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quinta-feira, 4 de setembro de 2025

Cobertura de Show: The 69 Eyes – 31/08/2025 – Fabrique Club/SP

Gothic Rock finlandês, os Vampiros de Helsinki fazem bom show de redenção

O frio fim de inverno paulistano era o ambiente perfeito para um show “trevoso”! Foi nesse momento propício que, após pouco mais de um ano de se apresentarem no Summer Breeze Brasil 2024, o The 69 Eyes, uma das mais icônicas e cultuadas bandas de gothic rock, ou gothic metal, como preferirem, voltou a São Paulo para único show no Brasil. 

Expectativas existiam - e muitas. Na fila do evento, pessoas chegaram às sete horas da manhã para ficarem na “grade” (não havia grade, no fim das contas, o que é um problema, mas falaremos depois disso). Mais que isso, falamos com pessoas que vieram de Belém-PA, outros de Minas Gerais, só para assistirem o show. Não podemos deixar de citar isso, pois indica muito bem o quão apaixonados são os fãs da banda, e do gênero em geral. Além de tudo, o show do ano passado, no Summer Breeze Brasil, havia sido um tanto prejudicado por problemas técnicos persistentes, e um dos mais criticados do festival por esse motivo, então seus fiéis admiradores precisavam de uma redenção nesse específico quesito.

Com curto atraso - tolerável, dado o ótimo horário agendado -, quando as portas do Fabrique abriram, já havia uma boa fila na porta, embora nada que demonstrasse o quão cheio estaria. Acreditem, foi bem cheio (não lotado, mas cheio)! Poucos minutos após aberta a casa, o com capacidade ainda pela metade, a banda Drama subiu ao palco para a abertura do evento. Um grupo de faz uma interessante mistura de pós-punk com alguns elementos eletrônicos, como um New Order encontrando o Depeche Mode, foram muito aplaudidos em sua ótima apresentação. Não para menos, é exatamente o que se espera de um evento com a maior parte dos presentes pertencentes à sub-cultura gótica, e suas músicas “de Madame” (em referência à tradicional balada gótica paulistana, Madame, antigo Madame Satã) fazem parte da vida cotidiana desse povo. Começamos bem a noite, que ainda melhoraria!

Um dos pontos mais altos da noite, e uma grata surpresa, foi a banda When I Die. Mais pesados que a anterior, já se aproximando mais do “metal”, têm uma formação curiosa: eles não têm baterista! Isso não só não prejudica, como deixa seu som único. As baterias eletrônicas dão uma estética dançante ao som, e a densidade das vozes - tanto masculina quanto feminina - criam um ambiente soturno. Destaco o magnífico cover de Hells Bells do AC/DC, que embora seja um verdadeiro hard rock, em sua roupagem original, nessa releitura absurdamente criativa se encaixou no ambiente e até parecia que foi composta para ser assim - claro, sem desmerecer a original dos australianos, que é um clássico absoluto. Quando colocam duas bandas de abertura em um evento, ficamos muitas com pé atrás, pois chega a ser cansativo. Mas ali, não foi o caso. O When I Die merece um posto de destaque na cena gótica brasileira. Eu não criticaria uma pessoa que me falasse que foram os melhores do evento, embora não os principais.



Chegava o momento, então, dos donos da festa. Os Vampiros de Helsinki, em sua quarta passagem pelo país. Anteriormente, haviam fechado uma das noites do Summer Breeze Brasil 2024; em 2010, seu único show solo por aqui, e vinte anos atrás, uma apresentação diurna no Live N Louder.

No ano passado, apesar das expectativas - já que tinham cancelado apresentações no país anos antes -, o show foi cheio de problemas técnicos, e até mesmo o setlist teve que ser reduzido, com intervalos longos entre músicas que só pioraram pela presença de Supla tendo que improvisar coisas a falar no palco. Merecíamos mais, com todo respeito ao Papito, que fez o que podia. Essa era a oportunidade, e para casa cheia, ainda por cima!

Subiram ao palco com um tempo considerável de intervalo, mas dentro dos conformes, por se tratar da atração principal. Começaram bem, já com clássicos - no caso, Devils, e depois Feel Berlin, outra das antigas. É até engraçado ouvir a voz cantada do vocalista Jyrki 69, bem grave, mas quando fala, tem uma voz bem diferente, que nada lembra toda aquela profundidade. Isso não é uma crítica, e sim um elogio a alguém que tem ótima técnica e controle vocal. Em presença de palco, contudo, quem rouba a cena é o baterista Jussi 69 - animado, enérgico, toca jogando os braços para cima, e marretando a caixa de seu instrumento. Uma crítica, porém, é quanto ao som: não, não tivemos os problemas infindáveis da apresentação do Summer Breeze, mas pouco se ouvia do baixo, e da própria bateria, a caixa era muito mais alta que o resto das peças, e até encobria muitas partes do instrumental.

Em se tratando do setlist, foi o famoso “jogar seguro”. Não diferiram do que vinham fazendo recentemente, que na verdade é até interessante, com músicas que não tinham sido tocadas no Brasil, e que começaram a tocar ao vivo faz pouco tempo. Apesar disso, apenas uma do último, e excelente, disco mais recente, Death of Darkness - a ótima Drive -, o que é uma pena. Também apostaram muito em sua carreira de meados dos anos 2000, que não é exatamente a mais querida entre os fãs, com um punhado de clássicas, mas sem canções bem melhores mais antigas. Claro, algumas excelentes, como Gothic Girl, Brandon Lee e o bom cover do Boycott, Gotta Rock não podiam faltar, e não faltaram.


Já no bis, aquela “surpresa que todos sabiam”, e logo de cara, um cover dos Ramones, I Just Want to Have Something to Do, com Supla em dueto no vocal - Supla que, em 2024, quando estiveram aqui para o festival, foi o “mestre de cerimônia” do show dos finlandeses, então era quase óbvia uma participação do brasileiro. E não ficou ruim, pelo contrário, só não é algo inesperado. Fecharam a noite como todos esperavam, e não podia ser diferente: Lost Boys, seu maior hit, uma ode aos anos oitenta, e ao filme de vampiros de mesmo nome, estrelando Kiefer Sutherland (hoje em dia mais conhecido pelo personagem Jack Bauer, da série 24 Horas). 

No geral, uma noite de redenção, após o complicado show anterior, que foi bem sucedida. Não uma apresentação fora de série, nem impecável, mas com um setlist completo, sem qualquer “B.O.”, e uma performance tecnicamente excelente de cada um dos músicos. O famoso “play safe” funcionou muito bem, e os horários amistosos a todos deixou tudo melhor.




Edição/Revisão: Gabriel Arruda 





The 69 Eyes – setlist:

Devils

Feel Berlin

Perfect Skin

Betty Blue

Gotta Rock (Boycott cover)

Still Waters Runs Deep

Drive

Hevioso

The Chair

Cheyenna

Never Say Die

Gothic Girl

Wasting the Dawn

I Love the Darkness in You

Brandon Lee

I Just Want to Have Something to Do (Ramones cover)

Bis

Dance d’Amour

Lost Boys

terça-feira, 19 de agosto de 2025

THE 69 EYES: CINCO RAZÕES PARA VER O SHOW NO BRASIL

Marek Sabogal

Direto da Finlândia, os ícones do Gothic Rock desembarcam esse mês no Brasil

Por Fernando Queiroz

Quando se trata de música acessível a várias tribos, o The 69 Eyes é um exemplo a ser seguido. Você vai encontrar fãs góticos, headbangers e até pessoas do rock mais casual possível! Na sua quarta passagem pelo país, o show no final de agosto é uma oportunidade perfeita para assistir a uma das mais icônicas bandas finlandesas. Listamos aqui cinco razões para você ver o show!

1) Gothic Rock para todos! O The 69 Eyes pode se considerar uma banda que passeia por vários gêneros perfeitamente, indo do gothic rock ao metal. Você vai encontrar, à primeira ouvida, uma clara influência de The Sisters of Mercy, em especial pela voz de Jerky 69, mas também um som mais pesado e flertando com o metal finlandês dos anos noventa.

2) Clima de balada! Quem já foi ou conhece a famosa casa Madame (antigo Madame Satã) em São Paulo está acostumado com o conceito de “balada gótica”, e o show do The 69 Eyes te proporciona essa sensação. Ambiente escuro, gelo seco, o clima “dark” é o diferencial do que você veria em um “típico show de metal”.

3) Formação mais sólida e longeva possível! Quem vê o show do The 69 Eyes percebe o entrosamento perfeito entre eles. Não para menos, desde seu primeiro álbum, a banda nunca trocou um integrante, então o que se tem em shows é exatamente a imagem que você tem da banda em qualquer ocasião! Aliás, uma banda passar mais de trinta anos sem trocar membros só pode querer dizer o quão bons são no que se propõe, não?

4) Setlist variado! São treze álbuns de estúdio, desde 1992, então o que não falta é música para apresentarem. Diga-se de passagem, eles têm uma discografia sólida, embora em tempos mais recentes tenham ido para um lado mais “eletrônico” — que também vale ser ouvido!

5) Destaques quando vieram! Duas das vezes que a banda esteve no Brasil foi em festivais, a última no Summer Breeze Brasil de 2024, e a primeira no Live n Louder, em 2005. Em ambos os casos, a mídia especializada sempre os colocou como destaques ou, no mínimo, gratas surpresas.

Todas as informações desse show imperdível em São Paulo, único no país, para diversos públicos podem ser vistos aqui!

SERVIÇO

Data: 31 de agosto de 2025 (domingo)
Abertura das Portas: 17h
Local: Fabrique Club
Endereço: R. Barra Funda, 1071 – Barra Funda, São Paulo – SP

Ingressos:
Meia Entrada / Solidária: R$ 200,00
Inteira: R$ 400,00

sábado, 7 de junho de 2025

Cobertura de Show: Tarja Turunen – 24/05/2025 – Tokio Marine Hall/SP

Sábado, 24 de maio, foi marcado por uma noite cheia de surpresas na vinda de Tarja Turunen e Marko Hietala a São Paulo em sua turnê no Brasil. E quando falamos de surpresas, não é eufemismo, começando pela banda de abertura Madzilla, vinda de Las Vegas que nos trouxe um show pra cima, melódico e com a apresentação de sua nova guitarrista e de um arriscado português demonstrando seu respeito ao público brasileiro.




