Mostrando postagens com marcador Tarja Turunen. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Tarja Turunen. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 2 de setembro de 2025

Cobertura de Show: Wacken Open Air – 30/07/2025 – Schleswig-Holten/GE

Cheguei ao Holy Ground com o céu carregado, botas já se afundando na lama e a chuva castigando o terreno, vale ressaltar que , além de tudo o check-in foi feito em uma nova área bem distante, ao menos para imprensa . A cada passo era como lutar contra o próprio solo, mas a energia da multidão fazia esquecer qualquer desconforto. Estava ali, no lugar certo, na hora certa: pronto para mergulhar no primeiro dia de Wacken.

A primeira banda que acompanhamos no dia foi a provocativa e ousada Dogma. Vestidas como freiras sedutoras e ao mesmo tempo sombrias, as integrantes deram início à programação com uma performance marcada por intensidade e teatralidade, injetando energia no público apesar do mau tempo. Já conhecidas pela equipe após nossa fotógrafa registrar o show da banda anteriormente esse ano no Brasil, a expectativa era alta, e o grupo não decepcionou.

Nayara Sabino

Mesmo enfrentando alguns problemas técnicos durante a execução inicial de “Forbidden Zone”, a Dogma demonstrou profissionalismo e rapidamente conquistou a plateia com sua presença de palco arrebatadora.

Na sequência, “Carnal Liberation” e “Free Yourself” destacaram o lado mais grooveado da banda, mostrando versatilidade e domínio de dinâmica. O momento mais surpreendente, entretanto, foi a ousada releitura de “Like a Prayer”, clássico da Madonna. Transformada em um hino pesado, a faixa ganhou guitarras distorcidas e uma interpretação visceral, arrancando aplausos calorosos do público.

Nayara Sabino

A segunda metade do show manteve a energia em alta. “Bare to the Bones” e “Make Us Proud” reforçaram a identidade do grupo, preparando o terreno para um dos ápices da apresentação: “The Tribute”, medley que percorreu a obra de lendas do metal, incluindo Black Sabbath, Pantera, Metallica e o eterno príncipe das trevas, Ozzy Osbourne. Recebido com entusiasmo, o número transformou-se em um verdadeiro momento de celebração coletiva.

Nayara Sabino

No fim, a Dogma provou ser mais do que apenas provocação estética. Sua apresentação equilibrou força, ousadia artística e respeito à tradição do metal, resultando em um show coeso, repleto de momentos memoráveis, e que certamente ficará marcado na memória dos presentes. 

Nayara Sabino

A lama não perdoava: cada deslocamento entre palcos era uma pequena batalha, gente escorregando, outros ajudando a levantar, e todos rindo juntos. Era cansativo, mas o lema de Wacken se provava verdadeiro a cada segundo: Rain or Shine, o show não para. 

Do folk ao caos: o Warbringer chegou com thrashdevastador. O mosh pit virou um campo enlameado, mas ninguém arredava o pé. “Firepower Kills”, “Hunter-Seeker”, “Remain Violent” e “Living Weapon” incitavam rodas furiosas, e cada queda na lama era seguida de gargalhadas e braços que levantavam o próximo guerreiro. Brutal, catártico, inesquecível.

*Wacken Press

A lendária Lita Ford provou que o hard rock também tem seu espaço sagrado. Com décadas de estrada e status de pioneira, a guitarrista e vocalista entregou um show eletrizante, recheado de clássicos de sua carreira solo e homenagens a ícones que ajudaram a moldar a história do rock.

A abertura com “Gotta Let Go” e “Larger Than Life” foi o gatilho para uma plateia que já se mostrava ansiosa. Carregadas de riffs marcantes e refrões grudentos, essas faixas estabeleceram a energia contagiante que guiaria toda a apresentação. “Relentless” reforçou esse espírito, trazendo a agressividade característica da artista.

Nayara Sabino

Em seguida, Lita surpreendeu com uma versão incendiária de “The Bitch Is Back”, clássico de Elton John, adaptado ao peso e à pegada roqueira que só ela poderia imprimir. O show seguiu em alta rotação com “Playin’ With Fire” e “Can’t Catch Me”, que contou com um solo de bateria estendido, arrancando aplausos de admiração da multidão.

Nayara Sabino

A nostalgia tomou conta quando Lita revisitava suas raízes com “Cherry Bomb”, imortalizada nos tempos de The Runaways, levantando coros uníssonos de milhares de fãs. O momento seguiu com a visceral “Black Leather” (cover do Sex Pistols) e a emocionante releitura de “Only Women Bleed”, balada de Alice Cooper, interpretada com emoção e respeito.

O ápice emocional veio com “Close My Eyes Forever”, dedicada ao eterno parceiro Ozzy Osbourne. A canção ecoou pelo campo de Wacken como um hino, com a plateia cantando cada verso em uníssono, em um dos momentos mais marcantes do festival.

