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quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Between The Buried And Me: Progressivo, Pesado, Impressionante

Banda norte-americana caminha por vários elementos da música


Sabe quando você descobre uma banda e vê que perdeu um tempão por não conhecer a fundo o trabalho dos caras?

Pois bem, é essa sensação que tive ao ouvir “The Parallax II: Future Sequence” da banda Between the Buried and Me. Poucas vezes ouvi algo tão pesado, tão progressivo, viciante e nem um pouco enjoativo. O grupo liderado por Thomas Giles Rogers Jr acabou de ganhar mais um fã.

Para quem não conhece a banda, eles se formaram no ano de 2000 na região da Carolina do Norte tendo já 6 CDs e EPs na sua discografia e vem agora com esse lançamento que é uma continuação de “The Parallax: Hypersleep Dialogues” e esse é o caso onde uma continuação supera o original, além de não ser um EP e sim um trabalho completo, em todos os sentidos.

Passear por variados estilos é uma característica marcante desse grupo. Ao longo do CD você encontra Metalcore, Jazz, Fusion, Death Metal, etc. Os fãs mais aficionados que me perdoem, mas aqui eles superaram o álbum “Colors”, considerado por muitos uma obra prima na carreira da banda.

O trabalho se inicia com a bela “Goodbye to Everything”, uma canção instigadora que me remeteu aos melhores momentos do Pink Floyd. É até estranho uma banda começar um trabalho assim, mas ao acompanhar o encarte deu para perceber que esse é o final da história, o que ajuda a fazer mais sentido. A partir dai cada música possui sua identidade. Seria até redundante ficar falando de cada uma delas, mas existem aquelas que vai despertar com certeza emoções no ouvinte, seja de admiração ou até mesmo de raiva, afinal, essa não é uma banda que se deixa ouvir fácil.


“Lay Your Ghosts to Rest” é a prova viva disso, já que ela passeia por vocais limpos e mais gritados. Já “Telos” é brutalidade pura aliada a “Astral Blody” que tem um belo vídeo clipe (confira abaixo).

Ao ser capturado pela essência da banda, nada mais soa estanho, como em “Bloom” que apresenta um trompete e “Silent Flight Parliament” que mesmo com seus 15 minutos, é de fácil audição.

Uma banda que não se prende à rótulos e que vem a cada lançamento se superando na sua sonoridade e na arte de desafiar os seus fãs com uma música bela e agressiva, por mais paradoxal que isso pareça. Ouça “The Parallax II: Future Sequence” e tire suas próprias
conclusões.

Texto: Luiz Harley
Revisão/edição: Eduardo Cadore
Fotos divulgação 

Ficha técnica 

Banda: Between The Buried And Me
Àlbum: The Parallax II: Future Sequence
Ano: 2012
País: EUA
Tipo: Progressivo Death Metal, Metalcore

Formação
Dan Briggs (Baixo)
Blake Richardson (Bateria)
Tommy Giles Rogers (Vocal e Teclados)
Paul Waggoner (Guitarra)
Dustie Waring (Guitarra)



Tracklist

1. Goodbye to Everything
2. Astral Body
3. Lay Your Ghosts to Rest
4. Autumn
5. Extremophile Elite
6. Parallax
7. The Black Box
8. Telos
9. Bloom
10. Melting City
11. Silent Flight Parliament
12. Goodbye to Everything Reprise

Acesse e conheça a banda
Site oficial
Assista "Astral Body"

Assista "Telos"

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Clássicos: “Individual Thought Patterns” A Evolução da Obra de Schuldiner

Lendário disco da banda Death é relançado


No dia 13 de dezembro de 2011 completou-se uma década que ficamos órfãos de toda a genialidade de Chuck  Schuldiner. Difícil dizer a importância de sua banda o Death para toda a cena Metal mundial, mas basta saber que hoje 99% dos grupos de Death Metal pagam tributo a esse verdadeiro mestre.

Ouvindo a discografia da banda é possível ver que ela foi, na realidade, passando por um processo de evolução, sendo o álbum “Leprosy” de 1988  o  início do amadurecimento do grupo, pois as bases do Death Metal tradicional continuavam todas ali, mas eram associadas ao senso de melodia do Heavy Metal principalmente do NWBOHM.