Infelizmente, ao final da abertura, tivemos a notícia de que Marko Hietala não poderia fazer seu show acústico devido a problemas médicos, mas quem decidiu desistir do show e receber o reembolso não esperava que Marko iria se recuperar a ponto de conseguir subir ao palco ao lado de Tarja na parte final e encerramento de seu show.

Tarja subiu ao palco junto a sua orquestra impecável fazendo o público vibrar com seu vocal potente e sua simpatia, sem falar de sua beleza impactante e sua desenvoltura em cima do palco relembrando clássicos de sua carreira solo. 

Para quem vêm acompanhando seus shows ao Brasil, já sabe que Tarja fez uma homenagem a Rita Lee cantando seu grande sucesso Ovelha negra, mas o que não estávamos esperando era a participação de seu amigo, Kiko loureiro, o que deixou fez o chão do Tokio Marine Hall tremer. Importante lembrar que Kiko Loureiro, já considerado um dos melhores guitarristas do mundo estará no mesmo palco no dia 7 de junho.

Após esse dueto Tarja volta ao seu show e o que todos esperavam aconteceu, Marco entra ao palco para fazer sua participação e nos surpreende cantando boa parte do show, incluindo sucessos do Nightwish da época em que estavam juntos na primeira formação.

Tarja encerra seu show com um dos seus maiores sucessos da carreira solo I Walk Alone e com um discurso emocionante se despedindo da sua turnê e de São Paulo. Não precisamos dizer o quanto tudo foi incrível, a orquestra, músicos, os duetos, mas nada próximo a luz e força que Tarja Turunen nos trouxe nesta noite.


Texto: Cristina De Mouras

Fotos: Rogério Talarico

Edição/Revisão: Gabriel Arruda


Realização: Top Link Music


Tarja Turunen – setlist: 

Eye of the Storm

In for a Kill

Undertaker

Sing for Me

Deliverance

Demons in You

Victim of Ritual

--------------------------------------------

Acústico

Ovelha Negra (Rita Lee cover) (com Kiko Loureiro)

The Crying Moon / Feel for You / Eagle Eye (com Marko Hietala)

Higher Than Hope (com Marko Hietala)

--------------------------------------------

Left on Mars (com Marko Hietala)

Slaying the Dreamer (com Marko Hietala)

Silent Masquerade (com Marko Hietala)

Wishmaster (com Marko Hietala)

I Walk Alone

Bis

Dead Promises

Wish I Had an Angel (com Marko Hietala)

Until My Last Breath

segunda-feira, 27 de janeiro de 2025

Marko Hietala: Reflexões e Novos Caminhos no Heavy Metal

Por Jessica Tahnne Valentim

Marko Hietala, conhecido por sua carreira no Nightwish e no Tarot, está prestes a lançar Roses from the Deep, seu segundo álbum solo, no dia 7 de fevereiro pela Nuclear Blast. Durante uma entrevista coletiva com jornalistas sul-americanos, Marko compartilhou detalhes sobre o novo projeto, que reflete sua jornada pessoal, liberdade artística e experimentação musical. 

Por que um álbum solo? 

Marko explicou que a ideia de criar um álbum solo veio de forma natural durante o período de isolamento da pandemia, enquanto superava um longo episódio de depressão e ansiedade. “Eu já tinha começado a compor antes mesmo de decidirmos oficialmente fazer um álbum. A ideia cresceu quando percebi que tinha as pessoas certas para trabalhar comigo e explorar sonoridades diferentes das do Tarot ou Nightwish.” Ele destacou que Roses from the Deep é menos centrado no heavy metal tradicional e combina rock clássico, metal progressivo e elementos acústicos. 

Som cinematográfico e diversidade 

A atmosfera cinematográfica de faixas como Frankenstein’s Wife chamou a atenção dos entrevistadores. Marko explicou: “Não foi algo exatamente intencional, mas quando adicionamos camadas, dinâmicas de banda e orquestras, o resultado se torna expressivo dessa forma. Buscamos variedade entre as músicas sem perder a coerência do álbum como um todo.” 

Influências e temas 

Marko mencionou que Left on Mars reflete seu amor por ficção científica: “Tenho um grande histórico de leitura de ficção científica, então uso simbolismos fortes conscientemente nas letras.” Já Impatient Zero é mais pessoal, abordando um período de escuridão em sua vida: “Essa música é como colocar em palavras e música uma parte sombria da minha história, algo para eu observar e processar.”

Colaborações marcantes 

O álbum inclui participações especiais, como Tarja Turunen em Left on Mars e JP Leppäluoto em Two Soldiers, uma balada orquestral com tema anti-guerra. “JP e eu compartilhamos uma espécie de irmandade de estrada, então foi natural fazer essa parceria. A música ganhou um impacto emocional tão forte que até minha esposa e sogra choraram ao ouvi-la pela primeira vez.” 

