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sábado, 21 de junho de 2025

Cobertura de Show: Kiko Loureiro – 07/06/2025 – Tokio Marine Hall/SP

No último dia 7 de junho, numa noite fria de sábado, o guitarrista Kiko Loureiro se apresentou no Tokio Marine Hall, tocando músicas de sua carreira solo e sucessos das bandas pelas quais passou, como Angra e Megadeth. Como esperado, tivemos a aguardada participação do guitarrista radicado no Japão, Marty Friedman, que se juntou a Kiko para tocarem faixas do Megadeth, Angra e também de sua própria carreira solo.

O show de abertura, que começou às 20h55, ficou por conta do guitarrista Andy Addams. O colombiano-americano subiu ao palco demonstrando grande técnica, vestindo um colete de LED que chamava atenção com seu jogo de luzes. A banda de apoio era formada pelo baixista David Sanchez e pelo baterista Luigi Paraventi. O curto show teve foco em composições próprias do guitarrista, mas o bom público já presente se animou com versões de “Separate Ways (Worlds Apart)” (Journey), “Eruption” + “Ain’t Talkin’ ‘Bout Love” (Van Halen), além de um mix de trilhas sonoras de desenhos animados e jogos de videogame, como “Os Cavaleiros do Zodíaco”.



Andy Addams – setlist:

Andy Addams

Redemption

Black Moon

The Eyes of the Moon/When the Spirits Collide

Solo de guitarra + Silver Tears

Solo de baixo

Everlasting Faith

The Warrior

Solo de bateria

Piedra de Fuego

Mashup


Às 22h, o público começou a ouvir a introdução do show, e, um a um, os músicos da banda de apoio – e que banda! – formada por Bruno Valverde (bateria), Luiz Rodrigues (guitarra) e Felipe Andreoli (baixo), subiram ao palco. Foi então que, para o delírio da plateia, surgiu Kiko Loureiro. O guitarrista promove atualmente seu álbum mais recente, Theory of Mind (2024), e iniciou a apresentação com a espetacular “Blindfolded”, seguida por “Reflective”, “Overflow”, “No Gravity” e “Pau-de-Arara”.

O público também teve o privilégio de ouvir faixas da “era Kiko Loureiro” no Megadeth, que marcaram presença no repertório com destaque. “Conquer or Die!” do álbum Dystopia (2016), além da faixa-título “Dystopia” e “Killing Time”, foram interpretadas pelo próprio Kiko nos vocais. Outro momento memorável foi o medley de músicas do Angra, executado pela banda – ocasião em que o público assumiu os vocais, cantando com empolgação cada verso.

Antes da metade do show, Kiko abriu espaço no palco para dois jovens guitarristas tocarem com a banda – um gesto muito bacana, mostrando apoio e incentivo a possíveis futuros astros da guitarra. Após essa surpresa, o show retornou à fase solo de Kiko com “Mind Rise”, também do novo álbum.

Na sequência, o vocalista Alírio Netto subiu ao palco para cantar “Nothing to Say”, “Angels and Demons” e “Late Redemption” (esta última com trechos de “Heaven and Hell”, do Black Sabbath, ao lado de Kiko). Os momentos com Alírio foram certamente um dos destaques da noite, graças à sua poderosa interpretação e presença de palco.

Então chegou o instante mais aguardado da apresentação: Kiko anunciou a entrada de Marty Friedman. Juntos, tocaram “Hyper Doom”, e logo depois veio um momento divertido – Kiko brincou que Marty poderia ser preso se não executasse o solo de “Tornado of Souls”. Curiosamente, o guitarrista americano tocou apenas o solo, ao lado de Kiko, sem a música completa. Em seguida, os dois fizeram uma belíssima homenagem à música popular brasileira, interpretando as clássicas “Asa Branca”, de Luiz Gonzaga, e “Brasileirinho”, de Waldir Azevedo.

O show então se encaminhou para o final com a execução da dramática “Tearful Confession”, do álbum Drama (2024), seguida por uma releitura emocionante de “Rebirth”, com Alírio Netto de volta aos vocais, encerrando com “Enfermo”, faixa do primeiro álbum solo de Kiko Loureiro.