Mas em minha opinião o ápice do processo criativo veio com “Individual Thought Patterns” (1993).

Mas o que torna esse álbum tão especial? Primeiramente o time formado para a gravação desse CD, pois ao lado de Chuck você tinha nas guitarras Andy La Rocque (King Diamond), que hoje é um consagrado produtor musical, já a cozinha da banda é simplesmente um dream team com o baixista Steve DiGiorgio (atualmente no Charred Walls of the Damned, junto com outro ex-Death) já conhecido na cena por ser membro do Sadus e Gene Hoglan do Dark Angel na bateria.

5º disco da banda é mais uma obra-prima com o toque de Chuck Schuldiner

O que poderia ser uma verdadeira guerra de egos na realidade criou um dos melhores álbuns do Death e quiçá do Metal extremo. A evolução esta presente até mesmo na parte lírica que deixa para trás o gore simples de álbuns como “Scream Blood Gore” de 87  e investe em criticas ácidas a sociedade que mesmo hoje possui um grande impacto, veja a letra de “ The Philosopher” e comprove.

Complexidade é a palavra chave desse trabalho. Difícil apontar destaques em uma obra prima, mas não tem como não se impressionar com as quebras de ritmo em “In Human Form”. O fato de dois músicos DiGiorgio e Gene Hoglan terem vindo de duas bandas de  Thrash Metal influenciou muito esse trabalho enriquecendo ainda mais a sonoridade do Death como, por exemplo, em “Trapped I A Coner” onde os dedilhados são típicos da Bay Area.

Death no início dos anos 90

Algumas músicas ganharam um espaço no coração dos fãs, entre elas podemos citar a faixa titulo desse que é o quinto trabalho da banda que possui uma das melhores composições de  Schuldiner e, é claro, “ The Philosopher” que consegue a proeza de definir todas as características da banda em apenas uma só composição. O duelo de guitarras no final da faixa é de tirar o fôlego e essa musica ganhou um vídeo clipe conhecidíssimo por aqui na época que a MTV prestava.

Sem dúvidas esse foi um divisor de águas na carreira da banda e principalmente para seu  mentor, os seus álbuns sucessores “Symbolic” de 95 e “The Sound of Perseverance” de 98 e até mesmo seu projeto paralelo Control Denied são uma evolução natural de “Individual Thought Patterns”.

Chuck Schuldiner não conseguiu derrotar o câncer e morreu há exatos 10 anos

Prova cabal disso é que esse trabalho ganhou uma nova edição extremamente luxuosa com uma remixagem feita por Alan Douches (para quem não conhece ele é o cara que fez a produção dos últimos discos do Nile), além de  ser um CD triplo onde estão como bônus um show gravado na Alemanha e uma faixa inédita até então “The Exorcist”, além de materiais provenientes de jams entre Chuck e Gene com uma química que dá gosto de ouvir.

Clássico é um adjetivo muito pequeno para definir esse álbum da mesma forma que gênio é pouco para definir a importância de  Schuldiner, mais que um músico, mas um ídolo de uma geração.

Texto: Harley
Revisão/Edição: Eduardo Cadore
Fotos: Divulgação

Ficha Técnica
Banda: Death
Álbum: Individual Thought Patterns
Ano: 1993
País: EUA
Tipo: Death Metal/Prog Metal

Formação
Chuck  Schuldiner (Guitarra e Vocal)
Andy La Rocque (Guitarras)
Steve DiGiorgio (Baixo)
Gene Hoglan (Bateria)

Confira o track list completo dessa nova edição

Disco 1
01. Overactive Imagination
02. In Human Form
03. Jealousy
04. Trapped In A Corner
05. Nothing Is Everything
06. Mentally Blind
07. Individual Thought Patterns
08. Destiny
09. Out Of Touch
10.
The Philosopher


Disco 2: Ao Vivo na Alemanha – 13 de abril de 1993
01. Leprosy
02. Suicide Machine
03. Living Monstrosity
04. Overactive Imagination
05. Flattening Of Emotions
06. Within The Mind
07. In Human Form
08. Lack Of Comprehension
09. Trapped In A Corner
10.
Zombie Ritual


