sábado, 30 de maio de 2015

Festival "Celebração nos Bosques de Satã VIII" - Guaramirim SC, confira entrevista e informações!

 
Criado em 2001, o festival undergound dedicado ao Black Metal "Celebração nos Bosques de Satã" chegará à sua oitava edição neste início de junho, e serão dois dias, 5 e 6 em Guaramirim-SC, contando com 20 bandas.

Diante dos obstáculos que todos conhecemos, festivais como o "Celebração" mantém a cena viva e dão espaço para que as bandas apresentem seus trabalhos ao público, e este tem motivos para celebrar a possibilidade de respirar, ver e ouvir as bandas e o som que venera, além de conhecer novos grupos da rica cena do Metal Extremo nacional.

Conversamos com Alessandro Marques, um dos organizadores, para trazer para você um pouco mais sobre o festival! Confira, e também veja as informações sobre os horários, cast e como adquirir seu ingresso.




RtM:Conte para os leitores como surgiu a ideia de realizar o “Celebração nos Bosques de Satã”, e quais foram os principais obstáculos encontrados em todos estes anos de fest.
AM:  A ideia surgiu em fazer algo totalmente underground, ou seja, tentar fazer um evento para que as bandas possam participar e mostrar seus trabalhos,  os obstáculos sempre são os mesmos, falta de patrocínio e alguém que realmente acredite que é possível fazer algo extremo no Brasil.


RtM: E você seria capaz de escolher, digamos, os melhores shows que foram realizados na história do fest e qual edição em especial foi a mais marcante?
AM: Pois então. Escolha difícil, pois todos tiveram sua peculiaridade,  se olharmos para trás, muitas dessas bandas que tocaram  estão na estrada, algumas já terminaram por algum motivo, como por  falecimento de um membro, no caso  Evil Warr,  baterista Niger. R.I.P.


RtM: E como foram os critérios para chegar ao cast de bandas que fará parte do mesmo? Vocês já sentiram feedback do público quanto ao cast do festival?
AM: O critério  foi primeiro focar nas bandas do cast principal, aí depois agregando as demais, pois recebemos muitas  propostas das bandas que querem divulgar seus trabalhos, assim posso dizer que  sempre daremos oportunidades para todos, e esse ano acabamos fazendo dois dias.


RtM: Podemos ter uma ideia da expectativa pela chegada dos dias do festival, fica aquela ansiedade para que comece logo, que tudo corra bem. Quais são as suas expectativas, quanto a aceitação e a quantidade de público que estará presente?
AM: A ansiedade é grande pois estamos trabalhando nesse festival desde março, com os contatos das bandas, ajustes de equipamento, para que tudo possa sair de acordo com o que planejamos. Com relação ao público,  esperamos que compareçam, não tem os como precisar o número exato.


RtM: E quanto a estrutura do local, o que vocês poderia informar de detalhes ao público que se deslocará para o fest? Como por exemplo, estrutura da área de camping, alimentação, cidades próximas, etc. Principalmente o pessoal de fora, que não conhece a região.
AM: Quanto ao local do show, o Curupira é um local histórico de shows Underground, pois ali já tivemos grandes shows como por exemplo Rotting Christh entre outros, os donos do local, estão se esforçando o máximo para oferecer o conforto para  camping, alimentação e tudo que possa trazer  para o público, e  sobre as cidades próximas para quem vem de fora,  tem Joinville que fica  60 km, e Jaraguá do Sul que é cidade vizinha, e a própria Guaramirim, mesmo pequena tem estrutura de hotel, bares e restaurantes .


RtM: O que vocês tiraram de lições de outros festivais realizados, que vocês pegaram como exemplo para aplicar no “Celebração nos Bosques de Satã”. Como por exemplo: “Isso temos que fazer porque funciona bem” e também, claro, o que observaram em outros festivais que não funcionou e vocês tomaram o cuidado para não cair no mesmo erro?
AM: Todo festival é um aprendizado, sempre estamos querendo melhorar, pois sabemos que estamos sozinhos sem apoio algum, ou seja,  aplicamos o que vemos nos shows, tipo: "poderíamos fazer assim", estamos atento aos detalhes, pois isso faz a diferença. E ter os pés no chão, um passo de cada vez.


RtM: E a cena em geral do Metal nacional? Como vocês estão vendo? Quais as principais barreiras e dificuldades ainda encontradas e como podemos superá-las?
AM: O Metal Nacional  está se unindo cada vez mais, estamos vendo que as bandas  pararam de intrigas, mas sempre tem, não podemos negar, e nosso objetivo na Celebração é unir cada vez mais, por isso optamos por um cast variado com bandas de outros estados para unir cada vez mais a Cena.
Superar isso, as dificuldades, é com informação, não ficar rotulado, claro, sem perder suas ideologias, mas temos que expandir  as ideias, não ficar enclausurado, e a internet  de certa forma acaba fazendo isso, pois muitos falam que irão apoiar mas na hora  não aparecem, lógico todos tem seus motivos, mas não podem dizer que não existem shows,  e a frequência está cada vez maior.

