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domingo, 3 de novembro de 2019

Entrevista - Hellish War: "Nada Mais do Que Metal..."



Com mais de duas décadas de estrada o Hellish War segue firme em seu propósito, desde a criação da banda, que é fazer Heavy Metal à maneira clássica. Nessa caminhada já são 4 álbuns de estúdio, um ao vivo (com gravações de sua tour na Alemanha), duas viagens ao velho mundo, onde ampliou sua base de fãs, mudanças de formação, um pequeno hiato e outras dificuldades dessa batalha que é fazer arte, música e principalmente Metal.  (English Version)

Conversamos com o baixista JR para falar um pouco dessa história, e principalmente sobre o novo álbum, "Wine of Gods", que já está disponível em formato físico e digital, e ainda vai receber uma edição limitada em LP, que será lançada pela gravadora Abigail Records. Confira!


RtM: O Hellish War foi formado numa época que o mercado musical estava mudando, os anos 90, algumas bandas tentaram inclusive mudar o estilo para se encaixar no mercado, mas em contrapartida surgiram novos nomes, inclusive um revival do Metal dos anos 80, usando o termo “True Metal”, com nomes como o Hammerfall, e o próprio Hellish War aqui. Um movimento que renovou e recuperou aquela sonoridade do Heavy Metal 80’s. Gostaria que você comentasse a respeito disso, e sobre como você vê o espaço no cenário hoje para as bandas que seguem essa linha mais 80’s?
JR - Acredito que tem espaço para todo mundo. Obviamente algumas modas vão e vem, alguns estilos ora em alta tendem a cair na semana seguinte e assim por diante. Este lance do revival chega a ser engraçado, pois nosso principal compositor nasceu na década de 70 e viveu a aura dos anos 80 in loco. Então mais do que normal que essa influência se refletisse nas composições. Entendo o ponto jornalístico da questão, mas pra nós, isso nada mais é do que Metal. Metal que nós ouvimos e curtimos no dia a dia. É nosso background e influência, o revival quem faz geralmente são os fãs e a mídia em geral.



RtM: Para este novo álbum vocês contaram com apoio importante, com financiamento pelo Proac Editais, o que certamente, devido as dificuldades para uma banda brasileira poder investir, é uma saída muito interessante, para seguir lançando novo material, podendo investir mais na produção, consequentemente podendo ser mais competitivo. Gostaria que vocês comentassem a respeito desse apoio e o que mais isso trouxe e poderá trazer de resultado.
JR -  O PROAC foi uma porta gigantesca para tentarmos um novo approach. É legal ver que uma banda de Metal, do underground nacional foi contemplada com este projeto. Mostra que de certa forma ainda existe abertura para a cultura, seja ela qual for. Foi muito importante termos este apoio e isso acrescenta e muito para a história do Hellish War. A liberdade financeira foi essencial neste projeto, além de ter ajudado no nosso ego. A auto estima foi lá em cima.

RtM: Algo que achei muito interessante é a contrapartida ao projeto que a banda dará, que são as realizações de oficinas musicais. Ou seja, o estado investiu em cultura, e a população recebe também o retorno. Inclusive o Show de lançamento também é com entrada franca não é? Então, é muito importante tudo isso, pois muitos parecem não ver o Heavy Metal como algo que mereça um investimento maior por parte de órgãos de incentivo à cultura. Gostaria que vocês comentassem a respeito.
JR- Sim, fizemos três shows de forma gratuita. É muito legal isso, pois, acabamos por alcançar pessoas que não são do metal e até sendo possível melhorar a imagem do estilo perante a sociedade em geral. Em nossos shows abertos ao público sempre tem crianças, famílias inteiras. Esta contrapartida é essencial para disseminarmos a cultura, e sendo uma cultura que vivemos e respiramos, melhor ainda. 


RtM: E com relação à produção de “Wine of Gods” e aos trabalhos anteriores, visto o apoio com o financiamento, acredito que vocês conseguiram dispor de mais recursos, mais alternativas e mais tempo para a produção. Poderia nos destacar as principais diferenças da produção deste álbum para os anteriores?
JR - A diferença principal foi a verba mesmo, porque tempo não tivemos. O projeto tinha um deadline bem menor do que estamos acostumados a trabalhar, então foi bem tenso o processo de composição e gravação. Mas com a verba, foi possível avaliarmos mais de um produtor, mais de uma forma de lançar, etc.

RtM: “Wine of Gods” com certeza será apontado por muitos como o melhor trabalho da banda, trazendo composições muito fortes e bem trabalhadas, e claro, produção cristalina. Gostaria que vocês comentassem a respeito do processo de composição, inclusive vocês se isolaram em um sítio durante o processo não é?
JR - Sim, nos isolamos por alguns dias em um sítio no interior. Foi legal termos este espaço, longe dos problemas corriqueiros do dia a dia. Longe de trabalho, família, etc. A criatividade flui. Tínhamos a aparelhagem ligada o tempo todo, então era só chegar e tocar a qualquer momento. Cansou? Era só dar um pulo na piscina, fazer um churrasco. Nossa composição segue uma linha uniforme em todos os álbuns, o Vulcano e o Job geralmente apresentam as ideias e vamos lapidando com a banda toda. Com o lance do sitio isso aflorou, e até eu que nunca compus nada acabei assinando uma das músicas.