Sobra de estúdio de “Individual Thought Patterns”
11. The Exorcist

Disco 3
Demos – Chuck & Gene – Dezembro de 1992
01. Overactive Imagination
02. In Human Form
03. The Philosopher
04. Trapped In A Corner
05. Individual Thought Patterns
06. Jealousy
07. Nothing Is Everything
08. Destiny
09. Mentally Blind
10. Out Of Touch



Fita de Riffs do Chuck – 1992
11. In Human Form
12. The Philosopher
13. Trapped in a Corner



Assista ao vídeo "The Philosopher"




Compre o CD pela Die Hard aqui

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Pervencer Levando o Metal Extremo Para Outro Patamar

Banda paulista Pervencer já chegou a abrir show do Evergrey em 2011

Quando se fala em Death Metal muita gente associa às bandas que pretendem tocar na velocidade da luz, ou então um som mais emético não passível à evoluções, nada contra estilos mais tradicionais ou mais rápidos do Death (que sou particularmente fã) ,mas quando surgem bandas que conseguem manter a essência aliada a novos experimentos, aí não há pescoço que agüente, por isso vamos destacar o poderoso trabalho da horda Pervencer.

Formada em 2006 por Ricardo Gallonetti (guitarra), Adriano Machado (baixo) e Fábio Amaro (bateria) em Sorocaba/SP, a banda passou pelas historias que 99% das bandas passam: mudanças de formação (nos vocais) e evoluções na proposta musical, até chegar no momento atual em um Death Metal técnico, que muitas vezes fazem ligações com o progressivo e até mesmo linhas do heavy tradicional. Pode soar muito estranho, mas imagine os momentos mais esporrentos do Krissiun, Nile aliados aos momentos progs do Dream Theater, ou seja, massacre perfeito.


UFOs, Death Metal, Progressivo, agressividade e técnica

Em 2009 saiu sua primeira demo "Labyrinth of Death", com Eduardo Gruska nos vocais, apenas 4 faixas mas já davam noção do que os caras estavam preparandom como hinos da destruição “Occult Faces", "Pervencer" e "Mythology".

Os anos se passaram e mais mudanças na formação confirmando aquela máxima “males que vem para o bem”, pois Tiago Sammael assume os vocais e deixa o som ainda mais extremo, com o baixo assumido por Nando Ferreira um monstro nas 4 ou seria 5 cordas?!

Time pronto e afiado, é hora do primeiro trabalho que vem na forma do EP “Extermination Is Right", demonstrando uma parte lírica original com destaques para a destruição da humanidade, guerras e ufologia, trazendo um pouco de influências do Hipocrisy. Infelizmente só 4 faixas, mas impossível não se impressionar com a pegada de “Destruction Of Your Body", "Hipocrisy", "The Real Nightmare" e "Disease".

Sendo assim, está aí o underground mostrando que não precisa “dos paga pau” (como diria o Claustrofobia) para se manter ativo e cada vez mais impressionante.


Texto: Harley

Revisão/edição: Eduardo Cadore

Fotos: divulgação


Formação

Fabio Amaro (Bateria)

Ricardo Gallonetti (Guitarra)

Tiago Sammael (Vocal)

Nando Ferreira (Baixo)

Tracklist do EP
1- Destruction of Your Body
2- Hypocrisy
3- The Real Nightmare
4- Disease

Myspace

No Youtube, clipe da música “Destruction of your body”

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Drunk Vision: Uma Grande Revelação Gaúcha/Catarinense


O nome Drunk Vision não é uma grande novidade para os bangers gaúchos e catarinenses, sendo que a banda possui integrantes de Capão da Canoa/RS e Florianópolis/SC.

Já falamos deles aqui no blog, pois seria a banda de abertura do Hangar, mas por alguns problemas da estrutura da casa acabou não se apresentando no evento que foi resenhado aqui no blog. Mas agora nosso foco é o trio que iniciou suas atividades em 2009 e tiveram uma grande idéia de colocar algumas músicas no Myspace e alcançaram um milhão de acessos, ou seja, os caras são muitos bons e já tá na hora de conseguir destaque nacional.