Nayara Sabino

Para encerrar, “Kiss Me Deadly” coroou a apresentação em clima de celebração, reafirmando o status de Lita Ford como uma das grandes damas do rock.

Aí veio a festa com Wind Rose. Ver todo aquele público enlameado gritar junto refrões de músicas como “Of Ice and Blood”, “Fellows of the Hammer”, “DrunkenDwarves” e o meme eterno “Diggy Diggy Hole” foi surreal. Era impossível não sorrir, mesmo atolado até o tornozelo. O clima era de celebração, como se a lama fosse só mais um adereço da fantasia épica que eles criaram no palco.

*Wacken Press

Na sequência, o orgulho tomou conta quando o Torture Squad subiu ao palco. O peso dos riffs e a fúria dos vocais foram um soco no peito. A banda incendiou o público com “Hell Is Coming”, “Flukeman”, “Buried Alive”, “Warrior”, e fechou com a clássica “The Unholy Spell”. O cover de “Killing Yourself to Live” do Black Sabbath trouxe sorrisos cúmplices, e a participação de PrikaAmaral em “Horror and Torture” foi a cereja no bolo. Ver o nome do Brasil sendo celebrado em meio ao barro alemão foi arrebatador.

Nayara Sabino

Nayara Sabino

Nayara Sabino

Apocalyptica trouxe outro clima. Os violoncelos ecoavam pesados, criando uma atmosfera quase ritualística, e quando tocaram “Ride the Lightning” e “Enter Sandman”, parecia que cada arco rasgava junto com os trovões que rondavam o céu. Outro ponto alto do show foi quando tocaram “Master of Puppets” do Metallica onde arrancaram um coro da plateia que cantavam a letra inteira. 

Nayara Sabino

Nayara Sabino

Nayara Sabino

Outra grande recompensa do dia foi com o show da Tarja Turunen e Marco Hietala juntos, revivendo a magia do Nightwish. Quando os primeiros acordes de “Wishmaster” ecoaram, o público inteiro cantou como um só coro, e eu senti a pele arrepiar apesar da água escorrendo no rosto. Entre a chuva e as poças, Tarja ainda trouxe faixas como “I Walk Alone” e “Until My Last Breath”, e parecia que até o temporal deu uma trégua em respeito àquela voz. Foi um momento que misturou nostalgia e força, daqueles que ficam cravados na memória.

Nayara Sabino

Nayara Sabino

Nayara Sabino

E então veio o gran finale: Saltatio Mortis. Abriram com “Finsterwacht”, mergulhando o público em um clima medieval sombrio, antes de incendiar a noite com seus hinos poderosos. O público inteiro cantava junto, como se estivéssemos todos participando de um ritual coletivo. A energia foi tão intensa que parecia anunciar o que estava por vir — e, de fato, assim foi. Logo após o último acorde, raios começaram a cortar o céu, e a tempestade desabou com força.

*Wacken Press

*Wacken Press

A irreverência de Mambo Kurt foi um alívio. Seus covers e piadas cortaram o cinza do céu, transformando a lama em palco de risadas coletivas. Era o contraste perfeito no meio da tempestade.

*Wacken Press

O Holy Ground precisou ser esvaziado às pressas por segurança, e o público foi conduzido para fora enquanto os trovões iluminavam o campo enlameado. Saí dali encharcado, exausto, mas com a sensação de ter vivido um daqueles dias que definem porque Wacken é único: não importa chuva, lama ou tempestade, a música sempre vence.


Texto: Lukka Leite e Nayara Sabino

Fotos: Nayara Sabino (*exceto onde indicado)

Edição/Revisão: Gabriel Arruda 


Dogma – setlist:

Forbidden Zone

My First Peak

Made Her Mine

Carnal Liberation

Free Yourself

Like a Prayer (Madonna cover)

Bare to the Bones

Make Us Proud

The Tribute (Ozzy Osbourne, Black Sabbath, Pantera, Iron Maiden, Metallica, Megadeth, Slayer, Lamb of God.)

Pleasure From Pain

Father I Have Sinned

The Dark Messiah


Warbringer – setlist:

Firepower Kills

Hunter-Seeker

Neuromancer

Woe to the Vanquished

The Sword and the Cross

Living Weapon

Remain Violent

Total War


Lita Ford – setlist:

Gotta Let Go

Larger Than Life

Relentless

The Bitch Is Back (Elton John cover)

Playin' With Fire

Can't Catch Me

Cherry Bomb (The Runaways cover)

Black Leather (Sex Pistols cover)

Only Women Bleed (Alice Cooper cover)

Close My Eyes Forever (dedicada a Ozzy Osbourne)

Kiss Me Deadly


Wind Rose – setlist:

Dance of the Axes

Fellows of the Hammer

Drunken Dwarves

Gates of Ekrund

Mine Mine Mine!

Rock and Stone

Together We Rise

Diggy Diggy Hole (The Yogscast cover, com pariticpação de Jörg Roth)

I Am the Mountain


Apocalyptica – setlist:

Ride the Lightning

Enter Sandman

Creeping Death

For Whom the Bell Tolls

St. Anger

The Four Horsemen

Blackened

Master of Puppets

Nothing Else Matters

Seek & Destroy (com particição de Tina Guo)

One


Tarja – setlist:

Eye of the Storm

Demons in You

Tears in Rain

Dark Star

Undertaker

I Walk Alone

Victim of Ritual

Silent Masquerade (com Marko Hietala)

Wishmaster (com Marko Hietala)

Dead Promises (com Marko Hietala)

The Phantom of the Opera

Wish I Had an Angel (com Marko Hietala)

Until My Last Breath


Saltatio Mortis – setlist:

Finsterwacht

Wo sind die Clowns

Loki

Schwarzer Strand

Feuer & Erz (participação especial de Tina Guo)

Heimdall (participação especial de Tabernis)

Odins Raben

My Mother Told Me / Valhalla Calling (participação de Miracle of Sound)

We Might Be Giants

Der Himmel muss warten

Mittelalter

Rattenfänger

Prometheus

Satans Fall

Gardyloo

Große Träume

Hypa Hypa (Electric Callboy cover)

Vogelfrei

Keine Regeln (FiNCH cover)

Für immer jung (participação especial de Deine Cousine)

Spielmannsschwur

sábado, 7 de junho de 2025

Cobertura de Show: Tarja Turunen – 24/05/2025 – Tokio Marine Hall/SP

Sábado, 24 de maio, foi marcado por uma noite cheia de surpresas na vinda de Tarja Turunen e Marko Hietala a São Paulo em sua turnê no Brasil. E quando falamos de surpresas, não é eufemismo, começando pela banda de abertura Madzilla, vinda de Las Vegas que nos trouxe um show pra cima, melódico e com a apresentação de sua nova guitarrista e de um arriscado português demonstrando seu respeito ao público brasileiro.




Infelizmente, ao final da abertura, tivemos a notícia de que Marko Hietala não poderia fazer seu show acústico devido a problemas médicos, mas quem decidiu desistir do show e receber o reembolso não esperava que Marko iria se recuperar a ponto de conseguir subir ao palco ao lado de Tarja na parte final e encerramento de seu show.

Tarja subiu ao palco junto a sua orquestra impecável fazendo o público vibrar com seu vocal potente e sua simpatia, sem falar de sua beleza impactante e sua desenvoltura em cima do palco relembrando clássicos de sua carreira solo. 

Para quem vêm acompanhando seus shows ao Brasil, já sabe que Tarja fez uma homenagem a Rita Lee cantando seu grande sucesso Ovelha negra, mas o que não estávamos esperando era a participação de seu amigo, Kiko loureiro, o que deixou fez o chão do Tokio Marine Hall tremer. Importante lembrar que Kiko Loureiro, já considerado um dos melhores guitarristas do mundo estará no mesmo palco no dia 7 de junho.

Após esse dueto Tarja volta ao seu show e o que todos esperavam aconteceu, Marco entra ao palco para fazer sua participação e nos surpreende cantando boa parte do show, incluindo sucessos do Nightwish da época em que estavam juntos na primeira formação.

Tarja encerra seu show com um dos seus maiores sucessos da carreira solo I Walk Alone e com um discurso emocionante se despedindo da sua turnê e de São Paulo. Não precisamos dizer o quanto tudo foi incrível, a orquestra, músicos, os duetos, mas nada próximo a luz e força que Tarja Turunen nos trouxe nesta noite.


Texto: Cristina De Mouras

Fotos: Rogério Talarico

Edição/Revisão: Gabriel Arruda


Realização: Top Link Music


Tarja Turunen – setlist: 

Eye of the Storm

In for a Kill

Undertaker

Sing for Me

Deliverance

Demons in You

Victim of Ritual

--------------------------------------------

Acústico

Ovelha Negra (Rita Lee cover) (com Kiko Loureiro)

The Crying Moon / Feel for You / Eagle Eye (com Marko Hietala)

Higher Than Hope (com Marko Hietala)

--------------------------------------------

Left on Mars (com Marko Hietala)

Slaying the Dreamer (com Marko Hietala)

Silent Masquerade (com Marko Hietala)

Wishmaster (com Marko Hietala)

I Walk Alone

Bis

Dead Promises

Wish I Had an Angel (com Marko Hietala)

Until My Last Breath

domingo, 17 de março de 2024

Cobertura de Show – Tarja Turunen e Marko Hietala – Bar Opinião/RS – 09/03/24

Cobertura por: Renato Sanson

Fotos: Daniele de Oliveira

Após o sucesso da turnê “Living The Dream The Hits Tour 2023” que passou por Porto Alegre em setembro com Sold Out, a rainha retornaria seis meses depois com mais um Sold Out, mas desta vez com o seu ex-companheiro de Nightwish o grande Marko Hietala. Para uma tour histórica, onde ambos iriam dividir o palco novamente quase vinte anos depois.

