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sexta-feira, 22 de maio de 2015

Monsters Tour Parte II: Os Dinossauros Ainda Reinam Sobre a Terra (Estádio Zequinha POA - RS-30/04/2015)

Leia a primeira parte da Monsters Tour "O Outro LadoAQUI.

Se o dia 30/04 reservou muitas surpresas (negativas) a Porto Alegre pela vinda da Monsters Tour, os shows em si eram esperados ansiosamente.


ZERODOZE

Então era hora do trio gaúcho Zerodoze iniciar os trabalhos, e logo de cara a produção de palco da banda impressionava, assim como o som, que estava perfeito! O trio formado por Cristiano Wortmann (guitarra/vocal), André Lacet (baixo) e Jean Montelli (bateria) fizeram um ótimo show, demonstrando domínio de palco e cativando bastante o público que ainda chegava ao Estádio.

A abertura do show com “Essa Mulher” mostrou grande competência, arrancando muitos aplausos dos presentes, assim como “Esperança e Redenção”, “Ninguém” e os covers de “Wrathchild” (Iron Maiden) e “Symphony of Destruction” (Megadeth).

Uma grande apresentação que ficará marcada na carreira da banda.


MOTÖRHEAD

Então era hora de uma das lendas Rock N’Roll mundial entrar em cena (mais precisamente sua terceira apresentação em solo gaúcho, a primeira em 1989 e a segunda no ano 2000), e após uma rápida troca de palco o trio inglês mais “barulhento” do mundo chega para mostrar sua força!

Aos poucos entrando em palco Lemmy reverencia os presentes e diz logo de cara: “Nós somos o Motorhead e tocamos Rock and Roll”. E aí amigo, o que se viu foi uma chuva de clássicos, por um trem desgovernado (um pouco mais contido é claro), do calibre de “Shoot You in the Back”, “Damage Case” e “Stay Clean”, que iniciaram a apresentação.


Claro que notamos a certa fragilidade de Lemmy ao vivo, as músicas também estão com um andamento menos veloz, mas não se engane, pois o que se viu foi uma usina de energia transbordando força.

Era notável cada esforço de Lemmy, que empunhando seu belíssimo Rickenbacker tirou um som estrondoso, algo que só os mestres conseguem.

Phil Campbell é um show à parte, além de ser a força motriz dos riffs, agita o tempo todo e interage muito com a galera, tomando pra si o posto de "porta voz oficial", já que Lemmy visivelmente poupava todo esforço que fosse possível, embora tenha comunicado-se com o público algumas vezes, inclusive cobrando uma empolgação maior, dizendo que ele estava ali, mesmo sentindo dor, então pediu mais entusiasmo, sendo saudado a cada palavra e cada gesto. E nem seria preciso elogiar o espetacular Mikkey Dee, que esmurrou seu kit sem dó.


“Metropolis” vem para tirar lágrimas de qualquer marmanjo, assim como “Over the Top”, que antecedeu o ótimo solo de guitarra de Campbell, que deu uma aula de puro Rock N’Roll.

Após o clássico inesperado “Rock It”, duas composições de seu mais recente álbum “Aftershock” são tocadas, “Do You Believe” e “Lost Woman Blues”, que antecederam a poderosa “Doctor Rock” onde abriu espaço para o solo de bateria destruidor de Mikkey.

Algo que temos que comentar foi o certo “desânimo” do público, Mikkey Dee ficou instigando os presentes para agitarem, fazerem barulho, mas parecia não ser correspondido. Creditamos um pouco disso, ao fato de que muitos preferiram assistir com atenção, aproveitando cada segundo de estar em frente a uma lenda, e que talvez fosse a última vez que teriam essa oportunidade.


Após as ótimas “Just 'Cos You Got the Power” e “Going to Brazil” estávamos chegando ao fim dessa apresentação épica e histórica, e Lemmy dá um certo puxão de orelha nos presentes dizendo que eles são apenas três e fazem muito barulho e querem ver todos agitando agora, e “Ace of Spades” chega para delírio de todos os fãs.

E ainda teve o bis com a poderosa “Overkill” e seus bumbos na “cara”.

Então chegava ao fim o sonho de muitos que queriam ver o Motorhead ao vivo, e podemos dizer que Lemmy mesmo com todos seus problemas de saúde se mostrou carismático e se esforçando ao máximo em dar o seu melhor, pois a expressão de dor e cansaço eram visíveis, mas deu aos seus fãs uma aula de som pesado, comprometimento e amor pelo que se faz.