RtM: Um dos destaques, que inclusive teve um lyric-video lançado recentemente, é “Warbringer”, que traz como convidado Chris Botendahl (Grave Digger), gostaria que vocês nos contassem mais a respeito de como surgiu essa ideia e oportunidade de convidá-lo, e que critério foi usado para decidir em qual faixa iriam utilizá-lo?
JR - Tínhamos a ideia de convidar alguém do Metal. Fizemos a lista dos que mais gostamos e entramos em contato. Tinham alguns outros, mas o Chris foi muito simpático e prestativo desde o início. Mostrou interesse e respondeu quase de imediato. A escolha da música foi bem óbvia pra gente, este som tem a cara dele e já imaginávamos ele cantando. Mas ele fez um trabalho excelente e contribuiu muito pro som. Somos muito fãs de Grave Digger, é uma realização ter ele no álbum.


RtM: Uma das grandes dificuldades é o espaço para shows, ainda mais em um país enorme como o nosso, aliadas a dificuldades econômicas. Na sua visão, o que pode ser feito para termos melhorias nesse sentido?
JR - Olha, são tantos anos na estrada e respondi tanto sobre esse assunto que já nem sei mais por onde ir. Mas, sendo objetivo, acredito que falte incentivo mesmo. Dinheiro é o que gira o mundo e se não nos unirmos para prestigiar as bandas nacionais que aparecessem por aí, dificilmente este cenário irá mudar. O incentivo de um projeto estadual mostra que a realidade pode ser alterada, temos que levar isso para a cena como um todo também.

RtM: E suas expectativas para shows no Brasil e também expectativas de novamente um trabalho da banda ser lançado por um selo estrangeiro, além de voltar para uma tour maior na Europa, um dos grandes mercados do Heavy Metal?
JR - Para o Brasil já fizemos três shows de lançamento, como parte do projeto para o Proac: Sorocaba, Santos e Campinas. Os demais serão divulgados em breve. Tem coisa legal vindo por aí, o Hellish irá quebrar algumas barreiras daqui pra 2020. Quanto a Europa, o álbum sairá em vinil pela Abigail Records de Portugal e estamos procurando parceiros para lançar o disco lá. O mesmo vale para um nova tour por lá. Nada definido, mas está no nosso radar.

RtM: Obrigado pela atenção! Espero vê-los conquistando mais reconhecimento, e também ver um show da banda aqui no RS ano que vem. Fica o espaço para sua mensagem aos leitores.
JR - Seria um prazer irmos para o RS. Só falta o convite!! Quero agradecer pelo espaço concedido e agradecer a todos os leitores e fãs da banda! Ouçam o novo álbum, sigam nossas redes sociais, compartilhem com os amigos e em breve nos vemos na estrada!!

Entrevista: Carlos Garcia
Fotos: Divulgação

Line-Up:
Bill Martins: Vocals
Vulcano: Guitar
Daniel Job: Guitar
JR: Bass

Daniel Person: Drums

Agradecimentos: Som do Darma

Discografia:
Defender of Metal - 2001
Heroes of Tomorrow – 2008
Live in Germany - 2010
Keep It Hellish - 2013
Wine Of Gods - 2019


       



       

Interview - Hellish War: Nothing but Metal



With more than two decades on the road the brazilian band Hellish War has been steadfast in their purpose, since the band's creation in 1995, which is to do Heavy Metal in the classic way. In this walk are already 4 studio albums, one live (with recordings of their tour in Germany), two tours over Europe, where they expanded their fan base. The band had lineup changes, a small hiatus and other difficulties of this battle that is making art, music and especially Metal music. 

But after that hiatus, they returned with batteries recharged, and the new album, "Wine of Gods", came full of energy, with ten new Heavy Metal missiles, receiving a lot of praise, including from the legendary Chris Botendahl (Grave Digger).  (VERSÃO EM PORTUGUÊS)

We have talked to bassist JR to tell us a little about this history, and especially about the new album, which is already available in physical and digital format, and will still receive a limited edition in LP, which will be released by the label Abigail Records. Check out!


RtM: Hellish War was formed at a time when the music market was changing, the 1990s, some bands even tried to change their style to fit the market, but in contrast new names came up, including an 80's Metal revival, using the term "True Metal", with names like Hammerfall, and Hellish War itself here. A movement that renewed and regained that heavy metal 80's sound. I would like you to comment on this, and how do you see the space on the scene today for bands that follow this 80 plus line?
JR - I believe there is room for everyone. Obviously some fads come and go, some up-and-coming styles tend to fall the following week and so on. This revival move is funny because our main composer was born in the 70's and lived the 80's aura. So more than normal that this influence was reflected in the compositions. I understand the journalistic point of the matter, but for us, this is nothing but Metal. Metal that we listen to and enjoy on a daily basis. It's our background and influence, the revival we usually do is the fans and the media in general.


RtM: For this new album you had important support, with funding by Proac (a program that gives support to culture, from State of SP), which certainly, due to the difficulties for a Brazilian band to invest, is a very interesting way out, to continue releasing new material, being able to invest more in production, consequently it may be more competitive. I would like you to comment on this support and what else it has brought and could bring about.
JR - PROAC was a huge door for us to try a new approach. It's nice to see that a metal band from the national underground was awarded this project. It shows that in some ways there is still openness to culture, whatever it may be. It was very important to have this support and that adds a lot to the history of Hellish War. Financial freedom was essential in this project, as well as helping our ego. Self esteem was up there.


RtM: Something that I found very interesting is the counterpart to the project that the band will give, which are the accomplishments of music workshops. That is, the state has invested in culture, and the population also receives the return. Even the launching show is also free, right? So, all of this is very important, as many do not seem to see Heavy Metal as deserving a larger investment by cultural incentive agencies. I would like you to comment on this.
JR- Yes, we did three shows for free. This is very cool, because we eventually reach non-metal people and it is even possible to improve the image of the style before society in general. In our shows open to the public there are always children, whole families. This counterpart is essential for spreading the culture, and being a culture we live and breathe, even better.


RtM: And with regard to the production of “Wine of Gods” and previous works, given the support with the funding, I believe you have more resources, more alternatives and more time for production. Could you highlight the main differences in the production of this album to previous ones?
JR - The main difference was the money, because we didn't have time. The project had a much shorter deadline than we're used to working on, so the writing and recording process was pretty tense. But with the money, it was possible to evaluate more than one producer, more than one way to launch, etc.


RtM: “Wine of Gods” will surely be pointed by many as the best work of the band, bringing very strong and well crafted compositions, and of course, crystal clear production. I would like you to comment about the composition process, including part of it held on a small farm during the process, is not it?
JR - Yes, we are isolated for a few days in a place, a little farm far from the city. It was nice to have this space, away from the usual problems of everyday life. Far from work, family, etc. Creativity flows. We had the stereo on all the time, so just get in and play anytime. Tired? Just jump in the pool, have a barbecue. Our composition follows a uniform line in all albums, Vulcano and Job usually present the ideas and we cut with the whole band. With the bid of the farm this came up, and even I who never composed anything ended up signing one of the songs.


RtM: One of the highlights, which even had a recently released lyric-video, is “Warbringer”, which features Chris Botendahl (Grave Digger) as a guest. I would like you to tell us more about how this idea and opportunity to invite Chris came up, and what criteria was used to decide which track to use it?
JR - We had the idea of ​​inviting someone from Metal. We made the list of the ones we like best and get in touch. There were a few others, but Chris was very friendly and helpful from the start. He showed interest and responded almost immediately. The choice of the song was very obvious to us, the song "Warbringer" has his face and we already imagined him singing. But he did an excellent job and contributed a lot to the sound. We are very fans of Grave Digger, it is a real accomplishment to have him on the album.


RtM: One of the biggest difficulties in Brazil is the space for shows, especially in a huge country like ours, coupled with economic difficulties. What do you think can be done to make improvements in this regard?
JR - Look, it's been so many years on the road and I answered so much on this subject that I don't know where to go anymore. But, being objective, I believe that it really lacks incentive. Money is what turns the world around and if we don't come together to honor the national bands that appear around, this scenario is unlikely to change. The encouragement of a state project shows that reality can be changed, we have to take it to the scene as well.


RtM: What about your expectations for shows in Brazil and also expectations of again a band's work being released by a foreign label, besides returning to a bigger tour in Europe, one of the big Heavy Metal markets?
JR - For Brazil we have already done three release shows, as part of the project for Proac: Sorocaba, Santos and Campinas. The others will be released soon. There's cool stuff coming around, Hellish will break some barriers from now on by 2020. As for Europe, the album will be released on vinyl by Abigail Records from Portugal and we're looking for partners to release the album there. The same goes for a new tour there. Nothing definite, but it's on our radar.


RtM: Thank you for your attention! I hope to see them gaining more recognition, and also see a band show here in Rio Grande do Sul next year. 
JR - It would be a pleasure to go to RS. Just missing the invitation !! I want to thank you for your space and thank all the readers and fans of the band! Listen to the new album, follow our social networks, share with friends and see you soon on the road !!


Interview: By Carlos Garcia
Photos: Suzy dos Santos (Som do Darma)

Line-Up:
Bill Martins: Vocals
Vulcano: Guitar
Daniel Job: Guitar
JR: Bass
Daniel Person: Drums

Discography:
Defender of Metal - 2001
Heroes of Tomorrow – 2008
Live in Germany - 2010
Keep It Hellish - 2013
Wine Of Gods - 2019



More info:

       


       

       

sábado, 2 de novembro de 2019

Hellish War: O Vigor do Heavy Metal Clássico


São mais de duas décadas dedicadas ao Heavy Metal clássico, com muita luta, superação, conquistas, 3 álbuns de estúdio e um ao vivo, 2 tours na europa, e até um breve hiato, mas o Hellish War recarregou as forças e após relançamentos especiais, como o comemorativo de 15 anos do primeiro álbum - "Defender of Metal" (2001),  encontrou um novo caminho para viabilizar a gravação do seu quarto trabalho, "Wine of Gods", que foi financiado por um programa de investimento da secretária de cultura de SP.

A banda então teve tranquilidade e mais recursos para produzir o trabalho, e entregou um excelente álbum de Heavy Metal clássico, que segue a tradição de seus petardos anteriores.

"Wine of Gods" foi gravado em dois estúdios no estado de SP, Omni e Reverbera, e masterizado em Londres no Piccoli Studios. Uma peculiaridade foi o período de composição, que grande parte aconteceu em uma chácara na região de Campinas SP.

Esses fatores todos, mais o tempo sem lançar material inédito, parece terem deixado a banda ainda com mais gana, e "Wine of Gods" transparece essa energia, soando vigoroso.


O Metal clássico do grupo traz aqueles elementos imprescindíveis do estilo, e sempre presentes nos trabalhos do Hellish, como os riffs e refrãos marcantes, e as doses de melodia e agressividade.A parte lírica, aborda temas inspirados na história - como a inquisição e invasões napoleônicas, em "Tryal by Fire" e "Devin" - e temas atuais, como a depressão e a humanidade nos dias atuais, nas faixas "Burning Wings" e "The Wanderer".

Há vários momentos marcantes nas 10 novas faixas, e a música título, "Wine of Gods" dá uma excelente amostra, iniciando com muita melodia e ares épicos, para em seguida vir avassalador, soando como se uma cavalaria viesse em sua direção! Seu andamento mais cadenciado, pesado e com refrão grandioso já a tornam um novo hino da banda e obrigatório nos shows!

O andamento cadenciado e pesado, dosando com maestria a melodia e agressividade, também é a tônica em "Dawn of the Brave" e "Paradox Empire" (que possui uma alternância de climas mais calmos e agressivo que a deixa muito empolgante), assim como em "The Wanderer", que acompanha a faixa título no quesito "épico", destacando a cozinha trovejante.

Os riffs velozes de "Trial By Fire" são de tirar o fôlego, e as guitarras se destacam, no tradicional trabalho como gêmeas e nos solos alternados, a aura clássica dos 80 revigorada, por uma banda que é legítima no que faz.
Festa de lançamento na Central Panelaço, SP.
"Devin", que retrata a época das invasões napoleônicas, tem um clima épico em sua intro, riffs transpirando o clássico Heavy 80's, com alternância de andamentos e guitarras trabalhando as melodias, e um refrão marcante com corais, lembrando o Accept (que aliás, assim como muito do Heavy Metal alemão 80's, certamente é inspiração da banda).

A pegada 80's também aparece forte em "Falcon", e uma pegada mais Hard & Heavy na "Burning Wings"; "House on the Hill" é uma instrumental bem dinâmica e de variações interessantes, destacando o trabalho das guitarras gêmeas.

 E mais um dos grandes destaques, ao lado da faixa título, "Paradox Empire" e "Devin", neste ótimo trabalho, é "Warbringer", que traz como convidado a lenda Chris Boltendahl (Grave Digger). Speed Heavy Metal com agressividade e melodia, trazendo uma assinatura bem na linha da escola alemã do próprio Grave Digger, Running Wild e Accept.


Um excelente trabalho de Heavy Metal clássico, e creio ser o mais completo e maduro da banda, que usou muito bem os melhores recursos disponíveis para a produção. Esses caras poderiam estar pelo menos bem perto de um patamar de bandas contemporâneas suas, do mesmo estilo, como o Hammerfall, por exemplo. Vamos ver se o futuro repara essa injustiça. Altamente indicado para fãs de Heavy Metal clássico, principalmente da escola alemã dos 80's.

Texto: Carlos Garcia
Fotos: Divulgação

Ficha Técnica: 
Banda: Hellish War
Álbum: "Wine of Gods" 2019
Estilo: Heavy Metal Clássico
País: Brasil
Selo: Anti Posers Records
Line-Up:
Bill Martins: Vocais
Vulcano: Guitarra
Daniel Job: Guitarra
JR: Baixo
Daniel Person: Bateria

Tracklist:
Wine of Gods
Trial By Fire
Falcon
Dawn of the Brave
Devin
House on the Hill
Burning Wings
Warbringer
Paradox Empire
The Wanderer

       


       






terça-feira, 1 de agosto de 2017

Hellish War: 15 Anos de "Defender of Metal"



Comemorando os 15 anos do lançamento de "Defender o Metal" (2001, via Megahard Records), uma verdadeira gema do Metal Tradicional forjada no Brasil, o Hellish War traz um relançamento desse álbum, tão importante para a banda e querido pelos seus fãs por aqui e espalhados pelo mundo. Sim, "Defender o Metal" ganhou o coração de muitos fãs pelo mundo, pois, além das duas passagens do grupo pela Europa, o álbum foi lançado lá fora em 2009, além, claro, de ter chegado a mão de muitos através de importações e depois via internet.  (English Version)

Fundado em Campinas (SP) em 1995, foi com "Defender of Metal" que o Hellish War viu sua carreira chegar em outro patamar em termos de reconhecimento, e traz aquele Metal "oitentista", inspirado na cena inglesa e alemã (leia-se aí Maiden, Judas, Accept, Running Wild, Living Death e etc), em 11 faixas que transpiram honestidade e amor ao Heavy Metal. 

O disco virou um cult entre os fãs, destacando os Headbangers alemães, onde a banda excursionou e registrou o álbum ao vivo "Live in Germany", lançado em 2010 pela Hellion Records.

O Heavy Metal repleto de riffs e refrãos, alternando aquela pegada veloz do Speed Metal, principalmente da escola alemã, com outras passagens mais cadenciadas e os tradicionais riffs cavalgados, traz temas de amor ao Metal e histórias de guerreiros e batalhas, e nesse álbum, foram forjadas algumas músicas obrigatórias nos shows da banda, como a faixa título, "Defender of Metal", "We Are Living for the Metal" e "Gladiator", que são faixas velozes, mais diretas e carregadas de energia, e momentos mais épicos, como "Memories of a Metal", e seu andamento mais cadenciado.

