terça-feira, 21 de outubro de 2025

Cobertura de Show: The Dead South – 18/10/2025 – Tork N' Roll/CWB

Noite de sábado em Curitiba, que prometia ser diferente. Afinal, o tão aguardado show dos canadense do The Dead South estava na cidade. A turnê foi uma realização da Powerline Music & Books, Sellout Tours e Áldea Produções. Inclusive, o dia ficou cravado na agenda, 18 de Outubro de 2025, no Tork N’ Roll, local excepcional para shows em Curitiba. Mesmo com a chuva constante, antes das 19 horas já havia uma fila considerável no local. 

Além da atração principal, o público curitibano estava em peso para prestigiar a Hillbilly Rawhide, banda de country rock de Curitiba. Portanto, assim que as portas do local abriram, já haviam muitas pessoas em frente ao palco, animadas por conseguir um lugar privilegiado para assistir ao evento. Entretanto, nas laterais ainda havia lugares vagos, para aqueles que gostam de ficar frente a frente com as bandas, mesmo que tenham alguns equipamentos atrapalhando a visão completa. 

Hillbilly Rawhide subiu ao palco pontualmente às 20 horas, com a casa quase cheia. Lembrando que a banda possui 23 anos de carreira e é responsável por várias músicas que já moram na cultura do público brasileiro. Nada mais justo serem a banda para abrir para o The Dead South, a atração principal da noite. O grupo começou animado, contagiando o público, e muitos já cantando junto os clássicos da banda, como “O Enxofre e a Cachaça”, “A Balada do Homem Morto” e o ponto alto do show “Uma Cerveja, Uma Cachaça E Um Remedinho”, hino antigo de muitos ali presentes. 

É sempre um presente quando a noite já começa com simpatia e aquela nostalgia que só quem conhece sabe. Após os agradecimentos ao público, a banda encerra sua apresentação sendo ovacionada por todos.

A organização do local estava muito bem feita, com bebidas e comidas ao agrado de todos. A pausa entre bandas foi curta, mas tempo suficiente para uma volta no local, que também conta com lojas de camisetas, adega, tatuagem, mais parecendo uma praça de alimentação com uma estação central com chopp e com grande diversidade de drinks e rótulos. O público presente era formado por muitos fãs caracterizados com o estilo das bandas, foi um verdadeiro desfile de estilo, todos muito bem arrumados no estilo Folk e Velho Oeste que caracteriza o The Dead South.

Finalmente, com vinte minutos para o início do show, a movimentação nos bastidores era alta, muita organização na hora de posicionar os instrumentos próximos ao palco, que um comentário à parte, eram uma obra de arte. O único incômodo na espera, para os presentes mais a frente do palco, foi o calor, que apesar da noite fresca e chuvosa, estava quase insuportável. Mas nada que estragasse a espera, afinal, diante de tantas pessoas, os sistemas de ar condicionados não deram conta do recado. 

Mas tudo foi contornado, quando às 21:15 em ponto, a banda The Dead South subiu ao palco. E com animação de estreante, os músicos mostraram sorrisos e simpatia para com os fãs presentes. A formação atual da banda conta com Nate Hilts nos vocais principais, violão e bandolim, Scott Pringle no violão, bandolim e também vocais, Colton Crawford no banjo e Danny Kenyon no violoncelo e vocais. Apesar das mudanças da formação, os músicos mostraram total sincronia nas músicas, apesar de uma certa postura mais contida no começo do show. Mas é comum para muitas bandas, uma certa  demora para mostrar se a vontade ao palco e fazer a conexão emocional com a platéia. 

Impossível não mencionar a perfeição com a qual as canções foram executadas, inclusive a questão da timidez, foi totalmente esquecida após trinta minutos de apresentação. Grande parte culpa do público, que aplaudia sem parar cada vez que um dos músicos mostrava seu talento naqueles instrumentos tão hipnotizantes. Para aqueles que não estavam acostumados com o gênero musical, foi uma virada radical, mas de uma maneira positiva, os comentários gerais eram a respeito de como se faz música de verdade.

E não faltaram pontos fortes, pois a animação só aumentava, à medida que os clássicos da banda eram executados, “20 Mile Jump”, “That Bastard Son”, “Time for Crawlin’”, entre outras. E dificilmente pude presenciar o Tork N’Roll tão cheio de pessoas dançando e cantando. Casais comemorando com os pés em movimento, amigos fazendo rodinhas dançantes. Tudo foi um show, durante a execução das músicas “A Little Devil” e a famosa “In Hell I´ll Be In Good Company” o lugar ferveu e já não se achava mais ninguém parado naquela noite.

No final, uma pausa e o encerramento da noite com honras, com a execução de “Travellin’ Man” e “Banjo Odyssey”. A conclusão foi que os canadenses do The Dead South vão deixar saudades, com seu rock, bluegrass, folk, enfim, uma experiência musical e imersiva única.


Texto: Paula Butter

Fotos: Vladimir Silverio

Edição/Revisão: Gabriel Arruda 


Realização: Agência Powerline / Sellout Tours / Aldeia Produções

Press: Tedesco Comunicação & Mídia


The Dead South setlist 

Snake Man Pt. 2

20 Mile Jump

Son of Ambrose

Boots

Yours To Keep

Time for Crawlin'

The Recap

Father John

That Bastard Son

Black Lung

A Little Devil

Broken Cowboy

In Hell I’ll Be in Good Company

Honey You

Bis

Clemency

Completely, Sweetly

Travellin’ Man

Banjo Odyssey

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