sexta-feira, 31 de outubro de 2025

Primal Fear: Dominação Total

Reign Phoenix Music (Imp.)

Por Paula Butter

Mais um lançamento de Power Metal em destaque para 2025. Estamos falando do Primal Fear, uma banda com bastante tempo de estrada, em torno de 25 anos, e com ninguém menos do que Ralf Scheepers no comando. O tempo parece estar ao lado do vocalista, visto que sua voz está mais em forma do que nunca. Mas o que esperar de mais um lançamento do gênero? Após ouvir o álbum, as primeiras impressões são “tudo”! Mais uma vez, o Primal Fear entrega uma obra com qualidade, e claro, um toque de modernidade, sem comprometer o tradicional som da banda. 

No decorrer das 13 faixas do álbum “Domination” temos peso, melodias, sons épicos, letras motivadoras e gritos de liberdade e revolta. E claro, a voz de Ralf, inconfundível, tornando o Primal Fear único. 

Temos o single “The Hunter” bem característico da banda, mas com uma potência e dinâmica ainda maiores do que antes. Talvez seja a entrada dos novos integrantes, a guitarrista Thalía Bellazecca e o baterista André Hilgers, ou mesmo a experiência e técnica impecável dos integrantes, destaque também para Magnus Karlsson dando tudo de si. 

A fórmula do videoclipe e das letras não foge muito ao grito de revolta, que a maioria das bandas está exaltando atualmente, mas com aquele tempero secreto que só Ralf e companhia conseguem. 

Destaque para “I Am The Primal Fear” com pedais duplos rolando solto logo no início, já antecipadamente nos mostrando o que vem na sequência. Potência e vocais proeminentes, esta música entrega muito. Também considero uma pérola a faixa “Eden”, bem instrumental, com variedades de ritmos, o famoso suspiro, onde o bruto e o progressivo unem-se para formar algo único. 

Convém também falar sobre a alternância de ritmos durante a audição do álbum, tornando a experiência muito agradável para qualquer ouvinte. Importante citar “Tears of Fire”, canção mais tradicional, flertando com o hard rock oitentista. Temos “Heroes and Gods” com um tom bem estilo épico de Power Metal, com temas bem típicos do gênero, e inclusive com passagens bem pesadas, deixando-a muito peculiar. 

Fica impossível não citar todos os presentes, que “Domination” traz, então, mesmo deixando a escrita mais longa, vamos lá! A faixa “Scream”, deixa os vocais em segundo plano, espaço para os riffs e acordes mais elaborados, com um toque de Thrash Metal para completar o contexto da música. Já “The Dead Don’t Die” e “Crossfire” trazem um pouco mais de nostalgia, lembrando o início do Power Metal com pitadas do Metal tradicional. Inclusive esta última tem apelo forte para ser tocada ao vivo. 

Por fim, temos a excelente “March Boy March” com sons de início de batalhas e rituais e na sequência os riffs empolgantes e épicos. a obra fecha com uma balada sinfônica e vocais mais envolventes, e apesar da curta duração, tem seu posicionamento muito bem encaixado em todo o contexto da obra. A conclusão é inevitável, um presente de Natal antecipado para os fãs de longa data e para os novatos do gênero.

Heiko Roith


Nenhum comentário: