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quinta-feira, 27 de junho de 2024

Cobertura de Show: Kool Metal Fest – 09/06/2024 – Vip Station/SP

Foi o grande encontro nacional do Death Metal! Todo mundo estava lá: bandas, público de vários lugares do Brasil se encontraram no Vip Station numa tarde de domingo para celebrar esse dia histórico do Kool Metal Fest, no qual o Possessed foi a atração da noite e abarrotou o lugar.

Do lado de fora, para desespero dos evangélicos, uma multidão já estava calibrando na cerveja para poder curtir e encontrar uma cena poucas vezes vistas em Santo Amaro com a rua tomada de camiseta com cruzes invertidas, dava para sentir que lá dentro seria uma noite memorável. Ao entrar, o momento de conseguir andar e pegar uma gelada foram nas primeiras bandas. Ver amigos e cumprimentá-los era tudo no começo do evento e depois era desencontrar para não se ver mais. Estava insano o lugar!

O Facada (Fortaleza-CE), desceu o mapa até São Paulo e fez uma boa apresentação trazendo as influências do grind desde 2003. O vocal de James e bateria tocada por Vicente estavam soando muito bem, porém o som das cordas que chegava na pista estava muito embolado, faltou dar uma calibrada para ouvir uma melhor definição dos riffs do guitarrista Danyel. Deram início aos circle pits, rodas e foi uma apresentação curta, mas muito honesta e agressiva representando nosso underground do Nordeste.

Na sequência, Cemitério entrou com casa quase cheia comemorando 10 anos do primeiro disco. Hugo Golon assume o baixo e vocal com uma postura bem coesa, direta e sem perder tempo no repertório, tem um entrosamento sem igual e está bem consolidada na cena, entretanto, com Hugo assumindo duas funções, deixa o show ausente de mais vibração como Cemitério fazia antes quando era quarteto. Aquela referência do vocalista frente de palco se perdeu e precisava voltar porque era o diferencial da banda, já que as letras estão na boca do público e tudo isso deixa o show mais movimentado. A bateria e vocais estavam excelentes, mas assim como o Facada, o som das cordas só começou a melhorar nas últimas músicas - já se percebia que o problema vinha da regulagem da mesa. Cemitério tem muito crédito no underground e possivelmente terá novo álbum chegando até o fim do ano. Destaque para versão muito boa em português de “Infernal Death” (“Morte Infernal), do Death.

A terceira da noite foi o Velho representando o Rio de Janeiro balançou as extremidades. Visual marcante, bateria trigada, duas guitarras, tudo soando muito bem. O público dominava todas as letras e os cariocas fizeram um Black Metal nos moldes mais tradicionais, cru e direto, sem saturar ou perder a consistência do show. Foi uma apresentação curta, mas até o momento, na entrega do show e perfeita audição de todos os instrumentos se destacaram muito bem.

A partir daqui, não se encontrava mais ninguém que havia cumprimentado onde entra o Vulcano, que fez o show com a casa carregada, som bem alto, mas a banda executando muito bem (tirando um “over com microfonia” que não conseguiram tirar da mesa que ficou quase apresentação inteira). No entanto, entregaram uma apresentação irrefutável e clássicos que para citar aqui é chover no molhado, Total Destruição e Guerreiros de Satã fecharam a noite. O vocalista Angel estava lá, participou só no começo e Luiz Carlos Louzada segue grandemente com Vulcano, se consagrando mais uma vez com nosso clássico do underground dos primórdios da cena santista e paulista!

Necrodemon, do Chile, havia cancelado o show, enfim chega a vez do Venom Inc. deixar seu registro na noite. Infelizmente o Mantas não estava lá por conta de um infarto sofrido este ano, foi substituído por Curran Murphy (ex-Annihilator e Nevermore) e mandou muito bem. O vocal/baixista Tony “Demolition Man” Dolan colocou a casa inteira abaixo com aquele público aclamado no Vip Sation, subiu o pedestal a lá Cronos e mandou ver nas 15 músicas do repertório sem deixar faltar os clássicos. Mesmo não sendo o vocalista original, fez o melhor show da noite, tudo equilibrado, som e iluminação encaixando perfeitamente.

Por fim, o criador do estilo Death Metal esmagou o pouco espaço que havia até então. O Possessed e seu lendário vocalista Jeff Becerra na cadeira de rodas (paraplégico após um assalto em 1989) vibrava junto ao público a cada som tocado de forma impecável pela banda toda, uma excelência na execução de todas as músicas e não deixou os hinos da criação do estilo para trás, com direito a sinalizadores no circle pit em The Exorcist e os clássicos de Seven Churches, que completa-rá 40 anos em 2025. Tocaram também seis músicas do disco de 2019, “Revelations of Oblivion”, que trouxe a banda novamente para cena, um regaço descomunal despejado no palco extremamente fiel a gravação do disco. Muitos ao saírem do show, reclamaram do som muito baixo, que parecia vir somente do palco e não tinha retorno para o público. Nas redes sociais um dia após o show, Jeff publicou um vídeo agradecendo aos fãs, mas tossia muito e aparentava não estar muito bem de saúde, o que comprometeu a voz durante algumas músicas. O Possessed estava em turnê na América do Sul e provavelmente encararam uma mudança de tempo que afetou a voz ao chegar no Brasil, mesmo assim, conseguiram cumprir o papel e o show foi espetacular.

