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sexta-feira, 23 de maio de 2025

Cobertura de Show: Fabio Lione – 18/05/2025 – Teatro APCD/SP

Fabio Lione encerra turnê com casa cheia e entrega noite de nostalgia e potência vocal

Encerrando a primeira etapa da turnê Symphony of Enchanted Lands, o vocalista italiano Fabio Lione passou por São Paulo com três apresentações no Teatro APCD, na zona norte da cidade. Foram dois shows no sábado, 17, e o terceiro e último no domingo, 18 de maio. Com ingressos esgotados em todas as sessões, o espetáculo celebrou um dos álbuns mais marcantes do power metal sinfônico, executado na íntegra, além de incluir outros sucessos do Rhapsody of Fire e alguns covers. A realização foi da Estética Torta.


Dogma: visual provocativo, presença morna

Não conhecia a Dogma até o barulho recente nas redes após sua apresentação no Bangers Open Air, no início de maio. Foi justamente esse buzz que despertou a curiosidade para ver o que a banda formada por cinco mulheres que se apresentam com figurinos de freiras e corpse paint tinha a oferecer no palco. A proposta visual é clara: provocar, romper com códigos religiosos, causar estranhamento. Mas ali, no palco do Teatro APCD, no último show da turnê de Fabio Lione em São Paulo, essa estética ousada não encontrou a mesma força na performance.

A Dogma passou a integrar a turnê de Fabio Lione na semana seguinte ao Bangers, acompanhando o vocalista em várias datas pelo Brasil até a reta final, em São Paulo. No show de domingo, a impressão foi de que a banda ainda buscava firmar sua presença ao vivo dentro desse novo contexto. A estética chamou atenção, mas não sustentou sozinha a conexão com a plateia, que parecia mais curiosa do que empolgada.

Num primeiro momento, a apresentação soou morna. A presença de palco era calculada, quase ensaiada demais, o que tirava parte da espontaneidade que esse tipo de show demanda. Musicalmente, a Dogma aposta em um hard rock com elementos góticos e melódicos. Embora tecnicamente bem executadas, as faixas carecem de impacto ao vivo, especialmente diante da promessa visual transgressora.

A produção da banda, que mistura elementos teatrais com simbologias religiosas e provocação sexual, chama mais atenção que o som em si. E isso acaba jogando contra, porque se cria uma expectativa de intensidade que não se cumpre plenamente no repertório nem na performance.

Ainda assim, houve evolução ao longo da apresentação. Aos poucos, o público foi entrando no clima, reagindo melhor às últimas faixas e aplaudindo com mais entusiasmo. Para quem viu a banda pela primeira vez, como eu, ficou a impressão de que ainda há um caminho a ser trilhado entre a proposta imagética e a entrega musical, algo que pode amadurecer nos próximos shows, especialmente se a banda souber usar o interesse que vem crescendo desde o festival.


Dogma – setlist:

Forbidden Zone

My First Peak

Made Her Mine

Banned

Carnal Liberation

Like a Prayer (Madonna cover)

Bare to the Bones

Make Us Proud

Pleasure From Pain

Father I Have Sinned

The Dark Messiah


Fabio Lione – Symphony of Enchanted Lands em São Paulo

O espetáculo com lotação esgotada nos dois dias em que tocou em São Paulo — dois shows no sábado, 17, e o terceiro no domingo, 18 — trouxe a turnê do álbum Symphony of Enchanted Lands cantado na íntegra, além de outros sucessos do Rhapsody of Fire e alguns covers.

Em conversas com amigos, comentamos que, embora a voz do Fabio Lione no Angra não fosse ruim, muitas vezes faltava aquele alcance e potência que ele demonstra no Rhapsody of Fire. Nesta turnê, fica claro que a voz de Lione continua impressionante. Eu, fã desde os meus 12 anos, me senti várias vezes transportada para aquelas sessões de RPG e encontros com amigos embalados por músicas de dragões e terras médias.

Fabio Lione, um front man muito simpático e comunicativo, usou todo o seu bom português durante a apresentação que durou quase duas horas. A empolgação do público foi constante do início ao fim, sem queda de ritmo ou desânimo, demonstrando a força do repertório e a conexão entre artista e fãs. Em diversos momentos, Lione interagiu e pediu ajuda do público em refrões e palmas, até desceu ao meio da plateia para cantar e interagir diretamente com os fãs, fortalecendo essa troca que deixou a noite ainda mais especial.