Porém, o que seria uma noite dos sonhos acabou não sendo bem assim e a ideia da “Living The Dream – The Hits Tour 2024” com Marko acabou deixando um gosto amargo na boca dos fãs.

A casa abriu antes das 21h para pontualmente a banda Andreas Solrak entrar em cena e aquecer os presentes. De fato, seu Folk/Rock demorou a ganhar o público, não por falta de competência dos músicos, mas sim, por ser uma escolha pouco assertiva para a ocasião. Não combinando com a noite ali proposta. Mas no que se propuseram (mesmo tendo um inicio prejudicado pela questão do som que engrenou algumas músicas depois) mandaram bem e certamente saíram dali com mais pessoas interessadas em sua musica.

Com um Opinião abarrotado e com um calor imenso, já que os ar condicionado do ambiente não davam conta e a capital fervia como o inferno do lado de fora, notamos que o palco acústico de Marko já estava montado e teríamos uma dinâmica diferente do show de São Paulo.

Pontualmente às 22h Marko entra em cena para delírio dos fãs acompanhado do músico Tuomas Wainola e a belíssima “Stones” adentra a casa e mostra que teríamos uma noite épica. Teríamos... Já era perceptível a dificuldade de cantá-la que Marko estava tendo.  Encerrando a mesma e deixando o palco deixando todos com duvidas, pois já tinham se passado mais de 15 minutos e os músicos não retornavam.

Ao retornar e ser ovacionado, Hietala informa que não vai conseguir prosseguir com o show, estava com a garganta bem prejudicada pelas mudanças climáticas e as poucas horas de sono. Pediu desculpas e os presentes o abraçaram e foram extremamente compreensíveis com o carismático Marko Hietala. Que informou que se fosse possível realizaria um Meet & Greet ao final para suprir um polco à falta do show.

Então ficamos todos apreensivos, já que Marko não estava bem, possivelmente Tarja também não estaria. O palco foi organizado rapidamente e Paulo Baron aparece no palco para conversar com os presentes informando que a Tarja não estava bem e antes que pudesse continuar uma sonora vaia ecoou, onde Baron pediu calma e informou que estava ali para fazer um pedido, que a Tarja iria subir e fazer seu show, mas queria que os fãs a ajudassem cantando com ela.

Então a glamorosa Tarja entrou em cena com sua excelente banda de apoio sendo ovacionada e tendo a trinca “Demons in You”, “Die Alive” e “Diva”. Mostrando que mesmo doente Tarja é um show a parte e não economizou sua voz o que deixou todos impressionados. De fato, dando o seu melhor nas piores condições possíveis!

“Shadow Play” foi mais um exemplo de superação da finlandesa e o caminho estava pronto para os clássicos do Nightwish e uma ponta de esperança se acendeu quando Marko voltou ao palco com Tarja, mas subiu novamente para se desculpar e que estaria indo para o hotel, pois não estava se sentindo bem. Pedindo desculpas e a plateia gritando seu nome em respeito à situação complicada de saúde que estava.

Mesmo assim Tarja nos brindou com as ótimas “Planet Hell” e “Wish I had an Angel” contando com o apoio do guitarrista Alex Scholpp nas partes de Hietala. Levantando o público.

Sabemos que as composições do Nightwish sempre serão os pontos mais altos de seus shows, mas considero “I Walk Alone” tão grandiosa e tão incrível o clima gerado quanto dos clássicos de sua ex-banda. Provando que sua carreira solo é grandiosa!

Pois bem, o show se encerra com a ótima “Until My Last Breath” e o sonho de rever esses dois ícones lado a lado destilando os clássicos que os consagraram acabou não acontecendo. Gerando certa frustração nos fãs ainda mais que Tarja reduziu o seu setlist para poder se apresentar.

O gosto amargo ficou sim e quem sabe a melhor solução para este caso seria a remarcação do show para que pudéssemos presenciar essa tour histórica do modo em que mereceríamos, já que, Porto Alegre sempre esteve com a casa lotada para ver a rainha Turunen. Espero que retornem em breve para o show completo e vivenciarmos essa história que não acontece há quase vinte anos.

