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domingo, 9 de dezembro de 2018

Soulfly: Fôlego Novo e de Volta ao Jogo!



Há pouco tempo atrás, Max Cavalera e o produtor Josh Wilbur anunciavam um álbum nos moldes do Tribal Thrash do primeiro  trabalho do Soulfly, lançado em 1998. A belíssima gravura da capa (novamente a cargo de Eliran Kantor, que fez a capa do "Archangel") e o título, "Ritual", sugerem os predicados anunciados, abrindo a expectativa pelo que Max mostrou de melhor aos ouvidos dos fãs.

Se no trabalho anterior, "Archangel" (2015), o Soulfly voltava a mostrar um trabalho consistente e que chamou novamente a atenção de muitos, me incluo aí, que haviam perdido um pouco de interesse no trabalho de Max e seu Soulfly, "Ritual" consolida esse "renascimento", salvando a banda de se tornar apenas um trabalho paralelo, com aquela sonoridade "genérica" comum, dentre tantas outras bandas desse Thrash mais atual.


Os elementos prometidos dão as caras na abertura, com "Ritual", Thrash carregado de groove e com cânticos tribais, remetendo aos tempos de Max no Sepultura fase "Roots" e aos primórdios do Soulfly. Riffs e refrão marcantes, solos furiosos de Rizzo, mais a pegada da cozinha formada por Zyon Cavalera e Mike Leon fazem com que a abertura seja um ótimo prenúncio do que vem pela frente.

Felizmente, o álbum não fica só na primeira impressão, e mesmo que os prometidos elementos tribais não estejam tão presentes no restante do álbum, temos um ótimo apanhado de Thrash/Death que alterna doses de groove, peso, fúria e técnica, aliados a grandes refrãos. Peso e técnica que encontramos em "Dead Behind the Eyes", destacando a destreza e doses de melodia na guitarra de Marc Rizzo, além de alguns elementos tribais mais tímidos.

O álbum empolga, e arrisco dizer que é o melhor da banda em muito tempo. Para o fã do trabalho de Max Cavalera, realmente é um álbum para comemorar, acredito que um dos principais ícones do Metal brasileiro novamente se mostra focado e criativo. 

Dentre o nível elevado das faixas, cito também como destaques a excelente "Demonized", que inicia com guitarras acústicas, para em seguida se transformar em um turbilhão de peso, agressividade e técnica, destacando novamente o trabalho de Zyon na bateria; "Blood on the Streets", onde alguns elementos diferentes surgem, trazendo um pouco mais das nuances tribais na percussão, além de flautas na intro.


Destaque ainda para "Bite the Bulett", ao lado da faixa título dividindo o título de melhor momento do álbum. Groove, peso e doses de criatividade em uma faixa empolgante. E fechando o disco, a instrumental "Soulfly XI", bem surpreendente, com elementos acústicos e saxofone. Calmaria após a tempestade. 

"Ritual" representa o retorno definitivo de Max e do Soulfly ao jogo, remetendo novamente àquela sonoridade característica, continuidade do que Max tinha em mente desde "Roots" (com o Sepultura) e com seu álbum de estreia do Soulfly. Sendo direto, um grande álbum de Thrash/Groove Metal contemporâneo. Max rules again!

Texto: Carlos Garcia
Fotos: Divulgação

Ficha Técnica:
Banda: Soulfly
Álbum: "Ritual" 2018
Estilo: Thrash/Death/Groove Metal
Produção: Josh Wilbur
Arte de Capa: Eliran Kantor
Selo: Nuclear Blast/Shinigami Records


Line-Up:
Max Cavalera: Guitarra e Vocais
Zyon Cavalera: Bateria
Marc Rizzo: Guitarras
Mike Leon: Baixo

Tracklist:
1. Ritual
2. Dead Behind The Eyes
3. The Summoning
4. Evil Empowered
5. Under Rapture
6. Demonized
7. Blood On The Street
8. Bite The Bullet
9. Feedback!
10. Soulfly XI


           

           

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Resenha de Show: Soulfly - Épico & Inesquecível (Porto Alegre/RS)


Então o grande dia chegou! 28/08/2013, o dia que o Soulfly desembarcou pela primeira vez na capital gaúcha, um show esperado por muitos anos, sem contar que seria a volta do mestre Max Cavalera (vocal e guitarra) a Porto Alegre/RS (sua ultima passagem pela capital foi nos anos 90, ainda com o Sepultura tocando ao lado de Ramones e Raimundos).

Para esse que vós escreve não seria apenas mais um show, mas sim um sonho realizado, pois acompanho a carreira de Max desde os meus 12 anos, e sempre sonhei em vê-lo ao vivo, seja com o Sepultura ou com o Soulfly, e ter essa oportunidade seria um momento mágico, que realmente se concretizou em um show inesquecível.

Por volta das 21h as portas do Bar Opinião se abrem, ainda não tínhamos um grande público, mas que aumentava aos poucos. Devido a votação feita pela Pisca Produtora para ver quem o público escolheria para fazer a abertura do show, os escolhidos foram os thrashers da Distraught, que vem em plena divulgação de seu mais recente álbum, o poderoso "The Human Negligence Is Repugnant" (leia a resenha aqui).

Distraught fez jus ao ser escolhida pelo público como banda de abertura

Após um certo atraso eis que a Distraught invade o palco e logo de cara despeja "Bordeline", faixa de seu mais recente trabalho, e que mostra grande aceitação do público, com muitos presentes cantando a mesma. A interação do vocalista André Meyer com os presentes é sempre algo de se destacar, com uma presença de palco marcante e forte, o show seguiu com "The Human Negligence Is Repugnant", "Justice Done By Betrayers" e a arrasa quarteirão "Insane Corporation" (todas de seu mais recente álbum), onde Andre dividiu a galera pra fazer o clássico Wall of Death.

Realmente a banda está em um momento muito bom, os músicos dotados de muita técnica, além de ter uma energia absurda no palco. O show ainda teve "Reflection of Clarity" e para fechar "Hellucinations" (ambas do álbum "Unnatural Display Of Art" de 2009), uma apresentação curta, mas eficiente, onde deixou os presentes satisfeitos com mais um grande show dessa banda que ganha cada vez mais seu espaço na cena nacional.

Primeira vez do Soulfly em terras gaúchas

Após uma rápida troca de palco, era notável a ansiedade dos presentes, sendo que a casa já estava bem cheia, e eis que o mestre de cerimônias da noite Pisca entra em palco para anunciar o Soulfly, e após uma contagem regressiva comanda por Pisca, Max e sua trupe adentram o palco do Opinião, deixando os presentes eufóricos, não pude conter a emoção de ver tão de perto o meu maior ídolo da cena nacional, e após Max agradecer a todos os presentes, o show inicia de forma arrasadora e "Plata o Plomo" (que pertence a seu último álbum "Enslaved" de 2012), fazendo o Opinião explodir, e com sua maestria como frontman, fez todos cantarem do começo ao fim.

Dando sequência a destruição "Prophecy" (do álbum homônimo de 2004) e "Back To The Primitive", com todas sendo cantadas em uníssono pelos bangers, e com Max comandando a massa, e sempre incentivando ao "Circle Pit", e interagindo muito com o público.

Em seguida tivemos "No Hope = No Fear" (que pertence ao primeiro álbum), com todos pulando e agitando, transformando o Opinião em um verdadeiro caldeirão, e posso dizer que nesta música foi o momento mais especial e inesperado do show para mim e quem estava ao meu lado conseguia ver a minha empolgação e felicidade de estar ali, e ao final de "No Hope = No Fear" Max parou e deu uma olhada para platéia, como se procura-se alguém, e ele olhou direto na minha direção, apontou e veio entregar na minha mão a palheta que estava usando, agora você imagine, um fã que acompanha o trabalho de seu ídolo desde criança receber tamanho presente, ali foi difícil conter as lagrimas.

Não faltaram clássicos da maior banda de Metal brasileira de todos os tempos: Sepultura!

Um ponto que vale destacar é a banda que acompanha Max, é obvio que a lenda do Metal nacional não tem mais aquela presença de palco dos tempos do Sepultura, mas também nem é preciso, pois além de seu carisma e interação constante com os bangers, o baixista Tony Campos e o guitarrista Marc Rizzo são verdadeiras máquinas de headbanging, ambos tem presença de palco animalesca, além de ficarem batendo cabeça praticamente o show inteiro.

E ao contrário do que todos imaginavam, o filho de Max, Zyon, não estava nas baquetas na tour sul-americana, então o escolhido para o posto foi o experiente Kanky Lora, que não decepcionou, sentou a mão no seu pequeno kit e demonstrou muita energia e técnica.



Tivemos também "Seek 'N' Strike" com a galera pulando do começo ao fim, onde Max largou a guitarra e ficou instigando os bangers na beira do palco, ganhando o público cada vez mais. Então, segundo Max, era hora de mais uma faixa para se "quebrar" e "I And I" (do álbum Dark Ages" de 2005) foi anunciada e aí a roda pegou fogo, realmente os bangers não pouparam esforços e fizeram o tio Max sorrir ao olhar para aquela destruição em nome de sua música.

A grande maioria que estava ali (me incluo neles) estavam ansiosos pelos clássicos do Sepultura, e não demora para Max anunciar um dos maiores clássicos da banda "Refuse/Resist", fico até sem palavras para descrever a emoção, o Opinião veio abaixo, com todos cantando do começo ao fim e sem tempo para respirar outro clássico do álbum "Chaos AD" veio a tona e era vez de "Territory", onde todos bateram cabeça incansavelmente, e ouvir os clássicos do Sepultura na voz de Max é algo único.


Uma das surpresas da noite foi com certeza a execução de "Wasting Away" do primeiro e único álbum do projeto Nailbomb de Max e Alex Newport que foi lançado em 1994, e ai, meu amigo, o Circle Pit ficou insano, realmente os headbangers estavam sedentos por este show, e muitos não estavam acreditando que este som estava sendo executado, certamente inesquecível.

Após esta destruição sonora, Max anuncia "Under Porto Alegre grey sky..." e todos se preparavam para o momento que "Arise" invadisse as caixas do Opinião, tocada com extrema maestria e violência, numa versão mais rápida, deixando-a ainda mais brutal, alem de ter sido emendada com outro clássico "Dead Embryonic Cells", onde gerou euforia geral nos presentes, seja nas rodas ou na bateção de cabeça descontrolada.

Para manter o pique "Frontlines" (também do álbum "Dark Ages"), que mostra que a galera aceita muito bem os trabalhos de Max pós Sepultura, mas como a noite ainda não tinha acabado, mais um clássico de sua antiga banda aporta e "Propaganda" vem para tirar o fôlego, ainda mais que ao final um trecho de "Walk" do Pantera foi executado, para deixar todos sem palavras.



Um dos momentos mais especiais do show, certamente foi quando Max anunciou que tocaria uma faixa nova do próximo disco "Savages", e disse que a música ainda não tinha sido executado lá fora, somente na tour sul-americana, e chamou ao palco seu enteado (no qual considera filho) Ritchie Cavalera para dividir os vocais, e "Bloodshed" foi tocada, mostrando que o próximo trabalho do Soulfly será uma verdadeira violência, pois agradou e muito os presentes, onde Max fez todos cantarem seu refrão grudento e forte. Vale destacar a presença de palco de Ritchie e seu vocal poderoso, com certeza irá trazer muitas alegrias para o Metal.


Após o som novo, Max anuncia que a próxima música é dedicada ao produtor Pisca (que cuidou da tour brasileira da banda) e "Roots Bloody Roots" vem para incendiar de vez, com todos pulando e cantando seu refrão, e sem tempo de respirar mais um clássico é despejado e "Attitude" vem para quebrar tudo de vez.

Ao seu final Max avisa se quiséssemos mais teríamos que fazer barulho, e após saírem do palco os gritos de "Soulfly, Soulfly..." continuaram até retornarem, para fechar a apresentação com "Jumpdafuckup" e "Eye for an Eye", que ao final ainda teve um trecho de "The Trooper" do Iron Maiden, mas sem Max no palco.

Não tenho palavras para descrever a emoção que tive, um show épico e inesquecível, certamente ficará na cabeça dos bangers por muito tempo.


Antes de finalizar gostaria de agradecer ao Pisca pelo convite de ver o show, e pela confiança depositada no Road to Metal e também agradecer o amigo e parceiro Hugo Guaraná do blog Guarana Metal (http://guaranametal.blogspot.com.br) por ter nos cedido as fotos para publicação na matéria.


Texto e edição: Renato Sanson
Revisão: Eduardo Cadore


Set list:
01 Plata o Plomo 
02 Prophecy 
03 Back to the Primitive 
04 No Hope = No Fear 
05 Seek 'N' Strike 
06 I and I 
07 Refuse/Resist (Sepultura) 
08 Territory (Sepultura) 
09 Blood Fire War Hate 
10 Wasting Away (Nailbomb) 
11 Arise/Dead Embryonic Cells (Sepultura) 
12 Frontlines 
13 Propaganda (Sepultura)/Walk (Pantera) 
14 Rise of the Fallen 
15 Bloodshed (new song feat. Ritchie Cavalera)  
16 Roots Bloody Roots (Sepultura) 
17 Attitude (Sepultura) 
18 Jumpdafuckup
19 Eye for an Eye/The Trooper (Iron Maiden) 

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Soulfly Pela 1° Vez em Porto Alegre/RS (Produção: Pisca Produtora)


Eis que a lenda Max Cavalera desembarca mais uma vez em Porto Alegre/RS, desta vez com o Soulfly, onde se apresentam pela primeira vez. Certamente um dos shows mais aguardados pelos bangers gaúchos e graças a Pisca Produtora, teremos a chance de ver uma das maiores bandas de Metal dos últimos tempos.

Capitaneada por Max Cavalera (ex-Sepultura), o Soulfly desembarca na capital gaúcha no dia 28/08 para divulgar seu novo álbum "Savages" (que ainda não foi lançado), o show será no Opinião e terá inicio as 21:00.


Alem de Max (guitarra/vocal), a banda conta com seu filho Zyon Cavalera (bateria), Tony Campos (baixo, ex-Ministry) e o guitarrista Marc Rizzo (ex-Ill Niño e Cavalera Conspiracy). Como todos sabem, os shows do Soulfly tem seu repertório divido por músicas do Sepultura, então o que podemos esperar é uma enxurrada de clássicos da maior banda de Metal da história do Brasil, aliado as músicas fortes e consistentes do Soulfly, que vem cada vez mais agressivo e poderoso, onde misturam o Thrash, New Metal, World Music e ritmos brasileiros.

Um show imperdível, que certamente ficará na história da capital, se eu fosse você não perderia tempo e corria logo atrás do seu ingresso, pois o 1° lote já esgotou!


Vale lembrar que esta rolando uma enquete para escolher a banda de abertura para o show do Soulfly, para votar na banda de sua preferência basta entrar na página do evento aqui: https://www.facebook.com/events/310818782388716/?fref=ts



Informações sobre o show:

Pisca Produtora & Opinião Produtora Apresentam:


SOULFLY


Dia: 28 de Agosto, quarta-feira.
Local: Opinião - Rua José do Patrocínio, 834 - Cidade Baixa.
Cidade: Porto Alegre (RS).

Abertura das portas: 21:00.

DJ: Maicon Leite (Roadie Crew, Hell Divine)

Ingressos:
1° lote – R$ 60,00 - Esgotado.
2° Lote - R$ 70,00.
3° Lote - R$ 80,00.
4° lote – R$ 90,00.

Vendas Online: www.opiniaoingressos.com.br


Pontos de venda:

- Multisom - (Shopping Iguatemi, Praia de Belas, Barrashoppingsul, Moinhos, Total, Bourbon Ipiranga, Bourbon Wallig e Andradas, 1001). 

- Multisom “Grande Poa” - (Shopping Canoas, Bourbon Novo Hamburgo e Bourbon São Leopoldo).

- A Place (Voluntários da Pátria, 294 - loja 150 – Centro). Fone: (51) 3213-8150.

- Zeppelin (Marechal Floriano, 185 - loja 209. Galeria luza – Centro). Fone: (51) 3224-0668.


Página do evento no facebook
Soulfly em Porto Alegre/RS
https://www.facebook.com/events/310818782388716/?context=create#

Página oficial da tour no facebook:
Soulfly – Tour Brasil 2013
https://www.facebook.com/events/502627476476962/?context=create#

Produção: Pisca Produtora e Opinião Produtora.
Informações: pisca@pisca.com.br - www.pisca.com.br - (51) 3211.2838.


Texto: Renato Sanson

domingo, 18 de março de 2012

Soulfly: Amado Por Uns, Odiado Por Outros, Mas Respeitado Por Todos... “Enslaved” Uma Aula De Heavy Metal!


Falar do legado de Max Cavalera no Heavy Metal é chover no molhado, pois ao lado do Sepultura ele fez história e, após sua saída traumática da banda mineira, veio o Soulfly, banda que gerou muita expectativa por parte dos fãs, mas que de começo não agradou a maioria, devido o excesso de elementos tribais aliado a composições que podemos classificar de New Metal.

Mas com o tempo, Max foi acertando a mão até chegar em “Dark Ages” (2005) e a partir deste álbum, o Soulfly começava a escrever uma nova história no cenário metálico, resgatando muitos fãs de sua fase no Sepultura, pois a evolução era notória. A cada lançamento o Soulfly vinha mais agressivo e inspirado, até chegar ao seu melhor lançamento. Estou falando de “Enslaved”, álbum que com certeza marcara época e será lembrado para sempre.


Tirando o guitarrista Marc Rizzo, que acompanha Max já há alguns anos no Soulfly, a banda vem revigorada e de cara nova com os experientes Tony Campos (baixo) e David Kinkade (bateria), deixando o som extremamente brutal, fazendo o Soulfly flertar por novos campos como Death e até mesmo o Black Metal.

As linhas de guitarras criadas por Max e Rizzo são de cair o queixo, com riffs espetaculares,  muitas variações e  solos geniais de Rizzo, que caem como uma luva para sonoridade da banda.

Após a intro “Resistence” temos “World Scum”, que já mostra o poder de devastação do novo álbum, com aquela pegada Thrash, mas flertando entre o Death e o Black Metal ainda mais com a participação de Travis Ryan (Cattle Decapitation) nos vocais, com grandes variações nos riffs chegando a uma pancadaria incrível.


“Gladiator” e “American Steel” vêm para mostrar toda a fúria de Max & Cia, mas com alguns elementos modernos que já acompanham a banda desde o inicio, mas com o Thrash Metal predominando e refrões grudentos, além de um show a parte da cozinha comandada por Tony e Kinkade. Sem falar nos riffs intrincados de Max e Rizzo.

Mas os destaques não ficam por aí, não teria como não mencionar a épica “Plata O Plomo” (a melhor do play pra mim), música esta que homenageia o traficante Pablo Escobar, cantada em português e espanhol, com a participação do baixista Tony Campos cantando as partes em espanhol. Grande composição que mescla o Heavy Metal contemporâneo com a música flamenca, enriquecendo ainda mais a sonoridade da banda.

O álbum ainda conta com “Revengeance”, que fecha o play (faixa está que Max fez em homenagem ao seu falecido enteado Dana Wells) e que conta com as participações dos herdeiros do trono de Max, o seu enteado Rich e seu filho Igor dividindo com ele os vocais e o outro filho Zyon na bateria, com todos mostrando grande competência em uma ótima composição, que com certeza deixou a família Cavalera muito orgulhosa.
Apesar de todas as polêmicas envolvidas com Max VS Sepultura, que de alguma forma acabou manchando um pouco sua reputação com seus fãs, ele continua firme e forte, e a prova está ai com o Soulfly não lançando apenas seu melhor álbum, mas sim um possível clássico do Heavy Metal.



Texto: Renato Sanson
Revisão/edição: Renato Sanson
Fotos: Divulgação


Ficha Técnica

Banda: Soulfly
Álbum: Enslaved
Ano: 2012
País: EUA
Tipo: Groove/Thrash Metal
Gravadora/selo: Roadrunner


Formação

Max Cavalera (Guitarra e Voz)
Marc Rizzo (Guitarra)
Tony Campos (Baixo)
David Kinkade (Bateria)




Tracklist

01. Resistance
02. World Scum
03. Intervention
04. Gladiator
05. Legions
06. American Steel
07. Redemption Of Man By God
08. Treachery
09. Plata O Plomo
10. Revengeance


Acesse e conheça mais sobre a banda

segunda-feira, 14 de março de 2011

Max Cavalera: Um Workaholic do Thrash Metal

Max Cavalera é um dos maiores ícones do Thrash Metal mundial

2010 foi um ano extremamente produtivo para Max Cavalera (ex-Sepultura, Soulfly, Cavalera Conspiracy) e suas bandas, além do lançamento do “Omem” do Soully, tivemos a estréia do Cavalera Conspirancy no Brasil, no festival SWU (em Itú, São Paulo). Em 2011, até o momento, estão confirmados o novo álbum do Cavalera Conspirancy “Blunt Force Trauma” e a abertura do Show do Iron Maiden, em São Paulo (26/03/11).


Irmãos Cavalera na sua banda Cavalera Conspiracy: novo álbum e show com Iron Maiden em SP este ano

Só que, aparentemente, Max não é um cara acomodado, já que em recente entrevista declarou que em 2012 teremos o lançamento de um novo projeto.

Na realidade, esse projeto será feito com Greg Puciato, vocalista do The Dilinger Escape Plan, aparentemente também serão convidados músicos do Mars Volta (Max conheceu os caras no último SWU) e da Converge, possivelmente Ben Koller (batera que é um monstro), sendo que ainda falta confirmar um guitarrista, já que essa não é uma das maiores habilidades do Max (sendo que em todas suas bandas ele sempre foi guitarra base, usando apenas 4 cordas na sua guitarra com as cores do Brasil).


Greg Puciato e Max Cavalera: amizade rendendo novo projeto

A parceria com Greg não é novidade, já que os dois dividiram o vocal na faixa “Rise of the Fallen” (faixa que ganhou até mesmo um clipe mostrando cenas dos shows do Soulfly que você confere ao fim da matéria). De acordo com Max, a partir daí surgiu uma amizade e a idéia de um novo projeto.

Projetos em parcerias não são novidades na historia do Sepultura na era Max como os poucos produtivos “We Are Fucking Shit” com os caras do Ratos de Porão, o quartel da Pinga com os caras do Metallica, só que o único que realmente teve uma representação foi o Nailbomb (com Igor, Max e Andreas, do Sepultura e Alex Newport do Fudge Tunnel, além de participações especiais de peso).

O Nailbomb teve uma vida muito curta, que alem de Max, apresentava na sua formação Alex Newport, Igor Cavalera e Andreas kisser, com os caras gravando dois álbuns, sendo que Point Blank é bem marcante para os fãs de Thrash. Existia a ideia de nunca tocar ao vivo, mas essa foi abandonada quando a banda tocou no festival holandês Dynamo Open Air.


Capa do álbum do projeto com 3 membros do Sepultura

De acordo com o próprio Max, as gravações do novo projeto começam em março, mas o lançamento só será em 2012. Ainda não foi decidido o nome de álbum ou quaisquer outras informações, porém, se eles mantiverem o nível de qualidade dos últimos lançamentos de suas respectivas bandas, teremos um grande trabalho em mãos ano que vem e, por ora, para consolo geral, aguardemos o novo dos irmãos Cavalera e quem sabe ainda não rola um dia a tão ansiosa e polêmica reunião do Sepultura.

Texto: Harley

Revisão: EddieHead

Fotos: Divulgação

Veja o vídeo de “Rise of the Fallen” do Soulfly, com participação de Greg Puciato:

sábado, 1 de maio de 2010

Soulfly às Raízes do Thrash Metal



Odiado por alguns, amado por muitos. Pode parecer clichê, mas é assim que o Soulfly foi levando “a vida”, sendo inicialmente (e até hoje em menor nível) comparado à banda que Max Cavalera apareceu ao mundo. Claro que é o Sepultura, que com os irmãos Cavalera (Igor, o baterista, saiu já há uns anos), tomaram literalmente o mundo, sendo uma das maiores referências do Thrash Metal e, com certeza absoluta, a maior banda da América Latina na história do Rock.

Mas, voltando ao Soulfly, o grupo surge após a saída de Max da banda em 1996 e as muitas discussões entre ele e o restante do Sepultura. A banda, porém, seguiu uma linha diferente do que a antiga, com um som mais “caótico”, pesado, é verdade, mas cheio de elementos estranhos, como passagens de rap e efeitos eletrônicos, muitas vezes exagerados.

Após inúmeros álbuns (mais precisamente seis), o projeto Cavaler’s Conspiracy (com a reunião dos irmãos pela primeira vez em anos), Max Cavalera parece ter acertado finalmente em “Omen”: com a banda gravou um verdadeiro disco de Thrash Metal que, com exceção apenas da última faixa (era bom demais para ser verdade), as faixas são pesadas, agressivas, trazendo de volta à banda os elementos do gênero.

Abrindo o álbum muito bem, “Bloodbath & Beyond” detona, seguida pela fortíssima “Rise of the Fallen” (com a participação de Greg Puciato), que é uma obra-prima na carreira da banda. “Lethal Injection” traz um ótimo jogo das guitarras. A mais paulada e melhor do álbum é, com certeza, “Kingdom”, a parte final é de querer bater a cabeça na parede (hehehe).

Outros destaques são “Jeffrey Dahmer”, “Vulture Culture” e “Counter Sabotage”. As três faixas mantêm o alto nível desse disco que, absolutamente, agradará os fãs do Sepultura, por exemplo, assim como aqueles que acompanham o Soulfly, mesmo sendo um dsico menos “diferente” deles, já que você não encontra elementos estranhos nas músicas, mas peso, velocidade e vocais que só o Cavalera sabe fazer. Quem sabe, vem uma volta ao Sepultura a partir desse retorno às raízes do Thrash Metal?!

Stay on the Road

Texto: EddieHead

Ficha Técnica

Banda: Soulfly
Álbum: Omen
Ano: 2010
Tipo: Thrash Metal
País: EUA/Brasil


Formação

Max Cavalera (Guitarra e Vocal)
Marc Rizzo (Guitarra)
Bobby Burns (Baixo)
Joe Nunez (Bateria)



Tracklist

1. Bloodbath & Beyond
2. Rise of the Fallen (apresentando Greg Puciato da banda The Dillinger Escape Plan)
3. Great Depression
4. Lethal Injection (apresentando Tommy Victor da banda Prong)
5. Kingdom
6. Jeffrey Dahmer
7. Off With Their Heads
8. Vulture Culture
9. Mega-Doom
10. Counter Sabotage
11. Soulfly VII