A banda de apoio estava afiada e empolgada, acompanhando com precisão e energia cada música, o que só elevou o nível da apresentação. O entrosamento entre os músicos era evidente, o que garantiu uma performance técnica e cheia de vigor do começo ao fim.

No entanto, uma questão que merece reflexão foi a escolha do teatro como palco para a apresentação e o estímulo, em alguns momentos, do Fabio Lione para que o público se levantasse. Muitos atendiam ao convite, mas logo se sentavam novamente. Na segunda parte do show, ficou evidente que essa empolgação vinha dos fãs, mas que infelizmente não condiz com o formato do espetáculo proposto para um teatro. Quando compramos um ingresso para um show nesse tipo de espaço, há uma expectativa por um formato que permita a todos aproveitar o espetáculo da melhor forma possível. Além disso, muitas pessoas frequentam esses locais por questões de acessibilidade ou mobilidade, o que torna essa situação ainda mais importante para reflexão.

Ainda assim, isso não diminuiu a magnitude do show, que foi magnífico e cumpriu com excelência o que prometia: uma celebração da obra do Rhapsody of Fire em uma apresentação técnica, emocionante e cheia de significado para os fãs que acompanharam o vocalista nessa turnê especial. Foi uma noite para se elogiar.

Fabio Lione encerrou a apresentação com agradecimentos calorosos e a promessa de novas turnês trazendo outros clássicos do Rhapsody of Fire cantados na íntegra. Fica a expectativa para que em breve possamos reviver essas jornadas épicas ao som da banda, em mais uma celebração da música e da fantasia.

Aguardaremos ansiosos por esses próximos encontros e novas oportunidades de mergulhar nesse universo tão particular e cativante criado por Fabio Lione e seus músicos.




Edição/Revisão: Gabriel Arruda


Realização: Estética Torta



Fabio Lione – setlist:

Epicus Furor (Rhapsody of Fire)

Emerald Sword (Rhapsody of Fire)

Wisdom of the Kings (Rhapsody of Fire)

Heroes of the Lost Valley (Rhapsody of Fire)

Eternal Glory (Rhapsody of Fire)

Beyond the Gates of Infinity (Rhapsody of Fire)

Wings of Destiny (Rhapsody of Fire)

The Dark Tower of Abyss (Rhapsody of Fire)

Riding the Winds of Eternity (Rhapsody of Fire)

Symphony of Enchanted Lands (Rhapsody of Fire)



Set 2
In Tenebris (Rhapsody of Fire)

Knightrider of Doom (Rhapsody of Fire)

Land of Immortals (Rhapsody of Fire)

The Wizard's Last Rhymes (Rhapsody of Fire)

Rain of a Thousand Flames (Rhapsody of Fire)

Lamento Eroico (Rhapsody of Fire)

Holy Thunderforce (Rhapsody of Fire)

We Are the Champions (Queen cover)

Dawn of Victory (Rhapsody of Fire)


quinta-feira, 13 de fevereiro de 2025

Cobertura de Show: Fabio Lione – 02/02/2025 – Vip Station/SP

No final da tarde do dia 02 de fevereiro de 2025, a capital paulista recebeu Fabio Lione, a icônica voz das bandas Rhapsody, Visions Divine, Kamelot e Angra no Vip Station com a sua “Epic Tales Tour Brazil 2025”. Produzido pela Caveira Velha Produções em colaboração com a Underground Produções, a turnê finalmente chegava a São Paulo para seu décimo sétimo espetáculo após passar por diversos estados, incluindo Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia e Paraná.

Por volta das 16hrs, as portas do Vip Station se abriram, recebendo um público que, devido a uma repentina mudança climática - da ensolarada manhã para uma chuvosa tarde - chegava lentamente ao local.

Horas antes, pela manhã, a produção do evento havia atualizado suas redes sociais sobre a alteração no horário, inicialmente previsto para um pouco mais tarde, com a abertura da casa programada para às 17 horas. A mudança de plano de última hora e o congestionamento causado pelos alagamentos em função das intensas chuvas da tarde surpreenderam o público.

Por volta das 16h30, o Vip Station estava quase deserto quando a primeira banda convidada, Marenna – originária do Rio Grande do Sul e representando o Hard Rock e AOR –, subiu ao palco. Eles proporcionaram um show à altura, mesmo para um público reduzido. Às 17h30, foi a vez dos cariocas do Innocence Lost, que trouxeram seu Heavy Metal autoral com influências de Power metal e Metal Progressivo para animar aqueles que começavam a chegar.

Um pouco depois das 18h30, a tão esperada Enorion, banda de Power Metal oriunda de Tatuí, subiu ao palco e proporcionou uma apresentação bastante intensa. O grupo é composto por Rafael Bras nos teclados, Felippe Castello nos vocais, Gabriel Oliveira e Christopher "Dragon" Lopes nas guitarras, Thiago Caieiro na bateria e Pablo Guilarducci no baixo. 

Em função de alguns atrasos na troca de bandas, do evidente cansaço da equipe devido à longa turnê e do tempo restrito, o setlist da banda acabou sendo reduzido para apenas quatro faixas: duas originais – “Enorion” e “Time to Understand”– e dois covers – “He-man”, uma música do Trem da Alegria que a banda regravou recentemente e a icônica “Pegasus Fantasy”, tema de abertura do clássico anime Os Cavaleiros do Zodíaco. Apesar dos contratempos, a banda conseguiu oferecer uma performance enérgica para o público presente.

Finalmente, chegou o momento mais aguardado. Já passava um pouco das 20hrs quando as luzes do local se apagaram e a introdução de Lux Triumphans começou a tocar. Com o retorno das luzes, os primeiros acordes de “Dawn of Victory” cortaram o ar de forma intensa, levando o público à euforia, que cantou o refrão em uníssono. Após algumas interações de Fabio com a plateia, a magnífica “Land of Immortals” dominou o ambiente, seguida pela deslumbrante “Winds of Destiny”. Logo depois, o primeiro convidado da noite, Kiko Shred, guitarrista do Viper, subiu ao palco e se juntou aos membros da Enorion, que estavam atuando como banda de apoio para Fabio naquela noite, proporcionando uma apresentação impecável com seus solos impressionantes na envolvente “Holy Thunderforce”, que animou a multidão.

Subsequentemente, Kiko impressionou com sua guitarra em uma performance solo que deixou o público em êxtase. Dando continuidade, as composições “Emerald Sword”, “The Magic of the Wizard’s Dream”, “Wisdom of the Kings” e “Unholy Warcry” destacaram-se em uma execução primorosa. Entre as faixas, Fabio envolvia o público com relatos de eventos e curiosidades de sua era junto ao Rhapsody, promovendo uma interação íntima. Antes de interpretar "Emerald Sword", fez uma observação bem-humorada, mencionando que a banda havia concebido essa canção quase como uma brincadeira, que acabou conquistando o público a ponto de se tornar um clichê, assim como "Carry On" para o Angra. Para concluir o repertório musical do Rhapsody no primeiro ato do setlist durante a apresentação, "Lamento Eroico", "Sea of Fate" e "The Village of the Dwarves" dominaram o ambiente com seu encanto e magia, sendo executadas de forma esplêndida. 

Logo após, Juliana Rossi subiu ao palco ao lado de Fabio, encantando a todos com uma linda interpretação de “Bleeding Heart”. Durante a performance, Fabio também se juntou à apresentação cantando um trecho da versão em português do grupo Calcinha Preta, chamada “Agora Estou Sofrendo”. Na sequência, continuaram com as músicas “Send me an Angel” e “Violet Lonliness”, que foram escolhidas para marcar sua passagem pelo Visions Divine.

Entre as canções, Fabio interagiu com o público, compartilhando algumas histórias engraçadas. Ele ainda cantou um pedaço da famosa “The Call” dos Backstreet Boys, mencionando sua apreciação por outros estilos musicais. Em um momento divertido, brincou com um casal na plateia, expressando seu desejo de presenciar um beijo romântico e confessou que gostaria de estar com sua amada. Para descontrair ainda mais a atmosfera, ofereceu uma pequena aula de vocal de apenas 30 segundos para os presentes.

