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sábado, 26 de agosto de 2017

Witchour: moderno, ousado e agressivo

Resenha: Renato Sanson


Em 2015 quando lançaram “The Hauting” os argentinos do Witchour já mostravam há que vieram, pois a mescla sonora que executavam (do Death Metal Melódico ao Modern Metal americano) era de grande qualidade e equilíbrio, trazendo diferenciais pontuais que agregaram a sua musicalidade.

Seguindo esse raciocínio e indo um pouco mais adiante, temos o mais novo trabalho dos Hermanos, o EP “Night Hag/El Pacto” (2017) que traz apenas duas composições, mas que enchem os ouvidos de alegria ao apertar o play.

“Night Hag” abre o EP com teclados amenos que descambam em uma violência sem fim, com riffs mais que encorpados e bem postados, as linhas vocais urradas estão ainda mais potentes que se entrelaçam com momentos mais limpos, que caem muito bem a proposta do grupo. E que guitarras são essas? Solos inspiradíssimos com melodias que grudam logo de cara!

Em “El Pacto” a agressividade não diminui, mas temos um diferencial, pois a mesma é cantada em espanhol e nos mostra toda a versatilidade do Witchour, que não economiza e nos dá o seu melhor, as melodias são incríveis e as linhas de baixo-bateria esmagam como um rolo compressor, sem contar o refrão marcante que mostra essa grande variação.

O trabalho gráfico é muito bem cuidado, apesar de vir embalado em um simples Slimcase, temos no mesmo duas capas que encantam, pois são ricas em detalhes e faz você ficar um bom tempo analisando ambas, sem contar o belo encarte que vem separado em formato pôster, que traz as letras e um belo release sobre a trajetória da banda até o momento. A produção é de alto nível e casa perfeitamente com o que querem passar, cristalina, mas não plastificada, com um som bem na cara, moderno e pesado.

Não se prenda a rótulos e ouça essa grande banda que tem tudo para despontar no cenário mundial.

Links:

Tracklist:
01 Night Hag
02 El Pacto

Formação:
Alejandro Souza (Vocal)
Marco Ignacio (Baixo)
Ezequiel Catalano (Guitarra)
Federico Rodriguez (Guitarra)
Javier Cuello (Bateria)




terça-feira, 2 de setembro de 2014

Hate Handles: Vídeo Clipe Promove Disco de Estreia da Banda Gaúcha

Quarteto gaúcho soma ao ótimo disco um bom vídeo clipe

Oriunda de Caxias do Sul/RS, o quarteto Hate Handles causou ótimas impressões, tanto na mídia quanto nos fãs do chamado Death Metal Melódico, com o lançamento do seu debut “Die in Hands of Believers” (confira resenha ao fim da matéria).

Para expandir a divulgação do disco, a banda formada por Charles Magnabosco (vocal), Maicon Dorigatti (guitarra), Jonatan Mazzochi (bateria) e Matheus Pezzini (baixo) lançou no fim de agosto o vídeo clipe oficial (primeiro da carreira) para “Nothing Useful”, uma das faixas destaques do álbum.

Vídeo clipe é um dos melhores de 2014 até a presente data

Com direção de Maicon Benato e Leticia Telassi (Nitro Studio), o vídeo casa com a temática da letra que faz uma crítica fundamentada ao besteirol da mídia mainstream no Brasil e seus efeitos “imbecilóides” a que o povo brasileiro se sujeita diariamente, além de cenas da realidade mundial de violência, intolerância e guerra.

O grupo demorou para lançar o vídeo, mas a espera valeu a pena, pois mesmo sem grandes efeitos, a simplicidade mostra sua faceta mais nobre num clipe muito bem produzido e escrito (lembra "Immortal" da ótima fase do Arch Enemy), além de que traz o grupo numa postura idêntica ao que encontramos nos shows ao vivo da Hate Handles, ou seja, os caras foram honestos no clipe que tem tudo para ser lembrado na minha lista de melhores clipes de 2014. 

Chega de papo e assista “Nothing Useful” agora!



Texto/edição: Eduardo Cadore
Fotos: Divulgação
Assessoria: MS Metal Press


Confira a resenha completa sobre o álbum da banda clicando AQUI.

quarta-feira, 18 de junho de 2014

Arch Enemy: Nova Formação e Apostando Novamente no Passado

10º disco com nova vocalista e formação busca no passado a velha energia

Já faziam alguns discos que o Arch Enemy, antes maior referência do chamado Death Metal Melódico, parecia ter perdido muitas de suas características básicas, enterrando de vez a fase anos 90 e começo dos anos 2000 em discos pouco expressivos.

Neste ano de 2014 uma série de importantes mudanças aconteceu tanto de ordem administrativa quanto na própria formação. A saída de Angela Gossow (comandou os vocais de 2001 até começo de 2014) e a chegada da “suspeita” (pois vinha de uma banda com certo apelo comercial The Agonist) de Alissa White-Gluz pegou os fãs de surpresa e a grande interrogação foi se a nova vocalista daria conta do recado, já que “War Eternal”, novo álbum, já estava gravado.

Ao ser lançado "War Eternal" entrou nas primeiras colocações na Alemanha, Finlândia, Japão e outros

Assim sendo, a banda liberou o vídeo clipe oficial da faixa-título, apresentando a nova vocalista, além de marcar a estreia em estúdio do guitarrista Nick Cordle, que está na banda desde 2012. O que poderia ser algo negativo mostrou-se de enorme sucesso, sendo poucos os fãs que torceram a cara para a nova vocalista, até mesmo porque manteve traços dos vocais de Angela, soando um pouco mais “arrastada”, mas bastante semelhante a sua amiga (Angela indicou Alissa e agora segue administrando a banda apenas).

Angela (dir.) resolveu dedicar-se apenas a empresariar a banda, indicando Alissa (esq.)

A expectativa de que um novo grande álbum viria se confirmou com o lançamento oficial do disco agora em junho via Century Media Records. Ouso dizer, em poucas palavras, que “War Eternal” conseguiu capturar a proposta da banda pegando algo de “Burning Bridges” (1999) até “Anthems of Rebelion” (2003), voltando a apostar em passagens de grande peso, deixando (um pouco apenas, é verdade) de lado tanto o aspecto comercial, caprichando em ótimos solos e riffs bem pesados, além da velocidade característica estar em voga, sem falar na arte de capa macabra e obscura do romeno Costin Chioreanu.

Músicas de grande força como “Never Forgive, Never Forget” (fazia tempo que a banda não começava um disco com tanta qualidade), “No More Regrets” e a faixa-título. Estonteamento empolgante é “Time is Black”, assim como “Stolen Life” (parece irmã de “Silverwing”) e “Avalanche”. “Not Long For This World”, instrumental que finaliza o álbum, remete à “Vox Stellarum” do álbum “Stigmata” (1998).

Com a bateria indiscutivelmente animal de Daniel Erlandsson, o baixo rápido e direto de Sharlee D'Angelo, as guitarras, que tiveram um revival com a chegada do novo guitarrista e com a liderança de Michael Amott, gênio dentro da sua proposta musical, fica até compreensível que Alissa, que não é revolucionária mas faz cumpre seu papel muito bem, esteja sentindo-se em casa e sendo aceita de braços abertos pelos fãs, pois além da beleza (muito mais gata que Angela), possui carisma e competência ao vivo também, algo que Angela já mostrava alguma dificuldade.

Novo disco busca resgatar sonoridade do fim dos anos 90 e começo de 2000

“War Eternal” tem tudo para ser um novo marco na carreira dos suecos, quem sabe o primeiro passo para uma real volta do que a banda era lá nos seus 4 primeiros discos. 

Stay on the Road

Texto/edição: Eduardo Cadore
Fotos: Divulgação

Ficha Técnica
Banda: Arch Enemy
Álbum: War Eternal
Ano: 2014
País: Suécia
Tipo: Death Metal Melódico
Gravadora: Century Media Records



Formação
Alissa White-Gluz (Vocal)
Michael Amott (Guitarra)
Nick Cordle (Guitarra)
Sharlee D’Angelo (Baixo)
Daniel Erlandsson (Bateria)


Tracklist
1. Tempore Nihil Sanat (Prelude in F minor)
2. Never Forgive, Never Forget
3. War Eternal
4. As The Pages Burn
5. No More Regrets
6. You Will Know My Name
7. Graveyard Of Dreams
8. Stolen Life
9. Time Is Black
10. On And On
11. Avalanche
12. Down To Nothing
13. Not Long For This World

Assista ao vídeo clipe de "No More Regrets"

Assista ao vídeo clipe de "You Will Know My Name"


Assista ao vídeo clipe de "War Eternal"

Confira o lyric vídeo de "As The Pages Burn"


Acesse e conheça mais sobre a banda

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Hate Handles: Estreando com Um dos Melhores Trabalhos de 2013

Estreia com álbum completo marca ponta-pé inicial de sucesso

Quando você pensa que já viu tudo de bom que 2013 poderia oferecer, uma galera do Rio Grande do Sul chega com seu álbum de estreia fazendo um estardalhaço absurdo.

A Hate Handles, banda de Caxias do Sul/RS, acaba de lançar o excelente “Die in Hands of Believers”, pelo selo Eternal Hatred Records, fechando o ano como um dos principais lançamentos dos últimos meses, tudo isso apesar do grupo recém estar começando a expandir seu trabalho para fora das terras gaúchas, após passar a trabalhar com a Ms Metal Press.

O disco, com uma das capas mais detalhistas que já vi no país (méritos de Marcus Lorenzet), oferta em suas 9 faixas um som pesado, agressivo, que consegue alguns flertes com melodias, apesar de predominantemente voltar-se ao Metal Extremo, com grande influência, sobretudo nos vocais de Charles Magnabosco, de Amon Amarth, alcançando algo entre o Death e o Thrash Metal.

A dobradinha inicial “Nothing Useful” e “Keep the Disease” já mostra o poderio de Charles, Maicon Dorigatti (guitarra), Jonatan Mazzochi (bateria) e Matheus Pezzini (baixo), que, apesar de estarem em um estúdio, mostram a mesma energia esbanjada nos palcos (tive oportunidade de assistir a dois shows deles).

Apesar de a banda toda ser competente, coesa e trabalhar unida, sem ninguém se sobressair em detrimento dos demais, é inegável que Maicon e Charles chamam atenção logo de cara, com o primeiro sendo responsável por todas as ótimas guitarras ouvidas na bolacha, e Charles, com um vocal que te deixa pensando que o cara deve ter dois metros de altura! Um verdadeiro "monstro". Mas, de nada adiantaria se Jonatan e Matheus não debulhassem seus instrumentos com a mesma gana dos demais e, no fim, você vê que está ouvindo o disco de uma banda real e coesa, não uma competição de egos.

Poucas bandas conseguiram estrear em 2013 com um disco tão coeso e marcante

A melodia mesclada com o peso surge com maestria em “Deceived”, canção que facilmente agradará aos fãs do chamado Death Metal melódico. A faixa-título traz até alguns momentos quase sabbáthicos, com grandes riffs que beiram o Doom Metal, numa canção carregada e bastante forte, digna do título que leva.

A banda gaúcha Hate Handles tem tudo para tornar 2014 o seu ano
Momentos que também se destacam pela velocidade e boa dose de agressividade, estão em “Bring You Back” e “Respect By Fear” (com o baixo de Matheus Pezzini em destaque), apenas reforçando a ótima impressão deixada desde a primeira faixa, pois você está diante de um trabalho bem produzido, com grande força, e se não pode-se dizer que seja algo inovador, possui o principal que é a  personalidade, caindo como uma ótima surpresa dentro de um gênero ainda em desenvolvimento no país. Se eu fosse você, não esqueceria este nome: Hate Handles!

Stay on the Road

Texto/edição: Eduardo Cadore
Revisão: Caco Garcia
Fotos: Divulgação
Assessoria: Ms Metal Press

Ficha Técnica
Banda: Hate Handles
Álbum: Die in Hands of Believers
Ano: 2013
País: Brasil
Tipo: Death Metal Melódico/Thrash Metal
Selo: Eternal Hatred Records


Formação
Charles Magnabosco (Vocal)
Maicon Dorigatti (Guitarra)
Jonatan Mazzochi (Bateria) 
Matheus Pezzini (Baixo)



Tracklist
01 - Nothing Usefull
02 - Keep the Disease
03 - Deceived
04 - Die In Hands of Believers
05 - Bring You Back
06 - Why Praise?
07 - Respect by Fear
08 - Persistence of the Defeated
09 – Escape
Veja a banda ao vivo tocando "Deceived" em 2012

"Brin You Back" ao vivo


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quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Kataclysm: Do Underground Canadense para o Mundo

Novo disco do grupo canadense deve agradar fãs antigos

Vindo do Canadá, o Kataklysm já percorre duradouros 22 anos de estrada, sempre mergulhado no Death Metal tradicional, muitas vezes brutal, beirando também o melódico. Muitas vezes rotulado como “hyperblast” pela rapidez de sua música, o Kataklysm vem do underground canadense para o mundo, com seu novo lançamento, “Waiting for the End to Come” (2013).

Esse é o décimo primeiro full-lenght da banda, que já contém em sua discografia os clássicos “Sorcery” (1995) e “Shadow and Dust” (2002) e outros não menos apreciáveis, como “In the Arms of Devastation” (2006) e “Prevail”(2008). Nesse novo lançamento a banda conseguiu unir todos seus elementos de anos de experiência para criar um ótimo álbum, tendo como seu antecessor o criticado “Heaven’s Venom” (2010), o qual desagradou muito fãs antigos.

Desde o álbum “Shadow andDust”(2002) tenho acompanhado a banda com mais atenção e até então sempre de olho na careira dos caras. A parte técnica sempre foi um dos diferenciais desses canadenses, e justamente na bateria, que sofre com as constantes trocas, é sempre substituída por um grande músico, com suas batidas na velocidade da luz.

Liderada por Maurizio Iacono, vocal, e por Jean-François Dagenais, guitarra, membros fundadores, a banda nos brinda com um ótimo instrumental e melodias. O player já começa com “Fire” que tem uma introdução bem melódica, criando um suspense para o que está por vir. É ai que a banda já da as caras como de costume, entrando com o pé na porta já despachando blast beats muito rápidos, riffs absurdamente empolgantes e um vocal arrasa quarteirão de Maurizio. A próxima começa com uma introdução do filme “Livro de Eli” e já despeja riffs ultra velozes e novamente os blast beats de entrada, seguindo com um bumbo duplo de ficar de boca aberta. Como a velocidade cai bem na música do Kataklysm, incrível! O baixo está na medida certa, destacado e “turbilhando” a cozinha, perfeita para um grande mosh.

Aqui está uma das minhas preferidas do álbum, “Like Animals”. Com um riff marcante e um vocal muito bem executado por Maurizio, já lembrando que isso é de praxe pelo álbum inteiro. A seguir “Kill the Elite” que inicia com uma melodia que não havia estado presente nas anteriores e que marca o som da banda. Após a rápida introdução, Jean-François nos apresenta seu repertório de riffs, caindo numa cozinha destruidora de Stéphane Barbe no baixo e Olivier Beaudoin na bateria. Que música, meus amigos!

“Under Lawless Skies” tem uma levada um pouco diferente das outras, se diferenciando na qualidade das demais. A competência de Maurizio nos vocais sempre faz com que a música se torne atraente, variando seu gutural e rasgado. “Dead and Buried” já começa com mais melodia e uma levada mais cadenciada com algumas levadas parecidas com a música anterior, também não merecendo muito destaque. “The Darkest Days of Slumber” começa uma bateria bem técnica, com levadas interessantes dos tambores com o chimbal, seguindo com uma ótima condução. Entra ótimos riffs, fazendo com que nenhuma cabeça fique parada.

Após o "fraco" (para muitos) "Heaven's Venom", Kataklysm aposta na velocidade e peso

“Real Blood, Real Scars” nos lembra algo do Thrash Metal com bastante melodia, com um vocal rasgado, mas é outra música que não chega a empolgar. Seguindo a sequencia que nos priva da velocidade costumeira, “The Promise” vem cadenciada, com uma boa cozinha e a técnica de Oliver nessa música impressiona, principalmente pelo andamento dos tempos e troca de ritmos, com bastante quebradas.

Agora sim, a velocidade voltou aos trilhos, despejando riffs e um baixo mais uma vez empolgante, rápida e cadenciada na medida certa, uma das melhores, remetendo boas partes de Thrash Metal. A próxima é a já conhecida “Elevate” que é o carro chefe do play, já apresentada dias antes do lançamento. Ótima pedida para conhecer a banda, lembrando muito os tempos antigos mais melódicos.

Em modo geral, é um grande lançamento desses canadenses que estavam devendo aos deathbangers depois do fraco “Heaven’s Venom” (2010). A produção é limpa, impecável, coisa que o Kataklysm dá muita atenção, com cada instrumento sendo ouvido perfeitamente do começo ao fim. Aqui cabe um grande elogio para arte da capa. Há duas versões para o encarte: uma que há um ser saindo de uma construção cheia de ossos, em direção a uma cidade, com detalhes em preto e branco; e a melhor, no qual uma criança parece literalmente caminhando para a morte, com a Terra atrás sendo devastada por uma chuva de meteoros. Fantástica!

Conheça o Kataklysm e entenda que brutalidade e melodia podem sim caminhar juntas, desde que aplicadas com enorme competência e maestria. Bem vindo ao mundo do Kataklysm e espere pelo fim para voltar ao começo!

Texto: André Luiz Sauer
Edição/revisão: Eduardo Cadore
Fotos: Divulgação

Ficha Técnica
Banda: Kataklysm
Álbum: Waiting for the End to Come
Ano: 2013
País: Canadá
Gravadora: Nuclear Blast

Formação
Maurizio Iacono (Vocal)
Jean-François Dagenais (Guitarra)
Stéphane Barbe (Baixo)
Olivier Beaudoin (Bacteria)



Tracklist
1 – Fire
2 – If I Was God... I’d Burn It All
3 – Like Animals
4 – Kill the Elite
5 – Under Lawless Skies
6 – Dead and Buried
7 – The Darkest Days of Slumber
8 – Real Blood, Real Scars
9 – The Promise
10 – Empire of Dirt
11 – Elevate

Assista ao vídeo clipe oficial "Elevate"


Mais informações

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Dark Tranquility: Vídeo Clipe Inédito e Faixas Para Audição Promovendo “Construct”

"Uniformity" é lançado contando com diretor conceituado

Um dos principais grupos da grande Century Media e um dos maiores nomes do Metal Sueco, o Dark Tranquility está em plena divulgação de seu álbum “Construct” (2013), que sucede com grande êxito “Into the Void” (2010), e foi lançado mundialmente no último dia 27 de maio.

Para promover o álbum que já está disponível, a banda de Mikael Stanne (vocal) lançou em maio o vídeo clipe e single “Uniformity”, que contou com uma super produção cinematográfica à cargo do diretor Patric Ullaeus (dirige muitos vídeos de bandas consagradas mundialmente), digna do patamar que a banda alcançou em seus mais de 20 anos dedicados à música pesada com melodia, sendo um dos pilares do chamado Death Metal Melódico.

Banda aposta em uma sonoridade moderna com peso mesclado às melodias singulares

O álbum “Construct”, cuja resenha completa você confere em breve, segundo a banda é um marco para o Dark Tranquility, por ser o disco mais diferente e diversificado desde o clássico “Projector”, de 1999. 

Bom, quem já ouviu pode deixar seus comentários abaixo e quem ainda não ouviu, vale provar o gostinho com este vídeo clipe e, de brinde, postamos aqui mais outras faixas do disco, as ótimas "Broken Words" (que abre o álbum) e "Endtime Hearts". Enjoy!

Texto e edição: Eduardo Cadore
Fotos: Divulgação

Assista ao vídeo clipe oficial de "Uniformity"

Ouça "Broken Words"

Ouça "Endtime Hearts"

sábado, 27 de abril de 2013

Obskure: Death Metal Divisor de Águas


Obskure: um dos maiores nomes da cena nordestina do Brasil oferta disco surpreendente


Cansado daquele Death Metal mais preocupado em soar pesado, sem técnica alguma, com letras clichês, cheias de blasfêmias já cantadas por outras mil bandas? Talvez para quem seja fã do gênero, nada melhor que mais do mesmo. Porém, sempre é agradável ver que a cena extrema tem sim como evoluir e mostrar que Death Metal pode traçar outros caminhos.

O Brasil é privilegiado com bandas que mostram um amadurecimento nas composições e uma das principais é, com certeza, a Obskure que, vinda de Fortaleza/CE, lançou em 2012 “Dense Shades of Mankind”, um dos discos mais aclamados daquele ano.

Banda tem trabalhado na divulgação de seu mais recente disco

E a aclamação veio em resposta ao intenso trabalho que a banda precisou desenvolver, além das barreiras e dificuldades que foram superadas. Foram cerca de 4 anos para que o álbum visse a luz do dia e, como um ataque concentrado e estrategicamente elaborado, causa um estrago impressionante.

São 10 faixas que a banda formada por Germano Monteiro (vocal), Daniel Boyadjian (guitarra), Amaudson Ximenes (guitarra), Jolson Ximenes (baixo), Wilker D’Ângelo (bateria) e Fábio Barros (teclados), desfilam um Death Metal técnico, agressivo, com solos de guitarra e riffs inspirados, bateria e baixo dando o peso esperado e, algo que é bastante incomum, teclados que dão um clima mais sombrio e que é o grande diferencial da banda já na primeira audição.

Claudine divide os vocais em uma faixa
Músicas como “Christian Sovereing” (petardo que abre o álbum) e “Anxious Passage Relief”, que vem logo em seguida, já denunciam que “Dense Shades of Mankind” é um álbum especial. Notável é percebermos a grande influência de bandas como Death e até mesmo, das mais recentes, Septic Flesh (acho que mais por acaso do que propriamente ser uma banda que o grupo seja influenciado, o que não deve ser o caso), sobretudo nos temas existenciais que povoam o lírico das músicas, sobretudo pela formação em sociologia do letrista Amaudson Ximenes.

Impertinente ficar descrevendo cada faixa, até mesmo por isso ser impossível, na medida em que Obskure mostra nas 10 canções que não é apenas mais uma banda, mas sim aquela que, talvez, melhor represente a qualidade do Metal Extremo do Ceará. 

Mas, não finalizo esta matéria sem falar das ótimas participações especiais que marcam presença no álbum, como Marcelo Barbosa (Khallice e Almah), um dos grandes nomes da guitarra brasileira, na espetacular “Unsticked”, Daniel Boyadjian com vocais adicionais em “Hidden Essence Rescue”, canção esta que surpreende pela riqueza da composição, além da grata surpresa de colocar os vocais de Claudine Albuquerque, vocalista da banda Nafandus, também de Fortaleza.


Rapidamente, vale mencionar que a capa foi concebida pela banda e Gustavo Sazes, maior artista nacional em termos de capas para bandas de Metal e reconhecido mundialmente, além de uma ótima produção de Moisés Veloso e banda no MC Studio.

Obskure demorou, mas fez com que “Dense Shades of Mankind” entre para a história. Talvez ainda seja cedo afirmar isso, mas, aposto uma caixa de cerveja que este será um dos discos mais lembrados daqui uma ou duas décadas da cena nordestina e, quiçá, de todo o Brasil, pois ainda não havia escutado um trabalho nesta qualidade deste gênero por estas terras.

Stay on the Road

Texto e edição: Eduardo Cadore
Fotos: Divulgação

Ficha Técnica
Banda: Obskure
Álbum: Dense Shades of Mankind
Ano: 2012 
País: Brasil
Tipo: Death Metal
Selo: Independente (com apoio da Prefeitura de Fortaleza)

Formação
Germano Monteiro (Vocal)
Daniel Boyadjian (Guitarra)
Amaudson Ximenes (Guitarra)
Jolson Ximenes (Baixo)
Wilker D’Ângelo (Bateria)
Fábio Barros (Teclados)



Tracklist
1. Christian Sovereign
2. Anxious Passage Relief
3. Tension Eve Massacre
4. Hidden Essence Rescue
5. Unsticked
6. Pieces from the Old Life
7. From One Who Stopped Dreaming... 
8. Barren Evolution 
9. Memories of a Recent Past 
10. Vermin's Banquet 

Acesse e conheça mais sobre a banda


Assista ao vídeo clipe oficial de "Christian Sovereign"


quinta-feira, 14 de março de 2013

Optical Faze: Disparando Um dos Melhores Álbuns de 2013


Banda de Brasília abre 2013 com grande lançamento

O conceito de algo bom tende a ser relativo. Gosto não se discute, costumam dizer. Mas a verdade é que para quem respira Metal, é inevitável não exaltar esse tipo de música e ao ver uma pancada de bandas com o Metal  batendo no peito, especialmente no Brasil, faz você ter certeza de que há uma cena de qualidade inquestionável.

Destas bandas que conheci nos últimos meses, provavelmente a Optical Faze é uma das mais surpreendentes. Não que o som apresentado em “The Pendulum Burns”, que foi lançado este ano via Ms Metal Records numa edição digipak muito completa (arte impressionante de Michal Karcz), seja revolucionário, mas, em termos de Brasil, a sonoridade calcada num Thrash/Death “melódico”/Heavy moderno, mais ou menos nos moldes do som feito por bandas suecas como In Flames e Soilwork, assim como o chamado Tharsh Metal “Moderno”, colocam a Optical Faze num patamar de destaque.

É nítido o cuidado em fazer composições fortes, sem grandes firulas, mas com boas variações de clima, grande mérito para os teclados de Pedro Gabriel, diferenciados, com certeza. Além disso, ajudou bastante ter um produtor do gabarito de Rhys Fulber, que assina trabalhos de bandas como Fear Factory e Paradise Lost, com este disco tendo sido gravado em Los Angeles, Estados Unidos.

As guitarras, elemento muito importante e que saltam aos ouvidos já de cara, são méritos de Jorge Rabelo e Marcelo Araújo, este último sendo responsável por ótimos vocais, fortes e com fôlego, nos moldes de grandes nomes da cena mundial como Björn “Speed” Strid (Soilwork) e Robb Flynn (Machine Head).

Quinteto afiado em composições que trazem uma veia pulsante moderna

A cozinha da banda merece mais do que o adjetivo “eficiente”, pois mostra uma dupla coesa. Renato de Souza mostra toda sua habilidade em viradas rápidas, bumbos cadenciados, tudo dosado para ir de encontro à melodia e peso da banda, assim como Vicente Júnior, que com seu baixo traz mais peso ao grupo.

Músicas que impressionam pela qualidade logo de cara incluem a faixa de abertura “Trail of Boold” (assista o vídeo clipe abaixo), “One Way Path”, “Lie to Protect” (chega a nos remeter à fase áurea do Fear Factory). Mas são as faixas mais longas, como “Mindcage” (trazendo um som mais arrastado) e “Moment of Nothing” (minha preferida) que mostra a grandeza dessa banda que já possui anos de trajetória.

Se depender do que a Optical Faze apresenta em “The Pendulum Burns”, podemos ter certeza que já conhecemos um dos melhores lançamentos do ano (figurará nas melhores listas da mídia especializada) e que a banda irá “incomodar” muito na cena. Fique de olho e ouvidos bem abertos!

Stay on the Road

Texto e edição: Eduardo Cadore
Fotos: Divulgação e Alessandro Dantas




Ficha Técnica
Banda: Optical Faze
Álbum: The Pendulum Burns
Ano: 2013
País: Brasil
Tipo: Thrash Metal Moderno
Lançamento: Ms Metal Records
Distribuição: Voice Music
Assessoria: Ms Metal Press

Formação
Mateus Araújo (Vocal e Guitarras)
Jorge Rabelo (Guitarras)
Vicente Júnior (Baixo)
Renato de Souza (Bateria)
Pedro Gabriel (Teclados)



Tracklist
1. Trail of Blood
2. Pressure
3. Moment of Nothing
4. One Way Path
5. Lie to Protect
6. Mindcage
7. Carved
8. Red Sun
9. The Collapse
10. Ghost Planet
11. Never Let me Down Again
12. Tiede

Acesse e conheça mais sobre a banda

Assista ao vídeo clipe official “Trail of Blood”


sábado, 27 de outubro de 2012

Fugindo dos Clichês, Blakk Market Dá Aula de Bom Gosto


Mais uma força do Metal catarinense, desta vez em nome do Death Metal Melódico

O Death Metal Melódico sempre foi um estilo de se amar ou odiar, pois muitos não aceitam este termo "Death Metal Melódico", alegando uma traição ao Metal da morte, já outros enxergam como uma evolução, e com elementos novos, deixando a sonoridade mais abrangente. 

Indiferente a todas essas discussões, é inegável que o estilo tem grandes bandas, como Children Of Bodom, Dark Tranquility, In Flames e etc... Mas apesar do crescimento meteórico que o estilo teve com a banda finlandesa CoB, hoje em dia não é tão comentado, e poucas bandas de qualidade surgem, pois a grande maioria não passa de meras cópias de CoB, Dark Tranquility, dentre outras.

E no Brasil podemos dizer que o Death Melódico pouco apareceu, porém das cinzas de uma banda cover de In Flames, surge os catarinenses do Blakk Market, e diferente de muitas bandas que surgiram, o Blakk Market mostra muita personalidade, e logo no seu álbum debut "Self - Improvement: Suicide" lançado em 2011, mostra um poder de fogo absurdo, e o grande destaque do álbum fica por conta das "sacolas" de riffs que os guitarristas Alexandre Schneider e Thiago Rocha (que faz os vocais limpos) que despejam riffs em cima de riffs, variações incríveis, sem contar as melodias que são pegajosas e grudam na mente de imediato.

A variação rítmica também é impressionante, nuances de teclados e vocais limpos muito bem encaixados, que agregam em muito ao som da banda, que soa muito original, tendo sua identidade própria, sem cair nas armadilhas que o estilo proporciona.

Com riffs e melodias fantásticas, o Blakk Market impressiona com seu 1° album

Como todos sabem, estabelecer uma banda de Heavy Metal no Brasil não é nada fácil. Os catarinenses também passaram pelo temporal de mudanças em sua formação, tanto que a banda até hoje não tem um baterista fixo, sendo que as baterias de "Self - Improvement: Suicide" foram gravadas por Allan Barbosa, que acompanha a banda em algumas apresentações ao vivo.

