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quinta-feira, 9 de agosto de 2018

We Sell the Dead: Sim, é Possível Criar Algo Novo e Original



O We Sell The Dead é formado por membros e ex-membros de bandas conhecidas no meio Metal, e é interessante como tem surgido projetos assim, onde os músicos podem se expressar musicalmente, buscando outras sonoridades, algo que seria mais difícil em suas bandas de origem, pois estas já possuem uma identidade, além do que, em uma outra configuração de parcerias, novas influências irão se fundir, trazendo também a possibilidade de criarem algo novo. 

O We Sell The Dead traz em seu line-up Niclas Engelin (In Flames), Gas Lipstick (ex-HIM), Apollo Papathanasio (Firewind, Spiritual Beggars), Jonas Slättung (Drömriket) e Dan Lind (responsável pela parte visual e animações dos vídeos), e além de um line-up competente e experiente, o grupo ousa inovar. Sim, podemos sentir as influências de Doom e Gothic Metal, e de bandas Black Sabbath/Heaven and Hell (traduzindo, a era Dio) e Paradise Lost (em seus momentos mais melodiosos e mais Gothic Metal), por exemplo, mas os caras realmente trazem algo novo, mostrando que nem sempre é regra soar "retrô" para manter a essência.


O debut "Heaven Doesn't Want You and Hell is Full" traz uma temática que aborda a lenda de Jack, o estripador, envolto em uma bem cuidada arte visual, o grupo entrega uma sonoridade original, pesada, tétrica e dramática. As faixas quase em sua totalidade seguem um andamento mais lento, mas jamais cansativo. Riffs pesados, melodias tétricas e envolventes, o grande trabalho da cozinha e os excelentes vocais de Apollo, que interpreta as canções com uma dramaticidade e feelling dignos de altas notas (Que timbre esse cara possui!) jamais deixam o álbum cair na mesmice e cansar o ouvinte.

Após a intro sinistra, "The Body Market", "Echoes of an Ugly Past" já me fez perceber que se tratava de algo novo, diferente e trazia a sensação de ser muito bom, sensação essa que se confirmou no decorrer do álbum.  O riff grave de abertura abre o espaço para uma faixa densa, tétrica, com ares épicos, destacando já os grandes vocais de Apollo e as melodias carregadas de dramaticidade. Como eu disse antes no texto, você reconhece algumas influências, mas elas foram unidas para entregar algo novo. "Leave Me Alone" me recordou algo do Sabbath dos melhores momentos da era Tony Martin, talvez pelo timbre vocal de Apollo que também me recorda o de Tony por vezes. Por certo é que a rifferama grave e pesada é tétrica e envolvente.


"Imagine", além do ótimo trabalho das guitarras e as onipresentes dramaticidade e peso, tem um andamento mais acelerado. Importante ressaltar que as faixas possuem esses ganchos e arranjos, trazendo momentos marcantes, que prendem o ouvinte. "Turn it Over" remete ao Gothic Metal, com melodias e vocais bem graves em alguns momentos, bem característicos. Além de seguir um andamento um pouco mais rápido, também possui ótimo refrão, de fácil assimilação.

"Too Cold to Touch", podemos dizer que é uma balada, carregada de melancolia e dramaticidade, permeada por teclados e orquestrações. Envolvente. "Trust" incia carregada com riffs mastodônicos, e sim, remetem ao Paradise Lost, mas jamais soando uma cópia. Realmente mostram habilidade em criarem uma atmosfera envolvente com suas linhas dramáticas, melodiosas e pesadas. Tenho de destacar também o trabalho da guitarra e o trecho melancólico e reflexivo ao meio dela.


Em "Pale and Perfect" o som vem surgindo aos poucos, crescendo, até preencher tudo com seu som denso. Um andamento mais melodioso com guitarra em palm mute se alterna com momentos mais pesados, até chegar em um refrão marcante, que também traz um algo de Gothic Metal. Destaque novamente para as melodias na guitarra; Fechando este excelente play, "Silent Scream" tem um algo de bluesy nas guitarras, sendo uma balada com belas melodias melancólicas, em um embalo carregado de dramaticidade, destacando as linhas e arranjos vocais envolventes.

Original, muito bem feito e com momentos memoráveis. Um discaço! É muito bom quando se "descobre" algo novo e empolgante.  "Heaven Doesn't Want You and Hell is Full" é altamente recomendado.

Texto: Carlos Garcia
Fotos: Divulgação




Tracklist
1. The Body Market
2. Echoes Of An Ugly Past
3. Leave Me Alone
4. Imagine
5. Turn It Over
6. Too Cold To Touch
7. Trust
8. Pale And Perfect
9. Silent Scream


     


     


     

sábado, 13 de setembro de 2014

In Flames: Encantando Alguns, Decepcionando Outros

11º álbum dos suecos agrada e desagrada mundo afora

Já há alguns anos o In Flames vinha modificando seu som, ora se afastando do seu Death Metal Melódico que marcou época nos dois primeiros discos, ora retornando a um som pesado, agressivo e barulhento, como no álbum “Sounds of a Playground Fading” (2011).

Se a banda sueca ainda estava trazendo um pouco de cada elemento nos seus lançamentos, com o novo trabalho, “Siren Charms” (2014), o grupo debandou para uma proposta bem mais leve e até mesmo comercial.

Estreia da nova formação em estúdio

É claro que há momentos de peso, mas eles se restringem a uma ou outra faixa, como em “Everything’s Gone” (no seu início) e “When the World Explodes”, sendo que, na sua maior parte, o álbum traz uma linha mais “New Metal”, embora não possa ser comparado aos principais grupos desse estilo, mas sim pela sua proposta com mais melodias, momentos cadenciados, refrãos grudentos e de fácil assimilação.

A verdade é que tanto a mídia quanto (e especialmente) os fãs mundo afora ou estão amando ou odiando o novo trabalho. Este redator se coloca entre aqueles que adoraram o álbum, por mera preferência pessoal, já que estava insatisfeito com a proposta por demais barulhenta (às vezes peso se torna apenas barulho) dos dois últimos discos.

Vocalista Anders em novo estilo, com seus vocais leves característicos

Pontos de destaques para os ótimos vocais de Anders Fridén e, apesar do grupo ter sofrido com a saída de Jesper Strömblad (que foi substituído por Niclas Engelin) há momentos de grande inspiração nas guitarras e até mesmo coragem por parte de todo o instrumental do quinteto, considerando sua história, como “Paralyzed”, “With Eyes Wide Open” (viciante refrão), “Rusted Nail” (um dos singles em vídeo), além das minhas preferidas: “Monsters in the Balroom” e “Through Oblivion” (letra sensacional e um vídeo clipe muito fino).

“Siren Charms” será um marco na carreira da banda, seja para seu proveito ou sua decadência. Arrisco dizer que o grupo seguirá em expansão, angariando novos fãs e manterá aqueles que, a despeito de preferirem a fase mais antiga, consigam apreciar a evolução natural da In Flames.

Stay on the Road

Texto/edição: Eduardo Cadore
Fotos: Divulgação

Ficha Técnica
Banda: In Flames
Álbum: Siren Charms
Ano: 2014
País: Suécia
Tipo: New Metal/Metal Moderno
Gravadora: Epic/Sony

Formação
Anders Fridén (vocal)
Björn Gelotte (guitarra)
Peter Iwers (baixo)
Niclas Engelin (guitarra)
Daniel Svensson (bateria)



Tracklist
01. In Plain View
02. Everything's Gone
03. Paralyzed
04. Through Oblivion
05. With Eyes Wide Open
06. Siren Charms
07. When The World Explodes
08. Rusted Nail
09. Dead Eyes
10. Monsters In The Ballroom
11. Filtered Truth

Assista aos vídeo oficiais do álbum





Acesse e conheça mais sobre a banda

terça-feira, 12 de julho de 2011

Acertando os Pontos: In Flames Não Sentindo a Mudança de Formação


Já falamos aqui várias vezes da grande cena sueca. Não é preciso repetir que, de maneira geral, é o país por excelência quando o assunto é Death Metal dito melódico.

Obviamente que bandas como Soilwork e In Flames já não mais se encaixam nesse rótulo, há muito deixaram de lado a sonoridade Death Metal e, com isso, criaram um som próprio, flertando com o New Metal/Alternativo, mas sem esquecer do riffs pesados e alguns solos de guitarra.

No caso do In Flames, talvez a banda mais bem sucedida dessa geração, os anos 2000 foram de uma ascensão incrível, já sendo referência mundial no gênero.

O vocalista Anders lidera a banda em cima do palco

Porém, como tudo que expande demais, eles acabaram se contraindo, lançando dois discos que, mesmo tendo agradado, não conseguiram marcar como os clássicos “Clayman” (2000), “Reroute to Remain” (2002) e “Soundtrack to Your Scape” (2004).

Nesse contexto de sucesso e relativa “queda”, uma mudança de formação jamais imaginada ocorreu. A saída do principal compositor e líder da banda (e também único remanescente da formação original), o guitarrista Jesper Strömblad ano passado colocou em dúvida sobre o futuro da banda que, não cogitando encerrar as atividades (nem teriam motivos para isso), mas com a grande responsabilidade de apresentar um substituto à altura (ou que pelo menos “engane”) e um disco melhor que seu antecessor “A Sense of Purpose” (2008).

E não é que os caras conseguiram acertar os pontos? O quarteto remanescente Anders Fríden (vocal), Björ Gelotte (guitarra), Peters Iwers (baixo) e Daniel Svensson (bateria) reencontrou em Niclas Engelin (tocou na banda nos anos 90) o cara para ocupar essa vaga que, aparentemente, duraria tanto tempo quanto a banda.

Mas o principal de tudo, claro, é o som que os suecos nos apresentam em “Sounds Of A Playground Fading” (2011), disco que, em toda a carreira da banda, teve seu hiato maior em relação ao antecessor (foram três anos de espera).