Mas se engana quem pensa que os caras tão só de boa colhendo os frutos do sucesso, pois após esse boom repentino a banda reformulou suas músicas e lançou de forma independente o excelente “Day After” (2011) e, ai amigo, quando você começa ouvir o CD você vai correndo direto para ver o encarte e ver se são apenas 3 caras (DV, Rafa e Caio) mesmos que fazem essa hecatombe musical, onde vocais Death se misturam a pegadas muito técnicas e progressivas, o que atualmente é conhecido como Death Metal Progressivo.

Para quem vê o encarte, a capa e depois presta atenção nas letras, percebe que "Day After", se refere ao Álcool e como o mesmo consegue distorcer nossa noção de realidade e como o dia seguinte pode ser denso (leia-se ressaca, rsrsrsrs).

Trio do sul do Brasil se destacando bastante na cena brasileira


Além das velhas conhecidas do Myspace, o Drunk Vision também acrescentou faixas inéditas ao repertório - tem até uma versão acústica para a faixa-título que, para o meu assombro, ficou muito legal. Perdeu sim a agressividade, mas ganhou em melodia, sendo que é notável o brilhantismo nos acabamentos e até o uso correto de experimentações, nada de extravagâncias eletrônicas, por exemplo (aprende Morbid Angel), tudo com uma evidente atenção aos detalhes e sem medo de experimentar.

Apontar influências é complicado já que os caras se esmeram, mas algumas notas lembram o Metal de Gotemburgo como Dark Tranquility, já que o Diego usa vocais mais limpos de forma muito inteligente e Arch Enemy (antigo). Rafael também ficou nacionalmente conhecido por ter ganhado o concurso Hangar Day, promovido pela banda de Aquiles Priester e que o selecionou como o melhor para tocar junto com a banda.

Não deixe de ouvir sons como: “Self Burning Machine", "Endless Nights" e "Why Not? Drunk vision" e tenha certeza que, se os caras continuarem assim, prepare os seus pescoços headbangers.

Texto: Harley

Revisão/edição: Eduardo Cadore

Fotos: Divulgação

Contato
Site Oficial


Formação:
D.V. (Voz e Baixo)
Caio Corrêa (Guitarra)
Rafael Dachary (Bateria)

Tracklist

01. Self Burning Machine
02. Yellow Light
03. Sober Times
04. Endless Nights
05. Drunk Vision
06. What Would You Do?
07. Day After
08. Forgotten Cluster
09. Why Not?
10. Homecoming (Day After pt.2)
11. Outlaw Land
12. Day After (Acoustic Version)

Ah! Deixei para o final: a banda liberou o download do CD no link, ou seja, sem desculpas para conhecer o trabalho dos caras.

Clip "Self Burning Machine"

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Clássicos: The Fragile Art of Existence - A Derradeira Obra Prima de Chuck Schuldiner



Qualquer trabalho associado a Chuck Schunilder, tanto no Death quanto no Control Denied, já tem o mérito de ter sido concebido a partir de uma das mentes mais geniais da história do Metal.

A exaltação que vemos ao nome do guitarrista/vocalista do Death, banda responsável pelo estabelecimento de um estilo de Metal, não é apenas devido a sua trágica morte por câncer. Da sua mente e experiência, brotaram grandes e clássicos discos de Metal Extremo.

O Mestre empunhando sua guitarra: riffs e letras cortantes!

Mas talvez nenhuma obra assinada por ele seja tão especial quanto o primeiro e único disco do Control Denied, sua última banda.

Composto e gravado após Chuck descobrir que estava com câncer, “The Fragile Art of Existence” (1999) é sua última obra completa lançada (confira aqui no Road a volta do Control Denied neste ano) e, não a toa, sua masterpiece (peça máxima, mestre).

No extremo da união do Death Metal com o Metal Progressivo, aliado a música clássica, esse álbum contou com Tim Aymar (vocal, Pharaoh), Richard Christy (bateria, Death, Iced Earth, Charred Walls of the Damned), Steve DiGiorgio (baixo, Death, Iced Earth, Charred Walls of the Damned, Testament) e Shannon Hamm (guitarra, Death).