P/S: novamente não tivemos pit para os fotógrafos, o que gerou certa dificuldade na captação de fotos. Com um Opinião extremamente lotado, ficou ainda mais difícil encontrar uma posição boa para os registros. Que são de extrema importância para uma cobertura. Gerando ainda mais qualidade. Um ponto a ser revisto.


Setlist:

Demons in You

Die Alive

Diva

Shadow Play

Dark Star

Dead Promises

Planet Hell

Wish I Had an Angel

I Walk Alone

Victim of Ritual

Until My Last Breath


quinta-feira, 14 de março de 2024

Cobertura de Show: Tarja Turunen & Marko Hietala – 08/03/2024 – Tokio Marine Hall/SP

Após 18 anos, a rainha do Metal Sinfônico, Tarja Turunen, e o brilhante multi-instrumentista e cantor Marko Hietala, conhecidos no mundo todo por serem as magníficas vozes da principal formação clássica do Nightwish, finalmente se reencontram para a turnê latino-americana “Living the Dream – The Hits Tour” para matar a saudade de seus fãs que sonhavam em revê-los juntos. Em São Paulo, o evento ocorreu na sexta-feira passada (08/03) no Tokio Marine Hall, incluindo outras datas aqui no Brasil. 

Infelizmente a noite chuvosa atrapalhou a logística, e nos impediu de chegar a tempo de assistir à apresentação da banda de abertura Allen Key, que por sinal executa um Rock moderno muito competente, destacando-se os belos vocais de Karina Menasce.

O set acústico de Marko (contrabaixo e voz), acompanhado de seu parceiro e guitarrista Tuomas Wäinölä, começou às 21h com a bela “Stones”, primeiro track de seu álbum solo “Pyre Of The Black Heart”. É muito fácil apreciar qualquer música na belíssima voz de Marko, que continua em plena forma como sempre. Ao término da “Crazy Train”, cover de Ozzy Osbourne, Marko fala sobre sua carreira solo e sobre o lançamento do single “Left On Mars”, que conta com a participação de Tarja Turunen.  Logo após tocam “Two Soldiers”, que também estará em seu segundo álbum solo, a ser lançado em 2024. Marko agradece ao final da música, disse que é ótimo estar de volta a São Paulo, o público aplaude e começa a gritar “Marko” sem parar.

A próxima música, de acordo com o Marko, “é algo que nunca fica velho” e de um outro grande astro do Metal. Fazem uma pequena intro com firulas e, então, tocam “Holy Diver” (cover do Dio), que ganhou uma improvisação no final com Tuomas batendo os pés rápido como se tivesse um pedal duplo, além de fazer ressoar os instrumentos. Marko gritou “Don’t Talk To… Don’t Talk To Estranjeros”, fazendo alusão a outra canção de Dio. O público seguiu empolgado e aplaudindo.

Após os agradecimentos, Marko deixou o seu baixo em repouso por um tempo e pegou uma guitarra acústica para tocar a próxima música, “The Islander”, do Nightwish. Antes de começar, ele brincou falando que pode tocar várias coisas, deixando todos felizes em vê-lo cantando e tocando a música de sua antiga banda.


Com o baixo novamente em mãos, fechou seu set acústico com a poderosa “Children Of The Grave”, cover de Black Sabbath, que teve um coro bem empolgante do público. Ao final, Marko despede-se com os gritos de ‘Marko, Marko, Marko’ mais uma vez.


Enquanto todos aguardavam o próximo show, notava-se o calor aumentando ao redor da imensa pista premium, que estava lotada. Mas neste momento seria impossível sair para o bar, correndo o risco de perder o lugar para a principal atração da noite. Tarja Turunen, às 22hrs e com um leve atraso de poucos minutos, começa o set com “Eye Of The Storm”, canção inédita que consta na coletânea “Best Of: Living The Dream” (2022) e que levaram a plateia à loucura quando a cantora entrou no palco.

Em inglês e português, Tarja disse que é lindo estar de volta aqui no Brasil e ver todos sorrindo e felizes. “Demons In You” – do “The Shadow Self” (2016) e que em estúdio conta com a participação de Alissa White-Gluz, mas com os backings do guitarrista Alex Scholpp e do baixista Pit Barret ao vivo – deu seguimento ao show.

Uma bela intro com a orquestração de Guillermo de Medio e um solo de bateria bem interessante de Alex Menichini fez com Alex Scholpp entoa-se os acordes de “Die Alive”, um clássico do “My Winter Storm” (2007). A plateia ficou bastante animada cantando junto ao ponto de a Tarja fazer agradecimentos no meio da música, que sem perder tempo, mandou a música com o título que faz jus a sua beleza, “Diva”, do “The Shadow Self” (2016)

Logo depois, ela perguntou se alguém sabia quantas vezes ela veio a São Paulo, mas ninguém soube dizer: ‘como assim, eu achei que vocês sabiam! Eu não sei, quem sabe? Ok, a primeira vez foi em 2000, certo? Isso é 24 anos atrás! É bastante tempo, mas eu amo isso’, falou.  