RtM: Obrigado pela atenção pessoal, ficamos no aguardo do grande dia, que o fest seja muito bem sucedido e que venham mais e maiores edições! Fica o espaço para sua mensagem final!
AM: Ficamos no aguardo para todos os guerreiros comparecerem na Celebração e temos certeza que Unidos seremos mais Fortes, e Convoco todos a prestigiarem o evento, pois será uma confraternização, pois iremos reencontrar amigos. E agradecemos o espaço dado, Obrigado pelo apoio!!


Entrevista/Edição: Carlos Garcia


Informações:

Para adquirir seu passaporte antecipado (até dia 02/06)
basta depositar o valor de R$ 50,00 para:
Agência 1000 op. 013 - Conta poupança 00002052-9
Caixa Econômica | Victor Hugo Kudrek Sulzbach
envie o comprovante com nome e RG para:
inthesatanswoods@hotmail.com
Você irá receber um e-mail confirmando a compra, certifique-se de digitar corretamente o e-mail para não ocorrer transtornos.
o ingresso será liberado no local do evento com o seu nome na lista.

Contatos: 41-9778-2398 ou 9633-0271
PERFIL DO EVENTO 

  
Excursões:
Porto Alegre-RS 
Curitiba-PR








quarta-feira, 27 de maio de 2015

Cobertura de Show - Grave Digger: O Retorno dos Ceifeiros ao RS (Rock And Roll Sinuca Bar - 09/05/15, Novo Hamburgo/RS)


Dois anos se passaram desde a última passagem do Grave Digger pelo Rio Grande do Sul. Se em sua 2° visita tocaram na capital gaúcha no tradicional Beco, desta vez os alemães invadiram Novo Hamburgo, mais precisamente o Rock And Roll Sinuca Bar no dia 09/05 (sábado), onde promoveram a turnê de divulgação de seu mais recente trabalho “Return of the Reaper” (2014).

Uma ótima escolha, já que o local é de fácil acesso, sendo que o horário do show também colaborou para o deslocamento e volta para casa (pois consentiu com os horários do transporte público).

O que notamos ao chegar no local era o pouco público, que infelizmente não compareceu em peso. O show estava marcado para iniciar as 21h, antes de seu começo o organizador do evento fez um pedido, para que ninguém subisse ao palco, pois em São Paulo um fã subiu e praticamente “enforcou” o vocalista Chris Boltendahl, então se alguém subisse o show iria parar.


Após esse pedido (e claramente respeitado pelos presentes) a intro “Return of the Reaper” ecoa nos PA’s e o primeiro a entrar em cena é o “novo” tecladista Marcus Kniep (que substitui H.P. Katzenburg), que chega vestido de morte causando euforia nos bangers.

Não demora muito para Stefan Arnold (bateria), Jens Becker (baixo), Axel Ritt (guitarra) e Chris Boltendahl (vocal) assumirem seus postos e logo de cara despejarem “Hell Funeral” (de seu novo álbum), deixando os fãs enlouquecidos.


E para manter o nível lá em cima o clássico “The Round Table” (“Excalibur” – 99) chega, e transforma a casa em um verdadeiro caldeirão, assim como “Witch Hunter” (“Witch Hunter” – 85), mostrando que a noite seria mais do que especial.

Os músicos do Grave Digger são realmente fantásticos, se divertem em palco, conquistando cada fã e não poupando energia, se entregando ao mais puro Heavy Metal. E é isso que eles entregaram sem piedade e “The Dark of the Sun” (“Tunes of War” – 96) vem para todos cantarem seu refrão épico e marcante.

O som da casa desta vez não estava muito bom, principalmente em seu começo, que foi sendo ajustado ao decorrer do show. Mas nada que comprometesse a apresentação. Já a estrutura de palco estava excelente assim como o jogo de luzes.


Chris é um frontman espetacular, além de ser extremamente carismático interage com os fãs, conversa, se demonstra muito bem-humorado, e com toda essa simpatia apresenta uma das melhores músicas criadas pela banda nos anos 2000, a poderosa “Ballad of Hangman” e seu refrão pomposo e grudento. Sem contar sua velocidade estonteante, fazendo os presentes irem ao headbanging até o seu final.

Então era hora de uma sequência bem oportuna, com “Seasons of the Witch”, “Lionheart” e “The Last Supper”, deixando muito marmanjo com os olhos marejados, mas a um ponto que devemos ressaltar, o Grave Digger sempre teve uma mudança constante de guitarristas, mas sempre manteve músicos de qualidade, não que Axel não seja um ótimo músico, porém essa mudança excessiva que ele faz nos solos tira toda a característica das músicas, pois sim o Digger é daquelas bandas que se decora até os solos e você espera por eles ansiosamente, mas se decepciona, pois atualmente com Axel tomam um rumo “diferente”.


“Hammer os the Scotts” do bom “The Clans Will Rise Again” (2010) também deu suas caras, assim como “Tattooed Rider” do novo disco, o que deu uma certa esfriada nos fãs.

Mas após a ótima “The Curse of Jaques” uma trinca que valeu a noite: “Excalibur”, “Knights of the Cross” e “Rebellion (The Clans Are Marching)”, certamente seus maiores clássicos, fazendo todos cantarem a plenos pulmões. Mostrando que nesses mais de 30 anos a serviço do Heavy Metal não foram em vão, criando clássicos que passaram no teste do tempo, e mantendo uma sonoridade relevante e poderosa.

O show chegava ao seu fim, e antes do já famoso “final fake”, tivemos “Highland Farewell” e a inesperada “Morgane Le Fay”. Para então retornarem ao palco e “Heavy Metal Breakdown” fazerem todos cantarem junto com punho erguido, um dos clássicos mais tradicionais do Heavy Metal mundial.


Mais um grande evento feito pela Ablaze Productions, onde trazem ao Sul mais um gigante do Heavy Metal. 

Fica nosso pesar pelo público, que infelizmente dá “sinais” de fraqueza, pois sem público não se há espetáculo, e aquela frase manjada que muitos músicos e produtores usam faz total sentido: “São vocês (público) que fazem o show”.


Cobertura por: Renato Sanson
Fotos: Diogo Nunes






sexta-feira, 22 de maio de 2015

Monsters Tour Parte II: Os Dinossauros Ainda Reinam Sobre a Terra (Estádio Zequinha POA - RS-30/04/2015)

Leia a primeira parte da Monsters Tour "O Outro LadoAQUI.

Se o dia 30/04 reservou muitas surpresas (negativas) a Porto Alegre pela vinda da Monsters Tour, os shows em si eram esperados ansiosamente.


ZERODOZE

Então era hora do trio gaúcho Zerodoze iniciar os trabalhos, e logo de cara a produção de palco da banda impressionava, assim como o som, que estava perfeito! O trio formado por Cristiano Wortmann (guitarra/vocal), André Lacet (baixo) e Jean Montelli (bateria) fizeram um ótimo show, demonstrando domínio de palco e cativando bastante o público que ainda chegava ao Estádio.

A abertura do show com “Essa Mulher” mostrou grande competência, arrancando muitos aplausos dos presentes, assim como “Esperança e Redenção”, “Ninguém” e os covers de “Wrathchild” (Iron Maiden) e “Symphony of Destruction” (Megadeth).

Uma grande apresentação que ficará marcada na carreira da banda.


MOTÖRHEAD

Então era hora de uma das lendas Rock N’Roll mundial entrar em cena (mais precisamente sua terceira apresentação em solo gaúcho, a primeira em 1989 e a segunda no ano 2000), e após uma rápida troca de palco o trio inglês mais “barulhento” do mundo chega para mostrar sua força!

Aos poucos entrando em palco Lemmy reverencia os presentes e diz logo de cara: “Nós somos o Motorhead e tocamos Rock and Roll”. E aí amigo, o que se viu foi uma chuva de clássicos, por um trem desgovernado (um pouco mais contido é claro), do calibre de “Shoot You in the Back”, “Damage Case” e “Stay Clean”, que iniciaram a apresentação.


Claro que notamos a certa fragilidade de Lemmy ao vivo, as músicas também estão com um andamento menos veloz, mas não se engane, pois o que se viu foi uma usina de energia transbordando força.

Era notável cada esforço de Lemmy, que empunhando seu belíssimo Rickenbacker tirou um som estrondoso, algo que só os mestres conseguem.

Phil Campbell é um show à parte, além de ser a força motriz dos riffs, agita o tempo todo e interage muito com a galera, tomando pra si o posto de "porta voz oficial", já que Lemmy visivelmente poupava todo esforço que fosse possível, embora tenha comunicado-se com o público algumas vezes, inclusive cobrando uma empolgação maior, dizendo que ele estava ali, mesmo sentindo dor, então pediu mais entusiasmo, sendo saudado a cada palavra e cada gesto. E nem seria preciso elogiar o espetacular Mikkey Dee, que esmurrou seu kit sem dó.


“Metropolis” vem para tirar lágrimas de qualquer marmanjo, assim como “Over the Top”, que antecedeu o ótimo solo de guitarra de Campbell, que deu uma aula de puro Rock N’Roll.

Após o clássico inesperado “Rock It”, duas composições de seu mais recente álbum “Aftershock” são tocadas, “Do You Believe” e “Lost Woman Blues”, que antecederam a poderosa “Doctor Rock” onde abriu espaço para o solo de bateria destruidor de Mikkey.

Algo que temos que comentar foi o certo “desânimo” do público, Mikkey Dee ficou instigando os presentes para agitarem, fazerem barulho, mas parecia não ser correspondido. Creditamos um pouco disso, ao fato de que muitos preferiram assistir com atenção, aproveitando cada segundo de estar em frente a uma lenda, e que talvez fosse a última vez que teriam essa oportunidade.


Após as ótimas “Just 'Cos You Got the Power” e “Going to Brazil” estávamos chegando ao fim dessa apresentação épica e histórica, e Lemmy dá um certo puxão de orelha nos presentes dizendo que eles são apenas três e fazem muito barulho e querem ver todos agitando agora, e “Ace of Spades” chega para delírio de todos os fãs.

E ainda teve o bis com a poderosa “Overkill” e seus bumbos na “cara”.

Então chegava ao fim o sonho de muitos que queriam ver o Motorhead ao vivo, e podemos dizer que Lemmy mesmo com todos seus problemas de saúde se mostrou carismático e se esforçando ao máximo em dar o seu melhor, pois a expressão de dor e cansaço eram visíveis, mas deu aos seus fãs uma aula de som pesado, comprometimento e amor pelo que se faz.

Se esse é o último show da banda ou um dos últimos não sabemos, só podemos dizer que sim, vimos DEUS, LEMMY IS GOD!

Setlist:
Shoot You in the Back
Damage Case
Stay Clean
Metropolis
Over the Top
Guitar Solo
The Chase Is Better Than the Catch
Rock It
Do You Believe
Lost Woman Blues
Doctor Rock (com solo de bateria)
Just 'Cos You Got the Power
Going to Brazil
Ace of Spades
 Encore:
Overkill


JUDAS PRIEST

Chegava a hora de mais um gigante que retornava a Porto Alegre, mas desta vez marcando sua 4° passagem (a terceira com Halford) e promovendo seu mais recente disco “Redeemer of Souls”, além de apresentar o novo guitarrista Richie Faulkner (que está com a banda desde 2011).

O que você esperaria de uma banda com quase 50 anos de estrada e que de fato é o próprio Heavy Metal? Precisa explicar?


Um show avassalador, uma banda coesa e que transborda energia (com exceção de Faulkner o restante dos integrantes já passaram dos 60 anos), com ele o Metal God dando show, cantando como nunca, despejando seus agudos fantasticamente, calando a boca de muitos sobre suas performances ao vivo nos últimos tempos, era visível a satisfação e admiração de muitos bangers com a lição de Halford.

Como a banda vem divulgando seu novo trabalho o show se iniciaria com ele e após a intro “Battle Cry”, “Dragonaut” vem para esquentar a noite fria que acompanhava os gaúchos, com seu refrão cantado em uníssono.


E para explodir de vez o Estádio Zequinha “Metal God” chega com suas batidas fortes e marcantes, com Halford marchando em direção da plateia e dominando os presentes, assim como o peso descomunal do baixo de Ian Hill e seu timbre monstruoso, mais parecendo um trovão.

“Devil’s Child” mantém o alto nível do show com Glen e Faulkner roubando a cena, esse último então, deixou claro ser a pessoa certa para o Judas Priest, dando um novo gás a banda, agitando muito, interagindo o tempo todo, além de cantar todas as músicas, demonstrando ser, além de grande músico, um grande fã.


A produção de palco também impressionava, um telão ao fundo que mudava a cada música e com Halford mudando de roupa a todo instante, dando diversos climas ao show, além de sua movimentação constante pelo palco.

E que viria a brilhar ainda mais com a execução de “Victim of Changes”, fazendo o público explodir, principalmente nas partes em que o Metal God era exigido em seus agudos característicos, deixando até mesmo o fã mais incrédulo impressionado.

“Halls of Valhalla” do novo disco abre as portas com muito peso para uma das melhores da noite, “Turbo Lover” e seu clima épico, com Halford comandando todos no seu refrão marcante e grudento.


Seguindo a aula metálica “Redeemer of Souls” abriu caminho para uma sequência no mínimo fantástica, arrancando lágrimas dos fãs com “Jawbreaker”, “Breaking the Law” e “Hell Bent for Leather” (sim e nessa Halford entrou com sua Harley Davidson em palco para delírio geral), o entrosamento de Tipton e Faulkner é incrível, além da precisão sonora da cozinha, com o Sr. Ian Hill despejando trovoadas e com Scott Travis mostrando muita precisão e técnica a cada nota tocada.


Mas como estamos falando de Judas Priest, eles ainda tinham mais munição e “The Hellion” seguida de “Eletric Eye” vem para deixar todos de punho erguido cantando com a banda, que logo receberia a arrasa quarteirão “Painkiller”,  mas antes Scott provocou perguntando qual música gostaríamos de ouvir, e claro que ela seria a pedida para simplesmente botar o Estádio abaixo, com sua introdução animalesca na bateria, e com Halford dando conta do recado e até fazendo vocais guturais em determinadas partes.

Para fechar essa aula do mais puro Heavy Metal “Living After Midnight” dando o ar de despedida e a sensação que a banda ainda tem muita lenha para queimar.

Com esse show podemos constatar que o Judas Priest é o verdadeiro Heavy Metal!

Setlist:
Battle Cry (Intro)
Dragonaut
Metal Gods
Devil's Child
Victim of Changes
Halls of Valhalla
Turbo Lover
Redeemer of Souls
Jawbreaker
Breaking the Law
Hell Bent for Leather
Encore:
The Hellion / Electric Eye
Painkiller
Encore 2:
Living After Midnight


OZZY OSBOURNE

Para encerrar o Monsters of Rock nada melhor que um dos pais do Heavy Metal, o “príncipe das trevas” Ozzy Osbourne!

Acompanhado por uma excelente banda de apoio (que se mantém desde 2010), o Madman retorna a Porto Alegre pela 3° vez (uma com o Black Sabbath e duas vezes solo), e como de costume o “velho mais louco do Rock” sabe como dominar uma plateia, seu carisma é contagiante, o que ficou visto no começo do show com os clássicos “Bark at the Moon” e “Mr. Crowley” que incendiaram os presentes, que cantaram a plenos pulmões junto com Ozzy.