Em seguida, ele convidou Felippe Castello, o vocalista da Enorion, para se juntar a ele e Juliana na performance da famosa "Time to Say Goodbye" (Con te Partiró), resultando em uma apresentação impressionante do trio. Finalmente, foi a vez de "Forever", uma das notáveis composições do Kamelot, brilhar, seguida pela clássica "Still Loving You" dos Scorpions e "Carrie" da banda Europe. Antes de entoar sua música de encerramento, Fabio rendeu uma homenagem a um amigo ao cantar a capela "Una Furtiva Lacrima". 

Para encerrar a noite de forma esplêndida, após cerca de 22 canções e mais de duas horas de show, "Wasted Years" do Iron Maiden ressoou nas vozes de todos os presentes, acompanhando Fabio e fechando com êxito mais um capítulo da Epic Tales Tour Brazil 2025. 


Texto: Guilherme Freires

Fotos: Anderson Hildebrando (Heavy Metal Online/Metal no Papel)

Edição/Revisão: Gabriel Arruda


Realização: Underground Produções / Caveira Velha Produções


Fabio Lione – setlist: 

Dawn of Victory

Land of Immortals

Wings of Destiny

Holy Thunderforce

Emerald Sword

The Magic of the Wizard's Dream

Wisdom of the Kings

Unholy Warcry

Lamento eroico

The Village of Dwarves

Rebirth

Nova Era

Bleeding Heart / Agora estou sofrendo

Send Me an Angel

Violet Loneliness

Still Loving You (Scorpions cover)

Time to Say Goodbye (Con te partirò) (Andrea Bocelli cover)

Forever (Kamelot cover)

L'elisir d'amore (Gaetano Donizetti cover)  

Carrie (Europe cover)

Wasted Years (Iron Maiden cover)

quinta-feira, 22 de junho de 2017

A picture is worth a thousand words - Rhapsody Porto Alegre - Brazil (may 2017)




Esta é nossa nova seção, onde, inspirados na famosa frase "Uma imagem vale mais que mil palavras", vamos colocar cobertura de eventos em que algum membro ou colaborador nosso participou, valorizando mais as imagens, e com poucas palavras! 

This is our new section, where, inspired by the famous phrase "An image is worth a thousand words", we will post photos of the events we have participated, valuing more the images, and with few words! Check our photo gallery "Rhapsody in Porto Alegre"

Rhapsody - Porto Alegre-Brazil (10 may 2017), photos By Diogo Nunes























terça-feira, 16 de maio de 2017

Cobertura de Show – Rhapsody & Armored Dawn: Despedida Épica! (07/05/2017 – Tom Brasil – SP)



Em 10 anos que estou neste grande mundo do Heavy Metal, ouvi bandas de diversos gêneros que, de certa forma,enriqueceu o meu conhecimento pelo estilo, abrindo um leque de novidades e expandido minha cabeça, mantendo (sempre) o devido respeito, e às vezes até fugindo um pouco do meu gosto pessoal. É claro que minhas preferências sempre foram expostas, nunca escondendo o que é de meu interesse, mas o que eu vi no último domingo, no Tom Brasil, foi de surpreender! Entendendo o quanto os italianos do Rhapsody são importantes no meio Symphonic Power Metal.

Desde abril, a banda vem promovendo a turnê de celebração aos seus 20 anos de carreira, mas que, após a merecida comemoração, irá deixar uma gama de fãs com o coração apertado de saudade, dando a eles a última oportunidade de ver os membros da formação original ao vivo com a “20th Anniversary Farewell Tour”, que como o próprio nome diz, marca a sua despedida. E pra essa ocasião, o set-list teve músicas que nunca foram executadas ao vivo, sem contar que os primeiros shows pela América Latina foram ‘sold-out’, tanto que alguns colombianos desembarcaram aqui em São Paulo pra vê-los.


Armored Dawn Fazendo o Esquenta da Noite

Com a abertura dos portões prevista para as 18 h, cumprida britanicamente, a grande fila no arredor da casa era ressoada de vozes, ouvindo várias pessoas cantando canções que estava presente no set, já que, as vésperas da apresentação, todas as músicas que iam ser tocadas à noite já estavam divulgadas, sendo as mesmas dos shows anteriores. E como era final de Campeonato Paulista, sagrando-se o Corinthians como campeão, alguns fãs, torcedores do time, deixaram pra vir na última hora, tanto que pouca gente se concentrava dentro do Tom Brasil pra ver o Armored Dawn, que encarregou de aquecer as turbinas às 18h47. 


Vindo de uma turnê pela Europa, o sexteto, formado por Eduardo Parras (Vocal), Timo Kaarkoski e Tiago de Moura (Guitarras), Fernando Giovannetti (Baixo), Rafael Agostino (Teclados) e Rodrigo Oliveira (Bateria), deixou muitos, inclusive eu e meu fotografo, boquiabertos com Power Metal praticado pela banda, contidos também pela temática nórdica, que de começo, após a triunfante introdução, meteu os dois pés com “William Fly”, do mais recente disco, “Power Of Warrior” (2016). Sem dilatação foi apresentado, em primeira mão, duas músicas novas, que estarão presentes no novo disco: a pesada “Bloodstone” e a densa “Eyes Behind The Crow”.

Antes de partir para a quarta música, Eduardo enunciou que é sempre um prazer estar tocando em São Paulo, que sem dúvida nenhuma, é a capital do Rock e do Heavy Metal, agradecendo muito a presença de todos pra que a banda continue, dando sequência, “Prison”, do atual disco, fazendo com que todos levassem as mãos ao alto, conduzidas pelas batidas iniciais de bateria, combinado pelas harmonias chorosas de guitarra, explodindo após com a cadência dos riffs, avançando o show com mais uma inédita: a Power e eletrizante “Viking Soul”, marcado pelos vocais pulsantes no refrão e do trabalho dinâmico nas guitarras.


Falando em guitarra, eis que Tiago toma o palco para colocar suas habilidades em prática com um sicário solo, que logo chamou o Rafael para fazer sua parte nos teclados, finalizando ambas as partes juntando os dois pra trocar figurinhas, juntando o restante de volta ao palco., chamando a atenção pela a espada do Eduardo, igual ao que lobo segura na capa do primeiro álbum, meditando o conceito lírico da música “King”.

Chegando os momentos finais, a cozinha rítmica mostrou seu valor, e Fernando Giovannetti e Rodrigo Oliveira (conhecido por ser baterista do Korzus) esbanjaram poder e técnica, que logo já mergulharam da animada Rose Tattoo, originalmente feita pelo Dropkick Murphys. Antes de partir para o final, Eduardo deu o microfone para o Timo tirar onda entre todos, sendo que ele é o único gringo da banda, gostando muito do seu inglês ligado ao finlandês, pondo o fim da apresentação pra mais uma nova, “Beware Of The Dragon”, havendo a apresentação da banda após o termino.



A Tão Esperada Vez do Rhapsody Chegou

A ansiedade, relatado no começo da cobertura, era tomada bem antes da abertura dos portões, mas ela cresceu ainda mais minutos antes do show, elevando o grau de publico dentro da casa. E várias pessoas ficavam eufóricas aos sons dos ‘samplers’ de teclado e clamando o nome da banda a todo vapor. E vagando pelos arredores do Tom Brasil, me deparo com Rafael Bittencourt, Felipe Andreoli, Bruno Valverde (ambos do Angra) e Ricardo Confessori ali no camarote para prestigiar a performance do seu amigo, Fabio Lione, diante da banda que o tornou mundialmente conhecido.


A euforia abrangeu a noite quando as luzes da casa foram totalmente apagadas. Abrindo-se as cortinas, eis que, às 20h13, ecoa a introdução “Epicus Furor” nos PAs, que abre o clássico álbum “Symphony Of Enchanted Lands”(boa parte do set foi dedicada a músicas desse disco), com Alex Holzwarth sendo o primeiro apostar-se no palco, vindo da comissão de frente composta por Luca Turilli/Dominiqui Leurquin (Guitarras) e Patrice Guers (Baixo), completado pela cereja do bolo que é o vocalista Fabio Lione, colocando fogo em tudo com “Emerald Sword”

Inserindo mais fervor e poder, os primeiros momentos dos shows foram dedicados ao disco citado à cima, com“Wisdom Of The Kings” (refrão cantado vigorosamente e alguns dançando as partes que contém elementos folclóricos), “Eternal Glory” (tocada pela primeira vez no Brasil em 20 anos de história) e “Beyond The Gates Of Infinity”, que antes de ser executada, Lione informou a todos que seria gravado um vídeo clip pra uma das músicas do set, erguendo o grau de delírio dos presentes.

Fora do eixo “Symphony Of Enchanted Lands” (1998), Lione pediu pra que cantassem junto com ele “Knightrider Of Doom”, do álbum “Power Of The Dragonflame” (2002), ficando mais ardente ao vivo. A parte preciosa do show ficou por conta da balada “Wings Of Destiny”, que também nunca foi executada ao vivo aqui no Brasil. O engraçado era ver o Alex curtindo as melodias iniciais junto com a galera. E no final,claro, não faltaram saudações ao Lione.  


Rodeando mais algumas perolas do “Symphony Of Enchanted Lands”, “The Dark Tower Of Abyss” e “Riding The Winds Of Eternity” prezou a parte técnica da banda, sendo que Luca Turilli roubou a cena nessa última, parecendo um maratonista no palco e entrando no clima da música, e acabou ovacionado pela atitude.


Concluindo quase a metade do set, Lione quis deixar claro que a seguinte faixa dá nome a um CD, que não precisou pensar nem pouca coisa, pois com certeza seria “Symphony Of Enchanted Lands”, avistando numerosas gentes batendo cabeça, mas o que eu senti falta era presença de uma mulher fazendo os ‘backing-vocals’ femininos na parte harmoniosa, preenchida pelo ‘take’ gravado na versão em estúdio.
Enquanto o restante tomava fôlego, Alex aproveitou a deixa dos demais para detonar o kit de bateria sob um magnífico solo, partindo imediatamente para “Land Of Immortals”, presente no ‘debut’ disco “Legendary Tales” (1997). “The Wizard’s Last Rhyme” contou com a sadia participação do público, gerando corais no refrão orquestrado, zarpando para solo de baixo de Patrice, integrado pela pegada do Alex na bateria.

Perguntado se todos estavam cansados, Lione avisou que era chegada a hora de gravar o clip, mas antes, ele quis escutar o gogo de cada um através da sua extensão vocal, além de pressentia-los com uma opera italiana que o mesmo gosta, querendo que todos arriscassem a fazer igual, e foi com esse aquecimento que a famosa “Dawn Of Victory” tornou-se o ápice do show, que poderia acabar ali mesmo, tanto que o público continuou cantando o refrão durante o repouso da banda.


A perna final ficou por conta da impulsiva “Rain of a Thousand Flames”, passeando novamente por vagões sublimes, tocando a primeira música italiana composta pela banda, “Lamento Eroico”, e antes de executá-la, Lione explicou que depois de oito horas no ônibus, cansaço e shows seguidos, é compensador estar no Brasil, ressaltando que aqui é diferente, estando praticamente em outro mundo. Encerrando a noite, a intensa “Holy Thuderforce”, também do álbum “Dawn Of Victory”.

Sim, eu os subestimava, mas depois desse show eles calaram minha boca! Deixando este que vos escreve hipnotizado em cada detalhe e desempenho.
O fim desses guerreiros já é realidade aqui no Brasil.

Cobertura: Gabriel Arruda
Fotos: Dener Ariani
Edição/Revisão: Carlos Garcia

Armored Dawn
1.    Intro
2.    William Fly
3.    Bloodstone
4.    Eyes Behind the Crow
5.    Prison
6.    Viking Soul
***Guitar Solo***
***Keyboard Solo***
7.    King
***Bass Solo***
***Drum Solo***
8.    Rose Tattoo
9.    Bewareof The Dragon

Rhapsody
1.    Epicus Furor
2.    Emerald Sword
3.    Wisdom Of  The Kings
4.    Eternal Glory
5.    Beyond The Gates OfI nfinity
6.    Knightrider Of Doom
7.    WingsOfDestiny
8.    The Dark Tower Of Abyss
9.    Riding The Winds Of Eternity
10. Symphony Of EnchLands
***Drum Solo***
11. Land Of Immortals
12. The Wizard’s Last Rhymes
***Bass Solo**
13. Dawn Of Victory
14. Rain Of A Thousand Flames
15. Lamento Eroico

16. Holy Thunderforce