Mostrando postagens com marcador Revogar. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Revogar. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 22 de junho de 2015

Cobertura de Show: Marduk + Symphony Draconis + Revogar (Sociedade Orpheu - São Leopoldo/RS - 20/04/15)


Eis que o dia 20/04 reservou aos headbangers uma noite de pura destruição, pois teríamos a lenda sueca MARDUK de volta ao RS, mas desta vez visitando São Leopoldo, em um evento extremamente organizado e bem produzido pela Makbo.

Revogar
Então o REVOGAR abriu o evento com sangue nos olhos, mostrando o seu afiado Death/Black Metal. A banda se mostrou bastante coesa, haja vista que tem em sua formação músicos experientes e de talento. Apesar do curto set, em face do atraso no início do evento, a banda conseguiu despejar uma boa leva de sons.

Symphony Draconis
A horda porto-alegrense SYMPHONY DRACONIS veio em seguida, e a despeito do pouco tempo que teve para mostrar seu Black Metal sinfônico de respeito, desferiu um forte soco na cara dos presentes, mostrando que se trata de uma banda fadada a crescer cada vez mais no undergroud e, porque não, inclusive na gringa. Espera-se que tenham novas oportunidades para mostrar mais do seu trabalho. E que venha logo o substituto de The Supreme Art Of Renunciation.

Vale ressaltar a boa qualidade sonora e de iluminação que as bandas tiveram, todas soando perfeitamente, e sem algum empecilho técnico.


MARDUK então em ação...

Então era hora de uma das hordas mais respeitadas do Black Metal devastar “São Hell”. E coube à música que dá nome ao mais recente álbum, Frontschwein, começar o massacre, da forma mais ímpia possível; por ser uma banda extremamente experiente e profissional, não foi difícil prender a atenção do público presente.

O problema seria escolher um setlist que caísse no gosto da audiência. Fato este que, na opinião do redator, foi satisfatório. Mas seguindo... Na sequência rolaram sons do quilate de Slay The Nazarene (que ensandeceu os presentes), 502 (outro grande som), Serpent Sermon, Burn My Coffin, Warschau e Panzer Division Marduk, que fechou o set de maneira avassaladora.


É sempre salutar ver uma banda do porte do MARDUK mostrando novos trabalhos aqui em nossas terras, mas, talvez devido ao fato da frequência com que nos visita, o público pudesse ser melhor. Outro fato que pode contribuir, de alguma forma, é a mudança pela qual o som da banda passou depois da entrada de Mortuus, sendo que uma grande parcela dos fãs ainda é partidária do ex-vocal Legion (inclusive este que vos escreve), e preferia a antiga sonoridade. Enfim, todos os três shows foram altamente positivos, ficando o único ‘porém’ quanto à postura fria da banda para com o público, especialmente do vocalista. Mas convenhamos, não é nenhuma novidade se tratando de MARDUK.


Cobertura por: Marcello Camargo
Fotos: Diogo Nunes
Edição/revisão: Renato Sanson

quarta-feira, 15 de abril de 2015

Cobertura de show - União Extrema Fest I: Destruição Sonora Em Nome do Underground (28/03/15 - Embaixada do Rock, São Leopoldo/RS)


Tudo que começa como um sonho bom, não pode se transformar em algo que traga decepção. Desse jeito surge a ideia de unir bandas que movimentam nossa cena local. "E se convidássemos algumas bandas locais para, juntas, promover um Fest?". Claro, a ideia não é original, mas quem já tentou sabe o quão isto é difícil e envolve fatores externos à vontade, para que se torne uma realidade.

Dos organizadores Tiago Alano (All That Metal) e Renato Sanson (Heavy and Hell/Heavy And Hell Press/Road To Metal), partiu a iniciativa de "juntar umas bandas" para fazer um som, e ver no que daria. O tom do comentário faz referência à brincadeira, mas na realidade o assunto foi tratado com muita seriedade e responsabilidade. Vamos ao fato.

Dia 28 de março de 2015, São Leopoldo (que já adquiriu identidade com extremismo sonoro) foi palco de mais uma grande noitada de muito peso. Rolou a primeira União Extrema Fest, quando foi possível conferir a qualidade e excelência de cinco, grandes, bandas gaúchas. Se estamos falando de Metal pesado e São Leo, só há uma casa capaz de suportar tanto peso: Embaixada do Rock!

Losna
A noite começou ao som das damas da Losna, uma verdadeira injeção de adrenalina direto no coração (ao melhor estilo “Pulp Fiction”). Como foi o primeiro show da noite, rondava o medo de que este fosse o show mais desprivilegiado de público. Porém a noite revelou que a Embaixada, nessa noite, não abrigaria muito mais gente do que já se encontrava lá para ver a LOSNA. Um set enxuto, porém primado de muita qualidade sonora e brutalidade  descontrolada. Nossas gurias estão cada vez mais afiadas, e contam com o suporte firme do Marcelo Pedroso na bateria. Honraram o thrash metal gaúcho e os anos de experiência, mais uma vez, com uma apresentação que se enquadra no estilo: Arma de destruição em massa!

Em continuidade da noite, os próximos a assumirem o palco, foram os integrantes da Bloody Violence. A jovem banda na ativa desde 2013, nesta noite foi desfalcada por um inseto. Cantídio Fontes, vocal da Bloody, não esteve em condições físicas de estar presente na noite do fest. Estava sob tratamento intensivo por suspeita de ter contraído dengue.

Bloody Violence
Cantídio fez muita falta nessa noite, mas nem por isso a banda se prejudicou na apresentação. Bem pelo contrário, o show foi sólido como uma das paredes de Alcatraz (em seus melhores dias). Nos momentos em que os vocais eram imprescindíveis, Israel "Sava" Savaris (Baixo) assumiu o microfone. Em outros momentos, Cantídio foi muito bem representado pela instrumentação das músicas. O Público presente pareceu um pouco "assustado”, mas depois se familiarizou e se aproximou do palco. Bloody apresentou as algumas músicas do novo álbum (Devine Vermifuge) e do EP (Obliterate).

CxFxCx
A noite já se apresentava por inteira no céu, e dentro da Embaixada era a hora da CxFxCx tomar conta do que já tinha sido preparado anteriormente pela Losna e Bloody Violence. Não só um show, mas o 1º União Extrema Fest, foi também um encontro de estilos e gêneros diferentes, todos unidos em nome do bem maior: METAL!

CxFxCx comandou com maestria a destruição Crossover, e agora a galera se sentia mais a vontade para começar as "rodas punk's", um claro sinal que a noite estava agradando!  E lá se foi mais uma grande noite para a CxFxCx. Complementando o show, o vocalista Renato realizou alguns registros da noite insana, que que você confere no vídeo a seguir.


Já se encaminhando para as horas finais do festival, era a hora da Revogar retomar a podreira no palco. Exibindo uma sonoridade perfeita, as guitarras era um convite ao "headbang". A banda promoveu um verdadeiro passeio pelo "Vale dos Suicidas" (primeiro trabalho da banda). Se ainda não conhece, acessa a Page da banda pelo Facebook, confere os   vários links disponíveis na página e não tenha pena do seu pescoço. Se nos vídeos, a sonoridade transborda qualidade e energia, no palco a banda exagera (e por isso somos muito gratos) em brutalidade e um profissionalismo que nos enche de orgulho (nível “gringo”).

Revogar
A chave de ouro que encerrou a noitada, foi trazida pela "Chute no Rim" casualmente a mesma chave usada para abrir os portões do inferno. Os alvoradenses mantiveram o pico de energia dissipado pela noite, e botaram a turma pra "bater cabeça" sem limites. Dá gosto de ver como a Chute no Rim melhora a cada apresentação.

Cinco bandas com muita experiência e sonoridade perfeita, das mais jovens às mais antigas. Uma noitada brutal que o ingresso custou dez reais. Se essa noitada fosse recriada em qualquer local que falasse a língua do “mundo antigo”, a noite custaria uns 30 ou 40 euros (tranquilamente) e provavelmente lotaria. Mas...

A União Extrema Fest é a prova de que vale a pena, cada sacrifício, cada noite insone, cada “NÃO” e cada dificuldade passada até o Fest se realizar.

Chute No Rim
Agradecemos imensamente à Embaixada do Rock, por abrir as portas, coração e palco, mais uma vez. Agradecemos aos que estiveram lá nessa noite, todos nós (organizadores, bandas e Embaixada) pensamos em vocês quando tomamos a decisão de tornar o Fest uma realidade.

Teu retorno foi tão excelente que a segunda noite alucinante já tem data, mas isso é assunto para outro dia e saberás como foi, por aqui, quando for a hora!

Às bandas, ficam os nossos “Parabéns”, e quando muitos ainda falam da “cena”, nós falamos de vocês e sobre vocês. São motivo de orgulho e enquanto vocês não desistirem, nós também não desistiremos. A vontade de vocês de continuar, é nosso combustível para acreditar que “amanhã” será bem melhor!


Face das bandas que tocaram no 1º União Extrema Fest:








Link para o evento da União Extrema II:


Cobertura e fotos: Uillian Vargas
Revisão/edição: Renato Sanson



quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Resenha de Shows: Extremvs Festival (São Leopoldo/RS)

Baixo público marca a volta do Besatt ao Brasil

Com ingressos caros demais para a realidade dos headbangers gaúchos, numa noite chuvosa e sexta-feira, aliado à uma atração internacional de não tão grande expressão, fizeram com que a primeira (e provavelmente última) edição de Extremvs Festival (da Belialis Mvsika, que voltaremos a falar depois), fosse um fracasso de público.

Também não poderíamos esperar menos que isto, no mesmo dia tinha dois eventos rolando na capital da cidade, o Carnametal e o Carnarock, que ambos estavam com um valor mais do que acessível ao público banger.

Na Embaixada do Rock, um bar tradicional do Rock/Metal do Rio Grande do Sul, menos de 30 pessoas assistiram as apresentações na noite de 08 de fevereiro, sendo a maioria integrantes e acompanhantes das 3 bandas nacionais que abririam a apresentação da banda polonesa Besatt.

Postmortem mostrou seu Death Metal impiedoso com muita garra, mesmo tendo um público abaixo do esperado

Mesmo com quase nenhum público, a Postmortem (Pelotas/RS) fez seu show, mostrando o que as demais bandas iriam enfrentar: um público em baixo número e, devido a isso, pouca empolgação do mesmo.

Mas o grupo, que já havíamos assistido em janeiro em Santa Maria/RS, mostra garra no palco e apresentava seu EP que estava sendo vendido pela primeira vez chamado “Atra Mors”, executando suas 3 faixas dentre outras da banda, como “Chains of Hypocrisy”, “Beneath the Sands of Time” e  “Of Mars and Wars”

Justabeli faz grande apresentação, mas não conseguia esconder a decepção em ver um público tão apático e pequeno
.
Ao término do eficiente show, todos já percebiam que, realmente, o público seria aquele, e muitos não conseguiam acreditar na quantidade mínima de pessoas que lá foram prestigiar as bandas. E, diante dessa certeza, a banda paulista Justabeli trouxe seu Death/Black Metal ao palco gaúcho.

À exemplo de sua antecessora, a galera da banda teve uma reação apática do público (devido ao baixo número desses, deixemos claro). Na ocasião, a banda apresentou faixas de seu álbum “Hell War”, que estava à venda no local e não fez feio, mas é verdade que as apresentações foram todas prejudicadas e, efetivamente, pouco se pode falar das bandas.

Mesmo com público limitado os gaúchos da Revogar não se intimidaram e  fizeram a melhor apresentação da noite

Ainda restava a Revogar levar seu Black Metal ao palco, pouco antes da atração internacional e, disparada, foi a banda que obteve melhor resposta do limitado público, mas não pareciam afetados e detonaram o palco, na melhor apresentação da noite, incluindo uma canção inédita que não havia sido tocada ao vivo. Grande show dessa galera de Esteio/RS.

Era chegada a hora do Besatt que, claramente decepcionados com o público, fizeram um show frio (mais do que o habitual), com o público menos empolgado que no show da Revogar.

Show frio e sem empolgação
Sem trocar frases com o público (no máximo “obrigado”), o quarteto, vestido à caráter, executou faixa a faixa, uma atrás da outra, encerrando o show “sem mais nem menos”, quando atingiram as músicas combinadas de uma apresentação, sem nem se despedir. E o mísero público nem falta sentiu, pois ao término já estavam indo embora. Uma apresentação apática para um "público" limitado e sem animo, pois era visível a decepção dos bangers que estavam presentes, devido ao baixo rendimento do festival em termos de platéia.

Não bastasse o fracasso do festival, o organizador da turnê da Besatt Marcelo Urbano, dias depois, foi dado como desaparecido, supostamente abandonando a banda no meio da turnê. Lamentável que na cena brasileira fracassos como esses se perpetuem, descreditando a cena underground e mostrando o amadorismo de muitas produtoras.

Fomos apoiadores oficiais do evento, por acreditarmos no potencial do mesmo, mas, infelizmente, além do fracasso de público, houve o fracasso da ética. 

Revisão/edição: Renato Sanson
Fotos: Road to Metal (uso autorizado mediante citação da fonte)

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Extremvs Festival: O Mais Extremo Metal em São Leopoldo/RS em Fevereiro






Partindo da iniciativa da produtora Belialis Mvsika, e dentro da extensa turnê brasileira dos poloneses da Besatt, a cidade de São Leopoldo receberá um festival em sua primeira edição, mostrando uma face extrema poucas vezes vistas.

Tendo como headliner e destaque do festival a banda polonesa Besatt, a Embaixada do Rock é o local que os headbangers amantes do Metal mais extremo devem se deslocar, já que três bandas nacionais também subirão ao palco do dia 08/02.

Besatt atacará com seu Black Metal negro

As bandas Justabeli (de Diadema/SP), que trará seu Death Metal que está lhe dando certa visibilidade na cena, Revogar (de Esteio/RS), que já é conhecida da cena underground gaúcha (já os entrevistamos, inclusive) executará o Death/Black Metal pelo qual tem se tornado uma das referências do sul e, também do Rio Grande do Sul, mais precisamente de Pelotas, a Postmortem, que tivemos a oportunidade de assistir a apresentação recente (confira resenha aqui) e, tomando por base a mesma, colocarão fogo na Embaixada, sem sombra de dúvidas. Além desses grandes shows, haverá open bar, o que já é um diferencial nos eventos do tipo.

Primeiro show da turnê brasileira acontece em solo gaúcho

A atração internacional Besatt vem divulgar seu Black Metal do álbum “Tempus Apocalypsis” (2012) e faz sua primeira parada com a Brazilian Apokalipse Tour em São Leopoldo/RS, depois se dirigindo para outras 7 apresentações por todo o país, sendo esta do dia 08 de fevereiro a única no Rio Grande do Sul.

Não perca esse massacre sonoro com uma das bandas mais infames do Black Metal mundial, apoiada por três grandes grupos do underground gaúcho e nacional.

O evento conta com apoio Road to Metal e estaremos realizando a cobertura do festival com exclusividade. Vale lembrar que para toda a turnê, incluindo este show, a Belialis Mvsika está sorteando ingressos. Para saber como participar, acesse aqui.
Texto e edição: Eduardo Cadore
Fotos: Divulgação


Serviço
Shows: Besatt (POL), Revogar (BR), Postmortem (BR) e Justabeli (BR)
Data: 08/02/13 (sexta-feira) 
Cidade: São Leopoldo/RS (próxima à Porto Alegre)
Local: Embaixada do Rock (Rua Presidente Roosevelt, 806)
Início: 21 horas

Ingressos (Open Bar)
1º Lote: R$ 50,00
2º Lote: R$ 60,00
Na hora: R$ 70,00

POSTOS DE VENDAS

Loja Zeppelin

Embaixada do Rock

Banda Revogar

Ou através do e-mail: info@belialismvsika.com

APOIO


PRODUÇÃO / INFOS

Belialis Mvsika


info@belialismvsika.com

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Entrevista: Revogar - Poder do Metal Extremo Gaúcho



É possível renovar um estilo sem abrir mão de sua raízes? Apenas uma banda formada por ótimos músicos que tenham conhecimento da causa para poder fazer essa façanha, e para melhorar, que tal  mesclar Death e o Black Metal e ainda no seu primeiro álbum executar todas as composições em português? Letras com grande ódio ao falso moralismo... É, amigo, o Metal extremo tem uma revelação e tanto, estamos falando dos gaúchos da Revogar que tem presença garantida no Zoombie Ritual e no Under Metal Fest - RS (que conta com o apoio Road to Metal), por isso mesmo não deixamos de conversar com esta força emergente do Metal nacional.

Com vocês Revogar:


Road to Metal: Vocês estão em uma crescente de shows, que podemos dizer fantástica, além de diversos shows pela região metropolitana, vocês foram confirmados no Zoombie Ritual que acontece em dezembro e no UMF - RS que ocorre em novembro. Como surgiu esta oportunidade de tocarem nesses dois grandes festivais?

Wagner Santos: Nós fechamos o Zoombie Ritual quando tocamos no 2° Massacre Infernal em Guaramirim/SC quando tivemos a oportunidade de conversar com o Juliano Ramalho que estava presente no evento, sabendo também que o Flávio Soares (Leviaethan) também já estava negociando a presença da sua banda, a parte logística se tornou mais em conta, pois somos da mesma região do RS o que torna mais fácil o deslocamento de 2 bandas em um único veiculo.

RtM: Será a primeira vez que o RS recebe um festival desse porte, com atrações internacionais e nacionais, tendo mais de 20 bandas. O que vocês acham que o UMF - RS trará de beneficio para nossa cena? E em relação ao público, o que eles podem esperar da Revogar ao vivo?

WS: O UMF – RS vai ter uma proporção tão grande dentro do RS que eu aposto que em 2013 outros promotores terão interesse de seguir o mesmo caminho, o público, as bandas e quem estiver na organização certamente serão beneficiados sem sombra de duvidas, e a Revogar vai abrir o evento, seremos a primeira banda do primeiro dia certamente teremos a chance de ampliar o nosso trabalho em um evento desta proporção, todos estão esperando o momento de iniciar os trabalhos do palco e teremos a oportunidade de divulgar o nosso novo material, que esta muito mais agressivo e direto \m/. 
  
RtM: Vocês estão em plena divulgação de seu 1° álbum "Vale Dos Suicidas", onde o setlist dos shows é baseado no lançamento. Para esses festivais teremos algumas surpresas ou o set continuará em cima do primeiro álbum?

WS: A Revogar esta preparando o novo álbum para ser lançado em 2013 e o público poderá opinar pela música que fara parte do novo lançamento, será a divulgação do álbum "Vale Dos Suicídas" de 2010, do EP "Behind The Throne Of God" de 2012 e das musicas do álbum de 2013, certamente será um grande show.

Capa do 1° álbum da banda lançado em 2010

RtM: Tocar Death/Black Metal em português realmente não é algo comum. Como surgiu essa proposta e a banda pretende seguir sempre esse caminho?

WS: O álbum "Vale Dos Suicidas" iniciou com a gravação da música "Berço da Revolução", que fala sobre a guerra dos Farrapos e era só um teste para saber se não ficaria soando de forma hostil à parte instrumental e acabei gostando da proposta, fechei um álbum com 8 músicas em português, sendo todas elas gravadas apenas por mim e estão no EP lançado este ano, havendo uma banda para tocar nos shows e gravar, isto mudou, agora todos os passos são dados em conjunto e antes eu fazia tudo sozinho. 
Infelizmente passamos a parte lírica para o inglês, pois não conseguimos um selo que aceitasse duplicar o material em português, já em inglês conseguimos a Belialis Mvsika para agenciar parte de nossos shows em 2013 e graças ao Volk Mizantrop conseguimos marcar presença no UMF – RS.

