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quarta-feira, 26 de junho de 2013

Nova Proposta de Timo Tolkki Tenta Reacender a Velha Chama



Depois de dois projetos pós-Stratovarius fracassados (devido a seu problema de temperamento e outras coisas mais), o guitarrista Timo Tolkki, que havia “se aposentado” após o Symfonia (com uma declaração bastante depressiva), a Frontiers Records resolveu investir no talento do guitarrista que, outrora, fora responsável por muitos dos grandes clássicos do Power Metal (ou Metal Melódico) com seus colegas finlandeses.

Dessa proposta, nasceu o projeto Avalon, que também leva seu nome e teve o lançamento do primeiro de 3 discos (será que este vingará?), sendo que este “The Land of New Hope” conta a parte final da história (?!) e saiu no mês de maio, sendo bastante ofuscado por outros lançamentos do gênero.

"Dupla" com Elize Ryd rendeu um trabalho de qualidade a Tolkki

O disco simples, traz grandes nomes da cena e figuras carimabadas de outros projetos semelhantes, como Michael Kiske (ex-Helloween, Unisonic) e Russel Allen (Symphony X, Adrenaline Mbob), ambos fazendo parte do cast do Avantasia. Aliás, é inegável a comparação de Avalon com Avantasia. Porém, a gravadora e Timo acertaram em não querer ousar, afinal, parece que Tolkki ainda precisa “voltar a engatinhar” como grande músico que é e o primeiro passo para que volte a se tornar uma referência foi dado com este disco.

Isso tudo porque aqui você encontrará exatamente aquilo que, tanto o nome quanto os músicos, dão a entender, ou seja, Power Metal enérgico, com alguns elementos mais Pop (olha o Avantasia aí de novo), além de teclados e climas sinfônicos nada inovadores, mas bem feitos.

Tolkki pretende lançar mais dois discos (fechando a trilogia). Será que desta vez vai?

Porém, a estrela maior do disco é a bela e talentosa Elize Ryd (Amaranthe), que canta em várias das faixas e, cá entre nós, mostra que é mais uma impressionante vocalista da cena Metal mundial, inclusive alcançando, com sua banda, patamares fora da música pesada, já que apresenta uma voz mais acessível. E isso fica provado em canções como “Enshrined in My Memory” (a faixa mais comercial e que até destoa do álbum, mas é bem interessante e é o single do disco), "A World Without Us" (com um “quê” de Hard Rock e que será lançada em breve como novo single) e "Shine", faixa em que divide os vocais com Sharon den Adel (Within Temptation), que é uma novidade nesse tipo de projeto e que deveria ser mais “aproveitada” no disco, pois tem história e uma voz inconfundível.

O grande destaque, em termos de música, é "In the Name of the Rose", que apesar de ganhar o status de balada, mostra toda a potencialidade dos vocais de Russel Allen e Rob Rock (ex-Axel Rudi Pell), outra novidade dentre as poucas trazidas pelo projeto. O cara detona também em faixas como "We Will Find a Way" (ao lado do vocalista do Sonata Arctica Tony Kakko, que passa apagado no disco). "I’ll Sing You Home" traz novamente Elize e ela simplesmente emociona com seu talento.

Desculpem os marmanjos, mas esta estrela brilhou mais
Vale citar que o instrumental também está bem servido ao trazer nomes como Derek Sherinian (que fez história com o Dream Theater e hoje toca no BCC) e Jens Johansson (ex-colega de Timo no Stratovarius) dividindo os teclados, assim como a figura carimbada Alex Holwarth (Rhapsody of Fire) na bateria.

Altamente indicado para quem quer mais do mesmo, porém com qualidade, reacendendo a velha chama do Power Metal dos anos 90/2000, sem esquecer algumas pitadas modernas e contando com ótimos músicos em suas fileiras. Avalon tem tudo para ser a Fênix na história de Tolkki, basta que ele não dê chiliques e saiba trabalhar de verdade.

Stay on the Road

Texto e edição: Eduardo Cadore
Fotos: Divulgação

Ficha Técnica
Banda: Timo Tolkki’s Avalon
Ano: 2013
País: Finlândia
Tipo: Metal Opera/Power Metal/Metal Sinfônico
Gravadora: Frontiers Records

Formação
Timo Tolkki (ex-Stratovarius, ex-Revolution Renaissance, ex-Symfonia) (Guitarras, Baixo) (também produziu)
Alex Holzwarth (Rhapsody of Fire) (Bateria)
Jens Johansson (Stratovarius) (Teclados)
Derek Sherinian (ex-Dream Theater, Black Country Communion) (Teclados)




Tracklist e vocalistas
1. Avalanche Anthem (Russell Allen, Rob Rock, Elize Ryd)
2. A World Without Us (Elize Ryd, Russell Allen, Rob Rock)
3. Enshrined in My Memory (Elize Ryd)
4. In the Name of the Rose (Elize Ryd, Russell Allen, Rob Rock)
5. We Will Find a Way (Rob Rock, Tony Kakko)
6. Shine (Elize Ryd, Sharon den Adel)
7. The Magic of the Night (Rob Rock)
8. To the Edge of the Earth (Rob Rock)
9. I’ll Sing You Home (Elize Ryd)
10. The Land of New Hope (Michael Kiske)

Assista ao video single “Enshrined in My Memory”


Leia material sobre o video clipe clicando aqui.


sexta-feira, 30 de março de 2012

No Gravity: Reunindo Grandes Vocalistas de Prog/Power Metal

Os músicos que acompanharam a gravação do álbum ao lado de grandes vocalistas

Quem se liga na cena metálica mundial percebeu o “boom” de bandas com cara de projeto, reunindo vários vocalistas e produzindo material muitas vezes de uma qualidade surpreendente.


Embora agora não seja algo tão comum como já fora, em 2011 ainda tínhamos muitas dessas empreitadas. Uma dessas que deu muito certo veio da ideia do guitarrista italiano Simone Fiorlettas, da extinta banda Moonlight Comedy que, chamando para comandar os vocais os melhores nomes da cena européia, fez com que nascesse o No Gravity.
            
Guitarrista Simone Fiorletta, mentor da proposta


Ao invés de mais uma Metal Opera, o guitarrista resolveu chamar os vocalistas Andy Kuntz (da banda alemã Vanden Plas), Fabio Lione (da Rhapsody of Fire e Vision Divine), Mark Basile (DGM), Michele Luppi (ex-Vision Divine, atual Killing Touch), Roberto Tiranti (Labyrinth) e Emiliano Germani (Moonlight Comedy) e criou uma obra-prima do Prog/Power Metal que agradará todos os fãs do gênero e também das bandas da onde veio o sexteto de vocalistas.

Michele Luppi
Talvez a única crítica seja que o disco poderia ser duplo, tamanho time presente. A verdade é que o álbum “Worlds in Collision” (2011) passou meio que desapercebido (inclusive para este que vos escreve) e mereceria figurar entre os melhores lançamentos daquele ano.
            
A virtuose de Fiorlettas está presente, mas muito longe da chatice que às vezes se apresenta no estilo. Aliado a isso, um time mega competente (confira abaixo) nos brinda com uma sonoridade que pende um pouco para o que as bandas oficiais dos vocalistas costumam fazer, o que para alguns pode ser falta de ousadia, para outros uma forma de respeitar a história desses grandes vocalistas.
Roberto Tiranti
            
A verdade é que todos dão show. Incrível como todas as faixas são de uma complexidade, mas sem soar como uma missa, ou seja, chatas e longas, mesmo com o grande elemento de Prog Metal.


Andy Kuntz dá show em “I Can’t Dream Anymore” (lembra muito Vanden Plas), assim como “Unexpected Gift” que lembra bastante Dream Theater do início dos anos 90, com show de Germani, acostumado a trabalhar com Fiorlettas. Essa é a faixa mais Prog Metal do disco e a mais longa também.
            
Fabio Lione
Mas não há como não destacar, já na primeira audição, músicas como “Voices From the Past”, com Lione mostrando que tem um vocal único e adaptável a outros gêneros, quem sabe reflexos da turnê como frontman do Kamelot? A verdade é que é a melhor do disco, o refrão gruda mais que mórmon na sua casa aos domingos.
           
O lado mais comercial aparece em “I’m Bleeding”, outro grande destaque, com a belíssima voz de Michele Luppi e a melodia imensamente doce. Como falei para colegas do blog, uma ótima canção para se ouvir apaixonado.
            
Ademais, vale conferir essa empreitada, pois não é sempre que unir medalhões de renome gera composições de alta qualidade como as que encontramos em No Gravity. Aproveite!

Stay on the Road

Texto: Eduardo Cadore
Fotos: Divulgação

Ficha Técnica
Banda: No Gravity
Álbum: Worlds in Collision
Ano: 2011
País: Itália
Tipo: Prog/Power Metal
Selo: Lion Music

Formação
Simone Fiorletta (Guitarra e Violão)
Davide Perruzza (Guitarra)
Andrea De Paoli (Teclados)
Andrea Casali Baixo)
Marco Aiello (Bateria)

Vocalistas
Michele Luppi
Andy Kuntz
Emiliano Germani
Fabio Lione
Roberto Tiranti
Mark Basile



Tracklist
01. Sailing on Sight
02. The Killer
03. Can’t Dream Anymore
04. Voices From the Past
05. Religious Beliefs
06. I’m Bleeding
07. Nowadays
08. Touchin’ My Enemy
09. Unexpected Gift


Acesse e conheça mais sobre

sábado, 4 de fevereiro de 2012

Jon Schaffer Inspirado Também no Sons of Liberty

Novo EP do projeto do líder do Iced Earth


Jon Schaffer, a mente principal por trás do Iced Earth, sempre foi um cara com uma pegada forte dentro do Metal, tanto que na sua banda brindou-nos com, pelo menos, três clássicos absolutos do gênero, além de ótimos discos.
            
Jon Schaffer
A verdade é que na última década o cara estava “perdendo a mão”, a inspiração para fazer mais do básico e melhor estava acabando e o experimentalismo foi uma saída para que Schaffer continuasse com o Iced Earth, a ponto de lançar discos fracos, em comparação com os clássicos dos anos 90.
            
A verdade é que Schaffer passou a se envolver com o Demons & Wizards (ao lado do Hansi, vocal do Blind Guardian), lançando dois discos, para depois também criar o Sons of Liberty, cujo disco de estreia, lançado em 2009, traz muita força e riffs cavalares, exatamente aqueles que enchiam os punhos dos fãs do Iced Earth.
            
Como se o cara precisasse de uma área de escape, com o Sons of Liberty pode focar na sua “paranoia norte-americana” para voltar com “Dystopia”, na sua banda principal, como um dos melhores discos de 2011, mesmo já sem o unânime Matthew Barlow (saltou do barco definitivamente).
            
Mas e os seus demais projetos? Demons & Wizards ainda parado (estava anunciado disco para este ano, mas não se acha informações oficiais de verdade) e o Sons of Liberty, enquanto não traz um segundo disco completo, brinda os fãs com o EP “Spirit of the Times”, lançado no final de 2011.
            
Jon vem ao Brasil com o Iced Earth em março
Conta com apenas 5 músicas, porém todas inéditas e lançado de forma independente. Com “Full Spectrum Dominance”, “Mind Control” e “Molon Labe” temos músicas que bem poderiam estar no “Brush-Fires Of The Mind” (2009), pois possuem muita força, o vocal agressivo de Schaffer (naquele timbre do seu ex-companheiro de banda Matt Barlow)

As demais, especialmente a faixa-título, traz um lado mais um lado acústico, aquelas baladinhas que só Schaffer e seu violão conseguem fazer, mas que não empolgam muito, talvez no refrão, onde adquirem maior peso.
            
“Spirit of the Times” acaba sendo bem aquilo que veio a ser: um “tira-gosto” do projeto que destaca o vocal de Schaffer e seus riffs cavalares, mas muito aquém do disco completo de estreia que, se passou meio despercebido, foi por falta de maior seriedade na sua divulgação (aquele monte de falatório entre as músicas também tira o tesão) do que pela qualidade.
            
Mas que Schaffer siga, sempre, com dedicação total ao Iced Earth e que essa parceria da banda com o jovem Stu Block rende mais discos com potencial de clássicos do Heavy Metal!

Stay on the Road

Texto: Eduardo Cadore
Fotos: Divulgação

Ficha Técnica
Banda: Sons of Liberty (projeto de Jon Schaffer)
Álbum: Spirits of the Times (EP)
Ano: 2011
País: EUA
Tipo: Heavy Metal
Selo: Independente


Tracklist
01. Alive
02. Full Spectrum Dominance
03. Molon Labe
04. Mind Control
05. Spirits of the Times

Ouça o EP online aqui.

Leia nossa resenha do álbum de estreia do projeto clicando aqui.

Acesse o site oficial e conheça mais sobre o projeto

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Inovação em Projeto de Amanda Somerville

Novo projeto de Amanda Somerville 

 
A vocalista Amanda Somerville conhecida por suas inúmeras participações em bandas renomadas, entre elas Avantasia e Epica, e que também recentemente gravou um álbum com Michael Kiske (ex-Helloween), lançou agora seu novo projeto, o “Trillium”, produzido por ninguém menos que Sascha Paeth (Avantasia).

Não bastassem as grandes participações, a cantora também seguia sua carreira solo, com músicas mais para o pop, e devido as grandes mudanças que segundo ela vêm acontecendo na sua carreira, resolveu criar “seu novo bebê”, como chamou. O álbum de estreia se chama “Alloy” e os músicos escolhidos para o projeto foram Sander Gommans (guitarra, baixo), Sascha Paeth (guitarras, baixo, teclados e bateria), Miro Rodenberg (arranjos, teclados), Robert Hunecke (bateria), Olaf Reitmeier (guitarra acústica), Simon Oberender (teclados) e também conta com a participação de Jorn Lande (Masterplan, Avantasia) na música “Scream It”.

Apesar das características e elementos que tornariam o Alloy um álbum pesado, surpreende o estilo leve, mas de apreciável sonoridade. Acrescenta-se, ainda, a impecável performance vocal da Amanda.

Amanda Somerville investindo no Metal Sinfônico

As músicas “Machine Gun”, “Coward”, ”Bow To The Ego” “Scream It”(dueto com Jorn Lande) e “Path Of Least Resistance” são as que se notam uma pegada um tanto mais agressiva e o som da guitarra bem destacado, já “Purge”, “Utter Descencion”, “Mistaken”, “Justifiable Casualty” e ”Into The Dissonance” são músicas mais lentas, e para aqueles fãs de ‘baladinhas’ e músicas sentimentais, um destaque a “Slow It Down”, que além de mostrar o grande potencial da cantora  tem um lindo arranjo no piano. Concluindo o álbum com a bônus track, “Love Is An Illusion”, Amanda deixa a nós uma música lenta, porém cheia de surpresas.

Trillium segue uma sonoridade mais pesada, mas não esquece o lado comercial de Amanda


Amanda não só varia a sonoridade de suas músicas, como deixa a todos com uma vontade de quero mais. Ficamos ansiosos para o próximo álbum, e torcendo para que ela continue mostrando seu talento independentemente de participar de projetos com outras bandas, e, para finalizar, ficamos no aguardo de uma promessa da presença do Trillium no Brasil, quando poderemos conferir ao vivo o resultado desse grande projeto.

Texto: Izabella Balconi
Revisão/edição: Eduardo Cadore
Fotos: Divulgação

Ficha Técnica
Banda: Trillium
Álbum: Alloy
Ano: 2011
País: EUA/Alemanha
Tipo: Metal Sinfônico/Gothic Metal
Gravadora: Frontiers records

Formação
Amanda Somerville (Vocal)
Sascha Paeth (Guitarras, Baixo, Teclados e Bateria)
Sander Gommans (Guitarra e Baixo)
Robert Hunecke (Bateria)
Miro Rodenberg (Teclados)
Simon Oberender (Teclados)


Tracklist
01- Machine Gun
02- Coward
03- Purge
04- Utter Descencion
05- Bow To The Ego
06- Mistaken
07- Scream It (participação especial Jorn Lande)
08- Justifiable Casualty
09- Path Of The Least Resistance
10- Into The Dissonance
11- Slow It Down
12- Love Is An Illusion (Bonus Track)

Assista o vídeo clipe de "Coward"



Acesse os links abaixo e conheça mais sobre o trabalho de Amanda Somerville e o Trillium

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Projetos: WhoCares - Time dos Sonhos Que Dá Certo

Formação histórica do Rock/Metal para benefício da humanidade


Já imaginou uma banda que conta com integrantes de quatro das mais importantes bandas de Heavy Metal de todos os tempos? Isso só poderia ser alucinação de alguém, você me diria. Também não imaginei que estaria vivo (e os caras também) para ver algo assim.

Não é nenhum exagero de fã cego. A verdade é que tem uma nova “banda” que surgiu aí contando com gente das bandas Deep Purple (que com seu Heavy Rock foi uma das principais influências das bandas dos anos 80), Metallica (grupo que revolucionou o Heavy Metal nos anos 80/90), Iron Maiden (considerado por muitos a maior de todas) e Black Sabbath (sem precedentes, revolucionou o Rock e criou o Heavy Metal).

Trata-se da WhoCares, projeto capitaneado por Tony Iommi (Black Sabbath) e Ian Gillan (Deep Purple) que surgiu com fins filantrópicos, ou seja, arrecadar investimentos em benefício dos vitimados pelo terremoto que ocorreu na Armênia, sendo uma “reedição” do Rock Aid que aconteceu em 1988 e reuniu muitos grandes nomes do Rock. Segundo consta, o projeto visa arrecadar verbas para a finalização da construção de uma escola de música no país.

Para completar esse time dos sonhos, juntaram-se a ninguém menos que Jason Newsted (ex-Metallica), no baixo, Nicko McBrain (Iron Maiden), na bateria, Jon Lord (ex-Deep Purple), nos teclados, e Linde Lindstrom (HIM) na outra guitarra, cuja participação é questionável diante desses semi-deuses do Rock.

Há algumas curiosidades interessantes. Por exemplo, é a primeira vez que Tony Iommi participa de uma “banda” (deixo entre aspas, pois a proposta é apenas de gravar o single) não sendo o único guitarrista presente, bem como sendo a volta de Jason Newsted ao hall do Metal (após deixar o Metallica, tocou em bandas de pequeno porte). Além disso, marca a volta da parceria entre Ian Gillan (vocal) e Iommi, relembrando 1983, quando Gillan substituiu Dio no Black Sabbath, gravando o polêmico “Born Again” (num dos discos solos de Gillan, Iommi participou da regravação da música “Trashed”).

Iommi e Gillan voltam a trabalhar juntos: dois ícones dos anos 70!

Também marca a volta do trabalho de Gillan com Jon Lord (teclados), este que deixou o Deep Purple e, para fechar, marca o primeiro trabalho de Iommi após a morte do companheiro e amigo Dio (quem acompanhou, sabe que Iommi havia dito que não tocaria mais guitarra por um bom tempo).

Você deve estar se perguntando sobre o som que saiu disso tudo. Com certeza não foi uma mescla das bandas de seus integrantes. O que percebemos é a forte influência de Deep Purple (Gillan canta como sempre e Lord traz teclado inspiradíssimo, como nos seus tempos de banda) e Black Sabbath, não a toa bandas de quem encabeçou o projeto.

Assim, lançaram o single “Out of My Mind”, contando a faixa-título mais a canção “Holy Water”. Ambas apresentam nada menos que a maestria do quinteto que, em canções não pesadas mas emblemáticas, conseguiram transmitir aquele espírito anos 70/80, sem soar ultrapassado, mas não caindo no ridículo de soar como as bandas da atualidade.

Numa primeira audição, fica evidente a comparação com o Sabbath e Purple. Até que ponto isso é positivo ou negativo, deixo para o leitor decidir. A verdade é que tanto uma quanto a outra faixa se destacam e fazem jus ao poderio do grupo, coisa que muitas vezes não acontece (vide, salvo proporções, o alarde do projeto Symfonia e seu real resultado até agora).

“Out of My Mind” recebeu vídeo clipe simples, mostrando os músicos em estúdio, sem se preocupar em soar comercial, com altas produções e efeitos visuais. Dá gosto ver tanta fera se entendendo e compondo juntos.

Da esquerda para direita: Ian gillan, Jon Lord, Nicko McBrain e Tony Iommi

Individualmente, alguns se sobressaem. Gillan e seu vocal único, influenciou e ainda influencia os melhores vocalistas do Rock e Metal, Iommi e seu jeito sempre característico de criar e executar riffs poderoso, arrastados, Nicko traz uma batera cadenciada, com as viradas que lhe são marcas registradas (como tem feito nos últimos álbuns da Donzela), Newsted marca apenas com o baixo, sendo a aparição bem tímida, inclusive no vídeo clipe (aparece poucas vezes), mas encaixando muito bem na proposta; Lindstrom dá conta muito bem da responsabilidade de tocar junto com esses dinossauros, executando dedilhados inspirados.

Ao contrário de muitos, esse time nada precisa provar mas, mesmo assim, surpreendeu neste single (foram prensadas mil cópias em vinil 7’ e o CD conta com documentário de 30 minutos), não deixando a desejar em nenhum quesito (quem sabe podemos sentir falta de composições mais rápidas, mas, convenhamos, velocidade não é tudo).

Os cinco envolvidos possuem suas atividades principais (Nicko continua em turnê, Gillan prepara novo disco com o Purple, por exemplo), o que inviabiliza qualquer possibilidade de outros trabalhos regulares. Uma pena, pois WhoCares teria tudo para ser uma das novas velhas bandas a detonar o original Heavy Metal/Classic Rock!

Stay on the Road

Texto: Eduardo “EddieHead” Cadore

Fotos: Divulgação


Ficha Técnica

Banda: WhoCares

Single: Out of My Mind

Ano: 2011

País: Inglaterra, EUA e Finlândia

Tipo: Heavy Metal/Classic Rock


Formação

Ian Gillan (Vocal)

Tony Iommi (Guitarra)

Jason Newsted (Baixo)

Jon Lord (Teclados)

Nicko McBrain (Bateria)

Linde Lindstrom (Guitarra)


Tracklist

01 – Out of My Mind

02 – Holy Water

Veja o teaser liberado antes do single

http://www.youtube.com/watch?v=alwYQMGtvzE


Assista o vídeo oficial de “Out of My Mind”

http://www.youtube.com/watch?v=n2vxQApPg40&feature=player_embedded

Ouça “Holy Water”

http://www.youtube.com/watch?v=dQYjEa3FdUo


Compre na Hellion Records

http://www.hellion.com.br/_oldstore/index3.asp?variavel=pre_produto.asp?cod=2222099

segunda-feira, 14 de março de 2011

Max Cavalera: Um Workaholic do Thrash Metal

Max Cavalera é um dos maiores ícones do Thrash Metal mundial

2010 foi um ano extremamente produtivo para Max Cavalera (ex-Sepultura, Soulfly, Cavalera Conspiracy) e suas bandas, além do lançamento do “Omem” do Soully, tivemos a estréia do Cavalera Conspirancy no Brasil, no festival SWU (em Itú, São Paulo). Em 2011, até o momento, estão confirmados o novo álbum do Cavalera Conspirancy “Blunt Force Trauma” e a abertura do Show do Iron Maiden, em São Paulo (26/03/11).


Irmãos Cavalera na sua banda Cavalera Conspiracy: novo álbum e show com Iron Maiden em SP este ano

Só que, aparentemente, Max não é um cara acomodado, já que em recente entrevista declarou que em 2012 teremos o lançamento de um novo projeto.

Na realidade, esse projeto será feito com Greg Puciato, vocalista do The Dilinger Escape Plan, aparentemente também serão convidados músicos do Mars Volta (Max conheceu os caras no último SWU) e da Converge, possivelmente Ben Koller (batera que é um monstro), sendo que ainda falta confirmar um guitarrista, já que essa não é uma das maiores habilidades do Max (sendo que em todas suas bandas ele sempre foi guitarra base, usando apenas 4 cordas na sua guitarra com as cores do Brasil).


Greg Puciato e Max Cavalera: amizade rendendo novo projeto

A parceria com Greg não é novidade, já que os dois dividiram o vocal na faixa “Rise of the Fallen” (faixa que ganhou até mesmo um clipe mostrando cenas dos shows do Soulfly que você confere ao fim da matéria). De acordo com Max, a partir daí surgiu uma amizade e a idéia de um novo projeto.

Projetos em parcerias não são novidades na historia do Sepultura na era Max como os poucos produtivos “We Are Fucking Shit” com os caras do Ratos de Porão, o quartel da Pinga com os caras do Metallica, só que o único que realmente teve uma representação foi o Nailbomb (com Igor, Max e Andreas, do Sepultura e Alex Newport do Fudge Tunnel, além de participações especiais de peso).

O Nailbomb teve uma vida muito curta, que alem de Max, apresentava na sua formação Alex Newport, Igor Cavalera e Andreas kisser, com os caras gravando dois álbuns, sendo que Point Blank é bem marcante para os fãs de Thrash. Existia a ideia de nunca tocar ao vivo, mas essa foi abandonada quando a banda tocou no festival holandês Dynamo Open Air.


Capa do álbum do projeto com 3 membros do Sepultura

De acordo com o próprio Max, as gravações do novo projeto começam em março, mas o lançamento só será em 2012. Ainda não foi decidido o nome de álbum ou quaisquer outras informações, porém, se eles mantiverem o nível de qualidade dos últimos lançamentos de suas respectivas bandas, teremos um grande trabalho em mãos ano que vem e, por ora, para consolo geral, aguardemos o novo dos irmãos Cavalera e quem sabe ainda não rola um dia a tão ansiosa e polêmica reunião do Sepultura.

Texto: Harley

Revisão: EddieHead

Fotos: Divulgação

Veja o vídeo de “Rise of the Fallen” do Soulfly, com participação de Greg Puciato:

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Politicamente Direcionado: Jon Schaffer Livre e Crítico


Confesso que não sabia a quantas andava o trabalho de Jon Schaffer que, após o lançamento do último disco do Iced Earth, grupo que lidera há mais de 20 anos, em 2008 e que não foi tão revolucionário quanto se esperaria (já que o vocalista Matthew Barlow estaria de volta), não se via falar em novo disco da banda ou de seu projeto Demons & Wizards.

Mas lendo a edição da Roadie Crew número 141, vi resenha do álbum e pensei com vergonha: “como que eu não sabia disso?”. Bom, feito o mea culpa, fui atrás do novo projeto do guitarrista que criou vários dos melhores riff do HeavyThrash Metal: Sons of Liberty.



O guitarrista norte-americano é uma das figuras mais nacionalista da cena metálica mundial. Após lançar um álbum sobre a Guerra de Concessão (o infame “Glorious Burden” em 2004) com o Iced Earth, levar discussões sobre poder e guerra para sua saga “Something Wicked” nos dois discos seguintes, criou o Sons of Liberty em 2009 e lançou um disco politicamente direcionado a criticar a Nova Ordem Mundial e a corrupção que consome os EUA.

Chamado “Brush-fires of the Mind” (2009), o álbum surpreende. Embora o redator da resenha na citada revista não tenha se surpreendido com a proposta, quem aqui vos escreve teve uma grata surpresa com tal projeto.

O que vemos (ou melhor, escutamos) é um Iced Earth da fase com Owens nos vocais (do já citado disco de 2004), agora com alguns elementos diferentes (como alguns riffs mais a cessíveis), muitos corais (todos executados pelo guitarrista que aqui também é o vocalista) e letras que agradarão quem curte teorias de conspiração, governos, poder, guerra e corrupção. Além disso, há a participação do guitarrista do Iced Earth Troy Seele numa das guitarras e a produção a cargo de Jon e Jim Morris, que também trabalha na banda principal de Jon.



“Jeckyll Island” abre o disco de forma empolgante, “Don't Tread On Me” traz o peso característico do Iced Earth e tem agradado aos fãs da banda. “False Flag” também não foge muito da proposta de Schaffer em riffs cavalgantes e peso nos vocais. Já “Feeling Helpless” tenta ser mais cadenciada, enquanto “Identured Servitude” é puro Iced Earth e não me surpreenderia em saber que seu riff base havia sido escrito para sua banda principal. “Tree of Liberty” é um dos grandes destaques do disco, uma música de muita força, assim como “We the People”. Uma ressalva é as várias passagens faladas que dão o clima da temática, mas acabam sendo muitas o que quebra o ritmo de uma música para outra.

Mas a grande jogada no disco é termos Schaffer como vocalista principal. Não é novidade que o cara tem um grande vocal e que lembra muito Barlow, inclusive cantando a música “Iced Earth” nos shows e se arriscando em poucas tentativas em estúdio para além dos vocais de fundo. Mas pela primeira vez solta o gogó e muito bem. Seu vocal grave, rasgado, emocionado em muitas partes, como em “The Cleasing Wind” (que refrão lindo!) e “Our Dying Republic” (minha favorita), é o grande destaque.



Com teor altamente patriótico e crítico, o projeto recebe o mesmo nome de uma sociedade de comerciantes norte-americanos patriotas criada durante a Revolução Americana com fins de dar um basta as imposições da Grã-Bretanha que explorava os colonos no Novo Mundo. Confira mais no link para o texto de Rodrigo Constantino.

O projeto também foi aos palcos numa mini-turnê realizada nos EUA em setembro abrindo os shows do Ice Earth. Curiosamente, Jon não estava tocando guitarra nas apresentações ao vivo do Sons of Liberty, o que é estranho de se ver.

Altamente indicado aos fãs de Iced Earth, sem mesmo com a ressalva de que Sons of Liberty não tenta ser uma cópia da banda principal de Jon, mas que os elementos e bateria (que foi gravada eletronicamente pelo próprio músico) principalmente guitarras lembram a banda, afinal, Schaffer é um compositor de mão cheia e após duas décadas dedicadas ao Iced Earth, expande seus interesses na temática política e contemporânea com Sons of Liberty. Vale a pena conferir esse maravilhoso disco.

Stay on the Road

Texto: EddieHead

Ficha Técnica

Banda: Sons of Liberty
Álbum: Brush-fires of the Mind
Ano: 2009
País: EUA
Tipo: Heavy Metal

Formação

Jon Schaffer (Vocal, Bateria e Guitarras)
Troy Seele (Guitarra)
Rubem Drake (Baixo)



Tracklist

01- Jeckyll Island
02- Don't Tread On Me
03- False Flag
04- Our Dying Republic
05- Indentured Servitude
06- Tree Of Liberty
07- Feeling Helpless
08- The Cleasing Wind
09- We The People

Conheça a banda

site oficial
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Leia sobre os
Filhos da Liberdade

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Inovando no Gothic Metal: Mortemia


Dentro da cena Gothic Metal anda muito dificil encontrarmos discos e bandas que você ouça e diga “Uau, era disso que eu tava falando!”. Foi preciso Morten Veland, ex-guitarrista do Tristania e atual Sirenia, montar o prjeto Mortemia para que essa frase saísse da minha boca e o disco tenha me feito viciar na primeira audição.



Mas antes que se pense que o projeto é a junção de amigos de várias bandas, vale dizer que é surpreendente que Veland compôs e executou TUDO no disco. Isso mesmo, além de compor as 9 músicas do álbum “Misere Mortem” (2010), ele gravou os vocais, guitarras, baixo e bateria, teclados, além de produzir o disco e gravá-lo em casa, no seu próprio estúdio.

Se o cara tem um ego do tamanho do mundo ou se apenas queria fazer um disco totalmente com sua cara, difícil dizer, mas a verdade é que “Misere Mortem” (2010) é uma bela de uma obra-prima e, mais que isso, busca uma inovação no saturado Gothic Metal mundial.



Aqui a jogada de mestre é que, ao invés de contar com vocais femininos como nas suas outras bandas, Veland resolveu acrescentar corais (oriundos da França) nas passagens que contrastam com sua voz mais gutural, ora rasgada e por vezes lembrando até mesmo Dani Filth (Cradle of Filth). Então, onde a gente esperaria um belo vocal lírico (bastante comum nesse meio), temos corais de arrepiar, que dão um clima singular ao disco, já que são bastante utilizados e não são apenas meros complementos, mas algo como um vocalista principal junto de Veland.

Claro, os elementos clássicos do Gothic aqui estão presentes. Temos o clima sombrio, peso (ora chegando a cair para um Doom Metal), passagens sinfônicas até mais “alegres”, letras perfeitas pro tema.

Difícil destacar algumas faixas, pois todas seguem um padrão semelhante, mesmo que acrescentando elementos distintos, fazendo com que o álbum tenha uma característica própria ao longo de suas 9 faixas que não são longas mas na medida certa, tendo passagens bastante empolgantes, com o claro destaque para o trabalho das guitarras e corais.



Não sendo um fã confesso do gênero, posso dizer que esse disco de Veland é um dos melhores que já ouvi, e os fãs mais entendidos da carreira do guitarrista apontam que é o trabalho mais próximo de sua obra-prima ao lado do Tristania, o álbum “Beyond the Veil” (1998). Isso já não sei, o que sei é que você precisa ouvir este disco desse gênio que é Morten Veland.

Stay on the Road

Texto: EddieHead

Ficha Técnica

Banda: Mortemia (Morten Veland)
Álbum: Misere Mortem
Ano: 2010
País: Noruega
Tipo: Gothic Metal

Formação

Morten Veland (Guitarras, Vocal, Baixo, Bateria, Teclados)
Coral Francês



Tracklist

1. The One I Once Was
2. The Pain Infernal And The Fall Eternal
3. The Eye Of The Storm
4. The Malice of Life's Cruel Ways
5. The Wheel of Fire
6. The Chains That Wield My Mind
7. The New Desire
8. The Vile Bringer Of Self Destructive Thoughts
9. The Candle At The Tunnel's End



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The One I Once Was