Um álbum que soa cru, com um Heavy Metal tradicional tocado de maneira simples, mas com muita garra e paixão. O quinteto que gravou o álbum, ainda não sabia, mas estava criando ali, um pequeno tesouro do Metal nacional, e um item querido por fãs além das fronteiras das terras brasileiras, e que ainda segue sendo descoberto por muitos headbangers mais jovens.

Além desse relançamento e shows especiais, onde irão executar  "Defender of Metal" na íntegra, a banda, que deu uma pequena parada nas atividades, quer recuperar esse tempo, e também já vem compondo músicas para um novo álbum. Excelentes notícias para os fãs do Heavy Metal 80's!

Texto: Carlos Garcia
Fotos: Divulgação
AssessoriaSom do Darma

O relançamento foi dedicado a memória de Jayr Costa, falecido no início de 2015, baterista que gravou o álbum e fez parte da banda entre 1995-2001.

Line-Up que gravou o álbum:
Roger Hammer: Vocals
Vulcano: Guitars 
Daniel Job: Guitars
Gabriel Gostautas: Bass
Jayr Costa: Drums

Tracklist:
Into the Battle
Hellish War
We are Living for the Metal
Defender of Metal
The Sign
Gladiator
Into the Valhalla
Sacred Sword
Memories of a Metal
Feeling of Warriors
The Law of the Blade

Canais Oficiais:
Site Oficial

     


     

Hellish War: 15 Years of "Defender of Metal", a Brazilian Metal Gem


Celebrating the 15th anniversary of the release of "Defender o Metal" (2001, via Megahard Records), a true gem of Traditional Metal forged in Brazil, the band Hellish War brings a re-release of this album, so important for the band and loved by their fans around the world. Yes, "Defender of Metal" has won the hearts of many fans around the world,  in addition to the two passages of the group on Europe, the album was released in Germany in 2009, and of course, having reached in the hands of many Metalheads through imports and then via the internet.   (versão em português)

Founded in Campinas (SP) in 1995, it was with "Defender of Metal" that Hellish War saw his career reach another level in terms of recognition, and it brings that 80's Metal, inspired by the English and German scene (Maiden, Judas, Accept, Running Wild, Living Death and so on) in 11 tracks that exude honesty and love for Heavy Metal.

The album became a cult among the fans, highlighting the German Headbangers, where the band toured and recorded the live album "Live in Germany", released in 2010 by Hellion Records.

Heavy Metal filled with riffs and refrains, alternating with Speed ​​Metal's fast tracks, mainly from the German school, with other more rhythmic passages and traditional galloping riffs. The lyrics brought themes of love to Metal and stories of warriors and battles, and in this album, a few obligatory songs on the band's shows, such as the title track "Defender of Metal", "We Are Living for the Metal" and "Gladiator", which are fast, more straight and energic tracks, besides more epic moments , such as "Memories of a Metal", and its more slow tempo.

An album that sounds raw, with a traditional Heavy Metal played simply but with a lot of passion. The quintet that recorded the album, did not know yet, but were creating there, a small treasure of the Brazilian Metal, and a wanted item by fans beyond the borders of the Brazilian lands, and it continues being discovered by many young headbangers.

In addition to this re-release, the band are booking special shows, where they will perform "Defender of Metal" in full, the band. After a hiatus in the activities, the band want to recover this time, and also have been composing songs for a new album. Great news for 80's Heavy Metal fans!

Text: Carlos Garcia
Management: Som do Darma

The re-release was dedicated to the memory of Jayr Costa,  drummer who recorded the album and was part of the band between 1995-2001, who died in early 2015.

Line-Up who recorded the album:
Roger Hammer: Vocals
Vulcano: Guitars 
Daniel Job: Guitars
Gabriel Gostautas: Bass
Jayr Costa: Drums

Tracklist:
Into the Battle
Hellish War
We are Living for the Metal
Defender of Metal
The Sign
Gladiator
Into the Valhalla
Sacred Sword
Memories of a Metal
Feeling of Warriors
The Law of the Blade

More Hellish War:
Site Oficial

     


     

terça-feira, 8 de outubro de 2013

Hellish War: Guerreiro Nacional Puro Heavy Metal

"Keep It Hellish" vem para marcar a trajetória da tradicional banda brasileira

A banda paulista Hellish War é a prova que contra o Heavy Metal, ninguém pode. Apesar dos percalços do underground e do pouco material lançado em muitos anos de carreira, o grupo está mais forte do que nunca, revigorado, diga-se de passagem, e com o primeiro material à altura do que o nome da banda representa na cena brasileira.

Recentemente lançado, “Keep It Hellish” (2013) não marca apenas um salto em termos de produção, já que aqui a banda caprichou na gravação no Piccoli Studio, na cidade natal de Campinas, mas também a afirmação de que o grupo é a banda que melhor representa o chamado “True Heavy Metal”, sem soar ridícula como algumas outras do estilo, mas com muita bravura e bom gosto (que já começa pela real pintura da capa por Eduardo Burato).

Bill Martins (centro) estreia em alto estilo no melhor trabalho da banda

Além disso, é a estreia de Bill Martins (da banda Dark Witch), novo vocalista que, embora a banda estivesse bem servida por Roger Hammer, deu um gás a mais e parece mais bem encaixado do que estaria a vocalista Thalita (que não chegou a gravar e se desligou da banda). Martins chegou para ficar.