Um álbum com identidade própria 

Marko enfatizou que o processo criativo foi profundamente colaborativo. “Eu sempre entrego demos aos caras da banda e deixo espaço para eles contribuírem. Isso enriquece o resultado final e adiciona elementos que eu nunca teria pensado sozinho.” Ele também ressaltou que a gravação seguiu uma abordagem "old school", com a banda tocando junta no estúdio: “Queríamos capturar o groove e a vibe do grupo, e não algo excessivamente polido ou artificial.” 

Turnês e futuro 

A turnê de lançamento começa no mesmo dia do lançamento do álbum, na Finlândia, com a participação de Nora Louhimo (Battle Beast). Depois, Marko se junta a Tarja Turunen para uma série de shows na Europa, antes de chegar à América do Sul em maio. Sobre os planos futuros, ele afirmou: “Não quero me limitar a um gênero específico. Se surgir uma ideia que seja realmente poderosa e sinfônica, eu a seguirei. Mas, no momento, estou gostando da liberdade de explorar diferentes estilos.”

Reflexões pessoais 

Hietala revelou que o diagnóstico de TDAH o ajudou a compreender melhor sua jornada: “Estar deprimido e ansioso é exaustivo. Quando alcancei um ponto em que comecei a melhorar, isso também se refletiu na música. Este álbum é mais enérgico e positivo, mesmo que algumas faixas ainda tenham uma atmosfera sombria.” Roses from the Deep não é apenas um álbum, mas um testemunho da resiliência e criatividade de Marko Hietala, unindo narrativas profundas, sonoridades diversificadas e sua marca única no heavy metal.

Agradecimentos à Nuclear Blast e ao Marcos Franke pelo oportunidade de ter participado da coletiva online

sábado, 7 de outubro de 2023

Cobertura de Show – Tarja – Tokio Marine Hall/SP – 23/09/2023

A renomada rainha Tarja Turunen retornou ao Brasil mais uma vez. Dessa vez, não fez seus fãs esperarem muito, com três shows programados em Porto Alegre, São Paulo e Limeira. 

Na noite de sábado, 23 de setembro, o palco do Tokio Marine Hall, em São Paulo, teve a honra de receber essa diva da música para encantar o público com seus sucessos de uma carreira solo consolidada.

O show em São Paulo contou com duas bandas de abertura, Lumnia (Modern Symphonic Metal) e Santo Graal (Symphonic Metal). Ambas deram início à noite com muita energia e não decepcionaram, recebendo uma calorosa recepção do público. 

O Brasil continua a revelar grandes talentos a cada ato de abertura, proporcionando aos fãs a oportunidade de conhecer novas bandas que merecem nossa atenção.

Após as performances de abertura e uma breve pausa para a troca de cenário, Tarja subiu ao palco por volta das 22:30. Ela foi ovacionada pelos fãs com aplausos e gritos, como uma verdadeira rainha merece.

Tarja encantou a todos começando com a música "Eye of the Storm", e o público prontamente atendeu aos seus pedidos de palmas, tornando a apresentação ainda mais emocionante.

Depois das primeiras cinco músicas, Tarja presenteou a plateia com um momento acústico, acompanhada apenas pelo piano, interpretando "Oasis" e "You and I". Ela aproveitou a oportunidade para expressar sua gratidão aos fãs que a acompanham desde sua primeira visita ao país.

Conforme anunciado, o show incluiu dois convidados especiais. O primeiro deles foi o cantor de ópera Thiago Arancam, conhecido por sua participação no musical "O Fantasma da Ópera" em 2018. Eles apresentaram a emocionante "The Phantom of the Opera", com Thiago caracterizado como o Fantasma. Tarja demonstrou mais uma vez por que é a melhor ao interpretar essa música.

Apesar de uma breve homenagem ao Nightwish com uma canção cover, Tarja brilhou especialmente com seu repertório solo, não deixando espaço para a sensação de que algo estava faltando no show. Por quase duas horas, o sucesso foi a palavra de ordem.

E para encerrar a noite com chave de ouro, o último convidado foi ninguém menos que o guitarrista e compositor do Angra, Rafael Bittencourt. Ele teve a honra de se juntar a Tarja mais uma vez para entoar o sucesso "Over the Hills and Far Away", do Gary Moore.

O show chegou ao fim pouco depois da meia-noite, em uma noite quente de sábado em São Paulo. Com carisma, receptividade calorosa do público e músicos extremamente entrosados no palco, Tarja entregou mais uma performance inesquecível em sua passagem pelo país.

 

Texto: Ingrid Evelin

Fotos: André Tedim

Edição / Revisão: Renato Sanson

 

Produção: Top Link Music

Mídia Press: Acesso Music (Clovis Roman) / Isabele Miranda

 

Tarja

Eye of the Storm

Demons in You

Falling Awake

Diva

Naiad

Oasis

You and I

Shadow Play

Enough

I Feel Immortal

The Phantom of the Opera (feat. Thiago Arancam)

I Walk Alone

Victim of Ritual

***Encore***

Innocence

Die Alive

Dead Promises

Until My Last Breath

Over the Hills and Far War (Gary More cover, feat. Rafael Bittencourt)

sábado, 23 de setembro de 2023

Cobertura de Show – Tarja Turunen – Bar Opinião/RS – 22/09/23

Por: Renato Sanson

Fotos: Uillian Vargas


Sold out! Assim definimos o show da Tarja no dia 22/09 na capital gaúcha, Porto Alegre. Algo que me surpreendeu positivamente, já que nos últimos shows em que fui cobrir tínhamos um público muito
abaixo do esperado.

Com a abertura dos portões um pouco antes das 21h e com a casa já praticamente lotada, os paulistas da Santo Graal fizeram as honras da noite. Nos apresentando um ótimo Symphonic Metal deixando o público bem à vontade e participativo.

O sexteto mostrou bastante energia e poder em suas composições próprias, e a ideia de ter um violoncelo traz muito magnetismo e curiosidade. Um ótimo show de uma banda que está na ativa desde os anos 2000.

Pois bem, era hora da rainha, da Diva Tarja Turunen retornar aos palcos do Rio Grande do Sul para a sua nova tour: “Living The Dream The Hits Tour 2023”. Trazendo os maiores sucessos de sua carreira solo.

Diga-se de passagem, uma bela carreira solo após sua saída do Nightwish onde sempre se manteve em alta e com muita relevância e com uma sonoridade bem diferente da sua antiga banda. Mostrando todo o seu poder criativo.

Exatamente as 23h (horário marcado para o show) as luzes diminuem, os PA’s ecoam, a excelente banda formada por Alex Scholpp e Julian Barret (guitarras), Pit Barret (baixo), Guillermo de Medio (teclado) e Alex Menichini (bateria) entram em cena e a ansiedade só aumenta quando ela chega maravilhosamente junto com a excelente “Eye of the Storm”.

Os presentes estavam extasiados e como sempre, Tarja é uma simpatia em pessoa e com uma presença de palco encantadora ganha a todos facilmente.

A sequência com “Demons in You” e “Falling Awake” seguiu em alta e fez com que todos cantassem e interagissem com Tarja a cada chamado seu.

É incrível como a finlandesa é magnética e sempre sorrindo e agitando com os fãs, batendo cabeça, cantando olhando nos olhos dos presentes, simplesmente a melhor frontwoman que o Heavy Metal já teve.

Destaco o momento que para mim foi o mais belo e lindo da noite, me deixando atônito. Quando um belo teclado chega ao palco, onde Tarja se senta a frente do mesmo e após terminar seu diálogo com o público “Oasis” e “You and I” são executadas magistralmente. Inesquecível!

A voz da Diva segue potente e inconfundível, claro, é entendível que o lado lírico não esteja tão presente nas notas mais altas, mas mesmo assim, segue um alto nível para poucos e poucas.

Chegando perto da metade do show ainda tivemos a fantástica “Shadow Play” e seu refrão cantado por todos no Bar Opinião, “Enough” e seu lado mais pesado e a lindíssima “I Feel Immortal”.

Sua passagem pelo Nightwish não ficaria em branco nesta noite e o maior sucesso dos finlandeses “Nemo” abre alas para um verdadeiro caldeirão e não é para menos, pois estávamos diante da verdadeira voz do Nightwish cantando um clássico que embalou uma geração, sensacional!

Um palco simples, com um belo pano de fundo com seu logo e um jogo de luzes que se destacou, pois trazia um ambiente diferente a cada música. A sonoridade em si foi bem satisfatória e aparentemente não tivemos falhas. Com uma vasta gama sonora de influencias e com uma voz tão poderosa o som tinha que ser no mínimo satisfatório e foi o que tivemos nesta bela noite.  

Em seguida a que considero a minha preferida de sua carreira solo, “I Walk Alone”, e todo o seu poder emocional, levando muitos presentes as lágrimas e o seu refrão cantado em uma única só voz por mais de 1500 pessoas.

A banda que acompanha Tarja é excelente e não fica devendo nada para o Dream Team montado pela cantora anos atrás. Além de grandes musicistas em palco são extremamente carismáticos e se entregam junto com a mesma a cada momento.

Chegando em sua reta final as já clássicas “Dead Promises” e “Until My Last Breath” encerram está noite mágica, que ficará marcada na história de muitos que ali estavam. Algo a se mencionar é a mescla do público presente que se dividiu entre adolescentes, crianças e o pessoal da velha guarda. Mostrando que sua música agrada ambos os públicos.

Ao final Tarja deixou todo o seu agradecimento e amor por Porto Alegre e adiantou que estará retornando no dia 09/03/24 para um show especial junto ao seu amigo e ex-companheiro de Nightwish Marko Hietala. Não preciso dizer que o Opinião veio abaixo!

Sem mais delongas, um dos melhores shows que vi nos últimos anos e a segunda vez que pude ver presencialmente a minha vocalista preferida do som pesado!


