Mostrando postagens com marcador Krisiun. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Krisiun. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 4 de setembro de 2025

Cobertura de Show: Wacken Open Air – 31/07/2025 – Schleswig-Holten/GE

Sob Céus Tranquilos, Sons Pesados: O 31 de Julho no Wacken Open Air


Metal Yoga: Atrações Fora dos Palcos

Antes mesmo das primeiras guitarras soarem, o dia no Wacken já começa com energia. Às 11h da manhã, a personal trainer Sophie Watcher lidera uma sessão de exercícios aeróbicos em grupo. Essa atividade se tornou uma tradição curiosa e divertida do festival: dezenas de headbangers se reúnem para alongar, pular e aquecer o corpo, preparando-se para as longas horas de música intensa que seguem.

A cena é quase surreal — jaquetas de couro, camisetas pretas e botas pesadas dividem espaço com movimentos de ginástica coletiva — mas traduz bem o espírito do evento: união, resistência e celebração.

---

Metal Battle – Descobertas do Underground (Headbangers Stage)

Um dos momentos mais marcantes do dia veio do Metal Battle, no Headbangers Stage, vitrine essencial para revelar novos talentos do metal mundial. Entre as apresentações, uma grata surpresa foi a banda chinesa de power metal Eternal Power.

Com irreverência, energia contagiante e execução precisa, o grupo transformou seus 20 minutos de palco em uma celebração épica. Faixas como “Chasing Your Dream” e “Salvation” evidenciaram o potencial da cena metálica chinesa, mostrando que o país tem, agora, um representante de peso no heavy metal global.

---

Skyline (Harder Stage) – A Tradição da Abertura

Já conhecida do público, a banda Skyline cumpriu mais uma vez seu papel de dar as boas-vindas oficiais ao festival. Com um repertório recheado de covers icônicos, o grupo levou o público a viajar por diferentes eras do rock e do metal.

Músicas como “Stricken” (Disturbed), “Fool for Your Loving” (Whitesnake), “You’ve Got Another Thing Coming” (Judas Priest) e “In the End” (Linkin Park) fizeram o público cantar em uníssono, provando a diversidade de gerações presentes no Wacken. O ponto alto, como sempre, foi a execução da clássica “This Is W.O.A.”, verdadeiro hino do festival.

Wacken Press

Wacken Press

Wacken Press

Wacken Press
---

Grave Digger – 45 Anos de História no Palco do Wacken (Harder Stage)

Se havia um show que já carregava o peso da história antes mesmo das primeiras notas, esse era o do Grave Digger. Celebrando 45 anos de estrada, a banda mostrou por que é considerada um dos pilares do heavy metal europeu.

Sob o comando do carismático Chris Boltendahl, eterno frontman, a apresentação foi uma verdadeira viagem pela carreira da banda. O setlist incluiu clássicos como “Rebellion (The Clans Are Marching)”, “Valhalla”, “Dark of the Sun” e encerrou de forma apoteótica com “Heavy Metal Breakdown”. A participação de Uwe Lulis, retornando após 25 anos, e de Jamiro Boltendahl, filho do vocalista, tornou o momento ainda mais memorável.

Nayara Sabino

Nayara Sabino

Nayara Sabino

Nayara Sabino
---

Clawfinger – Lendas do Rap-Metal (Louder Stage)

Nascida na Suécia no início dos anos 1990, Clawfinger é pioneira do rap-metal europeu, conhecida pela mistura agressiva de guitarras pesadas com vocal rap feroz e letras politizadas. O show foi pura energia, com clássicos como “Nothing Going On” e “Recipe for Hate”, mantendo a plateia completamente envolvida do início ao fim.

Wacken Press

Wacken Press

Wacken Press

Wacken Press
---

Ministry – Industrial Implacável (Louder Stage)

Formada em Chicago em 1981 por Al Jourgensen, Ministry é uma das bandas pioneiras do industrial metal. Evoluindo do synth-pop para sonoridades pesadas e sampleadas, a banda apresentou faixas históricas como “Hail to His Majesty (Peasants)”, “N.W.O.”, “Psalm 69” e “Just One Fix”.

O que se viu foi uma parede sonora industrial e implacável, com batidas eletrônicas e guitarras afiadas que hipnotizaram os fãs e geraram headbanging em estado puro.