A sonoridade está bem menos agressiva e pesada que na sua banda anterior. Podemos considerar o álbum um trabalho de Prog Metal, mas que flerta nos riffs característicos do Death Metal em certos momentos

Além de uma das mais belas e intrigantes capas já feitas, um dos elementos essenciais e que são até mesmo o ponto alto do disco são as letras.

O quinteto responsável por um dos discos mais marcantes do Metal

Como dito, Schunilder enfrentava um câncer. A situação iminente de morte (já que câncer não é totalmente curável), aliado ao interesse pela temática “morte” (afinal, o nome da sua lendária banda é Death), fizeram com que o debut do Control Denied trouxesse reflexões acerca da vida e da morte, de forma bem existencialista e com passagens que remetem ao filósofo alemão Friedrich Nietzsche (século XIX).

Chuck escreveu em “Expect the Unexpected”:

“E quando a vida parece completa,

Ele vem e nos derruba,

O elemento surpresa

O vingativo ataque!

Por trás de você o colocará,

Em um estado de deja-vu

Aqui vem ele mais uma vez

Mostrando sua terrível face”.



Tamanha genialidade em poucas palavras só poderia vir de alguém que vive na arte da vida e está passando pela morte iminente. Chuck conseguiu, com esse disco, mais do que nunca, criar ordem a partir do caos, já que sua vida desmoronava diante do câncer, mas ao mesmo tempo se descobria humano e potente.


Como forma de celebrar o retorno da banda (para realizar o sonho de Chuck de terminar o segundo álbum) e os 12 anos do trabalho inicial, o disco foi relançado em uma versão tripla.


No primeiro CD, temos o álbum como já o conhecemos. No CD 2 e 3 temos gravações demos das canções do álbum, ora em verso diferenciadas, sem vocais, ou com arranjos distintos, o que deixa claro com que esmero o último trabalho em vida de Chuck foi criado.


A luxuosa edição é o mínimo que essa mente revolucionária do Metal merece. Se ele possui uma consciência após a morte ou não, pouco importa. Afinal, é por aquilo que fez em vida que para sempre será lembrado.


O vocalista Tim Aymar (esquerda) com Chuck Schulnider


Munido de companheiros de grande habilidade e criatividade, Chuck nos brindou com apenas oito faixas, mas que, ao longo dos menos de 45 minutos ao total, nos fazem refletir sobre a morte, a vida, enquanto curtimos riffs empolgadíssimos, vocais singulares, bateria com quebra de ritmos muito longe do clichê e baixo destacado.


Músicas como a já citada “Expect the Unexpected”, “The Fragile Art of Existence”, “When the Link Becomes Missing” e “Consumed” (que abre o disco) fazem da obra algo sem precedentes na história do Metal.

Pesquisando sobre o disco há alguns meses atrás, percebi que, embora um grande trabalho, muitos são os que criticam o disco, sobretudo por este apresentar um som menos pesado e agressivo, voltado ao Metal Progressivo.


Aí me questiono: qual o sentido de Chuck ter montado esse projeto e dado um tempo no Death, se o objetivo fosse fazer um som semelhante? Particularmente respeito muito a sonoridade do Death, mas diante de uma obra-prima como “The Fragile Art of Existence” (perfeita em tudo, nas letras, música, arte, filosofia, etc), fica difícil não adora-lo como o maior e mais completo álbum da carreira do guitarrista, bem como um dos melhores discos da década de 90, entre todos os gêneros.


Como já noticiado, o restante da banda pretende dar continuidade ao trabalho do Control denied, finalizando composições deixadas por Schulnider, encerrando definitivamente e, esperamos, à altura, o valor artístico e revolucionário do Mestre Chuck!


Stay on the Road


Texto: Eduardo “EddieHead” Cadore

Fotos: Divulgação


Ficha Técnica

Banda: Control Denied

Álbum: The Fragile Art of Existence

Ano: 1999 (relançado em 2011)

País: EUA

Tipo: Metal Progressivo/Death


Formação

Chuck Schuldiner (Guitarra)

Tim Aymar (Vocal)
Shannon Hamm (Guitarra)
Steve DiGiorgio (Baixo)
Richard Christy (Bateria)


A nova edição em formato digipak triplo: limitada a 1000 cópias apenas!