Setlist:

Eye of the Storm

Demons in You

Falling Awake

Diva

Love to Hate

Oasis (Tarja piano)

You and I (Tarja piano)

Shadow Play

Enough

I Feel Immortal

Nemo

I Walk Alone

Victim of Ritual

Encore:

Innocence

Die Alive

Dead Promises

Until My Last Breath


segunda-feira, 20 de março de 2023

Sonata Arctica – 15/03/23 – Bar Opinião – Porto Alegre/RS

Cobertura: Renato Sanson

Fotos: Uillian Vargas

Três anos se passaram após o primeiro anuncio da tour de 25 anos dos finlandeses do Sonata Arctica. Isso devido ao Covid-19 e seus impactos globais. Porém, finalmente em 2023 a banda conseguiu desembarcar para a sua turnê Sul-Americana e Porto Alegre não ficou de fora.

Mas antes, tivemos como open act a banda paulista Firewing, que está acompanhando o Sonata nesta tour e divulgando o seu Debut “Ressurrection” (21). A proposta é um Metal Melódico com bons toques de Prog e Heavy Tradicional, com linhas bem marcantes e melodias que grudam. A banda como um todo é extremamente competente no que se propõe e deixaram uma ótima impressão aos gaúchos.

O som do Firewing também estava ótimo, uma produção bem profissional o que deu ainda mais impacto para a apresentação.

21h em ponto as luzes se apagam e a intro clássica do Sonata Arctica ecoa nos PA’s ao som de “Bright Side of Life” do Monty Phyton, com uma ambientação belíssima na cor azul, um a um dos músicos vão subindo ao palco e despejam logo de cara “The Wolves Die Young” para o público ir a loucura.

Mesmo se passando três anos desde a primeira data marcada, o Bar Opinião recebeu um excelente público, mostrando o quanto os fãs do Sonata são fieis e deixando a banda mais que contente ao ver a casa cheia.

Mantendo os clássicos da atualidade, tivemos em sequência “The Last Amazing Grays” e “Storm the Armada” e mostra o quanto os finlandeses se renovaram com o passar dos anos, não se prendendo mais ao Power Metal do passado, mas adicionando diversos elementos a sua musicalidade e angariando novos fãs pelo mundo.

O tempo acaba sendo implacável e é visível na banda que aqueles jovens despretensiosos de outrora estão com traços avançados da idade e de sua rotina intensa de shows, mas é nostálgico quando Tony Kakko joga suas linhas vocais e me remete aos meus anos áureos de adolescência, e se torna emocionante estar ali podendo reviver mesmo que por alguns instantes momentos tão bons.

Atualmente o Sonata Arctica é formado por: Tommy Portimo (bateria), Henrik Kingenberg (teclado), Pasi Kaupinen (baixo), Elias Viljanen (guitarra) e Tony nos vocais. Uma formação já estabilizada a alguns anos o que traz maior segurança e entrosamento ao vivo.

Porém, não posso deixar de mencionar um ponto em questão, que foi a qualidade sonora da apresentação, que estava nítida, mas extremamente alta e com os teclados sobrepondo as linhas de guitarra. Por algum momento ficou claro o desconforto de Elias, pois parecia que nem ele mesmo estava se ouvindo.

Não sei o que acontece nos shows da banda, mas é a segunda vez que os vejo ao vivo e o mesmo problema persiste. Pois vamos concordar, um dos grandes destaques do Sonata sempre foram os riffs e os solos que se diferenciam ao meio de toda a camada sinfônica e que levou os caras a ganharem o mundo. Quando iniciaram “Kingdom for a Heart” e “Black Sheep” (surpresa no setlist) ficou aquela sensação de vazio, pois não conseguíamos ouvir os riffs e os solos incríveis destes dois clássicos.

Mas momentos marcantes não faltaram como em “Fullmoon”, “I Have a Right”, “The Cage” e a belíssima “Tallulah”.

Ao final Tony falou sobre toda essa questão da pandemia e esses três anos de espera que não foram fáceis para eles também. Seja pela duvida de como o mundo artístico seguiria e pela questão de saúde dos fãs e familiares. Se demonstrou muito emocionado e feliz pelos fãs não terem desistido e segurado os seus ingressos até o momento de revê-los. No mínimo sensacional as palavras, o que arrancou ainda mais aplausos. Por mais que não seja o melhor vocalista do mundo ao vivo ou tenha a melhor das performances, Tony é extremamente carismático e ganha os fãs pela sua simplicidade e simpatia.

Mais um show do Sonata é concluído em solo gaúcho e deixa claro que aqui é parada obrigatória dos finlandeses em suas próximas turnês. Um ótimo show, um ótimo público e mais uma bela noite de Heavy Metal na capital gaúcha.

Setlist:

01 The Wolves Die Young

02 The Last Amazing Grays

03 Storm the Armada

04 Paid in Full

05 Sing in Silence

06 Kingdom for a Heart

07 Caleb

08 Closer to an Animal

09 Black Sheep

10 Broken

11 I Have a Right

12 Tallulah

13 FullMoon

14 The Cage

15 Don't Say a Word

 

 

domingo, 21 de abril de 2019

Cobertura de Show – Amorphis (13/04 – Porto Alegre/RS): finalmente em solo gaúcho


Cobertura: Renato Sanson
Fotos: Uillian Vargas


Da fria e bela Finlândia tivemos o prazer de presenciar a nova tour  - a “Queen of Time Tour”, que divulga seu 13° álbum de estúdio “Queen of Time” – do ícone Amorphis, que desta vez passou por Porto Alegre.