No piano, cantou a bela “Shadow Play”, do “In The Raw” (2019). Neste momento, principalmente, ficou evidente o bom entrosamento entre Alex, Julian, Pit e ela, que deixou o palco para que o Alex Scholpp e Julian Barret executarem um belo dueto de guitarras.

Eis que, finalmente, chega o momento mais esperado da noite: Tarja e Marko chegam juntos ao palco, sendo fortemente ovacionados pela galera. Afinal, são 18 anos desde que os ouvimos juntos pela última vez no Nightwish. Começaram com o clássico “Dead To The World”, do “Century Child” (2002) e depois com “Dark Star”, do “What Lies Beneath” (2010). Não há palavras suficientes para descrever este momento, mas vocês podem imaginar a empolgação de todos do início ao fim cantando junto. É maravilhoso ver Tarja e Marko cantando felizes, como se o tempo não houvesse passado. Suas vozes permanecem intactas e parecem bem à vontade no palco.

Tuomas Wäinölä apareceu ao palco para fazer participação em “Left On Mars”, que foi lançado oficialmente nas plataformas digitais na última quarta-feira (13/03). Porém houve um problema em seu equipamento, e Tarja brincou dizendo que foi culpa dela quando foi abraçá-lo. Todos encararam de boa, tanto é que o público começou a gritar ‘ole, ole, ole, ole, Tarja, Tarja’ e logo depois ‘ole, ole, ole, ole, Marko, Marko’. Sem dúvidas é um belo dueto, e esperamos que eles façam mais duetos em breve! ‘Bem, neste ano nós gravamos um novo dueto novamente. É uma música que eu e Tuomas Wäinölä compomos, eu convidei a Tarja e ela disse sim. Foi um acordo de cavalheiros, o que fizermos depois, eu prometo, vocês vão curtir’, falou Marko antes de executá-la.

De volta ao palco, Marko e Tarja cantaram a empolgante “Dead Promises”, mais uma do último álbum “In The Raw” (2019), com Alex, Pit e Julian agitando bastante. Tarja perguntou se Marko estava feliz, que respondeu: ‘sim, está sendo realmente muito divertido’. Tarja disse que, realmente, depois de todos estes anos, está sendo uma grande diversão. Sendo assim, despejaram mais pérolas, como a poderosa “Planet Hell”, do “Once” (2004) – último álbum do Nightwish com Tarja nos vocais e que esse ano completa duas décadas de lançamento. Com certeza um dos pontos altos da noite, com o público cantando e agitando sem parar do início ao fim. A animação seguiu com “I Wish I Had An Angel”, também do “Once” (2004), com Tarja bangueando.

Mais músicas da carreira solo da Tarja foram tocadas antes do tradicional Bis: a clássica “I Walk Alone”,– que no finalzinho fez um trocadilho cantando ‘na verdade eu caminho com vocês’ – e “Victim Of Ritual”, do “Colours In The Dark” (2013). Nesta música o público faz um belo coro junto com a cantora. O final apoteótico desta música, mais uma vez, mostrou a competência dos músicos de apoio com direito a mini solos de guitarra e bateria.

Novamente sob os gritos de ‘ole, ole, ole, ole, Tarja, Tarja’, a cantora e seus músicos voltam para mandar a última trinca da noite, dando o pontapé inicial com a bela “Innocense”, do  mais uma do álbum “The Shadow Self” (2016). Ao longo do show, o telão passava os clipes de várias músicas. Tarja apresentou seus músicos e agradeceu o apoio de todos. O público reagiu com muitas palmas, que pediu sem parar “The Phantom Of The Opera”, seu mais famoso dueto com Marko, mas era a vez de executar mais uma do álbum “What Lies Beneath" (2010), e a escolhida foi “Until My Last Breath”.

A galera queria ver mais um dueto com Marko, tanto é que gritaram novamente (sem parar) “The Phantom Of The Opera”. Ele e a Tarja, que neste momento estava vestida com uma camiseta da Seleção Brasileira de futebol, se uniram novamente para encerrar o show com o cover de “Over The Hills And Far Away”, do Gary Moore, e que é bem conhecido entre os fãs de Nightwish. Mais uma vez, o público ensandecido gritou com todas suas forças “The Phantom Of The Opera”, mas sem sucesso. Quem sabe numa próxima...

Em tempo, esperamos que Tarja e Marko se recuperem totalmente e que voltem a brilhar tanto quanto como brilharam nesta noite maravilhosa, em São Paulo, fazendo novos duetos no futuro.