Tracklist

1. Consumed
2. Breaking the Broken
3. Expect the Unexpected
4. What if.?
5. When the Link Becomes Missing
6. Believe
7. Cut Down
8. The Fragile Art of Existence


Site em Memória ao guitarrista

http://www.emptywords.org/

Ouça a música “Expect the Unexpected”

http://www.youtube.com/watch?v=anczqsRxgik

Veja o vocalista cantando músicas da banda

“Consumed” http://www.youtube.com/watch?v=_Ch5-GGX1Jw

“Expect the Unexpected” http://www.youtube.com/watch?v=6eKMywQF5xM&feature=fvsr

Saiba mais sobre o relançamento

http://www.metalized.ca/content/controldenied-thefragileartofexistence-3cd-remastereddigipak-2010-amrc

sábado, 14 de maio de 2011

Coral de Espíritos: Quando o Death Metal Encontra a Virtuose

Banda é uma das grandes forças do Metal brasiliense

Caros leitores do Road to Metal, o que o nome Chuck Schuldner te lembra? Caso você tenha aberto um belo sorriso no rosto (assim como eu), não pode deixar de ouvir o álbum de estréia da banda Coral de Espiritos “Wisper of Dead Ligth”. Pois a nostalgia, e principalmente o orgulho, de termos uma banda tão poderosa quanto essa no nosso undeground vai invadir seus ouvidos.

A banda foi formada no ano de 2002 pelos irmãos Diego e Daniel Moscardini, mas o que mais chama a atenção é a qualidade de suas composições que exploram um caminho pouco habitual nas bandas brasileiras o Death Metal extremamente técnico e com altas doses de musica clássica e até mesmo erudita.

Pois bem. O trabalho em si é uma das melhores coisas que eu ouvi no Death nacional atualmente, pois os caras tiveram a manha de não ser um pseudo Krisiun ou então de fazer Death técnico sem emoção, pois o negócio aqui é violento, mas extremamente melódico, por mais que isso soe paradoxal.

Antes de falar das faixas em si, vale um adendo para a arte gráfica (que você pode ver ai em cima) e principalmente para as letras dos caras que exploram temáticas conhecidas no Death Metal, mas com forte doses de personalidade, mostrando que não há mais desculpas para as bandas brasileiras, já que vai vencer quem tem garra e talento.

Mas nada disso adiantaria se as músicas em si fossem fracas, mas é só o CD começar que o bicho pega. Fica até injusto apontar uma faixa de destaque, mas tente acompanhar os massacrantes pedais duplos de “Reborn Through the Sorrow” ou a agressividade de “Tales From the Endless Sea”, mas principalmente não deixe de ouvir a faixa quatro, “Dirty and Human”, pois é uma das músicas que mais definem a proposta dos caras e tem uma melodia inicial no mínimo emocionante.

O único porém desse trabalho é o fato de ter apenas 7 músicas e parece que acaba rápido, sendo que você se vê obrigado a correr para o radio e apertar o botão repeat.

Pois bem bangers, essa é uma banda pronta que só não vai crescer na cena por alguma catástrofe, porque o som aqui coloca muitas bandas gringas no chinelo.

Vamos apoiar o Metal nacional que a tendência é só melhorar. Tá aí o Coral de Espíritos que não me deixa mentir.


Texto: Harley

Revisão: Eduardo “EddieHead” Cadore

Fotos: Divulgação


Ficha Técnica

Banda: Coral de Espíritos

Álbum: Whisper of Dead Light

Ano: 2010

Tipo: Death Metal Técnico

País: Brasil


Formação

Diego Moscardini (Vocal e Guitarra)

Victor Hormidas (Guitarra)

Daniel Moscardini (Bateria)

Eduardo Stefano (Baixo)

Tracklist

1. Reborn through the Sorrow

2. Tales from the Endless Sea

3. Quoth the Raven Nevermore

4. Dirty and Human

5. All These Years

6. Leaf in the Wind of Fall

7. Front Platoon


Myspace oficial www.myspace.com/coraldeespiritos

Last FM http://www.lastfm.com.br/music/Coral+De+Esp%C3%ADritos

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Para Fechar o Legado de Chuck Schuldiner: Control Denied Volta e Ressuscita a Mente do Death

Uma das maiores mentes da história do Metal, criadora do estilo Death Metal e que infelizmente foi levada daqui pelo câncer, será novamente honrada. Mas não será apenas mais um tributo a Chuck Schuldiner, guitarrista que fez história com o Death e que dedicou seus últimos trabalhos à banda Control Denied. O restante da banda, exatos 9 anos após a morte de Chuck, anunciou que voltará com novo álbum para este ano de 2011!