É interessante notar que mesmo com toda sua mudança musical o Amorphis mantém uma legião de fãs bastante solida, claro, alguns se dividem, até mesmo pela questão de preferirem a fase mais extrema e outros a fase mais experimental, mas o que fica é a qualidade e a evolução eminente em sua música.

O local escolhido para o show foi o Centro de Eventos da Fiergs, complexo este que também estava recebendo o maior evento de tatuagem do Brasil, o Inked Art Tattoo (realizado nos dias 11, 12 e 13 de abril) e nada melhor que na segunda noite do mesmo receber está grande atração do Metal mundial.


Em termos de estrutura só temos elogios, pois o local escolhido foi de um acerto absurdo tendo acessibilidade e bastante comodidade para os que ali estavam para assistir ao show, além da ótima sonorização apresentada, muito bem equalizada e soando sem falhas e sem contar o ótimo atendimento dos funcionários do local.

Após a montagem de palco finalizada – muito bela por sinal – não demora para a intro ecoar nos PA’s e os monstros mostrarem ao que vieram despejando logo de cara “The Bee” e “The Golden Elk” (ambas do álbum mais recente) que agitou os presentes, com uma banda extremamente entrosada e cheia de feeling.

O que me chamou a atenção do show em si, foi a predileção pela fase de Tomi Joutsen no grupo, respectivamente o vocalista que mais tempo ficou à frente do Amorphis e gravou mais discos, ao total de sete até o momento. Não que isso seja ruim, mas da fase inicial que muitos também gostam (me incluo nela) tivemos só a clássica “Black Winter Day”, as demais todas pertencentes aos álbuns com a voz de Tomi.


Mas claro que grandes clássicos surgiram desta “nova” - “velha” fase como: “Sky Is Mine” (emocionante no mínimo), “Silver Bride” e “House Of Sleep”.

Vale destacar a presença de palco da banda e todo seu comprometimento com o público, interagindo e sendo mais do que atenciosos, mostrando que não era apenas mais um show da turnê, mas que estavam felizes de estarem ali nos brindando com sua musicalidade única pela primeira vez.


Demorou, mas enfim Porto Alegre recebeu o Amorphis saciando a vontade dos fãs, tendo um ótimo público que se mostrou presente desde a primeira nota executada. Agora é torcer pela volta dos finlandeses o quanto antes!


Setlist:
01 – The Bee
02 – The Golden Elk
03 – Sky Is Mine
04 – Sacrifice
O5 – Against The Widows
06 – Silver Bride (intro)
07 – Bad Blood
08 – Wrong Direction
09 – Daughter Of Hate
10 – Heart Of The Giant
11 – Hopeless Days
12 – Black Winter Day
Bis
13 – Death Of a King
14 – House Of Sleep


O Amorphis atualmente é:
Tomi Joutsen (vocal – desde 2005)
Esa Holopainen (guitarra – desde 1990)
Tomi Koivusaari (guitarra – desde 1990)
Olli-Pekka Laine (baixo – 1990 – 2000 / 2017 – atual)
Santeri Kallio (teclado – desde 1998)
Jan Rachberger (bateria – 1990 – 1995 / 2002 – atual)

sábado, 8 de setembro de 2018

AURI: Beleza e Atmosferas Mágicas na Nova Empreitada de Tuomas



O trio AURI, formado por Tuomas Holopainen (Nightwish), sua esposa Johanna Kurkela,  e o inglês multi-instrumentista e também parceiro de Nightwish, Troy Donockley, é a  mais nova empreitada paralela à sua banda principal, e a exemplo de seu trabalho solo "The Life and Times of Scrooge" (que também contou com Johanna), segue, naturalmente, por um caminho bem diferente do que faz no Nightwish.

O AURI é um álbum para quem gosta da música produzida por Holopainen, um disco para apreciar de mente aberta, sem esperar algo ligado ao Metal ou o Sympho Metal do Nightwish. O que temos aqui são atmosferas mágicas, belas e muitas vezes introspectivas, banhadas por música Folk, alguns momentos estilo "soundtrack", e lindos arranjos de teclados, violinos, flautas, percussões e muitos outros instrumentos que vão dando um colorido a cada momento do trabalho.


As parcerias são perfeitas, pois Troy já mostrou sua capacidade criativa ao mundo, após juntar-se ao Nightwish, e Johanna tem uma voz doce e com um lindo timbre, criando linhas que encaixaram muito bem às canções. Um trabalho praticamente "em família", o que certamente contribuiu no entrosamento e cumplicidade, resultando em um álbum com muito bom gosto e emoção. O AURI tem seus temas inspirados nos livros de Patrick Rothfuss (a faixa "The Name of the Wind" é inspirada no nome do primeiro livro do escritor), e o nome "AURI" deriva do latim "Aurora".

