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domingo, 25 de agosto de 2024

Cobertura de Show: Clutch – 18/07/2024 – Fabrique Club/SP

O Fabrique Club foi cenário de um evento há tempos aguardado e com muitas expectativas (atendidas, obviamente): o retorno dos norte-americanos do Clutch ao Brasil. Após um período de quatro anos desde o lançamento de seu último álbum, Book of Bad Decisions, e com uma pandemia que forçou o cancelamento de sua última turnê no país, o quarteto de Maryland voltou aos palcos brasileiros com a energia renovada. O que era pra ser uma quinta-feira comum, tornou-se um deleite para os fãs que ali estavam.

O show, que faz parte da turnê do álbum Sunrise on Slaughter Beach, contou com a abertura da Fuzz Sagrado, banda liderada por Chris Peters, ex-membro do icônico Samsara Blues Experiment. Formada em 2021 como um projeto solo de estúdio, a Fuzz Sagrado evoluiu em 2024 para uma banda completa, contando com Guilherme Bordin no baixo e Lucas Fursy na bateria. Mesmo que o público ainda estivesse chegando e a casa estivesse longe de sua capacidade total, a banda cativou com sua mistura de blues psicodélico e stoner rock, fortemente presentes em suas músicas.

Um momento divertido durante a apresentação da Fuzz foi quando o vocalista interagiu com a plateia pronunciando a palavra "gambiarra", referindo-se ao ajuste de cabos que estava sendo realizado pelo baixista durante a troca de faixas. Interação esta que aproximou a banda do público, pois mostrou um pouco da adaptação de Peters ao nosso país, logo que emigrou para cá ao fim de sua antiga banda. Embora o set tenha sido curto, foi suficiente para comprovar o talento dos músicos, entregando um show de abertura competente e virtuoso.

Logo que a Fuzz Sagrado finalizou seu show, houve um intervalo considerável enquanto o palco era preparado para o show principal pela equipe técnica. Diria que foi mais longo do que o normal, uma vez que os fãs, extremamente agitados, ansiavam pela entrada do Clutch. 

Quando finalmente o Clutch subiu ao palco, a energia atingiu outro patamar. A banda, que já provou ao longo de treze álbuns estar em sua potência máxima, não decepcionou em absolutamente nada. O Fabrique Club, agora completamente lotado, exalava a essência do Clutch: aquela ironia com uma verdadeira expressão de força e vitalidade, algo que poucas bandas conseguem manter após tantos anos na estrada. 

O vocalista Neil Fallon, com sua onipresença no palco foi um show à parte, comandando a plateia com maestria. A banda performou de maneira vigorosa, músicas de seu mais recente álbum, como "Slaughter Beach" e "We Strive for Excellence".  Quanto aos hits, sons como "A Shogun Named Marcus", "The Regulator" e "X-Ray Visions" levaram o público, eufórico, à loucura, assim como os encores, que foram escolhidos à dedo. As músicas "Eletric Worry" e o cover digníssimo de "Fortunate Son", concederam um desfecho épico e de tirar o fôlego.

A conexão do público com o quarteto transformou a apresentação em uma experiência inesquecível para fã nenhum botar defeito. Fallon, com sua entrega e voz poderosa , foi o destaque da noite, mas a banda como um todo mostrou porque é tão venerada por quem os acompanha em cada uma de suas fases.

Ficou evidente que cada minuto de espera havia valido a pena. O Clutch conseguiu, novamente, entregar um espetáculo à altura das expectativas, comprovando que a banda ainda tem muito a oferecer.


Texto & Fotos: Amanda Vasconcelos

Edição/Revisão: Gabriel Arruda


Realização: Agência Powerline

Mídia Press: Tedesco Comunicação & Mídia


Clutch

The Mob Goes Wild

Earth Rocker

A Shogun Named Marcus

Sucker for the Witch

Cypress Grove

Subtle Hustle

D.C. Sound Attack!

Escape From the Prison Planet

Spacegrass

Binge and Purge

A Quick Death in Texas

X-Ray Visions

Firebirds!

Slaughter Beach

We Strive for Excellence

The Regulator

***Encore***

Electric Worry

Fortunate Son (Creedence Clearwater Revival Cover)

sábado, 26 de setembro de 2020

Paradise: Canadenses Retornam Incorporando Influências Contemporâneas



Passados uns 15 anos de break, o canadense Paradise reacende suas atividades acompanhado do terceiro registro intitulado apenas com o nome do conjunto. A line-up sofre uma terceira formação cujos esforços aterrissam na velha divisa do hard rock e heavy metal, havendo uma certa pitada de stoner.

Sua música escora-se em riffs básicos expressivos, frases de guitarra dispersas, bateria cadenciada e a melodia raivosa de RL Black incubida de energizar as canções.
Os assuntos cantados exploram relacionamentos conturbados, vida em gradativo colapso, graças aos conflitos internos ceifando o restante da sanidade mental.

O fundador da banda Frank Kelly e o recente Fred Crew Grr dão todo o protagonismo para as suas guitarras. Constroem riffs cools estruturados em simples power chords ao lado de trechos cavalgados com palm mute. Frases básicas na penta menor e bends preenchem satisfatoriamente as canções. A bateria e voz ecoam feito fantasmas frente as guitarras usando timbres sólidos.


"Straight From Hell" sob uma base abafada, RL Black rouba a atenção em grande parte da música apenas entrecortado por boas frases na guitarra.

"Hitting On All Sixies" uma das mais agitadas, constantemente emite solos, carrega um riff dinâmico também. A voz soturna explode no refrão.

"Who Do You Wanne Be" possui melodia próxima do metal industrial e às vezes a bateria reaparece com um ritmo atípico oriundo do começo.

"One of a Kind" é densa, tanto atmosfera quanto a ira meio reflexiva de Black, contém bons solos lamurientos. 

"Never Cry Again" tem uns toques de groove metal, mantém seu fôlego satisfatoriamente  ao longo da faixa.

Dá para recomendar também as faixas "Away from You" e "Free In Exile". 

É um disco de heavy rock meio disfarçado no stoner ainda que apare muitos elementos dessa subvertente. Evitaram excesso de psicodelia e tornaram enxutas a duração das canções.

Essa realização poderia arriscar mais, poucas faixas soam distinguíveis umas das outras. Senti falta total do baixo e a bateria gerava a falsa expectativa em tomar de assalto alguns momentos.

Para um grupo desativado há anos, realizaram um bom disco comercial de rock pesado reprocessado no metal contemporâneo. 

Texto: Alex Matos (Canal Rock Idol)

Banda: Paradise
Álbum: "Paradise" 2020
País: Canadá
Estilo: Hard Rock, Stoner
Assessoria: Asher Media





terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

Kadavar - "Rough Times": Mais Peso e Experimentação ao Retro-Rock do Trio Alemão



Formado em 2010 em Berlin, o Kadavar logo chamou atenção com seu Retro-Rock, trazendo as influências do Hard Rock dos anos 70, além de ir agregando elementos psicodélicos, Stoner e Doom. Fato é que a banda tem muita liberdade criativa dentro desse seu estilo "vintage", com sua sonoridade inspirada no Rock pesado do final dos anos 60 e anos 70, refletindo também no visual e nas técnicas de gravações, utilizando-se de equipamentos analógicos, buscando fidelidade ao que era feito naquela época, porém, trazendo para os dias atuais, e isso que torna o Kadavar tão especial, pois passam esse sentimento de que estão fazendo uma música verdadeira. 

Uma curiosidade interessante é também a utilização de técnica em estúdio a qual gravam a guitarra no canal esquerdo, baixo no direito, bateria por dentro e vocais no meio, reproduzindo a sonoridade da banda ao vivo. 

"Rough Times" é o quarto full-lenght do trio, seguindo com seu Retro-Rock, mas com algumas novidades e experimentações, como uma sonoridade um pouco mais direta e pesada, inclusive com elementos Doom e Stoner mais evidentes. O álbum possui 11 faixas na versão lançada aqui no Brasil pela Shinigami, sendo a última uma versão para "Helter Skelter" dos Beatles.


A faixa título "Rough Times" já demonstra logo de início que o trio caprichou mais no peso e nos graves. O baixo soa como se fosse estourar os alto-falantes, enquanto que a os pratos são massacrados sem dó, assim como no andamento cadenciado, marcado e "sujo" de "Into the Wormhole".

A porrada continua em "Skeleton Blues", destacando o trabalho da guitarra nos riffs e bases, e é impossível não lembrar do Sabbath dos anos 70. O clima meio psicodélico, meio Space Rock no refrão traz um colorido diferente; na faixa "Die Baby Die" o peso e "sujeira" aliviam um pouco, e nos prende em um Stoner de riff e refrão marcantes. É muito interessante também o vídeo para essa música, num estilo bem retrô mesmo, com apenas a banda tocando e truques simples de câmera, como sobreposição de imagens. Lembra bastante aqueles clipes dos anos 70 de Led Zeppelin, Purple e Sabbath por exemplo.