Tudo bem, você pode até pensar “de que adianta, se Chuck está morto?!”. Concordaria com tal pensamento se não soubesse que o segundo e provavelmente último disco da banda trará composições originais de Chuck! Isso mesmo, 9 anos após sua trágica morte, a lendária mente estará presente nesta última grande homenagem para encerrar seu legado.

Me diga algum nome além de Chuck, Dio, Dimmebag que poderia ter composições suas, nunca antes vistas, ressuscitadas em pleno 2011? Algo sem tamanho para os fãs do músico.

O debut album da banda (precedido apenas por uma demo) foi o simplesmente perfeito e revolucionário “The Fragile Art of Existence” (sobre o qual você conferirá uma resenha especial aqui em breve). Lançado em 1999, o disco foi o último trabalho de Chuck, que viria a falecer dois anos depois, após uma longa luta contra um tumor no cérebro.

Os integrantes remanescentes Tim Aymar (vocal, Pharaoh), Richard Christy (bateria, Death, Iced Earth, Charred Walls of the Damned), Steve DiGiorgio (baixo, Death, Iced Earth, Charred Walls of the Damned, Testament) e Shannon Hamm (guitarra, Death) darão vida ao álbum “When Machine and Man Collide”, ainda este ano.

A banda contou que cerca de 75% do material já havia sido criado por Chuck e que a gravação e o lançamento deste trabalho teria sido um de seus últimos desejos, tendo ele já consciência da tamanha maestria que estava compondo.

O guitarrista havia assinado contrato com a gravadora da época para lançar o álbum. Porém, após sua morte, a família do músico entrou, em 2004, com ação proibindo o lançamento do material (ameaçando disponibilizar gratuitamente na net as versões demo) e que seria chamado “Zero Tolerance”. Entretanto, no mesmo ano, seus parentes voltaram atrás e resolveram “liberar” o material para que o último desejo do artista fosse respeitado, mas desde que a banda terminasse o álbum e que este levasse o nome que fora escolhido pelo guitarrista: “When Machine and Man Collide”.

No entanto, levou alguns anos ainda para que os demais membros pudessem ficar livres para finalizarem e gravarem o novo disco. Segundo entrevistas e comunicados dos integrantes, a hora é essa, embora ainda sem data definida.

Outro fator que serviu para que se pensasse seriamente em gravar o álbum foi a volta do batera Christy à música, já que o cara desde 2004 se dedicava exclusivamente à comédia no famoso programa norte-americano “Howard Stern Show”.

Como os demais integrantes possuem suas bandas (Christy, por exemplo, finalmente toca numa banda em que compõe), provavelmente “When Machine and Man Collide” seja o derradeiro álbum do Control Denied e fechará com chave de ouro a passagem de Chuck Schuldiner pelo planeta Terra.


Stay on the Road

Texto: EddieHead

Revisão do texto: Yuri Simões

Fotos: Divulgação

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Amorphis: Finalmente Ao Vivo



Um dos grupos mais bem sucedidos da Finlândia comemorou 20 anos de história em 2010. Tanto com a regravação de alguns clássicos em estúdio com o álbum comemorativo “Magic & Mayhem – Tales From The Early Years” (2010), quanto com o DVD/CD “Forging the Land of Thousand Lakes” (2010) (primeiro da banda), a Amorphis mostra porque é um dos grupos mais queridos, não apenas lá, mas especialmente na gélida Finlândia.



Como devem saber, a Finlândia é um dos países que o Metal tem realmente vez nas vendagens, não sendo incomum as bandas de lá apontarem como as que mais vendem dentre todos os estilos de música que por lá são produzidos. Um país com tamanha cultura no Metal é algo de se admirar e invejar.