Pontos Negativos? Temos! Alguns já foram citados, mas vale lembrar que a logística dos banheiros não favorece nenhum evento desse porte. Outro ponto negativo foram as músicas nos intervalos das bandas... no flyer mostrava que haveria uma discotecagem de Metal, porém, acho que convidaram o DJ Alok, porque colocaram música eletrônica até o Venom Inc.. Só foram rolar um Pestilence antes do Possessed.

No final, deu tudo certo! Bandas de abertura trouxeram outras bandas da região e de outros Estados, arrastaram público que viajou para assisti-los, promoveu encontro de amigos, fotos, merchandising e material em massa para atender o dia histórico de 2024 para o Death Metal brasileiro e internacional.

 

Texto: Roberto “Bertz” (Fanzine Pandemia)

Fotos: Leandro Cherutti (Metal no Papel)

Edição/Revisão: Gabriel Arruda

 

Realização: Agencia Sob Controle

Mídia Press: Tedesco Comunicação & Mídia

 

Facada

Tu Vai Cair

Socorro

O Joio

Playing With Souls

Descendo Sangue

9mm de Redenção

Tudo me Faltará

Feliz Ano Novo

Nadir

Emptier

Apocalipse Agora

Cidade Morta

Falta Excesso

Podem Vir

Truculence

Instagrinder

Sarcófago

O Cobrador

Amanhã Vai Ser Pior

Chovendo Baratas

Guarda Esse Mantra pra Ti

 

Cemitério

A Volta dos Mortos Vivos

A Vingança de Cropsy

Quadrilha de Sádicos

Massacre no Texas

Tara Diabólica

Oãxiac Odèz

O Dia de Satã

A Sentinela dos Malditos

Sexta-Feira 13

Holocausto Canibal

Natal Sangrento

Morte Infernal (Death cover)

 

Velho

Mais um Ano Esfria

Senhor de Tudo

Cadáveres e Arte

Coma Induzido

A Mesma Velha História

Perto dos Portais da Loucura

Satã, Apareça!

O Único Caminho

 

Vulcano

Holocaust

Dominios of Death

Spirits of Evil

Witches'Sabbath

Ready to Explode

Death Metal

Incubus

Total Destruição

Guerreiros de Satã

Legiões Satânicas

 

Venom Inc.

Witching Hour

Bloodlust

Come to Me

War

Welcome to Hell

Inferno

Live Like an Angel (Die Like a Devil)

Blackened Are the Priests

Carnivorous

In Nomine Satanas

There's Only Black

Black Metal

In League With Satan

Countess Bathory

Sons of Satan

 

Possessed

No More Room in Hell

Damned

Pentagram

Seance

The Word

Storm in My Mind

Dominion

The Eyes of Horror

Tribulation

Graven

The Exorcist

Demon

Fallen Angel

Death Metal

Burning in Hell

sexta-feira, 20 de março de 2015

2º En' Carna Rock Metal Fest : 3 Dias de Muito Rock & Roll, Metal e Companheirismo




Nos dias 20, 21 e 22 de Fevereiro Erechim mais uma vez foi palco do "Encarna Rock Metal Fest", que teve sua primeira edição ano passado, e após a muito boa aceitação pelo público e os resultados positivos alcançados, os promotores resolveram prosseguir com o festival, que nesta segunda edição trouxe ainda várias melhorias, fruto da experiência adquirida no fest anterior, sendo que neste, além de um  cast maior e mais ousado, o pessoal implementou melhorias, e podemos dizer que o objetivo foi alcançado, pois o que se viu foi uma evolução do evento anterior, fechando com saldo positivo.

O cast do festival foi muito bem selecionado e diversificado e a aparelhagem não deixou a desejar, VULCANO deu um show a parte, já na chegada encontramos os caras bebendo lá na frente, cumprimentamos eles, conversamos, gente finíssimas, isso explica muito o porque de estarem onde estão. Bandas novas como a Blackened foram destaque pra mim, uma gurizada nova, e com muito talento e energia, que com sua thrashera fudida deixou muito "experiente do Metal" de cara torta. Curti muito também a Zombie Cookbook, som pesadíssimo, presença de palco e visual matadores!
O evento contou com bastante material a venda, seja das bandas, vendendo seus CDs, camisetas, patches, assim como também o famoso hidromel da Alfheim Hidromel.

Balneário Canto do Lazer (Erechim) foi o local escolhido para o festival 
Acredito que sempre se possa melhorar, e no que diz respeito aos preços,creio que eles possam ser mais acessíveis numa próxima edição, assim como a estrutura do lo cal pode ser ainda melhor. Também a galera pode se esforçar um pouquinho mais em apoiar as bandas que (na maioria) viajaram bastante para fazer um som pra nós lá. Assim como as próprias bandas, antes de exigir apoio, devem apoiar também as demais.

Vamos a um resumo dos três dias:

No primeiro dia rolaram as bandas:
ISFET , Krozudos, Apophizus, Bomb Shelves, Bizzare Angel, T.S.F, Mithrubick, Opens Scar e Movarbru.