E o que temos aqui? Aquele mesmo In Flames que criou músicas clássicas como “Only For the Weak”, “Pinball Map”, “Trigger” e “The Quiet Place”, mas, certamente, com novos elementos mais presentes, como batidas eletrônicas (curta a experimental “Jester’s Door), baladas (a bela “Liberation”, que sempre me faz pensar numa certa pessoa, rs) e, claro, aquela mescla perfeita de peso e melodia (“A New Dawn” faz uso lindo de violinos), além do clima energético e rápido, como na música de trabalho “Deliver Us” (com um inusitado vídeo clipe).

O vocal de fácil reconhecimento de Anders Fríden contrasta muito bem com as melodias da dupla de guitarristas Gelotte e Engelin, o peso é mantido sobretudo pelo trabalho do baterista Svensson e do baixista Iwers, que se garantem nos seus postos.

De modo geral, um grande trabalho do In Flames (e também de Dave Correia, autor da capa) que, diante das apostas de fracasso eminente, conseguiram dar a volta por cima e oferecer ao mundo seu melhor álbum dos últimos 6 anos e um dos grandes trabalhos de toda carreira.


Stay on the Road


Texto: Eduardo Cadore

Fotos: Divulgação


Ficha Técnica

Banda: In Flames

Álbum: Sounds Of A Playground Fading

Ano: 2011

País: Suécia

Tipo: Death Metal Melódico/Metal Alternativo

Selo: Century Media


Formação

Anders Fríden (Vocal)

Björ Gelotte (Guitarra)

Peters Iwers (Baixo)

Daniel Svensson (Bateria)

Niclas Engelin (Guitarra)


Tracklist

1. Sounds Of a Playground Fading
2. Deliver Us
3. All For Me
4. The Puzzle
5. Fear Is The Weakness
6. Where The Dead Ships Dwell
7. The Attic
8. Darker Times
9. Ropes
10. Enter Tragedy
11. Jester’s Door
12. A New Dawn
13. Liberation

Assista o vídeo de “Deliver Us”

Acesse

Site oficial

Myspace

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Mais melodia no novo álbum do In Flames

A banda sueca In Flames formada atualmente por Anders Fridén (vocais), Jesper Strömblad (guitarras), Björn Gelotte (guitarras), Peter Iwers (baixo) e Daniel Svensson (bateria) lançou este ano mais um álbum, “A Sense of Purpose”, algum tempo após o single “The Mirror’s Truth”, que já dava uma idéia sobre as músicas que comporiam a nova empreitada dessa banda que tem se destacado no cenário metálico mundial com seu Death Metal Melódico.
Junto com outras bandas de Gotemburgo, esses suecos começaram, no ínicio dos anos 90, a trazer melodia para o então mais pesado estilo de Heavy Metal. Com os anos, porém, a banda foi cada vez mais investindo nas melodias, à ponto de nos últimos álbuns trazer algumas características do New Metal.
Mas antes que torçam os narizes, digo que essas pitadas de um estilo mais “acessível” apenas dão mais brilho à banda, caracterizando-a com um som que lhe é bastante peculiar, assim como a banda Soilwork, que muitas vezes lembra o In Flames (inclusive as duas bandas fizeram uma brincadeira em dois vídeo clips).
A sonoridade que encontramos neste disco de 2008 vai na companhia de álbuns como “Reroute To Remain" (2002), e especialmente “Soundtrack to Your Escape” (2004), ou seja, peso, ótimos riffs de guitarras, uma bateria que abusa dos pratos e bumbos-duplos (estes tocados com inteligência), sem falar num baixo pesado e no vocal de Anders Fridén, que antes de entrar na banda participara do Dark Tranquility, outra grande banda do estilo.
Poucas são as músicas que não empolgam, e de uma forma geral seguem um padrão semelhante, peso-melodia, que apenas é quebrado na música “The Chosen Pessimist”, que traz dedilhados de guitarra e uma atmosfera que lembra um som mais “mórbido” e “triste”, lembrando algumas passagens de músicas de caras como Marilyn Manson. Ótima canção que os fãs antigos com certeza odiarão, mas que mostra a qualidade e capacidade da banda de produzir um som tão bem ambientado. Vale conferir a letra também.
Destaques principais vão para a faixa de abertura, “The Mirror’s Truth”, que no formato single já havia dado as caras. Além dessa, “Disconnected” traz bem o som da banda, lembrando os álbuns anteriores e se ndo a canção que mais bem resume o momento atual da banda. Outros destaques ficam para “Delight and Angers”, “Drenched in Fear” e “Sleepless Again”.
Mais um disco para marcar o nome da banda no Metal e deixar a banda no lugar de uma das mais bem sucedidas da Suécia de todos os tempos. Os caras inclusive ganharam um prêmio na Rússia este ano como melhor banda.
Stay on the Road
Texto: EddieHead
Tracklist:
01. The Mirror’s Truth
02. Disconnected
03. Sleepless Again
04. Alias
05. I'm the Highway
06. Delight and Angers
07. Move Through Me
08. The Chosen Pessimist
09. Sober and Irrelevant
10. Condemned
11. Drenched In Fear
12. March To The Shore
Download (blog Metal Eternity):
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