Wacken Press

Wacken Press

Wacken Press

---

Krisiun – Brutalidade e Técnica Extrema (W.E.T Stage)

Krisiun, trindade do death metal brasileiro formada em 1990, apresentou um show especial tocando apenas músicas de seus três primeiros álbuns: “Black Force Domain” (1995), “Apocalyptic Revelation” (1998) e “Conquerors of Armageddon” (2000).

A intensidade foi sufocante: riffs velocíssimos, solos devastadores e drumsolo apoteótico de Max Kolesne levaram os fãs ao limite, consolidando um clima de respeito absoluto e visceral.

Wacken Press

Wacken Press

---

Guns N’ Roses – Estreantes Lendários (Harder Stage)

O clímax do dia estava reservado para Guns N’ Roses, que subiu ao palco principal às 20h35 para uma performance histórica de mais de 3 horas — o show mais longo já registrado no Wacken.

O setlist atravessou todas as fases da banda: “Welcome to the Jungle”, “Mr. Brownstone”, “You Could Be Mine”, “Estranged”, baladas como “November Rain” e “Patience”, e a explosão final com “Nightrain” e “Paradise City”.

Houve ainda homenagens especiais: “Sabbath Bloody Sabbath”, “Never Say Die” (Black Sabbath), “Thunder and Lightning” (Thin Lizzy) e “Human Being” (New York Dolls), tornando a apresentação inesquecível.

Wacken Press

Wacken Press

Wacken Press

Wacken Press

Wacken Press

---

Natureza Selvagem – Um Desfecho Único

E, como se não bastasse a intensidade musical, a natureza decidiu marcar presença: após o encerramento do show, uma tempestade com relâmpagos impressionantes caiu sobre o festival, obrigando evacuação parcial dos acampamentos por motivos de segurança.

Um desfecho dramático e épico, digno da grandiosidade vivida nos palcos — algo que só poderia acontecer em um festival de heavy metal como o Wacken.



Fotos: Wacken Press / Nayara Sabino (Grave Digger)

Edição/Revisão: Gabriel Arruda 


Skyline – setlist:

Hold On

Running Back to You

Under the Radar

Stricken (Disturbed cover)

Dream Engine

Fool for Your Loving (Whitesnake cover)

You've Got Another Thing Comin' (Judas Priest cover)

Human Monster

In the End (Linkin Park cover)

Fireball
 
This Is W:O:A


Grave Digger – setlist:

Twilight of the Gods

The Grave Dancer

Kingdom of Skulls

Under My Flag

Valhalla

The Curse of Jacques

The Dark of the Sun

The Devils Serenade

Back to the Roots

Excalibur (participação especial de Uwe Lulis)

Rebellion (The Clans Are Marching) (participação especial de Uwe Lulis e Jamiro Boltendahl)

Heavy Metal Breakdown


Clawfinger - setlist:

Burn in Hell

Nothing Going On

Scum

Rosegrove

Warfair

Catch Me

Undone

Out to Get Me

Ball & Chain

Two Sides

Recipe for Hate

Hold Your Head Up

The Price We Pay

Biggest & the Best

The Truth

Do What I Say


Ministry - setlist:

Thieves

The Missing

Deity

Rio Grande Blood

LiesLiesLies

Goddamn White Trash

Alert Level

Burning Inside

Stigmata

N.W.O.

Just One Fix

Jesus Built My Hotrod

So What


Krisiun - setlist: 

Kings of Killing

Ravager

Endless Madness Descends

Scourge of the Enthroned

Hatred Inherit

Messiah's Abomination

Blood of Lions

Conquerors of Armageddon

Descending Abomination


Guns N' Roses – setlist:

Welcome to the Jungle

Bad Obsession

Mr. Brownstone

Chinese Democracy

Live and Let Die

Yesterdays

It's So Easy

Civil War

Used to Love Her

Slither (Velvet Revolver cover)

Never Say Die (Black Sabbath cover)

Sabbath Bloody Sabbath (Black Sabbath cover)

Shadow of Your Love

You Could Be Mine

Estranged

Double Talkin' Jive

Hard Skool

The General

Thunder and Lightning (Thin Lizzy cover) 

Coma

Absurd

Rocket Queen

Knockin' on Heaven's Door

Sweet Child o' Mine

November Rain

Sorry

Patience

Human Being (New York Dolls cover)

Nightrain

Paradise City

domingo, 12 de novembro de 2017

Cobertura de Show – Rock Na Praça 5: (08/10/2017 – Vale do Anhangabaú – SP)



Andre Matos, Supla, Krisiun, Malta, Claustrofobia, Kiara Rocks, Oitão, Sioux 66, Pomparça, Trayce e Screams Of Fate

O mês de setembro foi movimentando de grandes shows pelo Rock In Rio e na São Paulo Trip, realizado no Alianz Parque. Sem perder o ritmo da coisa, só que mais diferente, o mês de outubro iniciou pesado com mais uma edição do Rock Na Praça, mantendo a tradição, desde 2015, de promover shows de grandes nomes do Rock/Heavy Metal nacional em caráter gratuito e ao ar livre, marcando a sua 5º edição de grandes renovações perceptíveis e elevadas.

Pra edição desse ano, o idealizador Fabricio Ravelli e o vocalista Marcello Pompeu (Korzus) resolveram ampliar o conceito do evento tanto na parte de produção e do casting de bandas participantes, que nas edições anteriores, eram concentradas apenas 4 bandas num só palco. Mas esse número cresceu, trazendo 11 bandas reunidas em 2 palcos, novamente realizado no Vale do Anhangabaú e apontando um feito inédito ali pelas redondezas, já que nem a Fifa Fan Fest, na Copa Mundo de 2014, conseguiu impor tal logística.

O mais interessante nessa tentativa é a união de grupos de diferentes estilos, o que nos leva a ter respeito com os diversos gostos musicais. E a seleção de bandas partia de nomes do underground até o mais ‘main-stream’, podendo conferir de tudo e pouco em apresentações que duravam em torno de 1h30. E pra quem esteve presente, não teve do que reclamar, sabendo lidar com as diferenças de um e de outro numa civilidade orgânica, fator que sempre chama atenção em se tratando de Rock Na Praça.

Screams of Fate
Agraciados por um favorável e sem qualquer ameaça de chuva, Fabricio deu a largada na festa às 13h55, chamando ao palco os caras do Screams Of Fate, sendo a surpresa do dia. Formado por Clayton Bartalo (vocal), Alexandre Bovo (guitarra), Vicente Moreno (baixo e vocal) e Marcelo Toselli (bateria), o quarteto, de Guarulhos, agradou o publico (que já era grande) através de groove e peso, onde o repertório foi baseado no mais recente trabalho, “Neorganic” (2016), com as faixas “Evil” e “Spilling Hate”. “Depression”, do EP “Corrupted”, animou todos, contando com a participação do vocalista Marcelo Carvalho (ex-Trayce).

Pulando rapidamente para o palco Anhangabaú, Glauber Barreto, vocalista e guitarrista do Válvera, anunciou a próxima atração do dia: o Trayce, vencedora da seletiva que o evento organizou para as bandas terem oportunidade de tocar no dia, subindo ao palco às 14h25. A apresentação pecou um pouco pela baixa qualidade de som, mas que não comprometeu no aspecto intenso e vigoroso, destacando as faixas “Réus”, “Corpo Fechado” e “Domadores”. O mais legal foi ver o quarteto vestido com as camisetas das bandas que participaram da seletiva, atitude bastante respeitosa por parte da banda.

Trayce
Novamente ao palco Rocks, chegou à vez da exclusividade do festival entrar em cena, às 14h50. O Pomparças, formado por conhecidos nomes da cena, entre eles Marcello Pompeu (vocal, Korzus), Heros Trench (guitarra, Korzus), Marcelo Soldado (guitarra, Coração de Heroi, ex-Korzus), Fabio Romero (baixo, Threat) e Henrique Pucci (bateria, ex-Project46), desfilaram clássicos do Rock e Heavy Metal que balançaram todo o Vale do Anhangabaú, indo de “HighwayToHell” (AC/DC), “War Machine” (Kiss), “Orgasmatron” (Motörhead, participação de Milena Monaco, Sinaya) e de hits do Slayer, como “South Of Heaven” e “Raining Blood”.

Pomparças
O Thrash Metal deu lugar para o Hard Rock, e quem teve a missão de cumprir esse dever foi do Sioux 66, às 15h20, no palco Anhangabaú. Recebendo a benção de Victor Guilherme (Mattilha), o quinteto, montado por Igor Godoi (vocal), Mika Jaxx e Bento Mello (guitarras), Fabio Bonnies (baixo) e Gabriel Haddad (bateria) se mostraram estáveis e convictos, cativando quaisquer tipos de fãs de Hard Rock ali presentes, evidenciando às memoráveis “Porcos”, “O Calibre” (releitura do Os Paralamas do Sucesso) e “Outro Lado”.

Sioux 66
Chegando à metade do casting, às 15h55, Vini Castellari (Project46) convocou o pessoal do Oitão, sucedido por uma das apresentações mais quentes da tarde, lançando o foda-se em tudo com músicas de puro protesto e revolta contra o governo. E Henrique Fogaça (vocal, conhecido também por ser "chef" e da comissão de jurados do programa MasterChef Brasil), Ciero (guitarra), Ed Chavez (baixo) e Marcelo BA (bateria) não deixou fúria e raiva em falta com os resquícios de Thrash Metal, Crossover e Hardcore, salientando a paulada “Tiro na Rótula”, a violenta “Trevas” e a frenética “Chacina”, tendo a participação de Marcão (ex-Lobotomia), ultimando dignamente com “Imagem da Besta” e “Podridão Engravatada”.

Oitão
Às 16h30, o Kiara Rocks reativou os falantes do palco Anhangabaú, que ainda apresentava um som bem abaixo do esperado. Voltando de um hiato que quase resultou no fim da banda, Cadu Pelegrini (vocal/guitarra), Bruno Carmo (guitarra), Raul Barroso (baixo) e Junior Van Loon, demonstraram uma aparição meio morna, mas sólida, demostrando uma volumosa carga em músicas como “Marcas e Cicatrizes”, “Sinais Vitais” e “Não Vai Adiantar”, com Marcelo de Carvalho roubando mais uma vez a cena, além do cover de “Ace Of Spaces” (Motörhead).

Kiara Rocks
Quase impossível de se locomover e mudar de lugar, o Claustrofobia implantou uma peleja que arruinou as extremidades do palco Rocks, colidindo todos os que estavam perto do outro palco para formar fustigas rodas. E o trio, formado por Marcus D’Angelo (guitarra e vocal), Daniel Bonfogo (baixo) e Caio D’Angelo (bateria) correspondeu com o calor do publico por intermédio do ‘Metal Maloka’, jargão inventado pela banda, executando momentos mais recentes da carreira como “Generalized Word Infection”, “Paulada” e “Pino da Granada”, e ainda uma versão mais pesada de “Rapante”, dos Raimundos.

Claustrofobia
Encarando qualquer tipo de ironia e superando os obstáculos, o Malta entrou no palco no fim da tarde com um set de poucas músicas próprias, apostando num repertório praticamente montado de covers do Rock mundial e nacional, passando por “Highway To Hell” (AC/DC), “Killing In The Name” (Rage Against The Machine), “In The End” (Linkin Park), “Até Quando Esperar” (Plebe Rude) e “Que País é Esse?” (Legião Urbana), realçado das exclusivas “Igual a Ninguém” e “Indestrutível”. Vencedora do reality show global “Superstar”, o quarteto, que da formação original estão presentes Thor Moraes (guitarra), Diego Lopes (baixo) e Adriano Daga (bateria), vem atravessando uma nova fase, com Luana Camarah assumindo o posto de ‘front-woman’ da banda.

Malta
Enquanto o Malta tocava no palco Anhangabaú, o Krisiun dava os últimos ajustes pra, logo em seguida, infernizar o palco Rocks. O clamor do público era forte, vindo de ovações e delírio. E o trio, composto por Alex Camargo (vocal e baixo), Moyses Kolesne (guitarra) e Max Kolesne, inaugurou a noite atirando brutalidade e energia, mostrando que hoje é o nome mais pertinente do Death Metal, abrangendo toda intensidade para as clássicas “Combustion Inferno”, “ViciousWrath”, “Blood Of Lions”, “Killing of Killing” e “Ace Of Spades” (Motörhead).


Krisiun
O Punk Rock fechou as atividades do palco Anhangabaú com uma apresentação pra lá de festiva e animada, surpreendendo com a produção de palco e do time coeso que vem acompanhando o Supla, que tem nomes conhecidos como Bruno Luiz (guitarra, Command6, Storm Sons), Henrique Baboom (baixo, Storm Sons) e Ed Avian (bateria, Tales From The Porn). O set foi recheado de clássicos, tendo no repertório “Garota de Berlin”, “Green Hair (Japa Girl)” e “O Charada Brasileiro”, além de releituras de “Imagine” (John Lennon) e “Pet Sematary” (Ramones), destacando também a irrelevante “TripScene”, que fez parte do projeto Psycho 69.