Para apreciadores do verdadeiro Metal
São 10 músicas com puro espírito guerreiro Heavy Metal, começando com a certeira faixa-título e sem introdução chata que muitas bandas ritualmente oferecem ao ouvinte. Aqui os riffs cortantes de Vulcano e Daniel Job (guitarras) já dão as caras, assim como a cozinha simples, direta e marcante Jr (baixo) e Daniel Person (bateria). “Battle at Sea” é a prova da capacidade de composição do grupo, pois trata-se de uma instrumental que nos remete ao trabalho do Running Wild, por exemplo.

Momentos mais épicos se fazem presentes em “Phantom Ship” e “The Quest”, esta fechando o disco com quase 10 minutos de duração, um ode à melodia. De arrepiar a nuca.

Porém, o que mais temos são faixas diretas, bem básicas (não entenda como relaxadas), com todos os elementos de um verdadeiro Heavy Metal. Amantes de Manowar identificarão vários elementos do grupo, mas seria leviano usar os norte-americanos para definir a Hellish War, já que, ouso dizer, o grupo brasileiro faz em “Keep It Hellish” o que o Manowar não consegue há alguns álbuns: empolgar da primeira a última canção. Ouça também “The Challenge” (veia pulsante de Judas Priest); “Fire and Killing”, com pegada Viking Metal;  “Masters of Wreckage” (que refrão FUDIDO).

“Keep It Hellish”, ainda precisa amadurecer na carreira da banda e nos ouvidos dos headbangers, mas é, inegavelmente, um trabalho essencial (diria o mais importante) na carreira do Hellish War e o passaporte para, com um trabalho legal de assessoramento do Som do Darma e shows na Europa (onde a banda inclusive gravou um disco ao vivo e retorna com turnê a partir do dia 11 deste mês) e pelo Brasil, colocarão estes experientes músicos em evidência. Tire seus braceletes, correntes e couro da gaveta e parta para ouvir este disco, não sobrarão pescoços intactos!

Texto e edição: Eduardo Cadore
Fotos: Divulgação
Assessoria: Som do Darma

Ficha Técnica
Banda: Hellish War
Álbum: Keep It Hellish
Ano: 2013 
País: Brasil
Tipo: Heavy Metal
Gravadora: Hellion Music
Distribuição: Voice Music

Formação
Bill Martins (Vocal)
Vulcano (Guitarra)
Daniel Job Guitarra)
Jr (Baixo)
Daniel Person (Bateria)



Tracklist
1. Keep It Hellish
2. The Challenge
3. Reflects On The Blade
4. Fire And Killing
5. Master Of Wreckage
6. Battle At Sea
7. Phantom Ship
8. Scars (Underneath Your Skin)
9. Darkness Ride
10. The Quest

Ouça "The Challenger"

Ouça a faixa-título do álbum


Acesse e conheça mais sobre a banda
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quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Hellish War Apresenta Thalita, Sua Nova Vocalista

Banda anuncia nova vocalista substituta de Roger Hammer (ex-vocalista no centro da foto)


A lendária banda de Heavy Metal nacional Hellish War anunciou como substituto ao posto de frontman deixado por Roger Hammer a vocalista Thalita.

O grupo agora aposta na vocalista feminina para seguir seus trabalhos de quase duas décadas dedicadas ao Heavy Metal. De acordo com Vulcano, guitarrista da banda, “ficamos impressionados com o nível técnico e qualidade dos músicos que se candidataram ao posto de novo vocalista do Hellish War".

Thalita, nova vocalista da Hellish War (Doro Pesch é grande influência)

O grupo percorreu sete meses e cerca de 30 vocalistas até chegar à Thalita. Vulcano conta que "entre esses mais de 30 músicos estão alguns dos melhores vocalistas do país! A decisão não foi nada fácil, mas temos certeza que fizemos a escolha certa. Vocês irão se surpreender com o novo Hellish War e com o talento da Thalita! Ela tem tudo para se tornar uma das melhores vocalistas femininas do heavy metal brasileiro!".

Realmente a moça detona. Com seu vocal (e postura de palco) que se aproxima bastante ao da Metal Queen Doro Pesch (ex-Warlock), mostrando claramente ser sua principal influência, a banda terá um suporte perfeito para seguir com seu Heavy Metal clássico.

O último registro oficial da banda foi “Live in Germany”, disco ao vivo gravado na turnê européia do grupo. Agora é aguardar que a banda apresente novas composições, agora com a talentosa Thalita no time. Mas, até lá, podemos ir conferindo a nova formação executando o clássico “Defender of Metal”.

A estreia oficial da nova formação será no dia 11 de agosto, durante o Pinhal Rock Music Festival, na cidade de Espírito Santo do Pinhal/SP. Na ocasião, a banda dividirá o palco com outros gradnes e históricos nomes do Metal brasileiro, como Torture Squad e Salário Mínimo.
Edição: Eduardo Cadore
Fotos: Divulgação
Fonte: Som do Darma
Conheça mais sobre a banda
Hellion Records (gravadora no Brasil)
Pure Steel Records (gravadora na Europa)
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quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Entrevista: Hellish War - O Metal Verdadeiro Nunca Morrerá


País ingrato. Tendo uma banda que é puro Heavy Metal, que pouco é reconhecida entre seus conterrâneos, mas “idolatrada” nos países onde o Heavy Metal é levado a sério e não é “coisa de adolescente”, a Hellish War segue quase anônima aqui no Brasil, enquanto lança discos aclamados pela crítica e fãs mundo afora, até o ponto do grupo gravar seu primeiro disco ao vivo, claro, na Alemanha (só podia!), pois lá a banda formada por Roger Hammer (vocal), Vulcano (guitarra), Daniel Job (guitarra), JR (baixo) e Daniel Person (bateria) tem voz e vez.

Embora com apenas 3 discos, sendo um deles o álbum ao vivo “Live in Germany” (2010), a Hellish War é uma das referências quando o assunto é Heavy Metal tradicional, cuja idolatria pelo Metal e seus hinos beira o fanatismo, tão devotos quanto os gigantes Manowar.

A verdade é que os discos “Defender of Metal” (2001) e “Heroes of Tomorrow” (2008) são obras-primas do Heavy Metal e cujos hinos ao vivo lá no Velho Mundo fizeram jus ao verdadeiro e real Heavy Metal.

Com satisfação e no meio de muito trabalho, Roger Hammer, vocalista da banda, concedeu um tempo e atenção ao Road to Metal na entrevista que você confere abaixo.

Já podemos adiantar que o cara não tem papas-na-língua, fala o que precisa ser dito. Dentre os assuntos, comenta sobre o novo trabalho em processo de gravação, as mudanças entre os discos, alfineta as bandas que voltaram à ativa por dinheiro, além de ser claro, mais uma vez, dizendo que o Brasil não é (ainda) o país do Heavy Metal!

Confira então mais uma entrevista exclusiva: Hellsih War!


Road to Metal: Hail Hellish War! Em nome do blog Road to Metal, queríamos agradecer a banda por ter arrumado um tempinho para conversar com a gente. Para começar, gostaríamos de perguntar como foram os primórdios do Hellish War? O foco da banda sempre foi tocar Heavy Metal tradicional ou no inicio a banda explorava outras vertentes como o Metal melódico?

ROGER HAMMER - O Hellish War começou em 1995 como um power trio. Devido a mudança de membros, acabou se tornando um quinteto que já tem 10 anos com a mesma formação.

No início, podemos dizer que o som era mais voltado ao speed metal, depois fomos focando cada vez mais ao heavy metal tradicional, mas ainda com pitadas de speed. Metal melódico nunca foi a nossa praia.


RtM: Recentemente entrevistamos o Violator e uma mesma pergunta se encaixa para o Hellish War: como a banda encara a critica de muitos pseudo-críticos de que o som de vocês seria datado?

ROGER HAMMER - Já ouviu aquele ditado? O que seria do verde se todo mundo gostasse do amarelo? Rs. Acho válido certas críticas. Independente de boas ou ruins, fazem com que nós cresçamos como músicos e assim procuremos fazer algo cada vez melhor. É difícil atingir a perfeição, mas sempre estamos tentando melhorar para agradar cada vez mais pessoas.

RtM: Sendo uma banda fiel ao Heavy Metal tradicional, como vocês encaram as constantes renovações que o Heavy Metal sofre, com novos estilos e alguns que nem mereciam ser chamados de metal? E ainda nessa linha de pensamento, como a banda vê os constantes revivals de bandas clássicas da década de 80?

ROGER HAMMER - Realmente tem muita porcaria por aí que me faz ter vontade de vomitar. Mas tem coisa boa também, como, por exemplo, o Jorn Lande! Gosto muito do trabalho dele! Já o revival de bandas clássicas, o que dizer? Parece que tudo não passa de marketing, algo planejado por gravadoras ou empresários e não pelos próprios músicos. Muitas vezes sem a formação original ou sem inspiração.

RtM: Quais foram as principais diferenças ente os álbuns “Defender of Metal” (2001) para seu sucessor “Heroes of Tomorrow” (2008)? Tive a impressão que o primeiro CD é um pouco mais voltado para o Power Metal, enquanto o segundo é 100% Heavy Metal tradicional. Vocês concordam com essas definições?

ROGER HAMMER - Não muito. Eu particularmente acho o “Defender of Metal” bem heavy, apesar de ter musicas com 8 e 9 minutos de duração. O “Heroes of Tomorrow” também, mas já é algo mais direto, sem muitos rodeios.

RtM: Como foi o trabalho de divulgação da Megahard Records? Vocês tiveram alguns problemas com essa gravadora, não é mesmo? E como foi assinar o contrato com a Pure Steel Records?

ROGER HAMMER - O trabalho de divulgação no começo foi muito bom, mas depois começou a dar merda. A gravadora quebrou e não quiseram nos liberar! Tivemos que esperar o vencimento do contrato que assinamos de cinco anos de exclusividade.
Já o contrato que assinamos com a Pure Steel Records da Alemanha, foi graças aos contatos que o nosso manager, Eliton Tomasi (Som do Darma), tem lá fora. Através dele conseguimos fechar um contrato que agradou a todos, não correndo os mesmos riscos de passar o que passamos com a antiga gravadora.


1º disco ao vivo gravado no Swordbrothers Festival, na Alemanha

RtM: O HELLISH WAR mantém a mesma formação por um longo tempo. Qual o segredo para essa longevidade que é uma coisa cada vez mais rara nas bandas hoje em dia?

ROGER HAMMER - Amizade, sintonia de idéias, respeito, amor pelo heavy metal. Tudo isso fez com que permanecêssemos juntos por tanto tempo! E com certeza ainda ficaremos juntos por muito mais tempo!

RtM: Na questão de aberturas de shows no Brasil (UDO e Saxon) ou festivais internacionais (SwordBrothers Festival) a banda já é veterana. Mas qual foi a experiência que vocês mais curtiram? E deu para trocar idéia com os outros músicos?