Se esse é o último show da banda ou um dos últimos não sabemos, só podemos dizer que sim, vimos DEUS, LEMMY IS GOD!

Setlist:
Shoot You in the Back
Damage Case
Stay Clean
Metropolis
Over the Top
Guitar Solo
The Chase Is Better Than the Catch
Rock It
Do You Believe
Lost Woman Blues
Doctor Rock (com solo de bateria)
Just 'Cos You Got the Power
Going to Brazil
Ace of Spades
 Encore:
Overkill


JUDAS PRIEST

Chegava a hora de mais um gigante que retornava a Porto Alegre, mas desta vez marcando sua 4° passagem (a terceira com Halford) e promovendo seu mais recente disco “Redeemer of Souls”, além de apresentar o novo guitarrista Richie Faulkner (que está com a banda desde 2011).

O que você esperaria de uma banda com quase 50 anos de estrada e que de fato é o próprio Heavy Metal? Precisa explicar?


Um show avassalador, uma banda coesa e que transborda energia (com exceção de Faulkner o restante dos integrantes já passaram dos 60 anos), com ele o Metal God dando show, cantando como nunca, despejando seus agudos fantasticamente, calando a boca de muitos sobre suas performances ao vivo nos últimos tempos, era visível a satisfação e admiração de muitos bangers com a lição de Halford.

Como a banda vem divulgando seu novo trabalho o show se iniciaria com ele e após a intro “Battle Cry”, “Dragonaut” vem para esquentar a noite fria que acompanhava os gaúchos, com seu refrão cantado em uníssono.


E para explodir de vez o Estádio Zequinha “Metal God” chega com suas batidas fortes e marcantes, com Halford marchando em direção da plateia e dominando os presentes, assim como o peso descomunal do baixo de Ian Hill e seu timbre monstruoso, mais parecendo um trovão.

“Devil’s Child” mantém o alto nível do show com Glen e Faulkner roubando a cena, esse último então, deixou claro ser a pessoa certa para o Judas Priest, dando um novo gás a banda, agitando muito, interagindo o tempo todo, além de cantar todas as músicas, demonstrando ser, além de grande músico, um grande fã.


A produção de palco também impressionava, um telão ao fundo que mudava a cada música e com Halford mudando de roupa a todo instante, dando diversos climas ao show, além de sua movimentação constante pelo palco.

E que viria a brilhar ainda mais com a execução de “Victim of Changes”, fazendo o público explodir, principalmente nas partes em que o Metal God era exigido em seus agudos característicos, deixando até mesmo o fã mais incrédulo impressionado.

“Halls of Valhalla” do novo disco abre as portas com muito peso para uma das melhores da noite, “Turbo Lover” e seu clima épico, com Halford comandando todos no seu refrão marcante e grudento.


Seguindo a aula metálica “Redeemer of Souls” abriu caminho para uma sequência no mínimo fantástica, arrancando lágrimas dos fãs com “Jawbreaker”, “Breaking the Law” e “Hell Bent for Leather” (sim e nessa Halford entrou com sua Harley Davidson em palco para delírio geral), o entrosamento de Tipton e Faulkner é incrível, além da precisão sonora da cozinha, com o Sr. Ian Hill despejando trovoadas e com Scott Travis mostrando muita precisão e técnica a cada nota tocada.


Mas como estamos falando de Judas Priest, eles ainda tinham mais munição e “The Hellion” seguida de “Eletric Eye” vem para deixar todos de punho erguido cantando com a banda, que logo receberia a arrasa quarteirão “Painkiller”,  mas antes Scott provocou perguntando qual música gostaríamos de ouvir, e claro que ela seria a pedida para simplesmente botar o Estádio abaixo, com sua introdução animalesca na bateria, e com Halford dando conta do recado e até fazendo vocais guturais em determinadas partes.

Para fechar essa aula do mais puro Heavy Metal “Living After Midnight” dando o ar de despedida e a sensação que a banda ainda tem muita lenha para queimar.

Com esse show podemos constatar que o Judas Priest é o verdadeiro Heavy Metal!

Setlist:
Battle Cry (Intro)
Dragonaut
Metal Gods
Devil's Child
Victim of Changes
Halls of Valhalla
Turbo Lover
Redeemer of Souls
Jawbreaker
Breaking the Law
Hell Bent for Leather
Encore:
The Hellion / Electric Eye
Painkiller
Encore 2:
Living After Midnight


OZZY OSBOURNE

Para encerrar o Monsters of Rock nada melhor que um dos pais do Heavy Metal, o “príncipe das trevas” Ozzy Osbourne!

Acompanhado por uma excelente banda de apoio (que se mantém desde 2010), o Madman retorna a Porto Alegre pela 3° vez (uma com o Black Sabbath e duas vezes solo), e como de costume o “velho mais louco do Rock” sabe como dominar uma plateia, seu carisma é contagiante, o que ficou visto no começo do show com os clássicos “Bark at the Moon” e “Mr. Crowley” que incendiaram os presentes, que cantaram a plenos pulmões junto com Ozzy.


A banda que acompanha o Madman é simplesmente fantástica, a começar pelo guitarrista Gus G. (Firewind) que esbanja uma técnica absurda, além de estar muito mais à vontade em comparação ao show de 2011 no Gigantinho.

Rob “Blasko” (ex-Danzig e Rob Zombie) mostra muita segurança nos graves, além de ter ótima presença de palco. A banda se completa com o tecladista Adam Wakeman (filho do lendário Rick Wakeman) e o destruidor de peles Tommy Clufetos, que simplesmente rouba a cena pelo seu modo enérgico de tocar.

Além dos clássicos que Ozzy trouxe nesses mais de 50 anos dedicados ao Heavy Metal, veio consigo seus jatos de água e espuma para os fãs, onde de fato fez os seguranças e fotógrafos passarem trabalho, pois o Madman não se importava e molhava a todos, já os fãs sabiam e vibravam cada vez que Ozzy molhava todos na primeira fila.


“I Don't Know” veio na sequência (junto com muitos “Eu Amo Todos Vocês”), abrindo os portais do inferno para o primeiro clássico do Black Sabbath “Fairies Wear Boots” e seu riff tocado fielmente.

O que chama atenção nos shows do Ozzy é que tudo é feito milimetricamente para o “príncipe das trevas” brilhar, um show muito bem ensaiado, e com um setlist na ponta para ganhar o público, disparando clássicos atrás de clássicos, aliado a inquietude de Ozzy, que se movimentava a todo instante, além de sua voz estar boa para ocasião, se comparado com a última passagem junto ao Black Sabbath.


“Suicide Solution” e “Road to Nowhere” mantiveram o alto nível do espetáculo, assim como “War Pigs” (com destaque a Tommy).

A excelente “Shot in the Dark” deu uma esfriada nos ânimos (podemos dizer a menos clássica do set), assim como a instrumental do Black Sabbath “Rat Salad” (que não precisaria estar no setlist, ainda mais com os excessos de solo de bateria e guitarra).

Mas com a volta do Madman ao palco o clássico “Iron Man” esquentou os gaúchos novamente, com todos cantarolando seu riff clássico, e sem tempo para respirar “I Don't Want to Change the World” e “Crazy Train”, levando todos ao êxtase.


Fechando a apresentação a já carimbada e sempre funcional “Paranoid”. De fato, esse foi o melhor show de Ozzy desde sua primeira vinda a Porto Alegre, contagiou a todos e mostrou que mesmo com 66 anos ainda tem muitas tours pela frente.

Setlist:
Bark at the Moon
Mr. Crowley
I Don't Know
Fairies Wear Boots
Suicide Solution
Road to Nowhere
War Pigs
Shot in the Dark
Rat Salad
 (Guitar and Drum solos)
Iron Man
I Don't Want to Change the World
Crazy Train
Encore:
Paranoid

Algo que não se pode reclamar do Monsters foi a qualidade sonora apresentada, pois sim o som estava perfeito, desde a banda de abertura até o último show, soando cristalino e potente.

Os telões posicionados também ficaram ótimos, o que facilitava para o pessoal que estava mais atrás.

Entre erros e acertos os shows compensaram a maioria dos problemas, pois tivemos na mesma noite três lendas do Heavy Metal mundial, que não pouparam esforços e deram o seu melhor para os fãs.


Cobertura por: Renato Sanson
Fotos: Diogo Nunes
Revisão: Carlos Garcia

quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Resenha de Show - VII RS Metal Fest: Satisfação Garantida!


Capitulo I – Chumbo Grosso

Calibre grosso carregado do mais puro Heavy Metal, a Zerodoze pisa no palco com pontualidade. Tocaram para um público bem restrito e aqui poderíamos discorrer sobre uma gama de motivos (chuva, horário, domingo, etc.), mas enfim, não vamos deter energias nisto. Alias energia é uma palavra interessante a ser usada para ilustrar a apresentação da banda, André Lacet inicia a festa com o baixo bem marcado de “Ninguém”:

 - “Vou embora desse lugar, não quero encontrar mais ninguém...” Tá mais do que na cara que eles não estavam falando do Opinião, pois a imagem vista, mostrava três músicos em perfeita sintonia e demonstrando gostar muito de estar no lugar que nasceram para estar: -  O Palco!


Pra brindar o começo da festa, o trio emenda na épica “Symphony Of Destruction” do Megadeth e pronto, era como se estivem dizendo:

- Oficialmente, declaramos que o VII RS METAL FEST começou!

Apresentação sóbria, mas nem um pouco contida. A Zerodoze mostrou experiência e deixou evidente que, os anos (de estrada) de palco ensinaram que, pouco importa o número do público (claro que quanto mais pessoas, a festa fica mais bonita). Seja uma platéia de 100 pessoas ou 10 000, uma coisa é certa: A explosão musical será a mesma!

Parabéns fizeram bonito e empolgaram a galerinha colada na grade. Mas só pra deixar bem claro, já vimos o Opinião lotado pra aplaudir o (Power) trio. Logo abaixo segue o link do clipe de “Essa Mulher”, sonzera que também compôs o set da noite.


Aproveitaram muito bem cada segundo do tempo que foi destinado, e pra encerrar desferiram um pataço em cheio no meio da turma, chamado “Da Onde Veio”. Nessa noite, quem assumiu a batera foi o Jean Montelli, ainda em fase de testes na banda, vamos torcer para que tudo se acerte e que, se for melhor para a banda, o Jean possa permanecer.

A Zerodoze é:
Cristiano Wortmann (Voz e Guitarra)
André Lacet (Baixo)
 Jean Montelli (Bateria)

Set Zerodoze:
 Ninguém
Symphony Of Destruction (Megadeth cover)
Essa Mulher
Wrathchild (Iron Maiden cover)
Horas Vagas
Black and Gray
O Gole
Da Onde Veio





Capitulo II – Um Atentado

Após alguns minutos de silêncio, o telão começa sua elevação novamente e revela a segunda banda da noite, que daria continuação no embalo iniciado pela Zerodoze. Em ritmo de comemoração dos seus 20 anos de estrada, assume o palco a Grosseria, com muita história pra contar, letras irreverentes e muita atitude. Este era um dos shows mais curiosos da noite, considerando a faixa etária do público, um número pequeno apenas já havia visto a Grosseria ao vivo.

A banda exibiu uma apresentação enérgica, também para um público restrito, mas a casa já dava sinais de despertar, a hora já estava se avançando e era chegado o momento dos bangers deixarem as tocas para ir até o Bar Opinião. Neste mesmo palco, em 2013, a Grosseria esteve ao lado da gringa Biohazard. Apresentação solidificada e calcada no Thrashcore, com certeza de curiosidade satisfeita.


O que foi visto e ouvido agradou olhos e ouvidos dos iniciados. A banda se preparava para o encerramento da apresentação, e o rufar dos tambores chega ao som do trio “Carro Bomba”, “Degradação” e “Porrada!”. O que era novidade para alguns, para outros significava matar saudades. Saudades de ouvir Grosseria e outros matando saudades do palco. Vida longa Grosseria e obrigado pela bela noitada!

Grosseria é:
 Leandro Padraxx (Vocal)
 Guga Prado (Guitarra)
 Rick Santos (Guitarra)
 Daniel Lobato (Bateria)
 Guilherme Carvajal (Baixo)

Set Grosseria:
1 Desossar
2 Sem Controle
3 Cidade Obscura
4 Mordaça
5 Demente
6 Carro Bomba
7 Degradação
8 Porrada!




Capitulo III – Morte da Carne

Hora de começar a desgraceira, tudo acertado para a terceira banda da noite e o palco recebe mais um trio, o Clã Lustosa havia chegado. Demonstrando claramente na expressão do olhar, a sede de estar no palco mais uma vez. O público atingiu contingente mínimo para que se formassem os primeiros indícios de mosh.

They´re stealing you
While you smile
They´re raping you
As you celebrate your carnival
Few cultures know
Appreciate themselves…” – The Protester

Sem muita conversa mole, saíram disparando todo o poder de fogo disponível. Abriram com “The Protester” e “Liars” na sequencia. Mauriano impulsionando a destruição pela imposição do vocal poderoso e manobrando o baixo em formação de combate, Parahim conduzindo os solos e riffs no flanco direito do palco e na contenção, Marlo brandindo baquetas ao fundo, caso alguém conseguisse passar ileso pelo primeiro pelotão.  

Particularmente falando, este era a grande expectativa da noite, foi à primeira vez ante a Carniça ao vivo. Não poderia ser diferente, assim como muitas outras bandas gaúchas, a Carniça se mostrou muito digna do respeito adquirido. Além das músicas extremas, com letras contundentes e chamadas para a realidade, o trio vestia-se com o que há de melhor.

Mauriano estava homenageando a Torvo, Marlo estava com a camiseta da Krisiun e Parahim era Carniça de corpo, alma e sentimento. Pois é, coisa melhor não há e é “tudo nosso” (Torvo e Krisiun... seriam pedidos de inclusão no próximo Fest? Quem sabe!).


Som do Opinião já é famoso pela competência em segurar o tranco, alias um salve para a turma da equipe técnica de som e luz, sempre executando com maestria. Normalmente passam despercebidos, mas isso é sinal de que tudo correu bem. Se você sai de um show lembrando-se da equipe de som ou de luz, algo não saiu como deveria! Ainda que houvesse muito mais gás a ser queimado pela Carniça (e estou certo que sim), a apresentação deveria encerrar para que se cumprisse a profecia do tempo determinado anteriormente.

E assim como nas vestimentas, o carinho pelo que é nosso se mostrou em notas musicais também, o show chegou ao fim e foi em sentimento de homenagem aos mineiros da Sarcofago ao som de “Midnight Queen”.

Carniça é:
Mauriano Lustosa (Baixo e Voz)
Marlo Lustosa (Bateria)
Parahim Neto (Guitarra)

Set Carniça:
1 - The Protester
2 – Liars
3 - Nations Of Few
4 - Rotten Flesh
5 -  Oil War
6 - Prayers before the death
7 - Midnight Queen – (Tributo Sarcofago)




Capitulo IV – A Negligência Infernal

Com o público a pino, a Distraught chega “metendo o aríete na porta”, nada de novidade, pois não se podem esperar muitos afagos da banda quando estão no palco. Não condiz com a personalidade da banda. Veja bem que, estou falando em questão de atitude e agressividade no desempenho e sonoridade, já que pessoalmente são verdadeiros lordes e sempre atenciosos com os fãs.

A banda sobe no palco com ares de “dever cumprido” em relação ao The Human Negligence is Repugnant (seu trabalho mais recente), e a intenção é despedir-se da tour do disco, pois novas ideias e composições estão brotando. Hora de deixar o “Human...” descansar em paz, por um tempinho.


Já que é pra ser assim “Gates of Freedom” foi à eleita para promover o abalo sísmico inicial. Show foi equilibradamente linear o tempo todo, mantendo o calor sempre. André (vocal) e Nelson (Baixo) iniciaram uma sequencia “headbangs” que foi de dar inveja, isso elevou ainda mais o clima Thrash da noite. A surpresa chega à quarta música, uma prova cabal de que, coisa nova está por vir. “Lost” era o nome da destruição, que será parte integrante do novo trabalho da banda, digamos que aconteceu uma “degustação”.

Uma noitada que entrará para o hall da fama dos shows em Porto Alegre. Resta-nos agora aguardar para saber o que a banda nos trará de novidades. A apresentação encerra com o famoso Wall Of Death, em “Insane Corporation”. E emenda na finaleira destruidora ao som de “Reflections Of Clarity e “Hellucinations” (ambas do Unnatural Display Of Art).

Distraught:
André Meyer (Vocal)
Nelson Casagrande (Baixo)
Everton Acosta (Guitarra)
Ricardo Silveira (Guitarra)
Dio (Bateria)

Set Distraught:
1 Gates of Freedom
2 Psycho Terror Class
3 The Human Negligence Is Repugnant
Lost
5 Justice Done By Betrayers
6 Borderline
7 Insane Corporation
8 Reflections Of Claraty
9 Hellucinations.




Final – A Vingança Anunciada

Fechando a noitada com uma grande “chave de ouro”, com o cabo cravejado de diamantes, chega a Hibria e toda sua ira em forma de vingança silenciosa (que de silenciosa não tem nada, e o Opinião que o diga). A proposta era a seguinte: Rodar o Silent Revenge na integra sem dó nem piedade! Pois, senhores, que seja cumprido o seu desejo, certamente só temos a agradecer.

Durante a apresentação, conforme a proposta, claro que o público contou com a participação especial do André Meyer (vocalista da Distraught). Ainda seguindo nesta proposta, o público que lá esteve naquele domingo, presenciou algo único. Algumas das músicas do atual trabalho da Hibria foram executadas, ao vivo, pela primeira vez (sim, presenciamos um momento histórico para a banda), a exemplo da “The Place That You Belong”. Ainda que alguns fãs tenham notado um semblante mais sério e menos entrosado, a banda fuzilou o disco na íntegra com muita energia.


A sincronia da banda é cada dia mais visível, e por motivos óbvios, a Hibria acabou tendo mais tempo em palco, e todo tempo é pouco. Após a execução do Silent Revenge, a banda retorna para relembrar algumas faixas dos trabalhos anteriores.

Hibria é:
Iuri Sanson (Vocal)
Abel Camargo (Guitarra)
Renato Osorio (Guitarra)
Benhur Lima (Baixo)
Eduardo Baldo (Bateria)

Set Híbria:
Silent Revenge
Lonely Fight
Deadly Vengeance
Walking To Death
Silence Will Make You Suffer
Shall I Keep Burning?
The Place That You Belong
The Scream Of An Angel
The Way It is

…Mais Encore!


Cinco bandas, uma noite e um ciclone de energia. Após encerrar a apresentação, encerram também o Fest deixando os fãs de alma e coração lavados. Todos descem do palco e ficam trocando ideias e fotos com amigos e fãs. Parabéns a Pisca Produtora e Opinião Produtora, ainda teremos muita estória pra contar, graças a vocês. 

O ponto Negativo da noitada ficou por conta de uma falha de comunicação entre os seguranças do Opinião. 
Aconteceu um impedimento do nosso redator, ao tentar acessar o brête frontal, local onde ele permaneceu tranquilamente até o terceiro show. Um dos seguranças havia dito que era ordem da chefia dos seguranças, porém outro segurança falou que a chefia já havia se retirado do local. Apenas um fator a ser analisado com cuidado, afinal de contas estamos sempre do mesmo lado trabalhando em conjunto.


Cobertura por: Uillian Vargas
Fotos: Uillian Vargas
Revisão/edição: Renato Sanson

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

7° RS METAL “Unindo as tribos”


Como se fosse o último suspiro, um último grito agonizante antes do sono eterno banhado em trevas. O VII RS METAL FEST reúne os elementos vivos, com poder destrutivo suficiente para detonar toda fúria do mundo. Bom o detalhe é que, sim a fúria será libertada com muita vontade, mas certamente longe de ser o último suspiro. 

A noitada será no Opinião  na noite do dia 19 de outubro de 2014 e terá como atrações: Distraught, Hibria, Carniça, Grosseria e Zerodoze. Um line up digno de um fest que não vai deixar pedra sobre pedra.


A Distraught vem encerrar os trabalhos da tour do “The Human Negligence is Repugnant", pois é preciso renovar e ao que dizem as postagens pelo Facebook, tem novidade vindo por ai em seguida. Nada mais justo que dar uma pausa nesse capítulo, com toda essa energia merecida. A Hibria trás todo magnetismo acumulado do “Silent Revenge”, e se preparem, pois será executado na integra (junto com alguns clássicos da banda).


Então fica ligado que vai rolar aquela participação do André Meyer, certamente.  A Grosseria chega à noite pra comemorar seus vinte aninhos (na flor da idade) e revirar o submundo do Crossover pra soltar o verbo e bater cabeça com a galera. Mas acalme-se ai, ainda tem muito peso pela frente. De Novo Hamburgo, exalando o cheiro pútrido no ar que espalha as raízes do Thrash desde 1991, a Carniça ajuda a preparar a ogiva da noite.


 E fechando o cast da noitada, ninguém menos e ninguém mais que a Zerodoze (ufa!), nossa velha conhecida e ficar discorrendo sobre a qualidade sonora, é chover no molhado.  


Como se fosse um fôlego demorado antes do longo mergulho, a noitada começa cedo, afinal o dia seguinte coloca os trabalhadores (e estudantes) cedo na rua para batalhar, então se liga na grade que o Pisca (responsável por reunir esse cast) preparou:



16:30 – Abertura da bilheteria.
17:30 – Abertura das portas.
18:15 – Zerodoze.
19:00 – Grosseria.
19:45 – Carniça.
20:45 – Distraught.
22:00 – Hibria.

Além dos cinco “vulcões” da noite, o Flavio Soares (Leviaethan), Léo Escobar (Draco) e Maicon Leite (Wargods Press) estarão discotecando só os clássicos infernais antes de o palco pegar fogo. 
Se liga ai no serviço Completo:

Dia: 19 de Outubro, domingo.

Local: Bar Opinião – Rua José do Patrocínio, 834 – Cidade Baixa.
Cidade: Porto Alegre/RS.

