Apesar de estarmosquase no final de janeiro ainda dá tempo de fazer uma retrospectiva do
que rolou em 2018. A novidade que mais me animou durante o ano passado foi o
lançamento do álbum de estreia do Northward, projeto encabeçado por Floor
Jansen (Nightwish) e Jorn Viggo Lofstad (Pagan’s Mind). Enquanto isso na Itália
várias bandas produzindo Power Metal à todo vapor, destaque para “The Fallen
King” da banda Frozen Crown e “Frozen Throne” do Kalidia. Os finlandeses do
Dark Sarah nos presentearam com mais um trabalho conceitual “The Golden Moth”,
trazendo agora JP Leppäluoto como membro oficial do projeto.Ainda tivemos ótimos lançamentos de Halestorm
e Trillium. Segue abaixo a minha lista de destaques.
1 - Northward - Northward
2 - Otep - Kult 45
3 - 69 Chambers - Machine
4 - Dark Sarah - The Golden Moth
5 - Halestorm - Vicious
6 - Kalidia - Frozen Throne
7 - Trillium - Tectonic
8 - Visions of Atlantis - The Deep & the Dark
9 - Leah - The Quest
10 - Kamelot - The Shadow Theory
11 - Frozen Crown - The Fallen King
12 - Amaranthe - Helix
Cilada do ano
Leaves’ Eyes - Sign of the Dragonhead - Após a conturbada
saída de Liv Kristine (vocalista e principal responsável pelas letras das
músicas), a banda não conseguiu manter a mesma qualidade, trazendo temas nórdicos
bem genéricos e com os vocais de Elina Siirala quase robóticos e sem nenhuma
emoção. Levando em conta que o nome da banda é um trocadilho com o nome da
antiga vocalista, deveriam mudar o nome e buscar uma nova identidade…
Melhor nova banda
fazendo som “old school”
Northward
Melhor Show que
Acabei Não Indo
Tarja - Act II
Melhor Álbum na
Língua Mãe
Eskröta - Eticamente Questionável
Melhor álbum de anos
anteriores que só fui ouvir em 2018
Aldious - Unlimited
Diffusion
Álbum “mais
diferentão”
My Indigo - My indigo - projeto solo de Sharon Den Adel (
Within Temptation ), traz uma sonoridade indie com influencias de Lana Del Rey.
Melhor DVD/Blu-ray
Tarja - Act II
Álbum mais criativo
Otep - Kult 45
Conceito mais
elaborado
Dark Sarah - The Golden
Moth - Última parte da trilogia (The Chronicles). A trilogia fala sobre as
viagens de Dark Sarah através de três mundos: The Middle World (O álbum
"Behind The Black Veil"), The Underworld ("The Puzzle") e
The Upper World (" Golden Moth").
Maior Perda
Dolores O’Riordan -
The Cranberries. No dia 15 de janeiro de 2018, Dolores estava em Londres,
Inglaterra, para uma sessão de gravação. De acordo com o laudo médico no dia a
cantora havia consumido uma quantidade grande de bebida alcoólica, sofreu uma intoxicação
e morreu afogada na banheira do quarto.
Dolores, com certeza uma das maiores perdas no mundo da música ano passado
Já faz alguns anos e alguns álbuns que os holandeses vem remodelando sua sonoridade, e, mesmo com o contínuo crescimento do grupo em vários aspectos, principalmente popularidade, a sonoridade, ao meu ver, trazia altos e baixos nos trabalhos anteriores, "The Heart of Everything" e ainda mais em "The Unforgiving".
Pouco, ou nada restou de alguns elementos da sonoridade inicial, que trazia traços de Death Metal e aquele Gothic Metal com vocais estilo "Beauty & the Beast" (alternando vocais femininos suaves e vocais masculinos guturais), e a cada álbum a banda foi evoluindo, mudando e acrescentando novos elementos, sendo que a partir de "The Silent Force" alcançou status de grande banda, com seus lançamentos e shows tendo grande sucesso, e hoje, o Within Temptation é uma banda que alcança públicos de outros segmentos, ganhando a cada ano mais seguidores, e, por outro lado, certamente, alguns fãs mais antigos, ou mais radicais, abandonaram o grupo.
Até a periodicidade de lançamentos de trabalhos inéditos tem sido mais longa, pois a banda e gravadora, sendo a atual a Nuclear Blast, têm explorado muito bem o lado comercial, colocando no mercado DVDs, com grandes produções, como o "Black Symphony", e álbuns ao vivo, como o "An Acoustic Night at The Theatre".