Excelente para momentos de reflexão e paz. Simplesmente coloque para ouvir e deixe a música lhe envolver. Vou tentar passar um pouco do clima de alguns momentos do álbum, como na abertura com "The Space Between", que soa, digamos, como um Pop/Folk moderno, mixando algo de música eletrônica na batida e teclados, além de um belo e grandiosos refrão; após, temos uma mudança de direção, com a dramática e sinfônica "I Hope Your World is Kind"; a música folk e pesada é o tom em "Skeleton Tree" e nos belíssimos arranjos de piano, violino e cordas na acústica e introspectiva "Desert Flower".


Deixe-se envolver nas percussões, quase que tribais, o som da água, e os belíssimos arranjos de teclado e violino de "Aphrodite's Rising", os quais são uma trilha perfeita para a bela voz de Johanna e suas tocantes linhas vocais. Que música bela e cativante! Viaje nos climas e na aura etérea da quase totalmente instrumental "Savant" ou na melancolicamente bela "Underthing Solstice".

Recomendo sem medo para os fãs de Tuomas, e quem gosta de ouvir uma música cheia de atmosferas folk, mágicas e introspectivas. Excelente produção, belas composições e bom gosto do trio Tuomas, Troy e Johanna. Algo me diz que no futuro teremos mais.

Texto: Carlos Garcia
Fotos: Divulgação

Ficha Técnica:
Banda: AURI
Álbum: AURI (2018)
País: Finlândia
Estilo: Folk/Sinfônico
Produção: Auri
Logo: Johanna Kurkela
Selo: Nuclear Blast/Shinigami Records


Track-list
1. The Space Between
2. I Hope Your World is Kind
3. Skeleton Tree
4. Desert Flower
5. Night 13
6. See
7. The Name of The Wind
8. Aphrodite Rising
9. Savant
10. Underthing Solstice
11. Them Thar Chanterelles (feat Liquor in the Well)


       


       

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Interview - Sonata Arctica: Devotion and Affection by Brazil

Leia em Português


Twenty years of history in service Power/Melodic, that's Sonata Arctica: They won many fans across the world,  for simplicity in their sound or by catchy melodies, is the fact that innovation was also present in all that time, casting some discs distuned of the beginnings, but still brought him many fans.

And about all these aspects, the keyboard player, Henrik Klingenberg (in the band since 2003) commented the early days, this new tour that arrives in Brazil, the changes in the sound and surely, the new album "Pariah's Child".

"We are currently returning from vacation and getting back to work. "Pariah's Child" came out almost a year ago, and last fall were re-releasing our first album "Ecliptica". At the moment the band is on tour and we will continue on the road until the end of 2015."



Asked about the change in sound that began in "Unia" album, Henrik replied that:

"I think it's a natural progression in each album you will discover something new and want to evolve and try new sounds, etc ... I hope that we continue to move toward in something new with each album."

About  the country Finland be a paradise for heavy metal bands Henrik explains:

"Yes and no, for me  Finland is : my home, my family and friends and so on, but especially here in the north, where we live, there is  no metal scene , really. If you are looking for the best place definitly is Metal scene in southern Finland. What we have here is a lot of beautiful nature that I enjoy very much."



In 2012 Sonata released "Stones Grow Her Name", that even following the line of the  early works, especially clashed their sound, with a very large commercial appeal, what really bothered many fans. But in 2014 with "Pariah's Child" the band decided return  to their origins, rerunning the classic Power Metal consecrated them, and Henrik talks about these two parameters:

 "SGHN was our album" rock "as it were, and even though I liked of the work we create, really was not the Sonata Arctica.  So we did some "examinations of conscience" before starting to do the "Pariah's Child" and brought back some of the earliest influences and sounds that the band had in the beginning."


About Jani Liimatainen  leave the band n the entrance of Elias Viljanen:

"We had another guy and Elijah auditioning for the job, and Elias  was adjusted better.

We knew that the job was only to fill Jani for some shows, as he would do his personal work together to work with the band... Eventually he didn't so we asked Elijah to join us full time."


Regarding the rewriting of the classic "Ecliptica":

"Our Japanese record company suggested it to us, and after thinking about it for a while, we decided that why the hell not? I consider this to be more like a tribute to the original album, the line-up is not the same. We also are not trying to replace the original version, much less annoying fans who knew and appreciated the album. As always at times when you released something some fans like others don't."


About "Winterheart's Guild" (2003) is the album "darker" Sonata Arctica Henrik refutes that:

"I don't think that its really so dark and obscure," The Days of Grays "is probably the darkest album we've done so far... Anyway I was not in the band during the WHG recordings, so I have no idea because it ended up sounding or being considered so dark..."


The Sonata landed again in Brazil in March, but this time for a greatest tour in the country, so Henrik speaks what the Brazilian fans can expect:

"You can expect some things of "Pariah's Child", as well as some older "hits", always try to make a balanced show, with lots of energy and we are eager to have enough time on stage and make these nights more than special for our fans.


We are all really looking forward to returning to Brazil, our fans have been very good to us over the years and this time we'll touch on several shows in new cities, so i'm sure we'll have a blast together."


Interview/review/edition: Renato Sanson
Translation: Nanda Vidotto/Marlon Mitnel

Access channels of the band: