ao som de Marijuana. Sim, uma versão politicamente incorreta da medonha Macarena. E teve banger fazendo aquela conhecida coreografia... Sem dúvida, um grande show!


Mais um intervalo, e era a hora da lenda do Hardcore nova-iorquino. O BIOHAZARD estava de volta á capital gaúcha! Sem muita conversa, Billy Graziadei (vocal e guitarra), Scott Roberts (baixo e vocal), Bobby Hambel (guitarra) e Danny Schuler (bateria) entram no palco detonando aquela mistura de Hardcore, Metal e porque não dizer, de Rap, como só eles sabem fazer! Dona de uma performance simplesmente destruidora, a banda mostra a que veio detonando clássicos como Shades of Grey, Urban Discipline e Wrong Side of the Tracks, na qual, Billy, literalmente, vai pra galera! O guitarrista desce do palco, pula a grade e fica de pé, sendo segurando pelo público, tocando e agitando como se estivesse no palco! Simplesmente matador!

Scott Roberts, que substituiu Evan Seinfeld também não fica atrás. Sem parar um minuto e também cantando de forma correta, o baixista provou que sua escolha foi acertada. E tome mais Hardcore! Tales From the Hard Side e Victory também se destacaram. O batera Danny Schuler tem uma pegada bem característica ao Hardcore, pois além da velocidade, tem a “mão pesada”, e com isso, consegue deixar essa mistura bem homogênea.


Mas o grande destaque da banda é Bobby Hambel! Na boa, o cara entra ligado em 220 volts e sai em 380!!!! Seja pesando a mão no riffs, dando aqueles pulos tão comuns ao estilo Biohazard, ou mesmo com aqueles giros enquanto toca, o guitarrista é o grande destaque da banda. Não que Billy Graziadei fique muito atrás (afinal, na maior parte do tempo, o guitarrista se comunicava em um “bom” português com a galera), mas essa dupla, com certeza é uma das melhores do mundo, no estilo, ao vivo.


Punishment não poderia faltar e leva Billy novamente ao meio do público. Com um show que durou cerca de uma hora, o Biohazard fez, na minha opinião, o melhor show da noite! Uma grande banda que precisa voltar a Porto Alegre para um novo show!
         
E era chegada a hora dos donos da festa! Passava da meia noite quando o MATANZA entrou no palco com seu Countrycore! E os anfitriões não deixaram por menos! Jimmy London (vocal), Mauricio Nogueira (guitarra), China (baixo) e Jonas (bateria) já chegaram com a galera na mão, sendo que um dos grandes destaques do show seria a execução na íntegra do álbum Santa Madre Cassino com a participação do ex-guitarrista Donida.


O grupo tocou vários de seus clássicos, como O Último Bar, Remédios Demais, Pé na Porta, Soco na Cara, Odiosa Natureza Humana, Não Gosto de Ninguém, Maldito Hippie Sujo... Um dos grandes destaques da banda é o guitarrista Mauricio Nogueira. Tendo tocado com nomes como Krisiun e Torture Squad, ele imprime ao som do Matanza um peso, mesmo a banda tendo apenas uma guitarra ao vivo. Algo que irá mudar, conforme anunciado logo mais...

Com a palavra, Jimmy volta e meia tecia seus comentários. Em um dos tantos irônicos, ele agradeceu a todas as bandas que estavam participando do festival, elogiando a performance de cada uma. E no final disse: e depois de tanta banda foda, agora vocês tem que aturar a merda do Matanza... Precisa dizer que tomou uma vaia sem tamanho????

Mais algumas músicas e então Jimmy chama ao palco DonidaMaestro Vareta” pra executar o álbum de estréia da banda. E as músicas ficaram bem melhor! Com duas guitarras, houve um acréscimo de peso e sons como Ela Roubou Meu caminhão, Eu Não Bebo Mais, E Tudo Vai Ficar Pior, As Melhores Putas do Alabama e Santa Madre Cassino ficaram muito mais encorpados!


Ao término, Jimmy revela que a banda está em estúdio e que devemos ter um novo trabalho do grupo no próximo ano. E que a partir de agora, Donida estava de volta à banda! E como amostra do que vem por aí, tocam Matadouro 18, música que fará parte do disco a ser lançado! Uma música que revela que essa nova dupla, tem muito a acrescentar ao som do Matanza! Após mais algumas músicas, o show chegou ao seu final.

Chegava ao fim, mais um Matanza Fest! Quatro grandes bandas que fizeram grandes shows. Que em 2015, tenhamos mais uma edição aqui no RS!


Cobertura por: Sergiomar Menezes
Fotos: Uillian Vargas
Edição/revisão: Renato Sanson


          

terça-feira, 23 de dezembro de 2014

2014, Uma Retrospectiva, Pela Visão dos Redatores do Road - Parte I (Fernanda Vidotto)

2014, O Ano das Máscaras Caírem.



Em suma, o ser humano no geral tem como regra “natural” o amadurecimento. Impreterivelmente ao término de cada ciclo percorrido, nos voltamos para uma retrospectiva sobre os acontecimentos internos e externos que ocorreram. E não seria diferente dentro da música pesada.

Creio que o ano de 2014, assim como  escancarado pelo título, foi o ano das máscaras caírem, o que é positivo e negativo.

Positivo, pois podemos ver realmente a sujeira e consertamos até mesmo nossas próprias faltas. (Lembre se sempre : Ao apontar um dedo na "ferida de alguém", esteja ciente de que não tem a mesma falha.)

E negativo:  Nunca vi tanta ignorância, preconceito, xenofobia, e mais alguns déspotas desfilando dentro e fora das redes sociais e eventos suas “verdades absurdas e ABSOLUTAS”.

Nunca senti tanto o peso da letra de “Metal Desunido” nas minhas costas moídas.
Estamos entrando em colapso.


Grandes ícones da música pesada nacional distribuindo farpas por NENHUMA RAZÃO, ofendendo as pessoas por simples “DISCORDÂNCIA” Política.

Ódio gratuito contra regiões, misoginia, racismo.
Não que tenhamos que ser “a família feliz”, afinal todos temos nossas restrições e coisas que não agradam (Seria utópico dizer que se GOSTA DE TUDO), porém esse ano passou dos limites aceitáveis.

Senti repulsa, vergonha de ser headbanger ao lado desse antro de podridão.
Onde não existe respeito mútuo, ali haverá caos. E não meu amigo, o caos e sua teoria só se fez boa ao Lendário Dissection (R.I.P Jon – MESTRE) e nada mais.

Quem fala o que quer, infelizmente pode ouvir o que não quer. Não é na base do quanto  pior, melhor. Não é na base do puxa saquismo, nem de puxar o tapete dos outros que a coisa funciona.

Em uma guerra TODOS PERDEM.

Outro fator à ser citado foi a picaretagem e falta de compromisso dos rip offs, vulgo “promotores” e “produtores”, que deixaram a imagem do Brasil manchada. E não é no “VAMO QUE VAMO” que a coisa funciona. Não é empurrando com a barriga até ver aonde chegará, não é falando uma coisa e vivenciando outra. O que você faz atinge uma pessoa, e o que você se propõe à fazer (e não faz com o mínimo de senso atinge, dez, vinte outras).


E eu quero esquecer o fracasso da espera de mais de uma década para assistir ao Carcass e ao Venom. Em contrapartida, vi o fortalecimento de várias bandas que realmente estão batalhando e acrescentando e muito ao mundo "metal".

Quero "não esquecer”, alertar que ninguém é cego e todos nós vemos quem luta do nosso lado e quem, ao contrário, faz ameaças contra as bandas e tenta calar a realidade. O grito das pessoas afetadas é maior do que o silêncio comprado de alguns. Pode se enganar todos por algum tempo mas não todos por todo o tempo do mundo. E mais, mentir para si mesmo é pior do que mentir para todos.

Devemos ter a responsabilidade de procurarmos a realidade, com frieza e discernir sempre o que realmente é legítimo do que é um jogo de interesses de uma minoria, que só quer ver o circo pegar fogo. Minoria essa, que depois de “pintar e bordar” some com a mesma rapidez que surgiu.

Sinto extrema falta dos  tempos das cartas, aonde podíamos criar vínculos um com o outro, sinto falta daquela amistosa demora para recebermos uma fita k7, que era muitas vezes regravada e passada aos diversos amigos e amigas que tivessem interesse em conhecer o material, e sem um questionamento. Se você tinha interesse, era bem-vindo.



Acho que devemos nos voltar nesse ano que termina às nossas raízes, ao tempo que não existia tanta necessidade de uma ostentação exacerbada.
Devemos voltar sim ao tempo que éramos mais "SER" e não "TER".
Devemos voltar a SER mais coração, a TER mais irmandade dentro do Metal e fora dele (Ou seja, respeito).

Não sei em qual região, ou mesmo país você estará lendo esse texto agora, eu não sei o que você está passando no momento, mas se você acredita que o Metal é algo que nos torna pessoas mais conscientes, iconoclastas e anti dogmas, mediante ao mundo a cada dia mais alienado... você é meu irmão, você é minha irmã.

Que o Metal seja mais do que música, que ele seja a nossa vida, nossa ideologia, fonte inesgotável de força.  E que com isso brindemos ao próximo ano.

Saúdo à todos os meus irmãos e irmãs do Metal!



Agradecimentos especiais:

À Equipe Road to Metal, por ser a primeira "casa" que me abriu portas, e acreditou no meu potencial.
Aos integrantes e amigos e suas respectivas hordas, bandas, produtoras, selos, zines e webzines do grupo“Laudo Extreme Bullying”
Aos integrantes e amigos da Page “Female Metalheads United “
Aos assessores, zines, revistas, rádios, e bandas que tenho contato dentro e fora do Brasil.
Aos amigos e amigas que me ensinam tanto dentro do Metal e fora.
A todos que passaram por minha vida, e independente dos motivos por não estarem mais presentes, sabem a importância que tiveram.
E aos meus familiares, em especial à minha amada avó. (R.I.P)


"Quem deixar de ser, NUNCA foi. A essência é algo que transpassa o tempo." - Nanda



Texto: Fernanda Vidotto
Revisão: Caco Garcia
Edição: Caco/Nanda

segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Cobertura de Show - Krisiun, Carniça, Malévola e Syphilitic Abortion Juntos em Novo Hamburgo/RS (Rock And Roll Sinuca Bar 3, 12/12/14)


Um pouco mais de quinze anos se passaram desde a primeira passagem do Krisiun por Novo Hamburgo/RS, sendo que a quinze anos atrás a banda estaria conquistando seu nome entre os grandes, e passado esse tempo retornam como um dos grandes nomes do Death Metal mundial.

O local escolhido para destruição foi o Rock And Roll Sinuca Bar 3, até então desconhecido pelo público das redondezas (Porto Alegre, Canoas e etc), mas que se demonstrou uma grata surpresa e uma ótima opção para shows undergrounds.

Para completar esta festa em mais um sábado quente no Sul (12/12) as bandas Carniça, Malévola e Syphilitic Abortion se encarregariam da abertura, abrindo de vez os portais do inferno.


Começando a destruição a primeira banda a subir ao palco foi os veteranos da Malévola, que retornam a cena depois de quinze anos inativos. Sendo aquele o primeiro show oficial desde o retorno, porém o que vimos foi uma banda muito bem entrosada e disposta a causar muito headbanging.

Seu som é calcado num Thrash/Crossover no melhor estilo norte-americano, empolgante, visceral e enérgico, com composições curtas, mas na medida certa que agradaram em cheio o público que ainda chegava ao local.


Seguindo o baile era hora dos pútridos do Syphilitic Abortion entrarem em cena com seu Goregrind de extrema violência. Letras românticas e canções progressivas, além de um vocal lírico belíssimo. Brincadeiras a parte a banda mais parecia um rolo compressor sonoro, onde gerou as primeiras rodas da noite, para um público que já tomava boa parte da casa.


Passados da meia noite o Carniça toma seu lugar ao palco e quebra pescoços com seu Thrash/Death Metal de primeira, onde continuam a divulgação de seu mais recente disco “Nations of Few”. A banda destilou sons de todos os seus discos, e encerrou aquela apresentação emblemática com “Midnight Queen” do Sarcofago, levando o público ao êxtase, e mostrando que sim, temos uma das melhores bandas de Thrash/Death do país.

Após uma rápida troca de palco era hora da lenda do Death Metal nacional entrar em cena e deixar os bangers ensandecidos, agora com a casa totalmente tomada pelos deathbangers, o Krisiun fez um show competentíssimo, seja pela individualidade musical de cada um ou pelo conjunto, que esbanjam simpatia, humildade e muito amor ao Metal.


Seguindo a tour de divulgação do aclamado “The Great Execution” o Krisiun mesclou seu set com clássicos e sons mais novos (sendo que muitos também se tornaram clássicos), do disco mais recente tivemos “The Will To Potency” e “Blood Of Lions”, já dos clássicos mais antigos “Vengeance's Revelation” e “Descending Abomination”.

Também figuraram em seu set vasto clássicos atuais como “Combustion Inferno” e “Bloodcraft”. O Krisiun também nos brindou com a excelente versão de “Black Metal” do Venom, assim como a matadora e indispensável “Black Force Domain”.


Uma verdadeira aula de Metal Extremo seja na parte musical ou pessoal, pois Alex, Moyses e Max são a prova viva que se pode ganhar o mundo sem deixar de ser underground.

Fica os parabéns a Ablaze Productions pela produção e organização, e claro pela bela escolha do local. E que venham muitos outros!


Cobertura por: Renato Sanson
Fotos: Felipe Pacheco



  

sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Machine Head: Evolução Constante!


Desde The Blackening (2007), o Machine Head vem mantendo um nível de qualidade excelente em seus trabalhos. Claro que, se olharmos pros primórdios da banda, Burn My Eyes (1994) foi uma estréia em grande estilo, seguido pelo bom The More Things Change (1997). Mas depois disso, parecia que a banda havia perdido o rumo. Troca de integrantes, inovações na parte musical, trouxeram desconfiança aos fãs.
               
Em The Blackening, o grupo voltou à boa forma e na seqüência, mais um trabalho excepcional, Unto the Locust (2011). E a questão que ficou na mente dos fãs, foi: Teria como a banda melhorar ainda mais? Resposta: Bloodstone & Diamonds! Um álbum que mantém a genialidade da banda no ápice.


Um Metal denso, pesado, e por que não dizer, inteligente. Assim pode ser descrito o oitavo álbum de estúdio do grupo. Abrindo com a magistral "Now We Die", cujo clipe teve partes censuradas, a banda mantém aquela pegada carregada por um riff pesado e com refrão no melhor estilo Machine Head. Vale um registro para a técnica do baterista Dave Mclain. Nem sempre lembrado, o músico é um dos grandes bateristas da atualidade. "Killers & Kings" é dona de um forte refrão e traz todas as características do Thrash vigoroso e moderno praticado pela banda; Com belos riffs, "Ghosts Will Haunt My Bones" mantém o alto nível do trabalho. Destaque para o vocal de Robb Flynn.

Em um álbum bastante homogêneo fica complicado citar destaques, mas um dos grandes momentos do trabalho é "Sail Into The Black", uma faixa “difícil”, mas que traz á tona toda a capacidade de composição do grupo, em especial de Robb Flynn. Com seus mais de 8 minutos, a música é a prova viva de que o MH não é apenas mais um grupo comum dentro do Heavy Metal; "Eyes Of The Dead" recheada de riffs e solos tipicamente Thrash, é uma porrada na boca do estômago. " In Comes the Flood", mais cadenciada e com um pé na velha escola do Metal (leia-se Black Sabbath), também merece ser citada.


"Game Over" é outro grande momento, com um vocal carregado de sentimento, um dos diferenciais de Robb Flynn, um convite ao headbanging, a faixa tem um excelente trabalho de guitarras, onde o guitarrista Phil Demmel demonstra que é parte fundamental da banda. Cabe também destacar o trabalho do baixista Jared MacEachern, que substituiu Adam Duce, que deixou o grupo em 2013. O álbum encerra com "Take Me To The Fire", que fecha o trabalho de forma grandiosa.


Sem nenhuma dúvida, um dos grandes álbuns lançados em 2014. Produzido pelo próprio Robb Flynn em parceria com Juan Urteaga, "Bloodstone & Diamonds" vem ratificar e consolidar o nome da banda como um dos gigantes do Heavy Metal atual. Longa vida ao MACHINE HEAD!


Resenha por: Sergiomar Menezes
Edição/revisão: Renato Sanson
Fotos: Divulgação

Tracklist:

01 Now We Die        
02 Killers & Kings    
03 Ghosts Will Haunt My Bones     
04 Night of Long Knives      
05 Sail into the Black            
06 Eyes of the Dead             
07 Beneath the Silt    
08 In Comes the Flood         
09 Damage Inside     
10 Game Over           
11 Imaginal Cells (Instrumental)                 
12 Take Me Through the Fire


Conheça mais a banda: