No dia 07 de
março de 2014 foi dado, quem sabe, um dos pontapés mais importantes na história
do Metal no Rio Grande do Sul, a criação de um festival de verão aqui no estado.
Voltado para um lado totalmente underground, boa estrutura e organização, o festival foi tomado por pessoas
amantes do estilo, bandas de excelente qualidade, mostrando novamente
que bandas não precisam ser necessariamente renomadas para serem ótimas.
Conferimos os 3 dias do festival, e abaixo você confere um resumo de tudo que rolou.
Primeiro Dia:
Na sexta-feira, bandas da região tomaram conta dos palcos, mostrando que o peso e a brutalidade não tem fronteiras. O festival começou com a banda de Black Metal "Australes Tenebris", um Black Metal ríspido que nos levou a uma viagem pela Noruega nos tempos antigos, detalhe na idade dos músicos da banda: um "guri" de 15, um de 17 e um de 20 anos e mesmo assim fazendo um som profissional.
Na sexta-feira, bandas da região tomaram conta dos palcos, mostrando que o peso e a brutalidade não tem fronteiras. O festival começou com a banda de Black Metal "Australes Tenebris", um Black Metal ríspido que nos levou a uma viagem pela Noruega nos tempos antigos, detalhe na idade dos músicos da banda: um "guri" de 15, um de 17 e um de 20 anos e mesmo assim fazendo um som profissional.
A segunda banda a subir no palco foi a
banda de Stoner Metal “Mamute Mutante”, bem desenvolta, mas infelizmente
prejudicada por falhas no equipamento do guitarrista, mesmo assim não deixaram se abater e fizeram um som incrível.
Em seguida subiu aos palcos a banda
Erechinense de Death Metal “Morthur”, banda sensacional, com temáticas
fortíssimas e músicos excelentes, riffs fortes e um vocal poderoso, um forte
“up” para o festival.
Em seguida subiu ao palco a banda de Groove Thrash Metal "Forgotten Fire", banda nova mas com um grande futuro, um baterista que é muito
bom, vocal ensurdecedor, uma grande banda..
O Black Metal volta em altíssima categoria com
a lendária banda “Abate Macabro”, de Bento Gonçalves, uma mistura incrível de
riffs demolidores e uma bateria que mais parece uma metralhadora tocada por
Aécio Valenti. Fechando a sexta-feira sobe ao palco a banda “Rupttura”, uma
excelente banda com um vocal feminino muito promissor, duas linhas de
guitarras pesadíssimas e influências do Metal Brasileiro.
Segundo Dia:
O sábado já começa com a mais alta categoria,
sobe ao palco a “Southern Warfront”, uma banda de War Black Metal, e tenho que
falar, que crescente que teve essa banda, e aqui fala uma pessoa que conhece
toda a trajetória dessa banda, a banda realmente se encaixou e ouso afirmar
inclusive que estão fazendo um som de nível europeu.
Depois disso é só demolição, com a banda de Canoas “Horror Chamber”. O negócio pegou fogo! Que Death Metal de altíssima categoria, guitarras bem encaixadas um baixo destruidor, vocais fortíssimos. Peso e brutalidade resume essa banda.
O Splatter toma conta do festival, na sua
“tourne” do CD “Pathologic Porn Gore Splatter”, a banda dispensa comentários, sendo do
mesmo baterista da banda “Abate Macabro” não preciso nem falar, foi “sangue e
pus” jorrando pra todo lugar. Em sequência sobe ao palco a lendária banda de
Goregrind “Necrocéfalo”, sim aquela
mesmo do inicio dos anos 90, quando eu vi isso ao vivo fiquei pasmo, há anos não
via um Goregrind tão bem tocado, com muita influência do “Punk”. A banda fez um
som incrivel, e mostrou o porque merece muito respeito ao longo desses anos.
O festival deixa de lado o Splatter e dá lugar ao Speed/Heavy Metal, “Battalion” sobe ao palco e faz uma apresentação
impecável, com casa cheia foi impossível não se empolgar com o som desses
caras, aqui quem vos escreve é um real fã há anos dessa banda, foi um show
interplanetário!! Destaque para o momento em que eles tocaram “Evitando el
Ablande” do Grupo Hermetica da Argentina, só uma palavra descreve o que foi
aquilo, ANIMAL!
O Groove Thrash Metal volta e com uma pegada
muito poderosa, “Southern Hellbound” nos traz o que há de melhor no estilo, com
uma linha muito levada para o Pantera, desta vez a pegada foi diferente, sem o
vocalista, que não pode comparecer, a banda fez um “power trio” pesado como é o
estilo e poderoso como é a banda. O sábado é finalizado com a banda de Death
Metal de Itajaí “Assassination”, sabe aquele Death Metal que todo mundo gosta,
aquele desempenhado no fim dos anos 80 e inicio dos anos 90? Pois é, é
exatamente esse som que a banda passa, ainda apesar de ser nova não erro algum
e um baterista que já tinha visto tocar em “outros carnavais” toca muito, mas a
banda inteira está de parabéns uma banda de muito futuro.
Terceiro Dia
O domingão começa mais “light”, o festival dá
espaço para bandas de Rock n’ Roll e da cidade, a primeira banda a subir no
palco é a banda “Mexe comigo e deu”, banda desempenhando um som responsa,
muitos ‘Raimundos” das antigas, ótima banda. Depois o festival dá lugar a banda
“Cavaleiros Rock”, mesclando Rock e Heavy Metal a banda toca desde The Doors
até Ozzy Osbourne, ainda peca um pouco no vocal que ao mesmo tempo é um ótimo
tecladista, mas são coisas que se ajeitam com o tempo.
“Tozzo e Banda” chega e quebra tudo no palco,
como sempre, considerado uma “lenda” em Erechim, quatro músicas bastaram para
fazer explodir o sangue dos Roqueiros presentes. “Melissa Rocker” chegou
representando Getúlio Vargas, uma garota com uma voz muito interessante,
músicos competentes, não deixou a desejar em nada.
“Thailed Sheer” me chamou a atenção por
apostar muito em musicas próprias, nas quais eu adoro e realmente paro pra ver
e ouvir, bem desempenhada apesar do baterista ter sofrido um acidente de moto
na noite anterior. Pra fechar o evento com chave de ouro, sobe ao palco a banda
de Southern Rock “The MaverickZ”, ótima banda, ótimo baterista, guitarristas de
excelente categoria, fechou o 1º “EN” Carna Rock Metal Fest de uma forma
“monstra” e sábia.
O saldo foi positivo, deu espaço para muita gente que batalha no Underground e precisa levar seu som para mais pessoas, e festivais como esse, são mais que bem-vindos pelo público e bandas do interior do estado, carentes de eventos e de espaço, mas temos que lembrar que, tanto bandas, organizadores e eventos necessitam do apoio maciço dos Bangers e fãs de Rock, para que as iniciativas não morram e possam crescer. O" En Carna", já nasce promissor e com jeito de que pode fazer história.
Por: Patrick Rafael
Revisão/textos adicionais: Carlos Garcia
Fotos: Organização do Festival
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