"Vampires" soa cativante, um órgão complementando o clima, mais melodia, mas cresce no refrão; "Tribulation Nation" inicia com alguns efeitos, trazendo um clima "lisérgico", avassaladora, de ritmo e refrão cativantes!


Dentro de sua proposta o trio é criativo, e além do peso do Stoner e Hard 70's da vibrante e mais direta "Words of Evil", temos os flertes com aquela sonoridade do fim dos anos 60, um pouco de psicodelismo, como em "The Lost Child", que com os teclados, traz ainda mais forte o clima nostálgico e retrô; ou um algo de Southern Rock na balada "You Found the Best in Me", Classic Rock de primeira linha! "Á L'ombre du Temps" (In the Shadows of Time"), narrativa em francês, fecha o álbum, lembrando que esta versão nacional traz uma versão "Kadavar" para a "Helter Skelter" (Beatles).

Lembro de uma chamada na época do primeiro álbum do trio: "Não se pode reinventar a roda, mas pode-se colocá-la para rodar", ou seja, o Kadavar não tem a pretensão de inventar um novo estilo, mas sim fazer a música que gostam e os influenciou, trazendo-a para os dias atuais. O grupo é um grande achado para quem gosta dessa sonoridade, e é uma das que mais se destaca dentre muitas bandas que também seguem essa tendência, pela criatividade e naturalidade que compõem suas músicas. 

Texto: Carlos Garcia
Fotos: Divulgação

Ficha Técnica:
Banda: Kadavar
Álbum: "Rough Times" 2017
País: Alemanha
Estilo: Classic Rock/Stoner Rock/Retro Rock
Produção/Mixagem: Tiger Bartelt e Richard Behrens no Blue Wall Studio
Masterização: Nene Baratto e Tiger no Big Snuff Studio
Selo: Nuclear Blast/Shinigami Records

Adquira o álbum na Shinigami

Line-Up:
Tiger Bartelt: Bateria
Lupus Lindemann: Guitarra e Vocais
Simon "Dragon" Bouteloup: Baixo

Track List:
Rough Times
Into the Wormhole
Skeleton Blues
Die Baby Die
Vampires
Tribulation Nation
Words of Evil
The Lost Child
You Found the Best in Me
Á L'ombre du Temps
Helter Skelter


       

terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

MIckey Junkies: Os anos 90 Também Deixaram Boas Coisas



Muitos fãs de Metal, principalmente, e eu sou um desses, torce o nariz para a maioria do que se produziu nos anos 90, ainda mais se o rótulo "Alternative Rock" vem junto (pior, só "grunge"), por tanto, já fui meio que desconfiado ouvir o novo trabalho do MICKEY JUNKIES, banda que cheguei a ouvir nos anos 90, através da coletânea "No Major Babies", assim como algumas outras da época, como Killing Chainsaw, Pin Ups, Okotô (embora esta era mais Punk/HC do que "Alternative Rock") e Second Come, sendo que dessas duas últimas lembro de algumas coisas (Okotô era a banda da vocalista e guitarrista Cherry Taketani). Do Mickey Junkies lembrava apenas que era uma das bandas que mais eram citadas dessa leva, mas nada do som.

Os caras tiveram uma participação bem relevante na cena da época, ganhando muito elogios, gravaram várias demos, apareceram em compilações, e chegaram a gravar um full-lenght, "Stoned" (1995), mas logo em seguida parou as atividades, e segundo conferi no site do grupo, retornaram em 2007, tocando em vários festivais.

Show de lançamento do CD em SP
Final do ano passado, o grupo lança seu segundo full-lenght, "Since You've Benn Gone", de forma independente e com a distribuição da Shinigami Records. Rotular o grupo de "Alternative Rock" seria injusto, e ir ouvir com um conceito pré-concebido também, então coloquei o disco, apertei o play e tive uma agradável surpresa com o Rock Pesado e "gordo", trazendo muito do Rock setentista, assim como as boas bandas daquela safra dos 90, como Soundgarden e Alice In Chains, com groove e certa malícia.

O vocal grave de Rodrigo Carneiro me lembra algo de Hendrix, na abertura com "Nothing to Say", os riffs são cheios de groove e trazem um boa carga de peso, batera firme, sem grandes malabarismos, deixando a cargo do baixo a tarefa de contribuir mais com o groove; "Something About Destruction" também mantém a atenção, seguindo essa linha 70's com bastante groove, que você vai acompanhando a batida, batucando com as mãos ou no pé! Assim como na primeira, a guitarra tem algumas intervenções com sons mais psicodélicos, e o uso de pedais vintage, como flanger e wha-wha são uma constante.


"Since you've Been Gone", tem uma batida muito legal e cativante, e a harmônica colocada nesta canção dá um toque especial, a parte do refrão tem bastante peso, diria que um Stoner Rock tranquilamente. A Harmônica aparece também muito bem na acústica "A Tired Vampire", que tem muito de Southern Rock. Destaco também "Sweet Flower", com riffs pesados, andamento arrastado e guitarras carregadas de wha-wha, alternando momentos bem Stoner Rock e trechos psicodélicos e "Big Bad Wolves", com um riff marcante e uma pegada enérgica.

Há faixas mais diretas, algumas características que marcaram o Rock dito alternativo dos anos 90 (acho que a faixa "Alguma Coisa", é um exemplo), como aquela certa "sujeira" nas guitarras, solos econômicos, mas o que prolifera é o Rock setentista, riffs com doses generosas de peso, muito groove e doses generosas de criatividade. Surpreendeu-me muito positivamente.

Texto: Carlos Garcia
Fotos: Divulgação

Ficha Técnica
Banda: Mickey Junkies
Álbum: "Since You've Been Goone" (2016)
País: Brasil
Estilo: Alternative Rock, Stoner Rock
Produção: Michel Kuaker
Selo: Independente- Distribuição Shinigami Records

Curtiu? Adquira o álbum na Shinigami AQUI (digipack)

Canais Oficiais:
Youtube
Facebook

1. Nothing to Say
2. Something About Destruction
3. Since You’ve Been Gone
4. Use Me (to Move On)
5. Stoned
6. Tryin’ to Resist
7. Sweet Flower
8. Big Bad Wolves
9. Alguma Coisa
10. A Tired Vampire


   

quarta-feira, 1 de junho de 2016

Cobertura de Show: Truckfighters incendiando Porto Alegre! (18/05/16 - Obra Club)


Começar esse texto com as palavras de Josh Homme - Queens of The Stone Age/Kyuss

A melhor banda que já ouvi na minha vida!

Realmente faz todo sentido, pois durante a apresentação, Ozo (baixo e voz) e Dango (guitarra), núcleo principal e remanescentes desde o início da formação, confirmaram a fama de que, ao vivo, a banda se destaca pela execução de qualidade e vivacidade de atuação. A energia sonora e performance que a banda possui em cima do palco realmente é algo que me deixou hipnotizado.

Mas vamos lá, pois a estreia do Truckfighters em Porto Alegre, na quarta-feira (18/05), no Obra Club, veio com a carga de peso que se espera do trio sueco. Mas, o caminhão desgovernado, abastecido com graves inflamados, passou pela capital gaúcha com velocidade acima da média. Foram apenas cinco músicas, algo em torno de 33min, de acordo com um videomaker que registrou toda a apresentação. O motivo da correria foi porque a banda tinha de embarcar para o Uruguai, onde continuaria a tour pela América do Sul, logo após tocar. O evento estava previsto para iniciar, originalmente, às 20h, com dois grupos fazendo a abertura: Muñoz (MG) e Cattarse (RS). Porém, desde o dia anterior aos shows, a organização usou as redes sociais para avisar que o horário seria antecipado e que a atração principal tocaria entre os conjuntos brasileiros, com previsão de dar os primeiros acordes às 20h.


Contudo, o cronograma alternativo para facilitar a viagem dos Truckers não funcionou como o previsto. Algo que estamos acostumados de presenciar em shows pequenos de bandas locais, que muitas vezes é usado para “esperar público”, porém não foi esse o caso, já que o Truckfigthers não é uma banda local e o público já estava em peso desde cedo esperando a abertura da casa. A Muñoz, primeira banda da noite, deveria iniciar os trabalhos às 18h40min, e subiu ao palco só depois das 19h30min, pouco após a abertura da casa. O duo entrou em cena com o público ainda chegando no espaço para mostrar seu stoner blueseiro à base de bateria, guitarra e voz. No começo, a dupla não chamou tanto a atenção, talvez pelo frenesi da entrada ou os contratempos de atraso. Só que, na sequência, com sons mais arrastados e/ou com groove extra, mostrou-se interessante. O set dos mineiros durou até umas 20h20min. Logo que a Muñoz anunciou o fim do repertório, enquanto recolhiam seus equipamentos, os próprios músicos da Truckfighters entraram no palco para agilizar o início da performance.

Em menos de 10min, lascaram “Mind Control” e começaram a jornada por uma estrada de riffs consistentes, batidas concisas e graves intensos. As músicas escolhidas para a ocasião foram pinçadas, basicamente, do disco mais recente (“Universe”, de 2014) e do primeiro álbum (“Gravity X”, de 2005). O show seguiu com “Monte Gargano”, “Manhattan Project” e “The Chairman”, faixas que mostram a versatilidade do Truckfighters com partes mais pegadas, outras mais lentas, momentos de instrumental lisérgico e, até, e as clássicas que caracterizam o gênero de stoner rock. Foi então que anunciaram a última música, seguido com o espanto da galera que estava sedenta por mais riffs e pedradas stoner, eis que rolou a clássica “Desert Cruiser”, composição que abre o primeiro registro dos caras e das que causa mais agitação na plateia.


Mesmo com o tempo restrito, eles não perderam a oportunidade de instigar a plateia e até ensinar expressões em sueco. Ao encerrar o espetáculo, aparentemente com pressa, o trio botou a mão na massa novamente para otimizar a desmontagem. Na pista, a choradeira em razão do pouco tempo de show dividia espaço com reclamações pela falta de cerveja na casa, que precisou de alguns minutos para repor o estoque.

Logo após a Cattarse, trio porto-alegrense formado em 2013, já tem certo prestígio no cenário independente, fechou a noite, com uma performance impressionante, segurando o público até o final e com uma interação que não se vê muito em bandas locais. No meio de seu repertório já estão presentes músicas do seu 2° álbum, que está para ser lançando em breve.


Enfim, foi uma noite incrível que quem esteve presente não vai se esquecer, tanto pela energia e um show destruidor dos “Trucks”, quanto pelo gostinho de quero mais, afinal, foi a primeira vez da banda com um show extremamente curto, parecendo mais repertório de banda de abertura do que banda principal.


Cobertura por: Billy Valdez/Homero Pivotto
Fotos: Billy Valdez
Revisão/edição: Renato Sanson

quinta-feira, 11 de junho de 2015

Cobertura de Show - Mars Red Sky: Trazendo o Clima anos 60 de Volta! (27/05/15 - Signos Pub, Porto Alegre/RS)


E no dia 27/05 (quarta-feira) a capital gaúcha recebia pela segunda vez os franceses do Mars Red Sky, que voltaram para mais uma tour pelo país que totalizaram cinco shows.

Claro que Porto Alegre não poderia ficar de fora, sendo o primeiro show da tour nacional, onde se apresentaram no Signos Pub.

Para aquecer a noite psicodélica tivemos duas ótimas bandas de abertura, Cattarse da própria capital com seu Stoner Rock de primeira, e a banda que acompanha o Mars Red Sky na turnê, o duo mineiro Muñoz e seu Rock/Sotner/Blues.

A primeira a subir no palco foram os mineiros do Muñoz, com o trabalho de aquecer o pessoal já que se tratava de uma típica noite chuvosa e fria da capital.

Muñoz
Com um público ainda restrito (com o pessoal chegando ao local), o Muñoz deu conta do recado, e agradou aos poucos presentes que puderam ver sua bela apresentação. Mostrando muita energia e sintonia. Uma pena a casa não estar um pouco mais cheia, mas certamente passaram sua mensagem e ganharam mais alguns fãs.

Cattarse
Em seguida era hora dos porto-alegrenses do Cattarse entrarem em cena com seu Stoner Rock sujo e porque não pesado. Agitaram o público e esquentaram ainda mais a noite, mostrando muita precisão em sua sonoridade e já com diversos fãs espalhados pela plateia. O trio mostrou grande competência e surpreendeu positivamente quem não os conhecia.

Após uma troca rápida de palco, era hora dos headliners da noite, o trio francês Mars Red Sky, que estava divulgando seu mais recente trabalho “Stranded in Arcadia” (2014).

Com a casa um pouco mais cheia (um pouco mais de 100 pessoas), todos aguardavam ansiosamente, e o trio não decepcionou, mostrando seu Psychedelic Stoner Rock variado e intenso, agradando até os mais saudosistas.


A simpatia do trio impressionava, assim como o feeling que esbanjavam em cada composição, mostrando ser uma banda que merece uma atenção maior do público, pois competência e talento os franceses tem de sobra, com composições fortes e marcantes, e com muitos presentes cantando suas músicas.

Certamente o Mars Red Sky fez a alegria dos fãs de um bom Rock Psicodélico e Stoner, trazendo a aura dos anos 60 de volta, nem que seja por apenas uma hora, mas valeu cada minuto.


Uma grande banda que merece uma atenção maior por parte da mídia e de muitos que se dizem fãs de Stoner e Psicodélico.


Cobertura por: Horácio Rodrigues
Fotos: Marlon Scopel
Revisão/edição: Renato Sanson