O Metal sinfônico e elementos mais modernos, foram se tornando mais evidentes, com o grupo moldando uma sonoridade própria, sobressaindo-se a voz de Sharon, que tornou-se a grande estrela da banda, com sua voz e performances cada vez melhores. Hoje, a banda flerta com elementos modernos, inclusive da Euro Pop e eletrônico (o álbum de versões "The Q-Music Sessions" mostrava algumas das novas intenções), mas em doses interessantes, e, se nos álbuns anteriores, essa sonoridade ainda estava amadurecendo, em "Hydra" eu acredito que eles encontraram o equilíbrio que procuravam.
Em "Hydra", podemos ouvir uma banda madura, segura e equilibrada, com músicas cheias de melodias de fácil assimilação. A base é um Metal sinfônico e moderno, com várias faixas com potencial de "hit", e, ouvindo sem preconceito, é muito bom e agradável, excelente e límpida produção e ainda a voz maravilhosa de Sharon, que parece melhor cada ano que passa.
Contando com várias participações especiais, como Tarja Turunen, na faixa "What About Us", que foi o primeiro single e primeiro clipe de divulgação; Howard Jones (Devil You Know, ex-Killswitch Engage) na faixa "Dangerous", que é um bom exemplo desse lado mais moderno do Within Temptation atual, com muitos sintetizadores, com um riff de guitarra bem legal, sendo pesada e melódica, além do refrão "grudento", aliás, refrãos eles sabem fazer muito bem; "And We Run", traz o rapper Xbit, também conhecido por apresentar o programa "Pimp My Ride" na MTV, é tipo uma power/symphonyc/balad, bem interessante, as que achei que os vocais "rappeados" quando entram, estragam um pouco, e a versão "evolution" que está nas bônus tracks das edições de luxo, ficou mais legal.
Sharon Den Adel ao lado de Tarja Turunen, convidada especial na faixa "What About Us"
Fechando as participações, David Pirner, conhecido pelo seu trabalho no Soul Asylum, divide os vocais com Sharon em "Whole Word is Watching", emocional e bela balada; Voltando um pouco, já que fui direto comentando as faixas com os convidados, destaco a faixa que abre o álbum, "Let Us Burn", bombástica, típica música de abertura, certamente deverá abrir os shows, seguindo uma fórmula de outras faixas fortes que a banda tradicionalmente apresenta nos álbuns, dá pra dizer que é uma música com a cara do Within Temptation, como a "Stand My Ground", por exemplo;"Covered By Roses" também segue essa linha, e até naturalmente soando com algo que eles já fizeram antes, destacando as melodias e vocais bem grudentos, além de alguns efeitos na voz; "Silver Moonlight", pesada e sinfônica, também chama atenção pela pegada, trazendo muitos dos elementos incorporados com ais intensidade a partir do "The Silent Force", e até tem alguns vocais guturais.
Resumindo, um álbum onde a banda encontrou o equilíbrio, encaixando melhor as mudanças que foi incorporando a partir principalmente do "The Heart...", onde os elementos mais modernos, que já vinham experimentando, se somam positivamente a personalidade da banda, e mais coesos, e, antes de tudo, é o melhor trabalho desde "The Silent Force", não tendo músicas que podemos considerar fracas, somente não me agradaram muito algumas bônus, que inclusive tiveram versões já no "The Q-Music Sessions", onde parecem feitas mais para atingir um público diferente, também ligado a música eletrônica, além de tocar em pistas de dança e em baladas.
Bom, não é de hoje que a banda vem fazendo um trabalho comercial muito bom, inclusive comercializando diversos produtos com a sua marca, faz parte, e é preciso lembrar que esse é o trabalho deles, sobrevivem disso, e não é por pensarem no lado financeiro, algo que ambos, banda e gravadora precisam, pois grandes produções exigem grandes investimentos, que deixariam de fazer boa música, e isso eles não deixaram de fazer!
Saldo final de "Hydra" é muito positivo, e o álbum é altamente indicado aos fãs da banda!
A banda holandesa se tornou uma das unanimidades quando o assunto é Metal Sinfônico com vocais femininos, sem precisar contar com vocais líricos ou sopranos, mas se sustentando na bela voz de Sharon den Adel.
Com um período bastante longo sem lançar material inédito (cerca de 5 anos), a banda que ainda conta com os guitarristas Robert Westerholt e Ruud Adrianus Jolie, o baixista Jeroen van Veen, o baterista Stephen van Haestregt e tecladista Martijin Spierenburg, trouxe, desde o fim do ano passado até os primeiros meses de 2011, várias “coisas” para promover seu novo lançamento.
Quando divulgado que o novo disco se chamaria “The Unforgiving”, seria conceitual e criado sob um ambiente de histórias em quadrinhos no melhor estilo Marvel, muitos foram pegos de surpresa (incluindo este que aqui escreve).
A banda é uma das principais do Metal Sinfônico mundial
A concepção do álbum é baseada na nova série em quadrinhos criada por Steven O’Connell (responsável por Blood Rayne & Dark 48) e que será lançada este ano. Os desenhos, tanto dos quadrinhos quanto do álbum, são de responsabilidade de Romano Molenaar (Witchblade, Darkness e X-men).