Vale destacar a produção sonora da bolacha, que ficou a cargo da própria banda e do renomado produtor Alexei Leão (Stormental), deixando o álbum bem atual e com todos seus instrumentos muito bem equalizados, dando o peso exato, deixando a audição muito agradável.

Citar destaques em um álbum tão homogêneo não é tarefa fácil, mas composições como: "Putrefaction Guaranteed" com riffs animalescos, "Theater of Lies" que apresenta melodias incríveis, "Nova" em clima mais cadenciado, com teclados sombrios, melodias lúgubres e com vocais limpos de cair o queixo e "The Wheel Keeps Turning" que dispensa qualquer comentário, fará você perder o pescoço, além de ouvir uma aula de riffs e melodias geniais, sem contar o contesto geral do álbum, com composições técnicas e cativantes, com muito feeling e bom gosto.


A parte gráfica do álbum também merece destaque, mostrando total conexão com a temática das letras, que estão em volta de um assunto um tanto polêmico, o suicido, com um belo booklet, com todas as informações sobre a banda e com uma capa de beleza ímpar.

Atualmente, o Blakk Market continua a divulgação de seu álbum, tendo uma excelente receptividade do underground, agora é esperar para conferir o novo lançamento da banda que deve sair em breve.


Resenha por: Renato Sanson 
Edição/revisão: Eduardo Cadore/Renato Sanson
Fotos: Divulgação

Ficha Técnica
Banda: Blakk Market
Álbum: Self - Improvement: Suicide
Ano: 2011
País: Brasil
Tipo: Death Metal Melódico

Formação
Fernando Melleu (Vocal)
Alexandre Schneider (Guitarra)
Thiago Rocha (Guitarra/Vocal)
Felippe Chiella (Baixo)
Bateria (Allan Barbosa)




Tracklist

01 Wrist-Slashing Symphony
02 Putrefaction Guaranteed
03 Atlas
04 The Dawn of the Dead
05 Theater of Lies
06 Exhumed
07 Nova
08 M.D.K.K.
09 The Wheel Keeps Turning
10 Blackkout
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Assessoria: Wargods Press

domingo, 19 de agosto de 2012

Unlit Face: Em Busca de Seu Espaço

Nova banda de Rafael Basso

A banda Unlit Face, capitaneada pelo vocalista Rafael Basso (ex-Soturnus), acaba de lançar seu 2° EP "Your Truth Lies", para quem não sabe, após Rafael deixar o Soturnus, se mudou  para Suécia, e foi onde montou sua nova banda, com uma proposta calcada no Death Metal Melódico.

Formada por Ralph Karan (guitarra), Jimmy Lindeman (baixo), Roberto Sanchez (bateria) e Rafael Basso (vocal), a banda investe forte no Death Metal, calcado em melodias fortes e com bons arranjos de teclado, vale mencionar a arte gráfica do trabalho, feito pelo mestre Gustavo Sazes, com uma bela capa, sem contar o belo digipack que vem embalado na bolacha.





O EP também apresenta uma boa produção sonora e faixas como: "Your Truth Lies" que abre os trabalhos, "Design Of Decaption" e "Destination Baginning", mostram bons riffs, caracteristicos do estilo, além das vociferações de Rafael que varia entre o rasgado e o gutural, as composições também apresentam alguns vocais limpos, que apesar de bem encaixados soa desnecessário, que acaba comprometendo um pouco as composições, o destaque fica por conta das guitarras que apresentam belas melodias.

Apesar da qualidade notavel que a banda apresenta, ainda falta personalidade, fazendo o mais do mesmo e soando repetitivo em alguns momentos, vamos aguardar o full lenght que deve sair em breve, e conferir as novas composições.


Resenha por: Renato Sanson
Revisão & Edição: Renato Sanson
Fotos: Divulgação

Ficha Técnica
Banda: Unlit Face
EP: Your Truth Lies
Ano: 2012 
País: Suécia
Tipo: Death Metal Melódico
Selo: Independente

Formação
Rafael Basso (vocal)
Ralph Karan (guitarra)
Jimmy Lindeman (baixo)
Roberto Sanchez (bateria)


Tracklist
01 Your Truth Lies
02 Design Of Decaption
03 Black Birds
04 Set Afire
05 Destination Baginning

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