Texto: Eduardo Okubo Junior

Fotos: Roberto Sant'Anna

Edição/Revisão: Gabriel Arruda


Realização: Top Link Music


Kiko Loureiro – setlist:

Blindfolded

Reflective

Overflow

Killing Time (Megadeth, com Kiko cantando)

Pau-de-Arara

No Gravity

Carry On / Spread Your Fire / Nova Era / Morning Star / Evil Warning / Speed (Medley Angra)

Conquer or Die (Megadeth)

Dystopia (Megadeth, com Kiko cantando)

Jam (participação de jovens guitarristas)

Mindrise

Nothing to Say (Angra, com Alirio Netto)

Angels and Demons (Angra, com Alirio Netto)

Late Redemption (Angra) + Heaven and Hell (Black Sabbath) (Alirio Netto e Kiko Loureiro)

Hyperdoom (Marty Friedman)

Tornado of Souls (Megadeth, com Kiko Loureiro e Marty Friedman)

Medley: Asa Branca (Luiz Gonzaga) / Brasileirinho (Waldir Azevedo) (Kiko Loureiro e Marty Friedman)

Tearful Confession (Marty Friedman)

Rebirth (Angra) (com Alirio Netto, Kiko Loureiro e Marty Friedman)

Enfermo

domingo, 21 de agosto de 2016

Megadeth: A cobertura que quase não saiu (16/08/16 – Pepsi On Stage – Porto Alegre/RS)


Estranho começar uma cobertura de show com este título, não? Pois bem, infelizmente é verdade, e quase que o Road to Metal fica sem essa cobertura, e vou explicar a vocês nas linhas a seguir.

Antes de mais nada e que me interpretem errado, em termos de produção de show a Abstratti Produtora foi impecável, o que pesou e nos levou a temer se teríamos ou não a cobertura (isso já dentro da casa), foi a questão de acessibilidade do local.

Para quem não sabe eu (Renato Sanson) responsável por 90% das coberturas de shows do site sou cadeirante, porém em muitos casos nunca utilizei os locais devidamente marcados para pessoas com deficiência, e sempre fiquei na grade ou próxima a ela, porém nas vezes que quis utilizar os locais “apropriados” sempre tive um grande stress, e no show do Megadeth não foi diferente. O Pepsi On Stage em si é um ótimo local para se ver shows, tem banheiros adaptados, local para percorrer sem elevações, tudo que uma pessoa com deficiência precisa, porém desta vez não entendi a lógica do local marcado para pessoas com deficiência.

Sempre tive ótimos momentos no Pepsi, mas fiquei sem entender o porquê de tamanho descaso desta vez. O local apropriado colocado por eles (ou pela produtora, não sei quem teve tal ideia) era em uma das laterais da casa, que de fato não era longe do palco e seria bem agradável de ver o espetáculo dali se não fossem dois detalhes cruciais: 1°: o local era na frente da fila do bar, onde se concentra o maior número de pessoas possíveis na volta, não me entendam mal, mas aí vem o segundo detalhe, o local destinado não tinha altura suficiente para um cadeirante por exemplo ver o show dali. Conforme a fila do bar aumentava, as pessoas ficavam na frente e conforme o local enchia menos se via o palco, chegando ao ponto de a casa estar lotada e não conseguir se ver nada do espaço destinado, já que a altura que a casa ou produtora estabeleceu, não supria o que uma pessoa com deficiência necessitava para se ver o show.

Sendo assim, fui em busca de uma solução, pois estava ali a trabalho e não poderia deixar de ver o show, pois o que eu teria para escrever se não visse nada? Lembro de uma situação parecidíssima que ocorreu comigo quando fui fazer a cobertura do show do Kiss no Gigantinho em 2012, o local não supria as necessidades e tanto a produtora e a casa não achavam uma solução cabível, eis então que entrou em ação o corpo de bombeiros, que estavam no local e acharam um lugar para que eu pudesse ver o show e concluir o meu trabalho. E não é que no Megadeth aconteceu a mesma coisa? Pois é, depois de muita conversa, explicações nada se resolvia, e lá estava a brigada de incêndio, que incomodados com a situação resolveram ou melhor, tentaram achar uma solução cabível para mim poder ver o show e poder concluir meu trabalho novamente.

Eis então que eu estava ao lado direito do palco em cima das escadas próximo ao banheiro, em uma altura que sim, me proporcionava ver o palco, mas confesso que fiquei decepcionado com o local proposto originalmente, onde não se tinha uma segunda opção, é aquele e pronto. Mas e aí? O local não é apropriado, não tem como se ver nada dali, então o profissional ou cliente sai lesado e pronto? Lamentável. Lembrando que esses espaços em locais de entretenimento são obrigatórios e deveriam ser regidos corretamente, mas não tem o que se esperar de uma cidade em que 99% das casas de shows não se preocupam com isso, não é?


Voltando agora ao evento em si, pontualmente às 20h a banda gaúcha It’s All Red sobe ao palco para fazer as honras da noite, e confesso não sou um fã da banda e muito menos do estilo sonoro que fazem, mas é inegável que apresentaram um ótimo show dentro de sua proposta. A banda demonstra muita vitalidade e profissionalismo, tendo uma ótima oportunidade de mostrar seu som a várias pessoas que certamente não os conheciam. Destaco a performance precisa do baterista Renato Siqueira e a ótima versão de “Only” do Anthrax que agitou os presentes.

Após uma rápida mudança de palco era hora de receber o Megadeth, que desembarcava na capital gaúcha pela terceira vez. Porém desta vez tínhamos um atrativo a mais, além do novo álbum “Dystopia” tinha o renomado guitarrista brasileiro Kiko Loureiro (Angra). Onde muitos se perguntavam: “mas e ao vivo como o Megadeth vai soar com o Kiko?

Mesmo achando exagerado todo o falso patriotismo em volta da entrada do Kiko no Megadeth (pois temos diversos músicos brasileiros em grandes bandas mundo a fora, mas infelizmente ninguém dá o devido valor) eu tinha lá minhas dúvidas, não pela questão técnica, mas sim ao vivo, pois como já vi o Angra diversas vezes tinha aquela visão menos enérgica do mesmo.


Então era hora de ver o que teríamos com o brasileiro como novo guitarrista do Megadeth. Vale ressaltar o belo palco montado para essa tour, com diversos telões que mudavam a cada música, e já na abertura com “Hangar 18” temos uma explosão da massa com Dave Mustaine comandando e Kiko sendo muito ovacionado durante os solos.

Se faltava energia nos shows do Angra, no Megadeth Kiko quebrou a regra e agitou o tempo todo, tendo uma performance acima do esperado, e estando muito carismático. Já Dave Mustaine tem a sua clássica soberba e muitas vezes passa a impressão de não estar com vontade de tocar, sendo sempre marrento, mas um verdadeiro showman. Já Ellefson infelizmente estava com uma fratura na perna e não pode se movimentar tanto como estamos acostumados, mas mesmo assim não se poupou. E fechando o Megadeth o estreante Dirk Verbeuren (Soilwork), que não fez nada além do esperado, entregando o que as músicas precisavam em uma performance bem contida.

Seguindo o baile (que estava com som e luzes impecáveis) “Threat Is Real” do novo álbum é apresentada e mostra-se bem aceita com destaque ao trabalho preciso e coeso de Ellefson, mesmo que muitas vezes esquecido é com certeza um dos melhores baixistas do estilo.


Eis que ao final da música todos se retiram do palco e volta apenas Mustaine, onde foi bastante ovacionado e anuncia um de seus maiores clássicos “Tornado Of Souls” (“Rust In Peace” – 90), e aí amigo, a casa foi abaixo, e mostrou que Kiko já está imprimindo sua característica nos solos, onde tomou a frente do palco e fritou sua Ibanez sem dó.

Após mais uma do novo álbum “Poisonous Shadows”, era hora de arrancar lágrimas da velha guarda, e “Wake Up Dead” e “In My Darkest Hour” chegam uma emendada na outra e esquentando a casa ainda mais.

Dando ênfase ao seu novo disco (uma pena terem deixado de fora músicas dos álbuns dos anos 2000, pois ótimas composições foram criadas que cairiam muito bem ao vivo) tivemos o duo “Conquer or Die!” e “Fatal Ilusion” que mesmo sendo boas composições, esfriaram a galera, que só voltaram a se animar com o anuncio da ótima “She-Wolf” (“Cryptic Writings” – 97), onde as guitarras saltam aos ouvidos, e com Kiko esbanjando carisma junto a postura mais agressiva de Dave.

Eis então que Mustaine & cia preparavam o terreno para uma trinca arrasadora, a começar por “Dawn Patrol” onde Ellefson tomou o palco e imprimiu seu peso, abrindo as portas para a arrasadora “Poison Was The Cure” para em seguida a clássica “Sweating Bullets” entrar em cena e tomar o ar dos pulmões da plateia.


O ato a seguir do show seria um pouco mais ameno, muitos não gostam, mas são composições que caem muito bem ao vivo, e “A Tout Le Monde” e “Trust” fizeram os presentes cantarem juntos até o último verso, sendo um dos momentos mais marcantes do show.

Seguindo as divulgações do novo álbum “Post American World” e “Dystopia”, que novamente, mesmo sendo boas músicas não mexeram com o público, mas parece que o Megadeth tinha tudo calculado, e mesmo depois de ter dado uma amornada, o maior clássico da banda chega “Symphony of Destruction” e o coro “Megadeth, Megadeth i wanna Megadeth” se virilizou no Pepsi On Stage, levando a galera a histeria!

Mais uma saída de palco e Ellefson retorna sozinho e puxa a intro de “Peace Sells”, que ao seu final trouxe a palco o mascote Vic Rattlehead, pegando todos de surpresa, mas algo muito legal que deixou o show ainda mais especial.


O espetáculo se aproximava do final e não sabíamos se teríamos mais uma música ou se seria a “saidera” com “Holy Wars”. Porém Dave surpreende e retorna ao palco sozinho para ser ovacionado mais uma vez e anunciar o improvável, “The Mechanix” do Debut “Killing is My Business... And Business is Good!” (85), que foi tocada com uma ferocidade latente, estando ainda mais rápida que a versão original, onde fez muito marmanjo old school ir as lagrimas. Para quem não sabe “The Mechanix” é a primeira versão de “The Four Horsemen” do Metallica, faixa está escrita por Dave na época em que integrava o grupo.

E fechando o show de forma magistral a clássica e nunca cansativa “Holy Wars”, que veio para fechar com chave de ouro uma apresentação tecnicamente impecável dos americanos. Que tiveram uma performance um tanto “ensaiada” tudo funcionava como se fosse um reloginho, o que não é ruim, mas que fica meio engessado. Mas no mais, foi mais um grande show de Heavy Metal na capital gaúcha.

Cobertura por: Renato Sanson
Fotos: Diogo Nunes

Setlist - Megadeth:
01 Prince of Darkness (intro)
02 Hangar 18
03 The Threat is Real
04 Tornado of Souls
05 Poisonous Shadows
06 Wake Up Dead
07 In My Darkest Hour
08 Conquer or Die!
09 Fatal Ilusion
10 She-Wolf
11 Dawn Patrol
12 Poison Was The Cure
13 Sweating Bullets
14 A Tout Le Mond
15 Trust
16 Post American World
17 Dystopia
18 Symphony of Destruction
19 Peace Sells
20 The Mechanix
21 Holy Wars... The Punishment Due

domingo, 3 de julho de 2016

Megadeth: Retornando a Porto Alegre no mês de agosto (Realização: Abstratti Produtora)


Quase três se passaram desde a última vinda do Megadeth a POA. Já que na ocasião acompanhavam o Black Sabbath em sua turnê de volta com Ozzy Osbourne.

E como prometido pelo mestre Dave Mustaine a banda retornaria em breve ao solo gaúcho. Então a Abstratti Produtora tratou de anunciar a vinda dos americanos no dia 16/08/16 no Pepsi On Stage (local este em que a banda tocou pela 1° vez na capital gaúcha em 2010).

A turnê em questão é do álbum “Dystopia” que conta com o guitarrista brasileiro Kiko Loureiro, trazendo um Megadeth mais próximo as suas raízes, e pelo que podemos notar nos vídeos da tour, teremos um show inesquecível!

Mais detalhes sobre o show e onde adquirir o seu ingresso basta clicar no link a seguir:



Texto: Renato Sanson


terça-feira, 22 de dezembro de 2015

Murashita: Metal Extremo Técnico, Melódico e Criativo

 
Masaki Murashita já é um nome respeitado no underground, conhecido por seu criativo e poderoso metal extremo com a banda Hemoptysis, Masaki investe na carreira solo, ou pelo menos em uma banda que leva seu nome, trazendo um time de pesos pesados ao seu lado nas 5 faixas do EP de estreia,  "Inescapable Damnation". Olha só: David Ellefson (Megadeth), Kevin Talley (Asfix, Six Feet Under, Chimaira), Kelly Conlon (Death, Mostrosity) e Rodney McGlothlin (Voice of Dissident).

A mixagem, excelente, como toda a produção do EP, ficou com Ryan Greene, conhecido por trabalhos ao lado do Megadeth, NOFX e outros nomes relevantes.

A capacidade de Masaki é inquestionável e seu trabalho merece alcançar um público maior, com sua técnica e maestria em criar músicas fortes, marcantes e criativas, em uma sonoridade agressiva, porém técnica e melódica.

Transitando magistralmente pelo Metal Extremo, entenda por Death Metal, Melodic Death e Thrash, além de nuances do Metal tradicional (como referência podemos citar bandas que dosam muito bem o Metal Extremo e melodias, como Children of Bodom e Arch Enemy), aliando técnica e melodia, Masaki nos oferece 5 faixas de alto nível, deixando a expectativa de como ele vai sair em um álbum completo, pois se manter a dinâmica e qualidade imposta no  EP, irá certamente estar pronto para atingir um patamar alto.

A produção é excelente, tudo soa pesado e limpo ao mesmo tempo, e podemos ver todo o cuidado nos detalhes, na produção e execução das canções até a incrível ilustração da capa.


Difícil escolher destaque dentre as ótimas 5 faixas, mas os dois primeiros petardos estão, talvez, um pouco acima dos outros, "Retribution", escolhida para o lyric vídeo, traz guitarras Heavy Metal Tradicional, pesadas e melodiosas, grandes melodias e variações, incluindo trechos de alta velocidade, quase grindcore, mas todos os instrumentos de soam limpos, sem perder o poder que o Metal precisa; "Inescapable Damnation", que me lembrou o Arch Enemy, especialmente dos primeiros CDs, principalmente por linhas vocais e melodias na guitarra, e aqui destacando a marca e timbre de David Ellefson no baixo.

Uma ótima estreia solo de Masaki Murashita, trazendo ao seu lado uma banda de qualidade alta, cozinha pesada e técnica, destacando o poder de Talley nas baquetas. Metal Extremo, criativo, técnico, com agressividade e melodias muito bem dosadas. Ainda não conferiu? Não perca mais tempo, você precisa ouvir estes caras! 

Texto: Carlos Garcia
Fotos: Divulgação



Masaki Murashita – Guitars & Vocals
Kelly Conlon – Bass
Kevin Talley – Drums
Musicians and guests on each track:
“Retribution” -  Masaki Murashita: Vocals, Guitars;  Kelly Conlon: Bass;  Kevin Talley: Drums
 "This Show Must Go On", "Death or Glory”, "Conquer The Foe" -  Masaki Murashita: Vocals, Guitars;  Rodney McGlothlin: Bass; Kevin Talley: Drums
 “Inescapable Damnation” -  Masaki Murashita: Vocals, Guitars; David Ellefson: Bass; Kevin Talley: Drums

Tracklist:
  1. Retribution
  2. Inescapable Damnation
  3. Death or Glory
  4. Conquer the Foe
  5. This Show Must Go On



Acesse e saiba mais:

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Resenha de Show: 09/10/2013, O Dia em Que o Black Sabbath Retornou



E a espera enfim terminou, passados 21 anos desde sua ultima passagem por Porto Alegre/RS, eis que o Black Sabbath retorna, desta vez com sua formação "quase" original.

Se na primeira passagem a banda contava com o eterno Dio nos vocais, desta vez quem aportou em terras gaúchas foi seu vocalista original, nada mais nada menos que o Madman, Ozzy Osbourne.

Para a festa ser completa, tivemos ainda os norte-americanos do Megadeth e os gaúchos da Hibria fazendo a abertura.

O local escolhido para o show foi a FIERGS, um local de difícil acesso, onde todos dependiam do transporte público da nossa "querida" Porto Alegre. E é este ponto que quero abordar antes dos relatos históricos dos shows, um transporte público precário e cada vez mais decadente, fazendo muitos bangers chegarem depois dos shows do Hibria e Megadeth.

Público já era bem expressivo, enfrentando o sol para garantir um lugar cedo
Passado a adversidade do transporte, era hora de adentrar os portões do inferno e esperar pelos "Pais" do Heavy Metal. E para aquecer o público os gaúchos da Hibria entram em cena e mostram o porque serem uma das melhores bandas do país, fazendo um show curto, porem enérgico e certeiro, com a maior parte do repertório baseado em seu ultimo álbum "Silent Revenge".

E faixas como: "Silent Revenge", "Silence Will Make You Suffer" e "Tiger Punch" animaram os presentes, e vale destacar a presença de palco e feeling de todos os integrantes, não poupando esforços, em um show cheio de energia. Com certeza muitos que não conheciam a banda ficaram impressionados, com o grupo ganhando novos fãs, inclusive ouvimos vários comentários a respeito. Saldo positivo para os gaúchos.

Hibria: Impressionando e angariando novos fãs
Não demora muito para o Megadeth fazer sua segunda apresentação em solo gaúcho, e enquanto "Prince Of Darkness" era executada, no telão ao fundo era anunciado a banda, e após a trupe de Mustaine subir no palco sendo ovacionados pelos mais 30 mil presentes, "Hangar 18" abri caminho para uma enxurrada de clássicos, seguida de "Wake Up Dead" e "In My Darkest Hour".

As imagens nos telões durante o show deram um molho especial
 A produção de palco era impressionante, com um telão no meio e dois laterais no palco onde as imagens alternavam a cada música, o mesmo não podia se dizer do som, soou um pouco embolado e com a guitarra de Mustaine muito baixa, mas que aos poucos foi sendo corrigido.


Sem falar muito com o público, Dave Mustaine inicia os riffs "She-Wolf", "Sweating Bullets" e a unica do novo álbum "Kingmaker". Apesar de estar fazendo um set reduzido o Megadeth mostra porque são um dos pilares do Thrash Metal mundial, e para parte final do show nada melhor que "Tornado of Souls", "Symphony of Destruction", "Peace Sells" e seu maior clássico "Holy Wars... The Punishment Due".

Mustaine e banda foram ovacionados, o líder mostrou estar em grande forma
Um pouco mais de 50 minutos, o Megadeth sai ovacionado do palco, um show empolgante e mostrando que ainda tem muita lenha pra queimar. Então os nervos ficam a flor da pele, pois em instantes teríamos o Black Sabbath em cena, mas um pouco antes de iniciar, já era notório pequenos problemas.



Enquanto organizavam o palco a produção estava com certos problemas na cortina que cobriria o palco, que daria o clima para abertura, porem um erro de calculo houve, pois a cortina não chegava por inteiro ao palco, e também estávamos em um local aberto, e ventava bastante.

Enquanto Ozzy instigava os presentes com o coro "oô oô ô", eis que as sirenes tradicionais tocam, e o Black Sabbath surge (detalhe, sem a abertura clássica, a cortina não desceu e 10 minutos antes do previsto a banda subiu ao palco), e "War Pigs" fez a FIERGS estremecer com todos cantando em uníssono.


E ali estávamos presenciando os criadores do estilo em qual amamos e vivemos, Tony Iommi dispensa qualquer comentário, mestre dos riffs, em ótima forma, tocando muito, e com um peso absurdo que saia de sua guitarra, ao seu lado, o Madman, apesar de todas as sequelas, continua carismático, e basta abrir a boca e sua voz característica ecoa e deixa todos emocionados (enquanto tiver monitor para ler as letras Ozzy continuará mandando bem rsrsrs), a direita do "comedor de morcegos" o trovão Geezer Butler, que não tocava seu baixo, o esmurrava e fazia as notas mais graves saírem cortando os tímpanos, e atrás das lendas, o substituto de Bill Ward, Tommy Clufetos, que deu um show, mostrando muito feeling e sendo fiel as composições.

O Mad Man, a frente do Sabbath pela primeira vez no Brasil
"Into The Void", "Under The Sun/Every Day Comes And Goes" e "Snowblind" deram continuidade a missa negra, com a banda mostrando muito feeling em cima do palco até este momento.

Algo que vale ressaltar, e que acabou sendo uma falta de respeito para os fãs, na minha opinião claro. Além do telão de fundo que tinha na produção de palco do Black Sabbath, também tinha dois telões laterais, e como já não é mais novidade, os shows grandes de hoje em dia são divididos em "Pista Vip" e "Pista Comum", e com dois telões laterais, facilitaria a visão do pessoal da pista comum, porém em nenhum momento esses telões foram ligados, ai fica a pergunta: Falha da produção ou teria um motivo especifico em não ligá-los, sendo que ambos fazem parte da produção do palco?


Ozzy, apesar de algumas dificuldades motoras, o carisma continua intacto
Tirando os pesares, o show seguiu, mas por incrível que pareça, foi esfriando aos poucos, não por parte da banda, que estava esbanjando energia, mas sim por parte do público (cansaço?Ou quem sabe a falta de alguns clássicos obrigatórios), pois enquanto "Age of Reason", "Black Sabbath" e "Behind the Wall of Sleep" ecoavam para destruir almas, a massa de mais de 30 mil pessoas estava morna, sem aquela reação esperada, que os mestres mereciam.

Os graves emanados pelo baixo de Geezer eram como socos no peito!
A coisa voltou a esquentar quando o clássico "NIB" foi tocado, e o que dizer do baixo desta música? Bastou os primeiros acordes para o público enlouquecer. Geezer é realmente mestre. Em seguida tivemos a faixa que abre o disco "13", "End of the Beginning" tendo uma boa recepção e mostrando que mesmo passados mais de 40 anos, a banda ainda consegue ser relevante com suas novas composições.

Tommy descendo o braço sem dó!
"Fairies Wear Boots", "Rat Salad" (seguida de um belo solo de bateria de Clufetos) e "Iron Man" seguiram o baile (o Headbanger Ball! Melhor dizendo) em um dos melhores momentos do show, o que dizer do riff de "Iron Man"? Simplesmente perfeito, realmente a banda estava coesa, e poderosa.

Iommi foi o nome mais festejado da noite. O criador da guitarra Heavy Metal.
"God Is Dead?" do também "13" da as caras, com boa recepção do público, o mesmo não podemos dizer do clássico "Dirty Women", que teve pouca interação dos presentes.

Antes de fechar o espetáculo um dos riffs mais poderosos do Heavy Metal ecoa nos PA's, era o mestre Iommi detonando em "Children Of The Grave", que peso absurdo e que riff sensacional, deixando o público eufórico.


Após o "final fake" a banda retorna ao palco e executa o seu maior clássico, "Paranoid", e daí sim posso dizer que o público respondeu a altura da banda, uma pena que somente na última música resolveram acordar, pois com um set desses recheado de clássicos, era para ter sido um verdadeiro "Boom" entre os presentes.

Um show épico, mesmo com a idade avançada dos integrantes, o Black Sabbath fez jus a sua história e ao seu nome, um show irretocável, que com certeza ficará na história do Rio Grande do Sul.


Como falado anteriormente aos problemas que antecederam o show e durante ele, não poderia deixar de mencionar a saída. Com apenas um portão de entrada e saída, foi realmente complicada a hora da multidão deixar o local, pois em um show deste tamanho, fica complicado apenas uma saída, ainda mais quando temos mais de 30 mil pessoas. Foi engraçado ver a galera comemorar quando conseguia, finalmente, chegar até a rua !
Fim do show. Banda e público com certeza saíram felizes
Fica ai os pesares para produção e nosso agradecimento a prefeitura de Porto Alegre, que não disponibilizou ônibus, o tal ponto de táxi anunciado até nos jornais não existiu, e nem trem depois do horário para o pessoal poder ir embora, claro pra que fazer isso, eram somente 30 mil pessoas na rua em um evento sem importância. Sorte que o público Headbanger mostrou mais uma vez que é esclarecido e educado, não causando incidentes.Parabéns a toda nação Banger!


Cobertura por: Renato Sanson
Extras: Carlos Garcia
Revisão:Carlos Garcia
Fotos: Diogo Nunes/Everton Arruda/J. Volmar/Carlos
Fotos da Brenda e Ozzy com cara de "Wow!":Arquivo pessoal da própria
Agradecimentos: T4F

Extras/Curiosidades: O outro lado, que às vezes passa despercebido!

- Sold Out!: 30.000 pessoas foi o público estimado! Ainda na véspera foi possível adquirir ingressos, mas no fim do mesmo dia, esgotaram-se, e preços, que iam de 250,00 na pista normal (3º lote) até os 780,00 do full pack, que foi a última opção que restou para quem decidiu ir de última hora (depois, só no mercado cambista).

- Enfrentando o Sol: Para garantir um bom lugar, um bom público já estava cedo no local, e enfrentando um sol forte, foi preciso criatividade! Além de protetor solar, podíamos ver gente com guarda-chuvas, guarda-sóis, chapéus, bandeiras (os vendedores de bandeiras se deram bem!), jornais e qualquer cantinho com sombra servia para se proteger! Em dia de show do Sabbath, o sol estava quente como o inferno!!!

- Bolsa de Valores: Claro, depois de esgotados, o comércio de ingressos na mão dos cambistas estava forte. Era possível ver dentre as dezenas de vendedores de camisetas, bandeiras, bebidas, os "comerciantes" aos gritos de "Compro ingresso! Vendo ingresso", uma verdadeira "Bolsa de Valores"!

- Filho de Peixe: Discreto como os teclados sempre foram na história do Sabbath, mas sempre colaborando para dar aquele clima soturno, quem acompanha a banda na tour é ADAM WAKEMAN, filho do lendário Rick Wakeman (Yes), que gravou o "Sabbath Bloody Sabbath". Adam também vem acompanhando Ozzy desde 2004;

Adam, nascido em 74, é filho da lenda Rick Wakeman

- Pontualidade Britânica: O Sabbath fez jus a velha máxima, e nesse quesito, parabéns a todos os envolvidos, os shows começaram nos horários anunciados, inclusive o Sabbath entrando até antes. Profissionalismo e respeito ao público!

- Um "pézinho" no Brasil (ou a ponta dos dedos!): Tony Iommi, filho de imigrantes italianos, conta em sua biografia que seu pai nasceu no Brasil, e acredita que sua avó era brasileira. Dois motivos para o mestre dos riffs ter um carinho extra pelo nosso país.

- Nação Banger: Companheirismo, reencontros e oportunidade de fazer novos amigos que compartilham da mesma paixão, ou seja, o Metal. Dentre os 30 mil bangers (que invadiram hotéis, rodoviária, aeroporto e bares de POA) podíamos visualizar famílias inteiras, pais, mães e filhos juntos para conferir o Black Sabbath, afinal, o que é bom passa de geração para geração. Vale ressaltar a presença feminina, bem expressiva, com belas Bangers a caráter! Nada dessa história que show de Metal só vai homem!

Bangers de toda parte do RS e também de outros estados estavam presentes, numa mistura de sotaques que rendeu boas conversas! Um verdadeiro intercâmbio cultural. Era possível encontrar fãs que vieram do Paraná, Santa Catarina, Mato Grosso e até um casal de baianos trocou alianças no local!

Everton Arruda (a direita) e Cléber (ao centro), viajaram de Mato Grosso para reencontrar os amigos , como Fabiano (sem camisa) e, segundo Everton: "Ver o show das nossas vidas".
- Ops! "Errêmo": No final, foi irrelevante, mas algumas falhas ocorreram, como os telões, que teimava em não funcionar, sendo que os maiores das laterais não foram ligados; A cortina, que ficou um pouco longe demais e mais o vento para colaborar, acabou não sendo usada, aí a abertura do show do Sabbath foi sem maiores cerimônias, com os músicos entrando direto e mandando ver! Sem falar no problema de ter somente uma saída e os transportes, que foram insuficientes, e o pessoal penou pra ir pra casa, com os ônibus parecendo latas de sardinha!! Mais linhas, horários e pontos de táxi especiais? Nada!

-UP the Metal Girls!! Quando o Público Esqueceu o Show:
Parte I -  BRENDA: Durante o show do Megadeth, uma fã fez topless e exibiu um cartaz direcionado ao guitarrista Chris Broderick. Por alguns minutos, a galera esqueceu do palco para conferir os dotes da bela ruiva. Durante o show do Sabbath, a Headbanger ruiva repetiu a dose! Yeah! Up the Metal Girls!!


A Headbanger, chama-se Brenda Dall'Agnol, e para quem, por uma acaso comente que ele estivesse exaltada por causa de bebida ou o que fosse, NÃO! Foi simplesmente atitude e pensamento próprio.Nada demais! Falamos com a Brenda, que comentou: "Esperei a minha vida inteira por esse show, não fiz nada para os outros, fiz por mim, para colaborar com a minha história pessoal. Há muita gente criticando, as mesmas que gritam por liberdade de expressão estão reprovando um ato de liberdade! 

Tive o contato visual com o Ozzy, era esse meu objetivo, e eu o concluí. E não me importo que não gostem, ninguém nem mesmo o Ozzy precisaria gostar, EU gostei, fiz por mim, para mim somente! E a expressão de "curtindo o show level 247" está estampada no meu rosto! Entrei para a minha história, não somente para história do grupo, principalmente para a minha história e acho que poucos conseguem isso.”

Brenda:"Fiz pra mim e por mim, tenho que mostrar enquanto estiverem no lugar, assim como a minha cabeça e minha opinião ."
Parte II - A "Roadie": Uma "roadie", a única que estava na equipe de apoio, cada vez que subia ao palco, era recebida com entusiasmo pelo público, em sua maioria masculino. Quando ela se inclinou então, mostrando boa forma, os pedidos de bis foram incessantes! Mas ela manteve a concentração, de quem já deve ter enfrentado muito isso.

Segundo as fontes, momento exato em que Ozzy avista Brenda! Hehehe
- Inflação!!!: Sempre complicados os preços praticados nos shows! A garrafinha de água chegou a valer R$ 10,00, assim como a cerveja. Pode isso Arnaldo!!!???

- Vendedores Contorcionistas: E mais o contorcionismo dos vendedores, que teimavam e passar pelo meio da galera nas piores horas! Serviu também para distrair o público, que brincava imitando os vendedores, gritando coisas como "Olha a maçã do amor! Olha o amendoim!" e fazia pedidos inusitados como achocolatado, coxinha e salada de frutas! Heheheeh!

Telões deram trabalho, e os das laterais, acabaram não sendo ligados
- Mão de Alface: Um banger ficou chorando as mágoas até hoje, pois Mustaine atirou uma das munhequeiras nas suas mãos, mas como um goleiro de time de segundona, deixou cair, e um segurança recolheu, devolvendo para o músico, que jogou novamente e outro sortudo foi agraciado;

- Nada de Bandeiras!: Após algumas experiências mal sucedidas com bandeiras, Ozzy não arriscou e não pegou nada que parecesse com uma bandeira! Morcego escaldado...

- Estatísticas Inúteis e não Comprovadas:
 * 93% do público vestia preto, sendo que 72,5% usava camiseta do Black Sabbath;
 * 21% das camisetas da tour foram compradas no local, mais de 11% encolheram após a primeira lavada!;
* Foram consumidos 53 mil litros de cerveja, 39 mil litros de água, 12 mil litros de refri, 9 mil sanduíches, 2,3 mil pacotes de bolacha, 300 pacotes de amendoim, 9 mil chicletes, 1 acarajé e 675 baseados;
* Foram deixados no achados e perdidos 19 guarda-chuvas, uma pochete, 38 braceletes, 3 cintos de bala e uma camiseta do Justin Bieber;
* Foram esmagados 12 mil dedões do pé, 3.700 formigas, 840 besouros e 109 mariposas;
* Os xingamentos mais ouvidos foram: "Emo!" e "Poser!";
* O saldo final após a rodinhas no show do Megadeth foi de 6.700 dedões esmagados, 2.840 cotoveladas, 1.240 dedo-no-olho e 239 reclamações de "mão boba!";
* 24 gremistas levaram radinho de pilha para acompanhar GrêmioxCriciúma; 13 colorados também, para dar aquela secada, afinal, é um direito de ambas as torcidas do RS!