E a Amorphis é uma dessas bandas que ora ganha menção honrosa, ora disco de ouro pela vendagem de algum trabalho seu, além de figurar nas paradas durante semanas com seus lançamentos.



Atualmente formado pelos fundadores Esa Holopaianen (guitarra solo), Tomi Koivusaari (guitarra base) e Jan Rechberger (bateria), o vocalista Tomi Joutsen, o baixista Niclas Etelävuori e o tecladista Santeri Kallio, a banda consolidou tal formação em 2005 e está em estúdio gravando o sucessor do aclamado “Skyforger” (2009) a ser lançado ano que vem.

Aqui quero falar do disco/DVD ao vivo citado, que remete ao título do segundo álbum da banda “Tales From the Thousands Lakes” (1994). Amorphis, caracterizada por um som entre o Prog Metal, o Folk e o Death (este menos evidente, embora seja a sonoridade inicial da banda), é espetacular. Suas duas décadas de história deveriam dispensar apresentações, mas infelizmente ainda há muita gente que não caiu nas graças desse grupo finlandês.



O álbum é dividido em dois CDs (o DVD também, contando com mais material e é o que nos referiremos aqui como base). No primeiro, consta a gravação no show em Oulu realizado em 2009. São 16 faixas ao vivo que também foram gravadas em vídeo e constam no DVD.

Dando um panorama geral na carreira, há bastante destaque para as novas composições, especialmente do álbum “Skyforger” (2009). A interação com o público e a produção do disco nos colocam dentro de um show do grupo, com o som do público não muito alto e a técnica dos músicos evidenciando a qualidade desse primeiro ao vivo da banda.



Destaques para “Silver Bride”, “Sampo”, “The Castaway”, “Alone” e “Sky is Mine”.

O segundo disco conta com a participação do Amorphis no Summer Breeze Open Air 2009 (também presente no DVD) e não apresenta novidades em relação ao primeiro, executando as mesmas músicas, embora em menor número.



Mas o que o segundo CD/DVD traz de interessante são as regravações em estúdio (que no DVD são videoclipes). São sete músicas com a atual formação, além de “raridades” como a música “My Kantele” e uma entrevista no programa Jyrki TV Show em 1996.

Já estava mais do que na hora de termos um trabalho ao vivo do Amorphis, grupo que preza pelas composições bem construídas, com feeling e peso, criando uma sonoridade que só oriunda da Finlândia para ter tamanha qualidade.

Stay on the Road

Texto: EddieHead

Revisão Ortográfica: Mr. Gomelli

Fotos: Denis Goria, A. Ibragimov, S. Ivanova

Ficha Técnica

Banda: Amorphis
Álbum: Forging the Land of Thousand Lakes (DVD/CD ao vivo)
Ano: 2010
País: Finlândia
Tipo: Prog Metal/Doom Metal

Formação

Esa Holopaianen (Guitarra)
Tomi Koivusaari (Guitarra)
Jan Rechberger (Bateria)
Tomi Joutsen (Vocal)
Niclas Etelävuori (Baixo)
Santeri Kallio (Teclados)



Tracklist DVD 1

01. Silver Bride
02. Sampo
03. Towards And Against
04. The Castaway
05. Smithereens / The Smoke
06. Majestic Beast
07. Alone
08. Silent Waters
09. Divinity
10. Elegy Medley
(Against Widows / Cares / On Rich And Poor)
11. From The Heaven Of My Heart
12. Sky Is Mine
13. Magic And Mayhem / Black Winter Day
14. Sign From The North Side
15. House Of Sleep
16. My Kantele

Tracklist DVD 2

01. Leaves Scars
02. Towards And Against
03. From The Heaven Of My Heart
04. Against Widows
05. The Castaway
06. Sampo
07. Silver Bride
08. Alone
09. The Smoke
10. My Kantele
11. House Of Sleep
12. Magic And Mayhem
13. Black Winter Day
14. My Kantele
15. Against Widows
16. Divinity
17. Alone
18. Evil Inside
19. House Of Sleep
20. The Smoke
21. Silent Waters
22. Silver Bride
23. From The Heaven Of My Heart
23. My Kantele (Jyrki TV show, 1996)
24. Interview (Jyrki TV show, 1996)

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