Within Temptation sempre tivera um som pomposo, melódico, algo um tanto estranho de se associar com algo tão “urbano” como superheróis, vilões, cidade em perigo, etc.
Assim, algumas semanas depois, a banda liberou o vídeo clipe de “Faster”, acompanhado de um vídeo introduzindo a história que é o fio condutor desse que é o 5º disco da banda em estúdio (o grupo intercala lançamentos completos com EPs inéditos).
Capa de single do álbum, destacando a bela vocalista
Recentemente tivemos o lançamento do álbum (inclusive com edição com DVD) e, até onde pude acompanhar, unanimidade entre os fãs e até mesmo aqueles que torciam a cara para a banda.
Diante de “The Unforgiving”, temos o álbum mais diferente da banda, ao mesmo tempo que algumas faixas estão calcadas na sinfonia eu colocou o o sexteto na posição que está de um dos maiores ícones do Metal mundial.
Músicas como “Fire and Ice” e “Shot in the Dark” são tudo que os fãs estão habituados a ouvir, bastante sinfonia, melodias marcantes e o belo vocal de Sharon, bastante macio.
Mas há ousadias, como a própria música de trabalho “Faster”, que é mais “dançante”, rápida, mesmo que não pesada necessariamente. “Iron” se destaca também como uma das ótimas canções do disco, como a emblemática “Where is the Edge” (trilha sonora do filme “M e & Mr. Jones”).
Então, a espera de tanto tempo para um novo trabalho dos holandeses se justificou quando estamos diante desse álbum que representa a máxima maturidade da banda, ao mesmo tempo que o maior e mais ousado projeto da sua história.
Álbum altamente indicado para quem é fã e para quem quer ouvir algo sinfônico, forte e marcante, como costumavam ser os trabalhos do Within Temptation.
Nem pela inovação de misturar uma orquestra e Metal (pois muitas baandas já fizeram isso), também não pelo disco simples apenas (mereceria um duplo, com certeza), mas por trazer esses elementos misturados com o som acústico e atmosférico de grandes músicas de sua carreira.
Trata-se da Within Temptation, banda holandesa que agrada os fãs de um Gothic Metal, com pegadas sinfônicas e vocais limpos femininos (e guturais masculinos nos primeiros álbuns). Logrando o sucesso de seu último álbum de estúdio “The Heart of Everything” (2007), a banda lançou o DVD ao vivo “Black Symphony” (2008), numa apresentação magistral com a orquestra Metropole na Holanda e este mês traz o disco ao vivo “An Acoustic at the Theatre” (2009).
Esse é um álbum gravado durante a turnê de 2008 em que a banda apresentou um set (após a apresentação “normal”) especial com versões acústicas. Ele saiu no ínicio deste mês juntamente com o single “Utopia”, faixa bonus. Aqui a banda toca apenas 12 faixas mas que foram muito bem escolhidas para versões acústicas, o que dá a sensação de que a banda alcançou um nível musical bastante superior ao apresentado até agora.
As participações especiais de Anneke Van Giersbergen (ex-The Gathering), Keith Caputo (Life of Agony) e Chris Jones ficaram muito interessante. “Somewhere” com Anneke não fugiu do que já haviam gravado ao vivo. Mas “What You Have Done” ficou legal, mesmo com Caputo cantando menos agressivamente do que o esperado e, por fim, a música do último single da banda “Utopia” com o mais que inesperado Chris Jones, mas que ficou interessante. Enquanto o novo disco não chega, os fãs podem ir escutando este lançamento especial da banda que tem se tornado cada vez mais conhecida e popular. Há muito tempo o Metal com vocais femininos deixou de ter o Nightwish como referência para ter em bandas como Within Temptation e Lacuna Coil.
Stay on the Road
Texto: EddieHead
Ficha Técnica
Banda: Within Temptation Álbum: An Acoustic at the Theatre (ao vivo) Ano: 2009 Tipo: Gothic Metal País: Holanda Link (bo blog Keepers of metal): http://www.mediafire.com/?mhnkmkk12od (senha keepersofmetal) Formação
Sharon den Adel (vocal) Robert Westerholt (guitarra) Jeroen van Veen (baixo) Ruud Adrianus Jolie (guitarra) Stephen van Haestregt (bateria) Martijin Spierenburg (teclado)
Tracklist
1. Towards The End 2. Stand My Ground 3. Caged 4. All I Need 5. Frozen 6. Somewhere (com Anneke Van Giersbergen) 7. The Cross 8. Pale 9. What Have You Done (com Keith Caputo) 10. Memories 11. Forgiven 12. Utopia (com Chris Jones)