RtM: Gostaríamos que vocês nos contassem um pouco da trajetória da banda até seu momento atual.

WS: Tocamos com o Besatt da Polônia em 2011 o que foi um baita aprendizado, pois podemos entender como funciona a parte logística das bandas da europa, o que nos facilitou em muito para poder termos esta crescente expressiva de shows este ano, tocamos com o In Torment em Içara/SC antes deles irem para europa e foi muito foda poder fazer parte deste show, e tocamos com o Krisiun e a Xaparraw em Charqueadas, o que possibilitou podermos ter uma maior experiência de palco e conversar com os integrantes do Krisiun não tem preço, os caras são top no exterior e isso certamente ficará registrado em nossas memórias.  

RtM: Ouvindo aqui o “Vale Dos Suicidas” deu para perceber que a banda possui uma idologia muito forte. Qual a mensagem por trás desse primeiro trabalho? E o fato de ser em português não preocupa vocês pelo risco de poder gerar algumas intrepretações dubias acerca do tema explorado?

WS: Tentei ser o mais direto possível quanto as letras, pois são direcionadas a prática da anti-religião e é isso que as letras falam, procuro não demonstrar o ponto de vista ou um critério em primeira pessoa até mesmo por que grande parte dos headbangers que escutou ou viu as letras não teve problemas em interpretar o verdadeiro sentido da banda, até mesmo por que procuro sempre dar às letras um certo sarcasmo, pois a meu entendimento tudo aquilo que se adquire ou se alcança na vida é por nosso próprio esforço, e não por graça de alguma entidade na qual os mais fracos acreditam.

Wagner Santos (guitarra/vocal), a mente por trás da Revogar

RtM: Ainda citando o "Vale Dos Suicidas", uma audição mais atenta percebe-se algumas passagens mais melancolicas... Existe traços de Doom Metal na sonoridade da banda?

WS: Sim... Com certeza existem traços muito fortes de Doom Metal, pois eu gosto muito deste tipo de atmosfera musical, onde as músicas se tornam mais intensas conforme a letra vai evoluindo na música.

RtM: Para finalizar, gostaríamos que nos contassem de seus planos futuros e fiquem a vontade para deixar uma mensagem final aos leitores do Road to Metal.

WS: Infelizmente tivemos que cancelar os shows do Uruguai, pois a agência aérea que faria o transporte fechou as portas aqui em Porto Alegre e não conseguimos negociar com outras agências em tempo hábil para chegarmos a tempo de cumprir esta agenda, mas melhores dias virão e com certeza vamos fazer estes shows em 2013. Gostaria de agradecer ao Maicon Leite "WarGods Press”, Flávio Soares da Leviaethan e apresentador do Mundo Metal da rádio Ipanema, Monica Porto e Ed Rodrigues Metal Militia Web Radio, Mario Filipe Pires da Revista Perigo de Morte de Portugal, João Henrique da Rádio Fátima, Volk Mizantrop da Belialis Mvsika,  pelo suporte que estão nos dando este ano com a divulgação do nosso material e a todos que estão nos acompanhando nos shows, nas excursões, nos ensaios e gravações, um forte abraço a todos do Road to Metal por apoiar integralmente a cena nacional do meio underground, e a todos que vão participar do UMF e do Zoombie Ritual, se preparem pois vamos subir no palco com a intenção de fazer história nestes eventos.

Forte abraço a todos.


Entrevista por: Renato Sanson/Luiz Harley
Revisão & Edição: Renato Sanson/Eduardo Cadore
Introdução: Luiz Harley
Fotos: Revogar


Acesse e conheça mais a banda



Para saber todas as informações do UMF - RS clique aqui.