A banda que acompanha o Madman é simplesmente fantástica, a começar pelo guitarrista Gus G. (Firewind) que esbanja uma técnica absurda, além de estar muito mais à vontade em comparação ao show de 2011 no Gigantinho.

Rob “Blasko” (ex-Danzig e Rob Zombie) mostra muita segurança nos graves, além de ter ótima presença de palco. A banda se completa com o tecladista Adam Wakeman (filho do lendário Rick Wakeman) e o destruidor de peles Tommy Clufetos, que simplesmente rouba a cena pelo seu modo enérgico de tocar.

Além dos clássicos que Ozzy trouxe nesses mais de 50 anos dedicados ao Heavy Metal, veio consigo seus jatos de água e espuma para os fãs, onde de fato fez os seguranças e fotógrafos passarem trabalho, pois o Madman não se importava e molhava a todos, já os fãs sabiam e vibravam cada vez que Ozzy molhava todos na primeira fila.


“I Don't Know” veio na sequência (junto com muitos “Eu Amo Todos Vocês”), abrindo os portais do inferno para o primeiro clássico do Black Sabbath “Fairies Wear Boots” e seu riff tocado fielmente.

O que chama atenção nos shows do Ozzy é que tudo é feito milimetricamente para o “príncipe das trevas” brilhar, um show muito bem ensaiado, e com um setlist na ponta para ganhar o público, disparando clássicos atrás de clássicos, aliado a inquietude de Ozzy, que se movimentava a todo instante, além de sua voz estar boa para ocasião, se comparado com a última passagem junto ao Black Sabbath.


“Suicide Solution” e “Road to Nowhere” mantiveram o alto nível do espetáculo, assim como “War Pigs” (com destaque a Tommy).

A excelente “Shot in the Dark” deu uma esfriada nos ânimos (podemos dizer a menos clássica do set), assim como a instrumental do Black Sabbath “Rat Salad” (que não precisaria estar no setlist, ainda mais com os excessos de solo de bateria e guitarra).

Mas com a volta do Madman ao palco o clássico “Iron Man” esquentou os gaúchos novamente, com todos cantarolando seu riff clássico, e sem tempo para respirar “I Don't Want to Change the World” e “Crazy Train”, levando todos ao êxtase.


Fechando a apresentação a já carimbada e sempre funcional “Paranoid”. De fato, esse foi o melhor show de Ozzy desde sua primeira vinda a Porto Alegre, contagiou a todos e mostrou que mesmo com 66 anos ainda tem muitas tours pela frente.

Setlist:
Bark at the Moon
Mr. Crowley
I Don't Know
Fairies Wear Boots
Suicide Solution
Road to Nowhere
War Pigs
Shot in the Dark
Rat Salad
 (Guitar and Drum solos)
Iron Man
I Don't Want to Change the World
Crazy Train
Encore:
Paranoid

Algo que não se pode reclamar do Monsters foi a qualidade sonora apresentada, pois sim o som estava perfeito, desde a banda de abertura até o último show, soando cristalino e potente.

Os telões posicionados também ficaram ótimos, o que facilitava para o pessoal que estava mais atrás.

Entre erros e acertos os shows compensaram a maioria dos problemas, pois tivemos na mesma noite três lendas do Heavy Metal mundial, que não pouparam esforços e deram o seu melhor para os fãs.


Cobertura por: Renato Sanson
Fotos: Diogo Nunes
Revisão: Carlos Garcia

terça-feira, 19 de maio de 2015

Panzer: Cada dia Mais Forte e Mais Alto! (Entrevista + Resenha DVD)


Com mais de 20 anos na estrada, os thrashers brasileiros do Panzer passaram por todas as dificuldades comuns a qualquer banda de Metal, inclusive com a banda encerrando as atividades por um período, mas nem na época mais difícil o Panzer deixou de seguir em frente. Quando não havia espaço para as bandas de Metal, eles criaram seu próprios festival. Não há gravadora? é arregaçar as mangas e lançar o trabalho de forma independente. Ou seja, assim como outros exemplos positivos, a banda nunca ficou reclamando da situação, acreditou no seu trabalho e correu atrás. ( Read Here the English Version of this Interview)

Comemorando esses mais de 20 anos de Metal, a banda lanço o DVD/CD "Louder Day After Day", e para falar desse lançamento, sobre todos esses anos dedicados ao Metal, um pouco de história, além da polêmica que envolveu a questão da utilização do nome "Panzer" por uma banda alemã, conversamos com dois dos fundadores, André Pars (guitarras) e Edson Graseffi (bateria), e o resultado você confere abaixo, além de, no fim desta matéria, temos a resenha do DVD!


RtM: Para começar gostaria que vocês falassem um pouco de como é a sensação de, de repente perceber que se passaram mais de 20 anos de estrada, e, se possível, descrever alguns dos momentos mais importantes na história do Panzer para vocês.
André: É engraçado às vezes, parar e pensar no tempo que passou. Quando vc está dentro da coisa toda, não sente o tempo passar...acredito que a banda teve em sua maioria ótimos momentos, mas momentos ruins também existiram e esses servem de aprendizado e combustível também, como quando nos separamos, mas, em contrapartida teve também a alegria do retorno em 2012, a receptividade da galera, que não imaginávamos que seria dessa forma , etc...É difícil citar um ou outro momento.  Todos os nossos lançamentos são especiais, nossa viagem para a Argentina, a volta da banda, os Panzer Fest, etc...Não podemos nos queixar...Rolou muita coisa bacana e ainda tem muita coisa vindo por aí...

RtM: O DVD “Louder Day After Day” é um lançamento que também marca esses mais de 20 anos de estrada. Como foi todo o trabalho de produção dele, se vocês conseguiram o resultado esperado.
André: Na verdade tudo foi extremamente simples. Nós queríamos um DVD que mostrasse a banda da forma como ela é nos palcos. Sem retoques, sem consertos, sem edições, nem nada disso. Quem assiste o DVD tem a sensação de estar realmente dentro do show.


RtM: Ainda rola aquele frio na barriga ao subir no palco, principalmente sabendo que o show está sendo gravado? Sabemos que é diferente tocar sabendo que está sendo feito uma gravação.

André: Frio na barriga sempre rola, mas estávamos muito tranquilos pois o nosso foco maior era mostrar o que realmente somos. Não havia a preocupação com a perfeição. Assistindo ao DVD a galera vai poder notar que estávamos realmente nos divertindo no palco e isso facilita demais as coisas. Quando vc é apenas vc, tudo flui de forma tranquila. Se tentássemos ser perfeitos, com certeza o show seria um fiasco. Mas no fim das contas, tudo deu muito certo. O DVD não contém edição de áudio, quisemos deixar tudo como rolou...A gente curte assim.
Hoje em dia, vemos muito material de bandas totalmente refeito em estúdio. E aí te pergunto: qual o sentido disso então? O Metal e o Rock são viscerais e não tem a obrigação e não devem ser perfeitos ou acadêmicos. Tem que ser divertido e no nosso caso, pesado e alto pra cacete...ahahahahah!!!!!


Recentemente fizemos o programa Brasil 2000 ao vivo. A pressão é ainda maior pois além de ser ao vivo, está sendo transmitido pra muita gente. E rolou da mesma forma que o DVD. Foi tudo muito tranquilo e foi legal pacas!!!! Quem tiver a curiosidade, basta acessar http://www.brasil2000.com.br/arquivo/246/brasil-2000-ao-vivo-101-panzer
e ir na aba Brasil 2000 ao vivo. Tem nossa foto e é só clicar e ouvir...
Somos assim, o Panzer tem sido assim. Sem stress e na hora que subimos no palco, a gente se transforma...
Subimos no palco, mandamos o nosso som alto e pesado e sem frescura!!!!

RtM: E para o pessoal que ainda não conhece o trabalho da banda, e está lendo sobre este DVD, o que você diria para eles, o que eles podem esperar e o que vão encontrar nesse DVD? Espaço para “vender o peixe” heheh!
André: Bom, como já falei anteriormente, o principal que a galera vai ver e ouvir, é uma banda de verdade...Sem qualquer retoque. É a nossa essência e o nosso som cru, curto e grosso. O DVD mostra um apanhado da nossa carreira. No DVD/CD, as pessoas podem ouvir material lançado nos discos "Inside", "The Strongest" e "Honor". Acompanha o DVD, um CD de áudio, que contém exatamente o mesmo show, com o mesmo áudio do dvd e que ainda inclui o EP "Brazilian Threat", que nunca havia saído em formato físico, apenas em formato digital. 


No disco de DVD, ainda rolam 03 videoclipes e uma galeria de fotos da banda ao vivo. O material está bem bacana e mostra bem a banda na sua atual fase. Quem tiver interesse em adquirir, pode facilmente encontrar na Galeria ou mesmo em sites de compra como Mercado Livre, Submarino, etc...e fizemos questão, juntamente com a Shinigami, que foi a gravadora que lançou o DVD, de manter os preços ultra acessíveis. É botar pra rodar, aumentar o volume e curtir! Como dizíamos no passado “Música para ouvidos não delicados”.


RtM: E como vocês veem o cenário atual do Metal brasileiro? Pessoalmente, ainda vejo, principalmente em votações de sites e revistas, que grande parte do público se prende às mesmas bandas ano após ano, sendo que todo momento aparecem coisas novas e além disso, tem muita gente com estrada sempre correndo por fora que merecia muito mais atenção. O que vocês pensam a respeito?
André: Sempre vai ser assim. É assim no mundo todo, mas no Brasil ainda temos o agravante da “pagação extrema de pau pra banda gringa” A banda pode ser ruim ou mesmo estar decadente, mas parece que muita gente sempre vai considerar o que se faz lá fora melhor do que o que tem aqui. O cara prefere pagar 400 paus pra ver um show de uma banda internacional em fim de carreira, que faz shows burocráticos a assistir a uma banda nacional com sangue nos olhos e que tem muito a mostrar e com qualidade. 

O Panzer nunca foi de ficar reclamando da situação. Nos anos 90, quando não havia mais espaço para bandas de metal mais porrada e sim apenas para o metal melódico, nós não nos deixamos abater e montamos alguns festivais. Criamos espaços pra mostrar o nosso som e o de quem a gente achava que merecia. Foi assim também após a volta da banda em 2012...Os espaços pra apresentar shows de Metal estão cada vez mais restritos e aí, montamos o Panzer Fest, buscamos outros espaços e estamos aí. Seguimos mais fortes do que nunca.
Se você tem uma banda e vê que a coisa tá ruim e simplesmente se contenta em reclamar, pode ter certeza que tua banda não vai vingar. A luta é dura, é diária, mas vale a pena. Somos como um Blindado que não para fácil...


RtM: Falando em novidades, que bandas novas daqui do Brasil e de fora tem lhe chamado atenção?
André: Não sei se posso considerar como bandas novas, mas são bandas que começaram a aparecer mais agora. Gostei muito do Climatic Tierra da Argentina, que é uma banda na linha do In Flames, muito boa...curto o som do Mastodon, Killswitch Engage, Blackberry Smoke, Nile e por aí vai... tem muita coisa bacana e isso não quer dizer que devemos deixar de curtir os veteranos, muito pelo contrário, o Black Sabbath pra mim é quase que uma religião, mas acredito que é sempre bom conhecer o que aparece de novidade. Abrir a cabeça é legal e não tem contraindicação. 

E o mais importante, na minha opinião, é perder o preconceito. Às vezes deixamos de conhecer alguma coisa pois não achamos que a estética da banda seja fiel às coisas que acreditamos, e nessa, muita coisa boa passa batido...
Curto coisas de fora do Metal e até mesmo fora do Rock, mas que no momento certo, me fazem a cabeça e me mostram novos caminhos musicais...

RtM: E as recentes polêmicas envolvendo a questão da utilização do nome Panzer (que após, adicionaram “The German” à frente do nome) pela banda alemã formada por Schirmier (Destruction) e Hermann Frank (ex-Accept)? Inclusive vi algumas declarações deles em algumas revistas e sites especializados. Achei algumas frases até um pouco arrogantes por parte deles. Eles chegaram a forçar a barram ou tentar alguma negociação pra usar o nome? Conversaram com vocês?
André: A grande confusão foi que a banda Alemã, não se deu ao trabalho de procurar na internet se havia alguém usando esse nome. Simplesmente batizaram a banda e foda-se. Por serem alemães, se acharam no direito de usar a palavra Panzer e pronto!
Temos o direito legal do uso do nome no Brasil, o nosso nome é registrado. Portanto, eles não podem chegar no nosso país, usar o nome de uma banda que têm 24 anos de carreira, e simplesmente nos ignorar. Não é assim que a coisa funciona. Sabemos dos nossos direitos e informamos o empresário da banda, que foi muito hostil e mal-educado conosco. 

Nossos fãs compraram a briga e detonaram as páginas  dos caras nas redes sociais e depois disso, muito a contra-gosto, os caras acrescentaram o The German no nome...Se eles vierem se apresentar aqui no Brasil, é como "The German" que devem ser anunciados pois senão temos todo o direito de embargar o show. E pode ter certeza que o faremos. Somos brasileiros, estamos na batalha e exigimos respeito. Não somos paga-pau de gringo...Quando a galera das bandas e até mesmo o público, entender que o som que o Brasil produz é tão bom ou até melhor que muita coisa lá de fora, talvez a nossa cena cresça de verdade...O Metal brasileiro é muito mais respeitado fora do Brasil do que no nosso país...Pudemos sentir isso recentemente indo pra Argentina...Eles nos respeitam e amam o som feito no Brasil. Cabe a nós todos mudarmos isso...Público e bandas. Pensar grande e não se diminuir perante qualquer banda gringa, afinal, todos são seres humanos com virtudes e falhas, não existe super-herói...


Edson: Agradeço a vocês primeiramente, porque até agora, apenas vocês estão nos dando a oportunidade de falar sobre isso. Foi dada a oportunidade pros gringos nos "zuarem" em alguns veículos , mas ninguém havia nos dado o direito de resposta.
Cara, eu fui acusado de ser nacionalista, fui acusado de ser louco, fui tratado de forma mal educada , tudo isso  pelo assessor de imprensa deles. Da gravadora dessa banda, tive apenas um pedido de desculpas e veladamente um foda-se. E é assim que estes caras veem o Brasil.

Tudo o que o André disse, eu torno minhas palavras também e fica claro que o nome Panzer dentro do Brasil é nosso, temos registro e trabalhamos com ele há 24 anos. Não pagamos pau para gringos, muito pelo contrário, nossa missão é valorizar o nosso trabalho de mais de 2 décadas.
Toda essa confusão, simplesmente, está sendo levada adiante por interesses financeiros, de se vender uma prensagem de CD , o que me deixa mais abismado. Então, uma prensagem de CD e seu lucro pífio vale mais que um trabalho de 24 anos como o nosso? É patético...


RtM: É mais que obrigação qualquer veículo que se preze dar espaço ou direito de resposta. Acompanhamos a situação e achamos mesmo um desrespeito. E foi legal a atitude dos fãs do Panzer também, em defender, não só a banda que curtem, mas o bom senso e o que é correto.
André: Queríamos aproveitar pra agradecer os nossos fãs e amigos, que nos ajudaram nessa...Aos que insistem em ficar do lado de uma banda que chegou agora, só podemos dizer que o tempo vai mostrar, como já o fez, quem está aí pra ficar...Esses alemães podiam ter feito a coisa de uma outra forma e poderíamos até tocar juntos, mas o ego deles os impediram de conversar conosco...o triste é que há algumas pessoas, inclusive da imprensa, que defendem a atitude deles por simples interesses comerciais...isso é realmente triste!



RtM: Voltando ao que realmente interessa, e os próximos passos do Panzer, o que a banda tem de planos a curto e médio prazo?
André: O Panzer não para! Acabamos de lançar o DVD e estamos promovendo esse material, mas já pensamos em mais...Esse ano faremos bastante shows pelo país e devemos voltar para a Argentina e mais algum país da América do Sul provavelmente. Os EUA e o México são nosso foco para 2016. E também, a galera pode esperar, que em breve estaremos soltando um single, um clipe, um EP, etc...e por aí vai. A máquina não pode parar...


RtM: Pessoal, obrigado pela atenção, fica o espaço para sua mensagem aos leitores e aos fãs da banda!
André: Queremos agradecer os nossos fãs, que são muito especiais, queremos agradecer a vcs pelo espaço fantástico e acima de tudo, pedir ao grande público, que comece a sair de casa pra ver o que está rolando na cena Metal Nacional. Saia da frente do computador e venha assistir a shows ao vivo...A experiência é outra...As bandas precisam de vocês e a cena Metal no geral também. Vamos valorizar o nosso som...!!!!!!

Stronger Day After Day!!!!!!!!!!!

Entrevista: Carlos Garcia
Fotos: Divulgação
Assessoria: Metal Media

O Panzer é:
André Pars: Guitars
Edson Graseffi: Drums
Rafael Moreira: Vocals
Rafael DM: Bass

Facebook 
Official Web Site




Resenha DVD/CD - Panzer "Louder Day After Day" (Live Panzer Experience)

Cada Vez Mais Forte e Mais Alto!

Após uma para longa, mas sem jamais deixar o nome Panzer e o Metal morrer em suas veias, os thrashers brasileiros, oriundos de São Paulo, retornaram ainda mais fortes em 2012, lançando em seguida o álbum "Honor" (2013), trazendo toda a energia e experiência dos membros fundadores André e Edson, aliada a força e juventude dos novos integrantes, Rafinha e Rafael DM, em um trabalho muito bem recebido pela imprensa especializada e público.

Mas a máquina não para, além de seguir organizando festivais como o "Panzer Fest", o Panzer sempre está com alguma novidade, seja CD, EP, Clipe ou este lançamento duplo, o DVD/CD "Louder Day After Day", ou seja, os caras estão cada vez mais incansáveis, e parecem querer recuperar com sobras o tempo parado.


E uma banda incansável é o que podemos ver em palco no show gravado para este DVD, gravado em São Paulo no Espaço Som Estúdio, dia 26/04/2014.
Com uma produção simples, porém com ótima qualidade de som e imagem, o DVD leva o fã direto pra dentro do show, transmitindo a sensação de estar presenciando ao vivo. E essa foi a ideia da banda, um material simples, mas que levasse com fidelidade o que é o Panzer ao vivo, tanto para os fãs que já puderam conferir a energia da banda de perto, quanto aos que não puderam mas gostariam de sentir a força do tanque Thrash. O certo que é que todos terão em mãos um excelente registro.

Com um desfile de pedradas e performance carregada de entusiasmo e energia, mandam músicas que abrangem toda a história do Panzer, desfilando peso e groove, com seu Thrash empolgante, que ora flerta com o Metal Tradicional e Stoner. É pedrada atrás de pedrada, iniciando com "Speedy", seguida de  "Affliction", onde Rafinha já mostra que tem uma garganta de aço! "Red Days", que a banda anuncia como "uma baladinha romântica", a qual alterna passagens ultra-pesadas com outras mais Stoner ( com direito até uma citação do Sabbath), "Victim of Choices" e seu andamento cadenciado e ótimos riffs, perfeitos para o headbangin', e o encerramento com a veloz "Rising", pra fechar quebrando tudo, só para citar algumas, pois é impossível desprender o olho da tela e bangear sem parar.

E ainda junto com o DVD, vem o CD contendo o show em áudio e como bônus o EP "Brazilian Threat", antes somente disponível em formato digital.
Corra já atrás da sua cópia! Obrigatório.

Texto: Carlos Garcia

Lançamento: Shinigami Records (adquira aqui o DVD)
Assessoria: Metal Media



Tracklist:
1. Speedy
2. Affliction
3. Red Days
4. The Morning After
5. The Last Man On Earth
6. Heretic
7. Intruders
8. Savior
9. I Wanna Make You Pay
10. Burden Of Proof
11. Victim Of Choices
12. Rejected
13. N.S.A
14. Rising

Bônus:
Videos:
. Alma Escancarada
. Rising
. Last Man on Earth
Álbum de fotos

CD:
Contém o mesmo track-list do DVD mais Bônus: (EP Brazilian Threat):
Burden Of Proof
 Red Days
Hastening To Death