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terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Lemmy: A Última Tour



 
Dia 28/12/2015, uma notícia que atingiu à todos os fãs como uma bomba, a morte de um dos poucos verdadeiros ícones do Rock & Roll e Heavy Metal que ainda restam. A morte física, pois a lenda permanece viva, e Ian Fraiser Kilmister, o Lemmy, nascido em 24/12/1945, passou o último natal aqui entre os mortais. Diagnosticado com um câncer agressivo no dia 26 (segundo fontes oficiais, câncer no cérebro e pescoço, e diante de vários problemas de saúde que vinha passando, não havia sido detectado essa doença antes), o corpo debilitado de Lemmy não resistiu, e aos 70 anos, 20 dias depois de finalizar a tour do Motörhead pela Europa, deixou este mundo fazendo o que sempre disse que faria, tocar até que a vida se esvaísse do seu corpo. Pouco mais de um mês atrás, 12/11, Phil "Animal" Taylor, que foi baterista do Motörhead por muitos anos, tendo participado de clássicos como "Ace Spades".



Dia 30 de abril de 2015, foi um dia muito esperado por mim e muitos outros que estavam no estádio do Zequinha em Porto Alegre, durante a “Monster Tour”, pois sabíamos que provavelmente seria a última chance de ver Lemmy e o Motörhead nos palcos, pois com a saúde debilitada, tudo indicava que se aproximava a aposentadoria de Mr. Kilmister, ou no mínimo, faria shows muito esporadicamente, e provavelmente ainda gravaria novas músicas.

A apreensão e ansiedade aumentou por conta das notícias de que a saúde de Lemmy piorava, e foi um grande susto o cancelamento do show em São Paulo, poucos dias antes. Mas o dia 30 chegou, e foi um daqueles dias que ficam marcados para sempre. Estar ali, ao lado de amigos de longa data, familiares (meu irmão e meu filho), os companheiros e amigos do Road to Metal, e mais uma nação de fãs que ali estavam para vibrar a cada palhetada de Lemmy no seu Rickenbacker, e mesmo que o corpo já não lhe permitisse a mesma vibração de outrora, ele deu tudo de si, e a cada gesto, cada palavra, sabíamos que ali estava um verdadeiro ícone, uma lenda que viveu o Rock, foi roadie de Jimi Hendrix, sempre se doou em prol da sua música e dos fãs, não enriqueceu monetariamente, como muitos astros, inclusive muitos até com menos brilho e merecimento, mas com certeza acumulou uma riqueza maior, a de ser um cara autêntico e por isso merecidamente idolatrado, a lenda entre as lendas.

 
Lembro do final do show, quando ele se despediu, largou o baixo, virou e foi caminhando lentamente, sumindo ao fundo do palco. Comentei com o amigo ao lado que era um momento emblemático, parecia um adeus mesmo, e seria o provável último show dele que veríamos. Esperávamos, claro, que o velho Lemmy, osso duro, durasse mais alguns anos, e lembrei do que ele disse ao entrevistador em seu documentário,  “Lemmy”, quando perguntado sobre qual o segredo para sua longevidade, principalmente devido à vida desregrada e cheia de excessos, ele respondeu: “Dont’ Die!” (Não Morra!).

Partiu mais uma lenda para sua última grande tour.  Descanse em paz Lemmy...You Are Motörhead!

Abaixo, mais algumas imagens que pudemos presenciar, e registradas pelas lentes do Diogo Nunes, durante a cobertura do Road na Monster Tour.









sexta-feira, 22 de maio de 2015

Monsters Tour Parte II: Os Dinossauros Ainda Reinam Sobre a Terra (Estádio Zequinha POA - RS-30/04/2015)

Leia a primeira parte da Monsters Tour "O Outro LadoAQUI.

Se o dia 30/04 reservou muitas surpresas (negativas) a Porto Alegre pela vinda da Monsters Tour, os shows em si eram esperados ansiosamente.