Ingressos:
1° lote - R$ 30,00.
2° lote - R$ 40,00.
3° lote - R$ 50,00.
4° lote – R$ 60,00.

Mais 1 kg de alimento não perecível (exceto sal e açúcar).
Levar na noite do evento.

Os alimentos serão doados para o Cele (www.cele.com.br).


Pontos de venda:
- Lojas Multisom: Shopping Iguatemi, Praia de Belas, Moinhos, Total, BarraShopping Sul, Bourbon Ipiranga, Bourbon Wallig, Andradas 1001.
Shopping Canoas, Bourbon São Leopoldo e Bourbon Novo Hamburgo.
- A Place (Voluntários da Pátria, 294 - loja 150 – Centro). Fone: (51) 3213-8150.
- Zeppelin (Marechal Floriano, 185 - loja 209. Galeria luza – Centro). Fone: (51) 3224-0668.

Classificação etária: 14 anos.


Produção: Pisca Produtora & Opinião Produtora.

Página do evento no facebook: RS Metal em Porto Alegre

Link:


Texto: Uillian Vargas
Revisão/edição: Renato Sanson
Fotos: Divulgação

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Resenha de Shows: Hangar, Draco e Zerodoze Celebram a Cena Porto Alegrense



Mesmo que com um público abaixo do desejado, o Bar Opinião, em Porto Alegre/RS recebeu no domingo de 25 de novembro uma noite muito especial e o público presente (que deve ter ocupado nem 30% da capacidade do local), saiu com satisfação garantida.

Aquecendo as turbinas, Zerodoze mostra que é uma das melhores bandas Rcok & Roll do estado

Isso porque às 21 horas em ponto subia ao palco a Zerodoze, capitaneada pelo guitarrista/vocalista Cristiano Wortmann, que fecharia a noite tocando com seus ex-colegas do Hangar.

Com um show enérgico, mas com um público que ainda chegava ao Bar, o grupo tocou algumas músicas do vindouro álbum, além das já conhecidas “Black and Gray” (que Cristiano dedicou a quem gosta de tattoo) e “Da Onde Veio”, ambas do ótimo “O Peso que Corrói”, de 2011. 

Cristiano voltaria ao palco com o Hangar no fim da noite
Aquecendo muito bem o público, o set list ainda contou com músicas como “Nossa História”, “O Gole” e “O Fantoche”, esta contando com Igor Assunção da banda Cartel da Cevada. Houve espaço para os cover de “Symphony of Destruction” (Megadeth)  e “Children of the Grave” (Black Sabbath), que levantou o público.

O grupo fez um set de tirar o fôlego, sem tanta conversa, mas sobrando Rock & Roll. Foi gratificante poder conferir, pela primeira vez, o grupo ao vivo. Detonaram.

Draco já é um tradicional escolha para aberturas de shows internacionais em Porto Alegre

Com o público já esquentado e se refrescando com cerveja, a banda Draco se apresentou, ainda no “embalo” da abertura na sexta-feira anterior do show da banda Black Label Society, nesse mesmo local. À exemplo da antecessora, a banda, que também é um trio, desfilou força e peso nas composições, sendo perceptível a aceitação do público porto-alegrense com a banda. 

Músicas como “O Inferno é Aqui”, “Nunca Vou Desistir” e “Dentro de um Pesadelo” animaram. Coube ainda a execução de “Black Night”, clássico do Deep Purple, que exaltou quem gosta de um bom clássico da música pesada, contando com a participação de Luciano Scheneider, para fechar o show com “Highway to Hell” (AC/DC).

Show enérgico trouxe, além de músicas próprias, covers do Deep Purple e AC/DC

A sempre proeminente bateria de Aquiles Priester revelava a banda Hangar que entrou em cena como principal atração da noite, ainda na turnê de divulgação dos dois recentes álbuns “Infallible” (2009) e “Acoustic But Plugged In!” (2011).

Banda dividiu show em dois momentos: 1º ato - clássicos dos dois primeiros discos


Mas o show era especial, pois, além de contar com a participação dos membros originais Michael Polchowicz (vocal, atual Venus Attack) e Cristiano Wortmann (guitarrista da citada Zerodoze), apresentava, pela segunda vez (e primeira na região sul), o jovem de apenas 21 anos Pedro Campos que, ao contrário do que tem sido falado nas redes sociais, não foi oficializado como novo vocalista, sendo “apenas” considerado como um “amigo da banda”. Para quem não conhece, Pedro Campos foi um dos grandes destaques do último CD do Soulspell Metal Opera, cantando ao lado de nomes como Blaze Bayley (ex-Iron Maiden) e Tim Owens (ex-Judas Priest).

Para os fãs da antiga, Michael e Cristiano foram a principal atração, membros originais e que gravaram “Last Time” (1999) e “Inside Your Soul (2001), executando 4 canções do primeiro e os principais clássicos do segundo, como as unânimes faixa-título e “To Tame a Land”, que levaram o público à loucura.

Nesse primeiro ato, sobrou carisma de Mike e o público assistia empolgado à banda com duas guitarras (Cristiano e Eduardo Martinez), o que ofereceu um peso absurdo ao vivo, que aliado à bateria de Aquiles, o baixo de Nando Mello, e os teclados de Marcelo Rodrigues, que a banda fez questão de agradecer a participação, já que Fábio Laguna se encontrava impossibilitado de se apresentar por questões de saúde, não deixaram a desejar.

Mike Polchowicz tem se apresentado novamente com a banda para comemorar 15 anos de Hangar

Não há muito o que falar de um show do Hangar, que sempre preza a técnica e o profissionalismo, não oferecendo nada menos que um grande show.

Nando, Aquiles e Cristiano: trio de 15 anos atrás
Na segunda parte do show, conhecemos Pedro Campos, jovem vocalista que interpretou canções da fase mais atual da banda, como as clássicas “Infallible Emperor 1956”, que abriu este set, bem como “Some Light to Find My Way”, que ficou ótima com duas guitarras (ao vivo apenas com o Martinez eram usados samplers para “compensar” a outra guitarra na parte inicial).

Fiquei impressionado com a presença de palco do jovem vocalista, ainda mais quando executam “When The Darkness Takes You”, canção que não havia visto ao vivo nos shows da banda e, de longe, uma das minhas favoritas do álbum “The Reason of Your Conviction” (2007). Aliás, desse álbum, nunca podem faltar as clássicas “One More Chance” (levantando a galera) e a faixa-título, que literalmente faz o público ficar louco. 

Da fase com André Leite, recentemente saído da banda com certa polêmica, tivemos a única composição original da fase, a balada hit “Haunted By Your Ghosts” que empolgou, mas não tanto quantos os clássicos.

Pedro Campos (centro) cantou competentemente na segunda parte do show,

Para fechar, dois covers já tradicionais nas últimas apresentações da banda: “Master of Puppets” (Metallica) com os vocais de Cristiano, que fez tremer ainda mais o Bar e, claro, “Eagle Fly Free” (Helloween), que contou com Pedro e Mike nos vocais, fechando a apoteótica noite do Metal gaúcho.

Parabéns a iniciativa da Senhor F. em realizar esse evento e ao público participante das mais diversas cidades do estado (e tinha gente de fora dele). Viajar 1000 KM (foi o percurso que fizemos, ida e volta) para assistir tamanha qualidade em palco, vale sempre a pena.

Fotos: Road to Metal (obrigado Dafne Endres pelas fotos e cia : D)
Obs: pedimos a gentileza que credite as fotos ao Road to Metal caso as compartilhe. Obrigado.

Set List Hangar
1- Intro - The secrets of the Sea
2 - Like a Wind in the Sky
3 - Voices
4 - Angel of the Stereo
5 - Last Time
6 - Falling in Disgrace
7 - To Tame a Land
8 - Savior
9 - Intro - The Soul Collector
10 - Inside Your Soul
2º Ato
11- Infallible Emperor 1956
12- Some Light to Find My Way
13 - When The Darkness Takes You
14 - One More Chance
15 - Haunted By Your Ghosts
16 - The Reason of your Conviction
3º Ato
17 - Master Of Puppets (Metallica)
18 - Eagle Fly Free (Helloween)

Set List Draco
1 - O Inferno é Aqui
2 - Nunca Vou Desistir
3 - Dentro de um Pesadelo
4 - Black Night - participação Luciano Schneider
5 - Contrato com o Diabo
6 - Selva de Pedra
7 - Louco da Estrada
8 - Highway to Hell (com Luciano Schneider)

Set List Zerodoze
1- Ninguém 
2 - Esperança e Redenção 
3- Essa Mulher 
4 -  Symphony of Destruction (Megadeth)
5- Nossa História 
6- O Gole 
7- Children of The Grave (Black Sabbath)
8- Black and Gray 
9- Fantoche (com  Igor Assunção da Cartel de Cevada) 
10- Pequenos Jogos 
11- Da Onde Veio