ROGER HAMMER - Foram várias! Mas nada se compara ao privilegio de ir tocar no Mundo Velho, onde é o berço do Heavy Metal. Os lugares onde passamos, as amizades que fizemos, os shows que tocamos... sempre vão estar em nossas memórias. Fizemos amizade com vários músicos, principalmente com a banda Custard da Alemanha e o Omen dos Estados Unidos. Os caras são muito bacanas!

RtM: Focando agora o mais recente trabalho “Live in Germany” (2010), o que mais motivou a gravação do primeiro CD ao vivo na Alemanha? A reação do público, a qualidade da gravação ou outros fatores? E não foi cogitada a gravação de um DVD contendo essas apresentações?

ROGER HAMMER - Como era a nossa primeira viagem ao Mundo Velho, queríamos registrar aquilo de uma forma que pudéssemos compartilhar essa alegria com os nossos fãs. E nada melhor do que um Cd ao vivo. Cogitamos de gravar um DVD também, mas achamos melhor deixarmos para um lançamento futuro.

RtM: Existem muitas diferenças entre os públicos do Brasil comparados a outros países como da Alemanha? Ou a reação do publico geralmente é parecida?

ROGER HAMMER - Eu achei a mesma coisa. Tanto o publico daqui do Brasil como o da Europa são bem calorosos! A diferença é que lá tem mais lugares pra tocar com ótima estrutura em termos de som e luz. Aqui no Brasil há muitos lugares que deixam a desejar nesse sentido.

RtM: Ainda referente ao Live in Germay, como foi pensada a escolha do set list? E ficou de fora alguma música que o pessoal da banda curte tocar?

ROGER HAMMER - Nós nos baseamos no repertório que tocamos com frequência aqui no Brasil. Já eram musicas que tocávamos há um bom tempo. Já estávamos acostumados a tocá-las com facilidade. Queríamos ter colocado também no Cd as músicas “Memories of A Metal” e “Die for Glory”, mas havíamos tocado ambas um dia antes no mesmo festival e por isso deu diferença na captação do som. Por esse motivo achamos melhor deixá-las de fora.

RtM: Pesquisando outras entrevistas dadas pela banda, achei uma declaração bem forte onde vocês deixavam bem claro que o Brasil não é o país do Heavy Metal. Atualmente vocês acreditam que esse cenário vem mudando? E o que impede o heavy metal nacional de ter o merecido destaque?

Brasileiros preparam novo disco de estúdio ainda este ano


ROGER HAMMER - Infelizmente o Brasil não é mesmo o país do heavy metal! Aqui as pessoas só valorizam porcarias como Axé, Funk, Sertanejo, etc. Isso impede de termos um espaço melhor e maior aqui. Mudando está, mas acho que vai demorar um pouco ainda para as coisas chegarem num nível ideal.

RtM: Tendo contrato com gravadoras internacionais, como você vê a questão da pirataria e do download na internet? Até que ponto isso prejudica as bandas?

ROGER HAMMERAssim como a qualquer músico profissional, os downloads e a pirataria nos prejudicam em termos de vendagem de Cds. É algo que já saiu do controle e acho difícil mudar isso. Por outro lado, em termos de divulgação, a era digital trouxe muitos benefícios! Antes você tinha que juntar algumas moedas pra poder comprar uma revista de metal nas bancas. Hoje, você acessa a internet em qualquer lugar e pode ter informações sobre bandas, festivais, etc...

RtM: Recentemente a banda fizer uma turnê pelo nordeste. Existem planos para shows aqui na região sul?

ROGER HAMMER – Após o excelente show que fizemos em Campina Grande, na Paraíba, tocaremos na quinta edição do festival Triumph Of Metal em Pouso Alegre, Minas Gerais, no dia 05 de Novembro. Mas, na verdade, nesse momento estamos concentrados nas gravações do nosso próximo Cd, "Keep It Hellish"! O álbum será lançado na Europa em fevereiro do ano que vem pela Pure Steel Records. Depois disso, com certeza, iremos fazer novos shows pelo Brasil, inclusive pelo Sul. Também faremos uma nova turnê européia em 2012.

RtM: Sendo antes de mais nada headbanger, você poderia tecer alguns comentários sobre algumas bandas seminais da história do Heavy Metal?

ROGER HAMMER - Iron Maiden sempre será Iron Maiden! Independente se fizerem Cds melhores ou piores do que os clássicos do passado. Nenhuma outra banda conseguira atingir o patamar que essa banda atingiu, principalmente nos dias de hoje. Quem sabe o Hellish War!? : )
O
Running Wild pra mim sempre será umas das melhores bandas de heavy metal que já existiram! Foi bom ter acabado antes que começasse a fazer merda!
Em relação as outras, me desculpe, mas não conheço muito bem para poder comentar.


Puro e Verdadeiro Heavy Metal: HELLISH WAR!

RtM: Obrigado pela entrevista. Ter uma banda como a Hellish War entre nossas postagens é uma honra para nós do Road to Metal. Gostaria de deixar algum recado para os leitores do nosso blog?

ROGER HAMMER - Obrigado a todos os fãs de heavy metal! Que continuem apreciando o estilo sem se deixarem enganar por outros que não vão muito longe. Metal Forever.


Entrevista: Harley

Fotos: Eliton Tomasi, Divulgação e Jorg Muller

Introdução/revisão: Eduardo Cadore


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