O pessoal foi chegando ao local do evento, e escolhendo o melhor lugar para acampar, na entrada já dei de cara com o pessoal da Vulcano, sentados no bar tomando uma gelada, não pude deixar de cumprimentá-los de chegada, entre outras qualidades, simpatia e humildade os define.

O fest abriu com a gurizada da Isfet, com seu Black/Death Metal, sonzeira pegada, que mostra que essa galera nova tem tudo pra ir muito longe. Na sequência a banda Krozudos, contando com presenças femininas no baixo e vocal, logo em seguida veio a Apophizys, destilando sempre seu som pesado, também com a presença feminina da batera que toca muito, a Luana. Na mesma noite rolou Bomb Shelves, TSF, Mithrubick, Open Scars, além do Black Metal da Bizzare Angel, e também da Movarbru, um dos shows que mais chamou atenção da galera na noite, praticamente um ritual, parabéns a toda essa galera, desde os mais novos, até a velharia que estiveram presentes nessa noite. Outro fato bem legal, não lembro de ter visto registro de brigas ou tumultos, Bangers e Rockers sempre dando exemplo de civilidade.

O Metal e o Rock & Roll comandaram nesses 3 dias
No segundo dia rolaram as bandas:
Manycomycos, Thy Legions, Blackened, Carrasco, Epitaph, Storm Steel, Imortal Perséfone, Asper, South Legion, Symphony Draconis, Flesh Grinder, Zoombie CookBook e VULCANO \m/ (clique no nome da banda para assistir entrevista feita pela produção do evento)

No sábado o som começou próximo ao meio dia, nesse dia rolaram bandas de vários estilos, como a Manycomycos de Punk/Crossover, Epitaph de Heavy Metal, Blackened banda de Thrash de uma gurizada nova, numa pegada Violator que agitou muito; contando também com o som da Carrasco, Storm Steel, Asper, Imortal Perséfone, o Black Metal do trio Thy Legions; Symphony Draconys, que é uma banda que cresce cada vez mais; a sonzeira da Flesh Grinder, que com muita técnica conquistou a atenção do público, South Legion segurando o peso do som com apenas uma guitarra e um vocal agressivo fizeram o público agitar, destaque também para a Zoombie Cookbook que fazem um som pesado, com uma presença de palco e visual matadores, e pra fechar esse dia de muito som, os veteranos da Vulcano arrebentaram, fazendo jus a tantos fãs e admiradores.

Patrick (primeiro à esquerda), um dos organizadores, recepcionando o Vulcano
No terceito dia rolaram as bandas:
Bonny Head ,Psycho Jack, Velvet Wings, Punk'Eca, Invasão Alien, Aurun, Maquinários, Filhos do Trovador.

O terceiro e também último dia de festival conta com a presença da chuva e um pouco de vento, mesmo assim as bandas não param, nesse dia rolou Bonny Head, Psycho Jack, Velvet Wings, Punk'Eca, Invasão Alien, Aurun, Maquinários, e Filhos do Trovador, foi um dia de mais rock`n`roll, mas também rolaram alguns clássicos dos Heavy Metal A noite se aproxima e o pessoal começa a recolher suas coisas para se despedir do evento. Até mesmo hoje, dias depois do evento tem gente comentando que ainda queira estar lá, certamente para muitos, esses 3 dias foram marcantes. Que venha a terceira edição!!!

Bonny Head, as mulheres cada vez mais presentes 

Considerações Finais


Gostaria de agradecer a toda equipe do EN Carna Rock Metal Fest, pelos 3 dias de muita podreira e diversão em Erechim, assim como a toda a galera que esteve comigo lá nesses dias, fazendo uma carne, tomando um trago, jogando sinuca, curtindo aquela porrada de bandas e dando umas boas risadas em meio a natureza, foi muito tri!

Aplausos ao Cléberson e Patrick, por mais uma empreitada positiva
Patrick Rafael de Souza, parabéns pela tua humildade, esteve o tempo todo presente do evento, da forma mais simples possível, com seu chinelinho de dedos, ora juntando as latas do chão, ora trabalhando na copa, é de pessoas simples e verdadeiras assim que o underground precisa, não de pessoas que se acham melhores que as outras, ou que vão as festivais só para desfilar. Cléberson da Silva também fez muito para a coisa toda acontecer.

Espero que o festival se fortaleça a cada ano, e acredito que isso vai acontecer, pois quando tudo é feito com os pés no chão, as chances de sucesso são ainda maiores!


Texto: Deisi Wolff
Edição/Revisão: Carlos Garcia




O que o público e bandas falaram do Festival? Confira abaixo alguns depoimentos:

A gente tocou na sexta-feira, único dia em que estivemos lá. na real, parte da banda chegou na sexta à tardinha e eu (Homero) de noite. No sábado de madrugada, acredito que pouco antes de terminarem os shows, fomos embora. foi o pouco tempo que tivemos para fazer qualquer avaliação. mas, nesse período em que ficamos no evento, podemos dizer que fomos bem tratados, que o equipamento de palco era de qualidade e que a organização estava aberta ao diálogo para resolver qualquer possível problema. No geral, foi uma puta gig! única crítica que faria é de que, para as próximas edições, se possível, tenha uma pessoa responsável pelo palco, um stage manager. assim, a coisa se desenrola de maneira mais tranquila, já que  haverá alguém para controlar horários de cada atração subir ao palco, ordem dos grupos e tempo de apresentação. No mais, agradecemos muito pelo convite para participar do festival e pela atenção que nos foi dispensada! (Homero - T.S.F.)

T.S.F. no palco do En' Carna




Estruturalmente o evento não teve problemas, e o local para camping, apesar do terreno meio íngreme, serviu perfeitamente para o pernoite dos campistas. Banheiros disponibilizados incrivelmente se mantiveram limpos, tudo graças a organização. Não houve depredações e nenhum problema mais grave foi registrado.
Com relação às bandas, o festival foi de alto nível, e com muitas bandas jovens, mostrando uma certa renovação. Os nomes já consagrado se fizeram presentes e não fizeram feio, com apresentações dignas e devastadoras deixaram muitos pescoços doloridos. Fora a chuva -presença constante nos três dias de evento - nada abalou o espirito dos Headbangers, que foram prestigiar o evento. E quem não foi... Perdeu um festival que com certeza ficará marcado na história do underground gaúcho. (Artur Azeredo - Site Heavy Metal All Night - Leia aqui a resenha do Artur)



Deisi(Redatora/Correspondente do Road) e Renata, preparando-se para mais uma jornada





terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Eventos: En' Carna Rock Metal Fest - Organizador Fala Sobre Detalhes do Evento


Após a bem sucedida primeira edição em 2014, os organizadores do festival En Carna Rock Metal Fest (Erechim - RS), resolveram prosseguir com o evento, e com a experiência adquirida, promovendo melhoras, sejam estruturais até o cast maior e mais ousado, reunindo bandas de diversos estados e estilos, com nomes já muito conhecidos, bandas com estrada e novos nomes. Dentre algumas das atrações o público poderá assistir bandas como Vulcano, Symphony Draconis, Maquinários, Epitaph, Zombie Cookbook, Asper, T.S.F. entre outras.

Confira a seguir a conversa que tivemos com um dos idealizadores, Patrick Rafael de Souza, que nos falou um pouco mais do evento, estrutura do local e informações úteis a todos os bangers que pretendem prestigiar o evento, que tem tudo para crescer e se tornar uma referência no estado.


RtM: Salve Patrick, obrigado pela oportunidade de conversarmos um pouco a respeito do Festival, levar um pouco mais de informações para o público e interessados.

Patrick Souza: Olá! Agradeço a toda equipe da Road to Metal por este convite, um grande site do Metal gaúcho! Obrigado!


RtM: Como surgiu a ideia de realizar o Festival? Quais foram as pessoas e os parceiros que apoiaram a ideia? 

PS: Então, eu morei um bom tempo em Santa Catarina (Bal. Camboriú) e lá vi muitos  eventos deste porte acontecer, achei bacana pegar essa ideia e tentar levar para o Rio Grande do Sul, no RS tive o apoio do meu amigo Cleberson da Silva da Loja Underground Store Erechim, que hoje é parceiro da Sangue Frio Produções para a organização deste evento.

RtM: Quais as principais dificuldades que você encontrou para a realização do evento? Você chegou a pensar em desistir, ou teve dúvidas quanto ao evento obter sucesso e o público comparecer e apoiar?

PS: Olha, pra ser bem sincero hoje em dia, dentro do Underground NADA é fácil, vocês que trabalham com Metal sabem bem do que eu estou falando, dificuldades são barreiras a enfrentar, é sempre necessário fazer um evento com os pés no chão, sempre tem certas barreiras, a baixa venda de ingressos antecipados é praxe hoje no Brasil INTEIRO se tratando de Metal, isso as vezes desanima sim, não pelo fator financeiro (que realmente prejudica um pouco) então você começa a pensar duas ou três vezes se vale mesmo a pena correr o risco, se realmente você conseguiu atingir o ponto que você queria lá no começo, mas no final tudo acaba dando certo!


RtM: Em que fontes ou exemplos você buscou a base, as informações necessárias para começar a montar o projeto e depois colocar em prática?

PS: Sempre tive um grande apreço pelo Zoombie Ritual, e minha ideia sempre foi fazer um festival assim completamente voltado para o Metal Underground, não que o Zoombie Ritual não seja Underground, mas minha ideia é realmente tipo, colocar 40 bandas então 40 bandas Undergrounds. Busquei conhecer vários eventos, como o River Rock, Otacílio Rock Festival, Orquídea Rock Festival, e até o próprio Zoombie Ritual ver os acertos  e os erros de cada um e tirar algum proveito disso.



RtM: Quais as principais lições que vocês tiraram da primeira experiência, sejam positivas ou negativas, e o que vocês buscaram fazer diferente para esta segunda edição?

PS: O primeiro foi realmente uma tentativa de fazer algo “novo”, com algumas ideias felizes e outras nem tanto, pecamos em muitas partes ao meu ver, estrutural (faltou água em determinados momentos do evento), a demora no lançamento do cartaz e do evento fazendo então que tudo ficasse para “última hora”, mas teve muita coisa bacana, pô, por mais que tenha tido alguns problemas a galera entendeu a mensagem e abraçou, o público viu que aquilo estava sendo feito de coração, com respeito as bandas e ao público, que continuam nessa segunda edição, por isso adiamos o evento para que os mesmos problemas não se repetissem lançamos o cartaz e o evento quase 7 meses antes da data marcada, aumentamos o número de bandas o que fez o evento ficar mais atrativo e interessante.

RtM: E de outros festivais que não foram bem sucedidos, e que acompanhamos este ano novamente alguns casos, que observações e lições quanto “ao que não se deve fazer”  você tirou dessas situações, e quais a principais falhas que você observou nesses casos malsucedidos, até para vocês não caírem nas mesmas armadilhas?

PS: É cara, como falei anteriormente, tudo tem que ser feito com os pés no chão, acredito que não podemos brincar com o dinheiro do público, é complicado simplesmente vender “gato por lebre”, se não dá pra fazer tem que se colocar na cabeça que não dá pra fazer e pronto, é até meio polêmico o que eu vou falar, mas no Brasil é difícil se sustentar um evento deste porte sem alguma base financeira ou então empresarial, pois não adianta a galera não quer nem saber de comprar ingressos antecipados, é muito pouco as pessoas que pensam em comprar um ingresso antecipado para apoiar o evento, a não ser que seja um “Monster of Rock” onde na primeira semana de venda já tinha quase 40 mil ingressos vendidos.



RtM: Quanto ao local e infraestrutura, você poderia nos dar um panorama geral de que o público, imprensa  e bandas vão poder desfrutar? Como, por exemplo, alimentação, banheiros, hospedagem, área de camping, internet, etc..

PS: O local é maravilhoso, com uma área de camping muito bacana, campo de futebol, piscina (valor a combinar no dia), quartos dentro do local que acontecerá  os shows (reservas somente no local), um mini mercadinho dentro da área de camping, lanches, local privilegiado para distros e imprensa, uma pequena área de lazer com mesa de sinuca, banheiros com chuveiros espalhados pela área de camping, churrasqueiras implantadas na área de camping, muita sombra, cerveja de marca indiscutível (Budweiser e Brahma), contaremos com a venda de Hidromel (Litro) dentro do evento, o salão que acontecerá os shows também terá uma estrutura bacana, enfim é um lugar muito bacana mesmo.

RtM: E as expectativas para este segundo evento? Quantas pessoas vocês esperam receber  neste evento? Acredito que você deve estar muito ansioso para que o dia chegue logo!

PS: Não só eu (hehehe), acredito que muita gente não vê a hora de reencontrar amigos, beber uma cerveja gelada bem gelada e ver a maior banda de Death Metal do Brasil e mais 36 bandas, eu não sei falar em números as espero umas 500 pessoas para esse evento, levando em base o primeiro, já que é um evento que está apenas na 2ª edição, acredito que é um bom número!


RtM: Patrick, obrigado pelas informações, fica o espaço para sua mensagem aos Bangers, e certamente ainda teremos mais matérias e atualizações nos canais do Road a respeito do festival, então a galera pode ficar atenta aqui também!

PS: Opa! Eu que agradeço de coração mesmo a oportunidade de estarmos mais uma vez juntos!

Quero agradecer os Metalheads que vem sempre nos apoiando, ajudando e dizer que essa será uma edição que vai ficar na memória de muitos, aproveitar para pedir que apoiem fielmente o Underground, sites, zines, eventos, bandas, distros e toda essa infinidade que só o  Metal  pode nos proporcionar, eu em nome de toda a equipe da Sangue Frio Produções deixo aqui minha saudação e espero por todos vocês neste que com certeza tem tudo pra ser um dos maiores do Brasil!

HAIL!


Lembramos que a produção do festival está sorteando, ao fim de cada lote, um par de ingressos e no último sorteio, o ganhador levará um kit Road to Metal também, com camiseta, CDs (inclusive do Vulcano, o grande nome do Fest) e outros brindes. Acesse o perfil do festival no Facebook para saber mais.


CONFIRA NO CARTAZ ABAIXO A PROGRAMAÇÃO:



Entrevista por: Carlos Garcia


Nos links abaixo você encontra informações e links para contato e adquirir ingressos:


Festival acontecerá dias 20, 21 e 22 de Fevereiro!

Um dos maiores eventos Underground do Sul do Brasil esta de volta!

37 Bandas!

Primeiro Lote: Meia Entrada R$ 35,00 - Inteira R$ 70,00 Do dia 01/09/14 até 10/11/14
Segundo Lote: Meia Entrada R$ 45,00 – Inteira R$ 90,00 Do dia 10/11/14 até 10/01/15
Terceiro Lote: Meia Entrada R$ 80,00 – Inteira R$ 160,00 Do dia 10/01/15 até 20/02/15
Meia Entrada: Carteira de Estudante ou 1Kg de Alimento


INGRESSOS PARCELADOS EM ATÉ 12x NO CARTÃO OU EM BOLETO BANCÁRIO NA TICKET BRASIL!
https://ticketbrasil.com.br/festival/encarnarockmetalfest-erechim-rs/

OU NA UNDERGROUND STORE ERECHIM
https://www.facebook.com/pages/Underground-Store-Erechim/285709518201363?fref=ts

MAIS INFORMAÇÕES:
patrik_myers@yahoo.com.br
ou
cleberson_underground@hotmail.com

Fique atento para as várias excursões e verifique no perfil do festival, onde também são divulgadas, lembrando que quem organiza excursão garante ingresso de graça.

Hospedagem? Além da área de camping e pousada no local, foram credenciados o Hotel Vivendas, que terá transporte para o evento, além do Hotel Monet e Brisa Park











terça-feira, 18 de novembro de 2014

"EN" Carna Rock Metal Fest 2: Para Fazer Erechim Tremer! Confira Informações e Promoção Exclusiva!




37 Bandas, sendo que duas ótimas atrações foram deixadas para anunciar agora neste mês!
Uma é a mais nova "sensação" do Hard/Heavy. Com influências setentistas, a MAQUINÁRIOS faz um Hard empolgante, cantado em português.


A outra é simplesmente a MAIOR BANDA DE DEATH METAL DO BRASIL! O VULCANO (leia entrevista aqui), que certamente vai estremecer as estruturas do festival, a "cereja do bolo", num cast que reúne bandas já com estrada na cena nacional e outras emergentes de potencial.



É o EN Carna Rock Metal Fest, em sua segunda edição, que se realizará nos dias 13, 14 e 15 de fevereiro de 2015, em Erechim-RS, no Garajão da Alegria, tendo estrutura para camping, banheiros, espaço para fazer aquele churrasco, o festival terá 35 bandas, de estilos que vão do Heavy Metal Tradicional até o Grincore.

Algumas das demais bandas confirmadas: ZOMBIE COOKBOOK, EPITAPH, TIJOLO SEIS FUROS, FLESH GRINDER, SYMPHONY DRACONIS, TUMMOR, MOVARBRU, ROTTENESS, ASPER.



O festival foi idealizado para apenas uma edição, que foi realizada no início deste ano, porém com os excelentes resultados, os organizadores decidiram prosseguir com mais edições, neste que promete se tornar um dos mais importantes festivais no interior do estado.

Quer ir de Graça no Festival? E Ainda Concorrer a um KIT Road to Metal, contendo CD do Vulcano, Camiseta do Road e outros brindes?

A organização também está sorteando 3 pares de ingressos, cujos sorteios serão no final de cada lote, além de um kit especial no último sorteio em conjunto com o site Road to Metal, contendo camiseta, CDs, adesivos e outros itens.

Confira abaixo os links da produtora e apoiadores para saber mais do festival e participar da promoção:

Links das pages:

Promoção válida até o DIA DO EVENTO:
Confira "regulamento":
1º - Para seu nome ser validado na promoção você deve "CURTIR" as 3 pages, abrir a foto da promoção na página da sangue frio no face  e comentar:
 "QUERO IR"!
2º - Se for sorteado e já tenha comprado o ingresso devolveremos seu dinheiro no dia, basta apresentar sua identidade!
3º - Serão 3 sorteios, um em cada vencimento de cada lote.


INGRESSOS PARCELADOS EM ATÉ 12x NO CARTÃO OU EM BOLETO BANCÁRIO NA: TICKET BRASIL! 


MAIS INFORMAÇÕES:
patrik_myers@yahoo.com.br
ou

cleberson_underground@hotmail.com

                                     

            Assista ao vídeo promocional do festival:




        
                               
               Confira um pouco do que vai rolar:













quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Entrevista: Vulcano - Sem se Prender ao Passado



Um dos pioneiros do Metal extremo no Brasil e América Latina, iniciando a atividade em meados dos anos 80, o Vulcano já deixou sua marca, tendo importante destaque na história do Metal nacional, mas apesar desse glorioso passado, a banda, apesar de alguns anos de "hibernação", não se prendeu a esses tempos idos, e segue em frente, lançando novos álbuns (inclusive com vários lançamentos num espaço relativamente curto!), alcançando novas conquistas e angariando novos fãs.

Conversamos com Zhema Rodero, membro fundador e uma das lendas vivas do Metal brasileiro, para nos contar um pouco de história, falar sobre os recentes lançamentos e muito mais. Confira a seguir!


Road to Metal: A Vulcano é considerada por muitos como a primeira banda de Metal extremo do Brasil/América Latina por ter surgido bem no começo dos anos 80. O fato de ser pioneira num terreno em que o Brasil veio a se tornar uma das fortes referências mundiais (incluindo grupos como Sarcófago, Sepultura e Krisiun) é algo a que se orgulhar ou você pensa que as bandas que surgem hoje tem mais apoio?
Zhema: Claro! Temos esse sentimento de orgulho por sermos reconhecidos como uma referência. É certo que surgimos em uma época diferenciada onde quase tudo era novidade, e de certa forma isso contribuiu para nos posicionar entre os pioneiros. Atualmente existem outras condições que propiciam mais oportunidades à todos, porém essas oportunidades são as mesmas para todas as bandas, por isso eu acredito que não se pode viver do passado. Não renego o passado de maneira alguma, mas também não fico preso nele.

Road to Metal: Falando em reconhecimento internacional, a banda foi confirmada na 12ª edição do festival Maryland Deathfest em maio de 2015 em Baltimore (Estados Unidos). Como se deu o convite e quais as expectativas para essa apresentação por lá?
Zhema: Eu recebi um convite do Evan, um dos organizadores, em junho e tentei emendar uma turnê maior por lá, porém eles queriam exclusividade, ou seja, nos contratariam para apenas aquele festival, não poderemos tocar nessa época em outros shows por lá. Mas não vejo nenhum problema afinal o MDF é o maior festival de bandas “out of mainstream” no Estados Unidos. Tocaremos ao lado de Sodom, Bulldozer, Napalm Death, Metal Church, Master, etc, etc... a expectativa é muito grande e vamos preparar um ótimo repertório para esse evento.



Road to Metal: A banda vem numa sequência de vários lançamentos, sendo que "The Man, The Key, The Beast", lançado ano passado foi muito bem aceito tanto pela mídia especializada quanto pelos fãs. Além disso, o relançamento de material mais antigo do grupo. Atualmente, a banda vem divulgar “Wholly Wicked”, segundo álbum em apenas dois anos. Conte-nos um pouco sobre o disco: como foi compô-lo, qual sua temática, quem trabalhou na produção, etc.
Zhema:“Wholly Wicked” é um álbum excelente, intenso e poderoso sonoramente falando. Ele tem um tema central que está implícito no título. Eu vinha trabalhando no “The Man, The Key, The Beast” desde janeiro de 2013 e em Abril ele foi lançado. Na mesma semana do lançamento nós viajamos para a Europa para a “Thunder Metal Tour”.

Quando voltamos em junho, tive a sensação que estava ocioso demais e comecei a trabalhar nas músicas que viriam a ser o “Wholly Wicked”, porém em uma organização que fiz em minha garagem achei uns textos que haviamos escrito há pelo menos uns 14 anos atrás e comecei a trabalhar neles também e quando me dei conta eu estava com dois álbuns prontos! Começamos a gravar em janeiro e no começo demorou um pouco pois eu estava gravando dois álbuns ao mesmo tempo e isso estava me prejudicando, então foquei no “Wholly Wicked” e depois no “The Awakening an Ancient and Wicked Soul”.  


Road to Metal: Se você fosse fazer uma avaliação de todos os anos de carreira, que decisões gostaria de ter tomado de forma diferente e que talvez mudassem a história da banda?
Zhema: É dificil responder isso, acredite! Eu estou satisfeito com o VULCANO nos dias de hoje. Afinal eu tenho dúvidas de como seria se eu tivesse aceito um convite da Godly Records USA para lançar um álbum inédito através deles em 1987. Esses caras foram os responsáveis pela implantação da RoadRunner na América naquela mesma época. O que poderia ter acontecido? Não sei! Então voltando a primeira parte de sua pergunta, eu penso que não pararia a banda por 14 anos, continuaria a fazer álbuns e então estaríamos atualmente como uma discografia bem maior. Agora se isso ia mudar a banda, não sei!

Road to Metal: Claro que a essência continua, mas quais seriam as principais diferenças do Vulcano do início de carreira e o dos dias atuais?
Zhema: Éramos cinco jovens com muita vontade e pouco habilidade, hoje somos quatro senhores com a mesma vontade, porém com muita habilidade.



Road to Metal: Qual a sua opinião a respeito da cena atual do Metal brasileiro? Há muitas discussões sobre o público, produtores e até bandas darem mais valor a grupos de fora, e inclusive algumas bandas mudando o direcionamento para seguir tendências e inclusive copiando algumas bandas de fora.
Zhema: Esta cena um tanto desgastada com relação ao prestígio que se dá para bandas Brasileiras e bandas estrangeiras se traduz na bilheteria dos Promotores de shows. Por algum motivo que realmente eu não compreendo já vi promotor trabalhar duro, preparar um festival de bandas nacionais, fazer a divulgação, colocar dinheiro do bolso, pedir dinheiro emprestado pros pais para bancar a divulgação, fazer e refazer as contas e finalmente ficar na expectativa de juntar pelo menos 200 pessoas, pois esse é o “break even point” que não dará lucro, mas também não trará prejuízo. 

Chega o dia e a hora do evento e não aparecem essas 200 pessoas. Prejuízo e contas para pagar. Se esse mesmo promotor contratasse um músico estrangeiro, por exemplo, o baixista de uma banda “das” antigas que só tocou em um álbum apenas e que viria sozinho, chegando aqui montava uma banda com músicos brasileiros que tocam em bandas “cover” e manda um repertório da banda que ele tocou, pronto! Sucesso! Casa cheia! Isso eu não entendo! 

Olha esse fato que aconteceu comigo, fui assistir um festival de Metal em São Paulo, cinco bandas autorais e muito boas por sinal, ao terminar o evento paguei minha comanda, estou saíndo do local e vejo uma enorme fila, muito grande mesmo, esperando para entrar. Tinha mais gente na fila do que tinha no evento. Nesta fila uns três amigos de Santos, então eu disse... “chegaram atrasados...” um me respondeu:  “não, viemos ver o "Cover do Metallica" ”. Dá para entender?