Tristemente, o fechamento do festival causou certa decepção e deslizes, e Andre Matos, ao lado de Hugo Mariutti (guitarra), Bruno Ladislau (baixo) e Rodrigo Silveira (bateria), encerrou a 5º edição do Rock Na Praça com um show muito abaixo do esperado, vendo o vocalista não tão disposto e fora da sua forma ideal de voz, além do som ruim, culminando com uma falha geral durante uma das músicas. Já que a parte técnica transgrediu de maneira esdruxula, o set pelo menos era interessante, com clássicos do Angra, como “Nothing To Say” e “Lisbon”. “Fairy Tale” e “Time Will Come”, relembrando a fase áurea do Shaman; “I Will Return” e “Liberty”, salientando a fase solo do Andre, e “Inside” e “Sign Of The Cross”, presentes na Opera Metal Avantasia, encerrando com a magistral “Carry On”.


O Rock Na Praça vem se tornando obrigatoriedade no calendário cultural e Rock In Roll de São Paulo, garantindo, pelo Fabricio Ravelli, a 6º edição para o ano que vem. E em conversa com este redator, o próprio revelou que o evento pode se espalhar em mais cidades paulistanas. Aguardemos as surpresas para 2018...

Texto: Gabriel Arruda
Fotos: Edu Lawless / Dener Ariani

Edição Revisão: Carlos Garcia 

segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Cobertura de Show - Krisiun, Carniça, Malévola e Syphilitic Abortion Juntos em Novo Hamburgo/RS (Rock And Roll Sinuca Bar 3, 12/12/14)


Um pouco mais de quinze anos se passaram desde a primeira passagem do Krisiun por Novo Hamburgo/RS, sendo que a quinze anos atrás a banda estaria conquistando seu nome entre os grandes, e passado esse tempo retornam como um dos grandes nomes do Death Metal mundial.

O local escolhido para destruição foi o Rock And Roll Sinuca Bar 3, até então desconhecido pelo público das redondezas (Porto Alegre, Canoas e etc), mas que se demonstrou uma grata surpresa e uma ótima opção para shows undergrounds.

Para completar esta festa em mais um sábado quente no Sul (12/12) as bandas Carniça, Malévola e Syphilitic Abortion se encarregariam da abertura, abrindo de vez os portais do inferno.


Começando a destruição a primeira banda a subir ao palco foi os veteranos da Malévola, que retornam a cena depois de quinze anos inativos. Sendo aquele o primeiro show oficial desde o retorno, porém o que vimos foi uma banda muito bem entrosada e disposta a causar muito headbanging.

Seu som é calcado num Thrash/Crossover no melhor estilo norte-americano, empolgante, visceral e enérgico, com composições curtas, mas na medida certa que agradaram em cheio o público que ainda chegava ao local.


Seguindo o baile era hora dos pútridos do Syphilitic Abortion entrarem em cena com seu Goregrind de extrema violência. Letras românticas e canções progressivas, além de um vocal lírico belíssimo. Brincadeiras a parte a banda mais parecia um rolo compressor sonoro, onde gerou as primeiras rodas da noite, para um público que já tomava boa parte da casa.


Passados da meia noite o Carniça toma seu lugar ao palco e quebra pescoços com seu Thrash/Death Metal de primeira, onde continuam a divulgação de seu mais recente disco “Nations of Few”. A banda destilou sons de todos os seus discos, e encerrou aquela apresentação emblemática com “Midnight Queen” do Sarcofago, levando o público ao êxtase, e mostrando que sim, temos uma das melhores bandas de Thrash/Death do país.

Após uma rápida troca de palco era hora da lenda do Death Metal nacional entrar em cena e deixar os bangers ensandecidos, agora com a casa totalmente tomada pelos deathbangers, o Krisiun fez um show competentíssimo, seja pela individualidade musical de cada um ou pelo conjunto, que esbanjam simpatia, humildade e muito amor ao Metal.


Seguindo a tour de divulgação do aclamado “The Great Execution” o Krisiun mesclou seu set com clássicos e sons mais novos (sendo que muitos também se tornaram clássicos), do disco mais recente tivemos “The Will To Potency” e “Blood Of Lions”, já dos clássicos mais antigos “Vengeance's Revelation” e “Descending Abomination”.

Também figuraram em seu set vasto clássicos atuais como “Combustion Inferno” e “Bloodcraft”. O Krisiun também nos brindou com a excelente versão de “Black Metal” do Venom, assim como a matadora e indispensável “Black Force Domain”.


Uma verdadeira aula de Metal Extremo seja na parte musical ou pessoal, pois Alex, Moyses e Max são a prova viva que se pode ganhar o mundo sem deixar de ser underground.

Fica os parabéns a Ablaze Productions pela produção e organização, e claro pela bela escolha do local. E que venham muitos outros!


Cobertura por: Renato Sanson
Fotos: Felipe Pacheco



  

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Krisiun: Aportando em NH para destruir pescoços! (Realização: Ablaze Productions, Produtora Galaxy 23 e Rock and Roll Sinuca Bar 3)


E a maior banda de Death Metal do Brasil chega à Novo Hamburgo/RS para dar continuação a tour de divulgação do aclamado “Great Execution”.

O evento ocorre no dia 12/12 no Rock And Roll Sinuca Bar, e os ingressos já estão à venda a partir de R$20.

Além da lenda Krisiun, o evento contará com três grandes nomes do Metal gaúcho abrindo os portais do inferno, são elas: Carniça, Malévola e Syphilitic Abortion.

Saiba o restante das informações no evento: https://www.facebook.com/events/797839810282467/?fref=ts


Texto: Renato Sanson


Curta a página das bandas e das produtoras:








Rock And Roll Sinuca Bar 3https://www.facebook.com/Rockshownh?fref=ts


sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Resenha de Show: Claustrofobia, Korzus e Krisiun (31/10/14) Aquarius Rock Bar (SP)


Noite quente em São Paulo. No dia em que se comemora o Dia das Bruxas se apresentaram três bandas de peso do nosso Metal Nacional. A noite prometia muito som pesado e pescoços sendo destruídos a cada som executado.

A casa abriu por volta das 22:00h, um público pequeno se aglomerava na entrada, mas estavam com muita sede de Metal. Depois de rolar alguns vídeos em um telão as luzes se apagam e logo se escuta os primeiros riffs do Claustrofobia, banda já com 20 anos de carreira e muito som pesado na bagagem.


A galera logo se esquenta assim que a banda entra em cena, já se viam rodas se abrindo e muito cabelo voando. Os pontos altos onde a galera correspondeu muito bem foram com “Pinu da Granada”, “Metal Maloka”, “Peste” e “Bastardos do Brasil”. Um fato curioso e engraçado durante o show foi o grande Caio D’angelo estourar literalmente a caixa de sua bateria, isso mostra o quão a banda realmente deu de tudo no palco para levar a galera ao êxtase, um belo show de abertura na noite.


Por volta de 00:55h, Marcello Pompeu e sua trupe invadem o palco com seu fiel Thrash Metal, era a vez do Korzus levar a casa abaixo. Logo a galera se anima e começa as rodas e a empolgação tomando conta de todos, pois a energia que a banda passa ao público é realmente divina. Pompeu começa sua contagem com um emaranhado de riffs e bateria separando a galera em dois lados com uma imensa roda, fato que já é marca registrada do frontman, onde todos de uma forma bem louca, mas sadia se encontra em um verdadeiro mosh de qualidade.


“I See Your Death” e “Correria” foram bem executadas, juntamente com “Bleeding Pride”, música do já aclamado “Legion”, novo disco da banda. O Korzus deu sim um grande show para o público presente que de fato saiu do palco com o dever cumprido, não deixou nada a desejar.


O público presente guardara energias para a atração principal da noite, Krisiun. Os irmãos Kolesne sobem ao palco para último e grande show, quando se escutaram os primeiros acordes do mestre Moises, todos sentiram uma sensação única: “Krisiun vai derreter o que sobrou de todos!”. Sendo assim os primeiros urros da lenda Alex Camargo tomou conta do lugar, todos estavam fervorosos e enlouquecidos.

Os grandes clássicos da banda se fizeram presente em um show um pouco curto, mas bastante intenso e marcante. “Minotour” e Descending Abomination” foram de pura hipnose. Ouvia-se um coro gritando “Black Force Domain” música que acabara encerrando esse excelente show que ficará na memória de todos os presentes por um longo tempo.


Foram três excelentes bandas do nosso Metal Tupiniquim, pelo que as bandas representam para o nosso som e culturas, deveriam ter mais prestígio. O público presente mostrou um grande diferencial e respeito por tudo àquilo que foi visto em uma noite de puro Metal pesado.


Cobertura por: Leandro Fernandes
Fotos: Flavia Estevam
Edição/revisão: Renato Sanson

sábado, 12 de janeiro de 2013

Resenhas de Shows: Krisiun, Malevolent Creation & Vital Remains Estremecendo Porto Alegre/RS

Krisiun mostrando a força do Death Metal nacional

Dando continuidade a tour europeia "Sounds Of Extreme", no dia 13/12 tivemos a honra de presenciar três tremores do Death Metal mundial no mesmo palco, estou falando de Krisiun, Malevolent Creation e Vital Remains.

O show foi realizado numa quinta-feira, mas para nossa surpresa tivemos um público acima do esperado no Bar Opinião, com a casa praticamente cheia, e com esse clima, por volta das 21h sobe ao palco os americanos do Vital Remains, que além de estarem apresentando seu novo vocalista Brian Werner, estavam contando com o apoio do guitarrista brasileiro Bill Hudson na segunda guitarra.

E sem delongas, a banda sobe ao palco e despeja seu Death Metal técnico e agressivo, focando seus dois últimos álbuns, "Dechristianize" e "Icons of Evil", soltando petardos como "Icons of Evil", "Devoured Elysium" e "Dechristianize", fazendo a alegria dos bangers que esperavam por este show há muito tempo. Único ponto negativo na apresentação do VItal, fica pela equalização do som que não estava boa, o que acabou tirando um pouco do brilho da apresentação.

Vital Remains quebrando pescoços

Vale destacar o guitarrista Bill Hudson, que mostrou-se muito a vontade com a banda, executando as músicas fielmente, sem contar sua presença de palco, que cativou a todos, mas com certeza o destaque individual do grupo fica por conta do vocalista Brian, com uma presença de palco inquieta, se movimentou a todo instante, e para deixar os presentes ainda mais agitados deu vários moshs de cima do palco, voando  na galera, fazendo do show uma festa completa.

Malevolent Creation com o público na mão
Sem muita enrolação, era hora do Malevolent Creation entrar em cena, e com uma equalização sonora melhor, a pancadaria comeu solta aos comandos do vocalista Brett Hoffmann, que comandou a galera literalmente. Clássicos não faltaram no show, "Eve Of The Apocalypse", "Manic Demise" e "Slaughterhouse" foram despejadas sem dó, até chegar no clássico absoluto "Malevolent Creation", que gerou uma tremenda roda, fazendo os bangers perderem o pescoço.

Após duas apresentações no mínimo avassaladoras, era hora do Krisiun subir ao palco, e não demora muito para o trio gaúcho formado por Alex Camargo (baixo/vocal), Moyses Kolesne (guitarra) e Max Kolesne (bateria), botarem a casa a baixo, com seu brutal Death Metal de encher os ouvidos, passando em seu setlist desde clássicos do naipe de "Kings of Killing" aos novos petardos como "Combustion Inferno" e "Blood of Lions".

Alex Camargo (Krisiun)
Sempre que retornam a capital gaúcha o Krisiun faz questão de agradecer pela recepção calorosa que tem, e era notável a satisfação do trio em ver a casa cheia. E para fechar está noite apocalíptica o clássico "Black Force Domain" não poderia ficar de fora, porém após o final "fake"  a banda retorna ao palco, e executa o clássico "In League with Satan" dos ingleses do Venom, com a participação das lendas Tony Lazaro (Vital Remains) e Brett Hoffmann (Malevolent Creation) nos backing vocals.

Saldo final, mostra que o underground extremo tem muita lenha para queimar, e mostra que Porto Alegre pode retomar seu posto de capital do Metal extremo, pois se nos próximos shows mostrarem toda esta força como mostraram neste, estaremos sempre bem servidos de apresentações memoráveis como esta.


Cobertura/edição: Renato Sanson
Fotos: Aline Jechow
Revisão: Carlos "Caco The Butcher" Garcia