Texto: Juliana Novo

Fotos: André Tedim

Edição/Revisão: Gabriel Arruda

 

Realização: Top Link Music

Agradecimentos: Isabele Miranda e Clovis Roman pelo credenciamento


Marko Hietala

Stones

Crazy Train (Ozzy Osbourne cover)

Two Soldiers

Holy Diver (Dio cover)

The Islander (Nightwish song)

Children of the Grave (Black Sabbath cover)

 

Tarja Turunen

Eye of the Storm

Demons In You

Die Alive

Diva

Shadow Play

Dead to the World (feat. Marko Hietala, Nightwish)

Dark Star (feat. Marko Hietala)

Left on Mars (feat. Marko Hietala)

Dead Promises (feat. Marko Hietala)

Planet Hell (feat. Marko Hietala, Nightwish)

Wish I Had An Angel (feat. Marko Hietala, Nightwish)

I Walk Alone

Victim of Ritual

***Encore***

Innocence

Until My Last Breath

Over the Hills and Far Away (feat. Marko Hietala, Gary Moore cover)

sábado, 7 de outubro de 2023

Cobertura de Show – Tarja – Tokio Marine Hall/SP – 23/09/2023

A renomada rainha Tarja Turunen retornou ao Brasil mais uma vez. Dessa vez, não fez seus fãs esperarem muito, com três shows programados em Porto Alegre, São Paulo e Limeira. 

Na noite de sábado, 23 de setembro, o palco do Tokio Marine Hall, em São Paulo, teve a honra de receber essa diva da música para encantar o público com seus sucessos de uma carreira solo consolidada.

O show em São Paulo contou com duas bandas de abertura, Lumnia (Modern Symphonic Metal) e Santo Graal (Symphonic Metal). Ambas deram início à noite com muita energia e não decepcionaram, recebendo uma calorosa recepção do público. 

O Brasil continua a revelar grandes talentos a cada ato de abertura, proporcionando aos fãs a oportunidade de conhecer novas bandas que merecem nossa atenção.

Após as performances de abertura e uma breve pausa para a troca de cenário, Tarja subiu ao palco por volta das 22:30. Ela foi ovacionada pelos fãs com aplausos e gritos, como uma verdadeira rainha merece.

Tarja encantou a todos começando com a música "Eye of the Storm", e o público prontamente atendeu aos seus pedidos de palmas, tornando a apresentação ainda mais emocionante.

Depois das primeiras cinco músicas, Tarja presenteou a plateia com um momento acústico, acompanhada apenas pelo piano, interpretando "Oasis" e "You and I". Ela aproveitou a oportunidade para expressar sua gratidão aos fãs que a acompanham desde sua primeira visita ao país.

Conforme anunciado, o show incluiu dois convidados especiais. O primeiro deles foi o cantor de ópera Thiago Arancam, conhecido por sua participação no musical "O Fantasma da Ópera" em 2018. Eles apresentaram a emocionante "The Phantom of the Opera", com Thiago caracterizado como o Fantasma. Tarja demonstrou mais uma vez por que é a melhor ao interpretar essa música.

Apesar de uma breve homenagem ao Nightwish com uma canção cover, Tarja brilhou especialmente com seu repertório solo, não deixando espaço para a sensação de que algo estava faltando no show. Por quase duas horas, o sucesso foi a palavra de ordem.

E para encerrar a noite com chave de ouro, o último convidado foi ninguém menos que o guitarrista e compositor do Angra, Rafael Bittencourt. Ele teve a honra de se juntar a Tarja mais uma vez para entoar o sucesso "Over the Hills and Far Away", do Gary Moore.

O show chegou ao fim pouco depois da meia-noite, em uma noite quente de sábado em São Paulo. Com carisma, receptividade calorosa do público e músicos extremamente entrosados no palco, Tarja entregou mais uma performance inesquecível em sua passagem pelo país.

 

Texto: Ingrid Evelin

Fotos: André Tedim

Edição / Revisão: Renato Sanson

 

Produção: Top Link Music

Mídia Press: Acesso Music (Clovis Roman) / Isabele Miranda

 

Tarja

Eye of the Storm

Demons in You

Falling Awake

Diva

Naiad

Oasis

You and I

Shadow Play

Enough

I Feel Immortal

The Phantom of the Opera (feat. Thiago Arancam)

I Walk Alone

Victim of Ritual

***Encore***

Innocence

Die Alive

Dead Promises

Until My Last Breath

Over the Hills and Far War (Gary More cover, feat. Rafael Bittencourt)

sábado, 23 de setembro de 2023

Cobertura de Show – Tarja Turunen – Bar Opinião/RS – 22/09/23

Por: Renato Sanson

Fotos: Uillian Vargas


Sold out! Assim definimos o show da Tarja no dia 22/09 na capital gaúcha, Porto Alegre. Algo que me surpreendeu positivamente, já que nos últimos shows em que fui cobrir tínhamos um público muito
abaixo do esperado.

Com a abertura dos portões um pouco antes das 21h e com a casa já praticamente lotada, os paulistas da Santo Graal fizeram as honras da noite. Nos apresentando um ótimo Symphonic Metal deixando o público bem à vontade e participativo.

O sexteto mostrou bastante energia e poder em suas composições próprias, e a ideia de ter um violoncelo traz muito magnetismo e curiosidade. Um ótimo show de uma banda que está na ativa desde os anos 2000.

Pois bem, era hora da rainha, da Diva Tarja Turunen retornar aos palcos do Rio Grande do Sul para a sua nova tour: “Living The Dream The Hits Tour 2023”. Trazendo os maiores sucessos de sua carreira solo.

Diga-se de passagem, uma bela carreira solo após sua saída do Nightwish onde sempre se manteve em alta e com muita relevância e com uma sonoridade bem diferente da sua antiga banda. Mostrando todo o seu poder criativo.

Exatamente as 23h (horário marcado para o show) as luzes diminuem, os PA’s ecoam, a excelente banda formada por Alex Scholpp e Julian Barret (guitarras), Pit Barret (baixo), Guillermo de Medio (teclado) e Alex Menichini (bateria) entram em cena e a ansiedade só aumenta quando ela chega maravilhosamente junto com a excelente “Eye of the Storm”.

Os presentes estavam extasiados e como sempre, Tarja é uma simpatia em pessoa e com uma presença de palco encantadora ganha a todos facilmente.

A sequência com “Demons in You” e “Falling Awake” seguiu em alta e fez com que todos cantassem e interagissem com Tarja a cada chamado seu.

É incrível como a finlandesa é magnética e sempre sorrindo e agitando com os fãs, batendo cabeça, cantando olhando nos olhos dos presentes, simplesmente a melhor frontwoman que o Heavy Metal já teve.

Destaco o momento que para mim foi o mais belo e lindo da noite, me deixando atônito. Quando um belo teclado chega ao palco, onde Tarja se senta a frente do mesmo e após terminar seu diálogo com o público “Oasis” e “You and I” são executadas magistralmente. Inesquecível!

A voz da Diva segue potente e inconfundível, claro, é entendível que o lado lírico não esteja tão presente nas notas mais altas, mas mesmo assim, segue um alto nível para poucos e poucas.

Chegando perto da metade do show ainda tivemos a fantástica “Shadow Play” e seu refrão cantado por todos no Bar Opinião, “Enough” e seu lado mais pesado e a lindíssima “I Feel Immortal”.

Sua passagem pelo Nightwish não ficaria em branco nesta noite e o maior sucesso dos finlandeses “Nemo” abre alas para um verdadeiro caldeirão e não é para menos, pois estávamos diante da verdadeira voz do Nightwish cantando um clássico que embalou uma geração, sensacional!

Um palco simples, com um belo pano de fundo com seu logo e um jogo de luzes que se destacou, pois trazia um ambiente diferente a cada música. A sonoridade em si foi bem satisfatória e aparentemente não tivemos falhas. Com uma vasta gama sonora de influencias e com uma voz tão poderosa o som tinha que ser no mínimo satisfatório e foi o que tivemos nesta bela noite.  

Em seguida a que considero a minha preferida de sua carreira solo, “I Walk Alone”, e todo o seu poder emocional, levando muitos presentes as lágrimas e o seu refrão cantado em uma única só voz por mais de 1500 pessoas.

A banda que acompanha Tarja é excelente e não fica devendo nada para o Dream Team montado pela cantora anos atrás. Além de grandes musicistas em palco são extremamente carismáticos e se entregam junto com a mesma a cada momento.

Chegando em sua reta final as já clássicas “Dead Promises” e “Until My Last Breath” encerram está noite mágica, que ficará marcada na história de muitos que ali estavam. Algo a se mencionar é a mescla do público presente que se dividiu entre adolescentes, crianças e o pessoal da velha guarda. Mostrando que sua música agrada ambos os públicos.

Ao final Tarja deixou todo o seu agradecimento e amor por Porto Alegre e adiantou que estará retornando no dia 09/03/24 para um show especial junto ao seu amigo e ex-companheiro de Nightwish Marko Hietala. Não preciso dizer que o Opinião veio abaixo!

Sem mais delongas, um dos melhores shows que vi nos últimos anos e a segunda vez que pude ver presencialmente a minha vocalista preferida do som pesado!


Setlist:

Eye of the Storm

Demons in You

Falling Awake

Diva

Love to Hate

Oasis (Tarja piano)

You and I (Tarja piano)

Shadow Play

Enough

I Feel Immortal

Nemo

I Walk Alone

Victim of Ritual

Encore:

Innocence

Die Alive

Dead Promises

Until My Last Breath