Road to Metal: Ainda quanto ao que citamos de algumas bandas seguirem tendências, abrindo mão de uma identidade, alguma vez houve pessoas que tentaram sugerir ou convencer vocês de adotar mudanças na sonoridade ou outros aspectos a fim de atingir outros mercados ou ser mais "vendável"?
Zhema: Não cara isso nunca aconteceu, mesmo porque o VULCANO sempre foi uma banda independente. Nunca tivemos uma gravadora, um empresário ou um contrato. Sempre fomos independentes, mesmo os álbuns lançados pela Rock Brigade, no início e Cogumelo em seguida, foram produções independentes licenciadas para essas empresas.

Essa coisa de preparar um banda para o sucesso é uma armadilha porque, ou você tem um talento e gosta do que faz ou você tem talento e não gosta do que faz ou você não tem nenhum e nem outro. 

Não se cria talento e quem tem talento não precisa estar sob o comando de empresários ou produtores, etc. É muito mais fácil uma banda mediana, mas que realmente gosta da música que está fazendo, chegar a um relativo sucesso do que uma banda virtuosa “fake”.



Road to Metal: Você ouve bandas recentes do cenário brasileiro e mundial? O que tem chamado a atenção e quais bandas, pelo que você ouviu, tem tudo para fazer história ao longo das décadas, a exemplo da Vulcano?
Zhema: Sim, eu procuro ouvir tudo que me chega em mãos ou que alguém me apresenta como sendo interessante, mas sinceramente para minha coleção, meu carro e meu “mp3 device”, continuam indo os de sempre. Tem muita boa, mas também tem muita banda com construções musicais que não me agradam. Eu ainda sou aquele que não aceitou a geração Metallica e depois Pantera. Não adianta, meus ouvidos não se acostumam que esse estilo, sinto muito!

Road to Metal: Foram 15 anos sem lançar material, até que a banda chegou em 2004 com “Tales From the Black Book”. Por que decidiram lançar novo material nos anos 2000 e o que motivou que na sequência dos anos novos trabalhos viessem, como “Five Skulls And One Chalice” (2009) e “Drowning in Blood” (2011)?
Zhema: No ano de 1999 o Soto Jr. Guitarrista no LIVE! e “Bloody Vengeance” insistiu muito para uma reunião da banda novamente e chegamos a fazer isso algumas vezes que culminou em alguns shows. Infelizmente ele morreu em 2001. Hibernamos novamente, mas eu sempre achava que se uma banda quer retornar das cinzas deveria mostrar um trabalho inédito, não poderia ficar vivendo de história e então em 2003 eu comecei a escrever o “Tales from the Black Book” e criei um selo para esse lançamento chamado “Renegados Records”. Ocorreu que o álbum foi um sucesso com versões Brasileira, Chilena, Suéca e Alemã em vinil. Os demais álbuns vieram como uma sequência natural das coisas, ou seja a aceitabilidade do “Tales...” e a continuidade do VULCANO.


Road to Metal: Considerando a experiência que a banda possui o que pode dizer que é necessário para um grupo de Thrash/Death Metal conseguir um lugar ao sol neste período em que há maior difusão da música via internet (bandas que mal lançaram EP podem ser ouvidas em todo o mundo)?
Zhema: Shows, shows e shows!! Tem que tocar ao vivo para mais pessoas que puder, porque é lá, em cima do palco, que você poderá mostrar sua verdadeira música e empolgar a plateia que futuramente virão a se tornar seus fãs.

Road to Metal: Há dois novos lançamentos previstos para este ano: “Live II - Stockholm Stormed” e “The Awakening of an Ancient and Wicked Soul – A Trilogy”. O que podemos esperar deles e o que você pode nos adiantar deles?
Zhema: O Live II contém o show inteiro na capital Suéca e mostra como soa o VULCANO no palco. Um álbum energético, rápido, bem gravado e dá seu recado para aqueles que ainda não puderam ver o VULCANO ao vivo. “The Awakening of an Ancient and Wicked Soul” é a trilha sonora de um livro. Na verdade são três textos interligados pelo mesmo assunto os quais foram musicados de acordo com suas propostas. Musicalmente falando, este EP tem arranjos diferenciados explorando intervalos de trítono tanto nos acordes como nas vozes dos instrumentos e mantendo-se na mesma linha do “Wholly Wicked”, mesclado com sonoridades que me influenciaram como guitarrista.  



Road to Metal: Agradecemos pela atenção e oportunidade. Deixamos este espaço para sua mensagem final nesta entrevista, na certeza de que não será a última.
Zhema: Também agradeço a oportunidade desta entrevista e acrescento que o VULCANO está fazendo uma turnê Sul Americana de uma forma um pouco diferente da convencional, estivemos em Lima e esta semana partimos para dois concertos no Chile, vamos voltar ao Peru, Arequipa em novembro seguindo para La Paz e no inicio do ano Assunción no Paraguay. 

Este formato de turnê, “picado” foi o que encontramos como melhor logística dado que também temos nossos trabalhos normais. E a quarta turnê Européia começa dia 30 de Setembro próximo, até lá esperamos que o Live II já tenha sido lançado e que o “The Awakening of an Ancient and Wicked Soul” esteja na fábrica.
Agradeço também aos leitores por dispender um tempo na leitura desta entrevista!

Keep Banging!

Entrevista: Carlos Garcia e Eduardo Cadore
Edição/Revisão: Carlos Garcia

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