ZERODOZE

Então era hora do trio gaúcho Zerodoze iniciar os trabalhos, e logo de cara a produção de palco da banda impressionava, assim como o som, que estava perfeito! O trio formado por Cristiano Wortmann (guitarra/vocal), André Lacet (baixo) e Jean Montelli (bateria) fizeram um ótimo show, demonstrando domínio de palco e cativando bastante o público que ainda chegava ao Estádio.

A abertura do show com “Essa Mulher” mostrou grande competência, arrancando muitos aplausos dos presentes, assim como “Esperança e Redenção”, “Ninguém” e os covers de “Wrathchild” (Iron Maiden) e “Symphony of Destruction” (Megadeth).

Uma grande apresentação que ficará marcada na carreira da banda.


MOTÖRHEAD

Então era hora de uma das lendas Rock N’Roll mundial entrar em cena (mais precisamente sua terceira apresentação em solo gaúcho, a primeira em 1989 e a segunda no ano 2000), e após uma rápida troca de palco o trio inglês mais “barulhento” do mundo chega para mostrar sua força!

Aos poucos entrando em palco Lemmy reverencia os presentes e diz logo de cara: “Nós somos o Motorhead e tocamos Rock and Roll”. E aí amigo, o que se viu foi uma chuva de clássicos, por um trem desgovernado (um pouco mais contido é claro), do calibre de “Shoot You in the Back”, “Damage Case” e “Stay Clean”, que iniciaram a apresentação.


Claro que notamos a certa fragilidade de Lemmy ao vivo, as músicas também estão com um andamento menos veloz, mas não se engane, pois o que se viu foi uma usina de energia transbordando força.

Era notável cada esforço de Lemmy, que empunhando seu belíssimo Rickenbacker tirou um som estrondoso, algo que só os mestres conseguem.

Phil Campbell é um show à parte, além de ser a força motriz dos riffs, agita o tempo todo e interage muito com a galera, tomando pra si o posto de "porta voz oficial", já que Lemmy visivelmente poupava todo esforço que fosse possível, embora tenha comunicado-se com o público algumas vezes, inclusive cobrando uma empolgação maior, dizendo que ele estava ali, mesmo sentindo dor, então pediu mais entusiasmo, sendo saudado a cada palavra e cada gesto. E nem seria preciso elogiar o espetacular Mikkey Dee, que esmurrou seu kit sem dó.


“Metropolis” vem para tirar lágrimas de qualquer marmanjo, assim como “Over the Top”, que antecedeu o ótimo solo de guitarra de Campbell, que deu uma aula de puro Rock N’Roll.

Após o clássico inesperado “Rock It”, duas composições de seu mais recente álbum “Aftershock” são tocadas, “Do You Believe” e “Lost Woman Blues”, que antecederam a poderosa “Doctor Rock” onde abriu espaço para o solo de bateria destruidor de Mikkey.

Algo que temos que comentar foi o certo “desânimo” do público, Mikkey Dee ficou instigando os presentes para agitarem, fazerem barulho, mas parecia não ser correspondido. Creditamos um pouco disso, ao fato de que muitos preferiram assistir com atenção, aproveitando cada segundo de estar em frente a uma lenda, e que talvez fosse a última vez que teriam essa oportunidade.


Após as ótimas “Just 'Cos You Got the Power” e “Going to Brazil” estávamos chegando ao fim dessa apresentação épica e histórica, e Lemmy dá um certo puxão de orelha nos presentes dizendo que eles são apenas três e fazem muito barulho e querem ver todos agitando agora, e “Ace of Spades” chega para delírio de todos os fãs.

E ainda teve o bis com a poderosa “Overkill” e seus bumbos na “cara”.

Então chegava ao fim o sonho de muitos que queriam ver o Motorhead ao vivo, e podemos dizer que Lemmy mesmo com todos seus problemas de saúde se mostrou carismático e se esforçando ao máximo em dar o seu melhor, pois a expressão de dor e cansaço eram visíveis, mas deu aos seus fãs uma aula de som pesado, comprometimento e amor pelo que se faz.

Se esse é o último show da banda ou um dos últimos não sabemos, só podemos dizer que sim, vimos DEUS, LEMMY IS GOD!

Setlist:
Shoot You in the Back
Damage Case
Stay Clean
Metropolis
Over the Top
Guitar Solo
The Chase Is Better Than the Catch
Rock It
Do You Believe
Lost Woman Blues
Doctor Rock (com solo de bateria)
Just 'Cos You Got the Power
Going to Brazil
Ace of Spades
 Encore:
Overkill


JUDAS PRIEST

Chegava a hora de mais um gigante que retornava a Porto Alegre, mas desta vez marcando sua 4° passagem (a terceira com Halford) e promovendo seu mais recente disco “Redeemer of Souls”, além de apresentar o novo guitarrista Richie Faulkner (que está com a banda desde 2011).

O que você esperaria de uma banda com quase 50 anos de estrada e que de fato é o próprio Heavy Metal? Precisa explicar?


Um show avassalador, uma banda coesa e que transborda energia (com exceção de Faulkner o restante dos integrantes já passaram dos 60 anos), com ele o Metal God dando show, cantando como nunca, despejando seus agudos fantasticamente, calando a boca de muitos sobre suas performances ao vivo nos últimos tempos, era visível a satisfação e admiração de muitos bangers com a lição de Halford.

Como a banda vem divulgando seu novo trabalho o show se iniciaria com ele e após a intro “Battle Cry”, “Dragonaut” vem para esquentar a noite fria que acompanhava os gaúchos, com seu refrão cantado em uníssono.


E para explodir de vez o Estádio Zequinha “Metal God” chega com suas batidas fortes e marcantes, com Halford marchando em direção da plateia e dominando os presentes, assim como o peso descomunal do baixo de Ian Hill e seu timbre monstruoso, mais parecendo um trovão.

“Devil’s Child” mantém o alto nível do show com Glen e Faulkner roubando a cena, esse último então, deixou claro ser a pessoa certa para o Judas Priest, dando um novo gás a banda, agitando muito, interagindo o tempo todo, além de cantar todas as músicas, demonstrando ser, além de grande músico, um grande fã.


A produção de palco também impressionava, um telão ao fundo que mudava a cada música e com Halford mudando de roupa a todo instante, dando diversos climas ao show, além de sua movimentação constante pelo palco.

E que viria a brilhar ainda mais com a execução de “Victim of Changes”, fazendo o público explodir, principalmente nas partes em que o Metal God era exigido em seus agudos característicos, deixando até mesmo o fã mais incrédulo impressionado.

“Halls of Valhalla” do novo disco abre as portas com muito peso para uma das melhores da noite, “Turbo Lover” e seu clima épico, com Halford comandando todos no seu refrão marcante e grudento.


Seguindo a aula metálica “Redeemer of Souls” abriu caminho para uma sequência no mínimo fantástica, arrancando lágrimas dos fãs com “Jawbreaker”, “Breaking the Law” e “Hell Bent for Leather” (sim e nessa Halford entrou com sua Harley Davidson em palco para delírio geral), o entrosamento de Tipton e Faulkner é incrível, além da precisão sonora da cozinha, com o Sr. Ian Hill despejando trovoadas e com Scott Travis mostrando muita precisão e técnica a cada nota tocada.


Mas como estamos falando de Judas Priest, eles ainda tinham mais munição e “The Hellion” seguida de “Eletric Eye” vem para deixar todos de punho erguido cantando com a banda, que logo receberia a arrasa quarteirão “Painkiller”,  mas antes Scott provocou perguntando qual música gostaríamos de ouvir, e claro que ela seria a pedida para simplesmente botar o Estádio abaixo, com sua introdução animalesca na bateria, e com Halford dando conta do recado e até fazendo vocais guturais em determinadas partes.

Para fechar essa aula do mais puro Heavy Metal “Living After Midnight” dando o ar de despedida e a sensação que a banda ainda tem muita lenha para queimar.

Com esse show podemos constatar que o Judas Priest é o verdadeiro Heavy Metal!

Setlist:
Battle Cry (Intro)
Dragonaut
Metal Gods
Devil's Child
Victim of Changes
Halls of Valhalla
Turbo Lover
Redeemer of Souls
Jawbreaker
Breaking the Law
Hell Bent for Leather
Encore:
The Hellion / Electric Eye
Painkiller
Encore 2:
Living After Midnight


OZZY OSBOURNE

Para encerrar o Monsters of Rock nada melhor que um dos pais do Heavy Metal, o “príncipe das trevas” Ozzy Osbourne!

Acompanhado por uma excelente banda de apoio (que se mantém desde 2010), o Madman retorna a Porto Alegre pela 3° vez (uma com o Black Sabbath e duas vezes solo), e como de costume o “velho mais louco do Rock” sabe como dominar uma plateia, seu carisma é contagiante, o que ficou visto no começo do show com os clássicos “Bark at the Moon” e “Mr. Crowley” que incendiaram os presentes, que cantaram a plenos pulmões junto com Ozzy.


A banda que acompanha o Madman é simplesmente fantástica, a começar pelo guitarrista Gus G. (Firewind) que esbanja uma técnica absurda, além de estar muito mais à vontade em comparação ao show de 2011 no Gigantinho.

Rob “Blasko” (ex-Danzig e Rob Zombie) mostra muita segurança nos graves, além de ter ótima presença de palco. A banda se completa com o tecladista Adam Wakeman (filho do lendário Rick Wakeman) e o destruidor de peles Tommy Clufetos, que simplesmente rouba a cena pelo seu modo enérgico de tocar.

Além dos clássicos que Ozzy trouxe nesses mais de 50 anos dedicados ao Heavy Metal, veio consigo seus jatos de água e espuma para os fãs, onde de fato fez os seguranças e fotógrafos passarem trabalho, pois o Madman não se importava e molhava a todos, já os fãs sabiam e vibravam cada vez que Ozzy molhava todos na primeira fila.


“I Don't Know” veio na sequência (junto com muitos “Eu Amo Todos Vocês”), abrindo os portais do inferno para o primeiro clássico do Black Sabbath “Fairies Wear Boots” e seu riff tocado fielmente.

O que chama atenção nos shows do Ozzy é que tudo é feito milimetricamente para o “príncipe das trevas” brilhar, um show muito bem ensaiado, e com um setlist na ponta para ganhar o público, disparando clássicos atrás de clássicos, aliado a inquietude de Ozzy, que se movimentava a todo instante, além de sua voz estar boa para ocasião, se comparado com a última passagem junto ao Black Sabbath.


“Suicide Solution” e “Road to Nowhere” mantiveram o alto nível do espetáculo, assim como “War Pigs” (com destaque a Tommy).

A excelente “Shot in the Dark” deu uma esfriada nos ânimos (podemos dizer a menos clássica do set), assim como a instrumental do Black Sabbath “Rat Salad” (que não precisaria estar no setlist, ainda mais com os excessos de solo de bateria e guitarra).

Mas com a volta do Madman ao palco o clássico “Iron Man” esquentou os gaúchos novamente, com todos cantarolando seu riff clássico, e sem tempo para respirar “I Don't Want to Change the World” e “Crazy Train”, levando todos ao êxtase.


Fechando a apresentação a já carimbada e sempre funcional “Paranoid”. De fato, esse foi o melhor show de Ozzy desde sua primeira vinda a Porto Alegre, contagiou a todos e mostrou que mesmo com 66 anos ainda tem muitas tours pela frente.

Setlist:
Bark at the Moon
Mr. Crowley
I Don't Know
Fairies Wear Boots
Suicide Solution
Road to Nowhere
War Pigs
Shot in the Dark
Rat Salad
 (Guitar and Drum solos)
Iron Man
I Don't Want to Change the World
Crazy Train
Encore:
Paranoid

Algo que não se pode reclamar do Monsters foi a qualidade sonora apresentada, pois sim o som estava perfeito, desde a banda de abertura até o último show, soando cristalino e potente.

Os telões posicionados também ficaram ótimos, o que facilitava para o pessoal que estava mais atrás.

Entre erros e acertos os shows compensaram a maioria dos problemas, pois tivemos na mesma noite três lendas do Heavy Metal mundial, que não pouparam esforços e deram o seu melhor para os fãs.


Cobertura por: Renato Sanson
Fotos: Diogo Nunes
Revisão: Carlos Garcia

segunda-feira, 11 de maio de 2015

Monsters Tour: O Outro Lado (Porto Alegre/RS, Estádio Zequinha - 30/04/15)


O dia 30/04 veio para marcar a capital gaúcha com a vinda da “Monsters Tour”, que chegaria a Porto Alegre de uma forma mais reduzida (se compararmos a São Paulo), mas não menos empolgante, pois teríamos os dinossauros do Judas Priest, Motorhead e Ozzy Osbourne.

Até então, um sonho realizado para muitos, mas neste primeiro capitulo vamos um pouco além das apresentações (deixando a parte boa para um segundo capitulo), e sim falar do que presenciamos na fila, entrada, condições dentro do estádio, preços abusivos e etc.

Mas porque o Road to Metal decidiu falar sobre esses pesares? Pelo simples fato de não pensarmos apenas no que foi bom para nós, mas sim ver também o lado do fã que não conseguiu entrar no local a tempo de ver o show de abertura da Zerodoze, e também de uma das atrações princpais, o Motorhead, o despreparo da segurança e o caos generalizado ao abrir os portões.


Falhas que influenciam negativamente para um bom ambiente, já que estamos pagando, e um preço salgado (para um pouco mais de conforto, alguns foram além da pista "Premium", que cada vez fica mais inchada, pagando 700,00 para um local que foi chamado "Monster Zone"), para ver o evento.

Pois bem, o local escolhido para o festival foi o Estádio Passo d’ Areia (mais conhecido como Zequinha), localizado na zona norte de Porto Alegre. Alguns shows já foram realizados no local, como muitos também já foram cancelados por falta de segurança (Metallica e Kiss por exemplo).

E ao chegar no Zequinha (perto das 18h30min horário em que mais da metade do público deveria estar dentro do estádio), era visto ainda filas gigantescas, e uma demora muito grande na entrada, onde a equipe de segurança se demonstrava despreparada (muitas pessoas reclamaram de truculência na entrada) e com pouco efetivo.


Outro ponto que chamou atenção negativamente, era que não tinha nenhum tipo de revista ou detector de metal, pode parecer exagero, mas você está diante de um evento com mais de 14 mil pessoas, e no mínimo uma revista deveria ter para garantir a segurança de todos no local e das bandas.

E se chegasse a acontecer algo o que iriam explicar? Eventos de grande porte tem que ter um atendimento diferenciado e ágil, para que todos se sintam seguros, pois o dinheiro investido para ir ao show não foi pouco, muita gente se deslocou do interior e também de outros estados e até de outros países.

Foi, no mínimo, uma falta de respeito o tempo de espera na fila, causada pela abertura tardia e poucas entradas disponíveis. Se havia uma previsão de público, por que não abrir antes os portões ou providenciar mais entradas? Isso acarretou um dos maiores e mais indignantes problemas, muitos, mas muitos fãs não conseguiram entrar ao local a tempo de ver o show do Motörhead, sendo que já haviam pessoas na fila quatro, cinco horas antes de abrir os portões e mesmo assim não conseguiram ver a apresentação do trio inglês (além de alguns também perderem as primeiras músicas do show do Judas Priest).


De fato, encaramos este problema como desrespeito, pois como a produtora não se prepara para tal eventualidade? Se o local não tem tantas portas de entrada e você vai trabalhar com um efetivo reduzido (e despreparado), não teriam um plano B? Pois tempo para pensar e planejar tiveram de sobra, sendo assim todos esperavam uma estrutura digna do tamanho do festival.

Outro ponto que nos chamou atenção foi a real falta de acessibilidade para pessoas com deficiência, pois a entrada ao estádio era bem complicada para portadores de necessidades especiais, além de um fato que me deixou, posso dizer, indignado! O local específico para portadores de deficiência, podemos dizer que era bem longe do palco, sendo que na pista Vip não tinha um local para pessoas com deficiência.

A pergunta que me fiz no local e ainda me faço: “E as pessoas com deficiência que compraram o ingresso pista Vip, teriam que se contentar a ficar 200, 300 metros longe do palco?”


Realmente o Brasil ainda se demonstra “incapaz” de suprir certas necessidades para o grande público, principalmente no quesito acessibilidade.

O que dizer então dos banheiros do local que não supriam a quantidade de pessoas. Formando filas gigantescas tanto na pista Vip como na comum. Perdendo em muitos casos parte dos shows, o que gera certa indignação, pois você paga para estar ali e o local não te oferece o mínimo para suas necessidades fisiológicas.

Os preços abusivos também fazem parte do pacote, desde um simples copo d’água (10 reais) à cerveja ou lanche. Não consigo crer que é necessário colocar os preços lá em cima, o que deixa o fã sem opção, se obrigando a consumir por preços acima do normal, pois não se pode entrar nem com uma garrafa de água dentro do evento (houve eventos em que as pessoas não conseguiam acesso aos locais onde vendiam bebidas, felizmente, no Monsters, apesar dos preços altos, o acesso estava satisfatório) o que acaba gerando diversas reclamações, pois você está ali presenciando lendas do Rock/Heavy Metal e nada melhor que olhar com uma boa cerveja na mão ou se você não bebe, com um refrigerante, água o que for, mas como fazer isso com tranquilidade se o preço é o triplo do normal?


Algo que sempre gerou polêmica, mas com o passar dos anos está tendo uma melhor “aceitação” foi a criação da pista Vip, o que hoje é visto como um maior conforto para os fãs, está perdendo força, pois agora se tem uma segunda opção, a chamada “Zone” (que oferece open bar e um lugar ainda mais favorável que as pistas Vip ou Premium), mas tanto a Vip quanto a Zone tem seus preços bem altos, e o que muitos reclamaram na Vip foi o aperto e desconforto que já estava gerando, pois sim, a Vip estava com um número acima do confortável, pois se você paga por algo diferenciado, no mínimo quando chegar ao local você quer ver o show com conforto, não brigar pelo seu espaço ou ficar se movendo a todo instante para poder enxergar algo em cima do palco. Claro que tínhamos os telões, porém ninguém quer ver shows por telão, eles auxiliam, mas a ideia de estar numa área especial é ver o palco.

Do mesmo modo a pista comum, que fica extremamente lotada, impossibilitando de quem não está na grade ou perto dela, consiga ver o espetáculo tranquilamente, são coisas que sim, tem que ser revistas, pois sem público não há show, e em grandes eventos como esse sempre haverá público.

A saída do festival também foi tumultuada pelas poucas opções por onde sair, o que gera novamente filas e aperto por quem tenta sair assim que termina o evento.


Fica o nosso pesar por esses acontecimentos (que não foram poucos), pois tivemos shows memoráveis e que iremos contar em breve, porém não podíamos deixar passar esses detalhes que fazem toda a diferença.

Não foram somente pontos negativos, pois temos que apontar os acertos, como o excelente cast, a qualidade do som e imagem (três telões), as informações úteis que eram divulgadas nos telões, como a localização das saídas e locais para prestação de atendimento médico, e o acesso bem satisfatório aos bares, apesar dos preços exagerados, pois houve eventos que grande parte do público não conseguia acesso a um copo de água que fosse.

Esperamos que nos próximos eventos esses ocorridos sejam sanados, ou pelo menos minimizem parte dos problemas, pois certamente muitas pessoas vão pensar duas vezes após uma experiência ruim, e cabe ao público dar a resposta, postando suas sugestões e reclamações aos organizadores e promotores, e, se necessário, boicotar mesmo.

Texto por: Renato Sanson
Revisão Final e colaboração: Carlos Garcia
Fotos: Diogo Nunes

sábado, 25 de janeiro de 2014

Melhores de 2013: Você Votou e Escolheu o Melhor Disco do Ano!



Final de ano sempre pipocam nos sites, revistas e afins, as famigeradas listas dos melhores do ano pelos redatores Brasil (e mundo) afora (e a cada ano as listas ficam maiores, tantas são as categorias).

Neste ano de 2013, pensamos em não ir por esse caminho e sim deixar que vocês, amigos internautas, escolhessem os melhores discos. Porém, ao invés de colocar uma lista imensa ou abrir apenas para quem quisesse enviar email, selecionamos, 10 sugestões de discos internacionais e 10 nacionais, lançados em 2013 e que, de alguma forma, nos cativou, a maioria inclusive com matérias aqui no site. Além disso, deixamos espaço para que você pudesse escolher algum trabalho que não foi contemplado na lista prévia.

Foram poucos dias de votação (a coisa não pode se estender, temos que olhar para o presente e o futuro também!), mas um número incrível de votos. Somando os fotos na enquete do site, mais os e-mails que recebemos, foram cerca de mil pessoas que deram sua opinião sobre o melhor disco de 2013. E, sem delongas, eis os resultados.

Melhor Álbum Nacional de 2013

“The End of Time” (Hevilan) – 270 (36% do total de votos)

Leia resenha do álbum clicando aqui.


2º Colocado
“Silent Revenge” (Hibria) - 145 (19% do total de votos)

Leia resenha clicando aqui.


3º Colocado
“Honor” (Panzer) - 97 (13% do total de votos)




Melhor Álbum Internacional de 2013

“13” (Black Sabbath) - 69 (56% do total de votos)

Leia resenha aqui.


2º Colocado
“Dream Theater” (Dream Theater)  -   16 (13% do total de votos)



3º Colocado
“Aftershock” (Motörhead) - 8 (6% do total de votos)

Leia resenha aqui.




Análise dos Melhores Discos de 2013

Como esperado, era inegável que o disco que marcou a volta de Ozzy Osbourne em estúdio com o Black Sabbath sairia vencedor, com esmagadora diferença para o 2º e 3º colocados, como se pode conferir.

Obviamente, faltaram vários ótimos lançamentos, como “Cirurgical Steel”, do Carcass (recebemos vários “puxões de orelha” por isso), o que talvez tenha prejudicado para os poucos votos na categoria internacional.

Do lado nacional, por outro lado, cobrimos os principais e mais relevantes lançamentos do ano (claro que uns ficaram de fora e alguns nomes foram lembrados pelos fãs via email, como o disco do King of Bones, “We Are the Law”).

“The End of Time” foi a estreia com disco completo da Hevilan, que não poupou esforços em ofertar um trabalho de grande talento, qualidade e trazendo Aquiles Priester (Hangar, ex-Angra) na bateria e, apesar de apenas gravar o trabalho, ajudou e muito no resultado final e, inegável dizer, foi também uma ótima forma de marketing. E deu certo!

A banda Hevilan, cujo álbum foi disparado considerado o melhor de 2013 na categoria “Álbum Nacional”, será entrevistada com exclusividade num bate-papo bastante completo em breve. Fique ligado!

Agradecemos a todos que votaram e pedimos que sigam conosco neste ano de 2014, pois muitas novidades surgirão, além das nossas famosas promoções, sempre com coisas de qualidade para vocês!

Stay on the Road

Texto/edição: Eduardo Cadore