quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Made in Brazil: Madness - Simplesmente Devastador


Uma das grandes contribuições do Krisiun para a cena Metal do nosso país foi o fato de abrir as portas para o Metal na sua forma mais extrema, sendo que o avanço dos gaúchos veio a contribuir para o sucesso de grandes hordas como Funeratus, Mental Horror, Amaduscias, dentre outras. Entretanto, ainda existem milhares de bandas dos mais variados estilos que merecem muito mais apoio da mídia e dos fãs em geral, entre elas vamos destacar agora o Death metallers do Madness.

Formação atual dessa grande banda da cena underground paulista

Formada em 2005 em Piracicaba/SP e composta por Rô Moreira (baixo), Alexandre J.Guerreiro (vocal), Felipe Coradini (guitarra), Gardenal Orgen (bateria) e Danilo "Corrosion" Mardegam (guitarra) e abraçando como estilo o Death Metal na sua forma mais brutal, mas sem perder a técnica, dando uma sensação de caos total para aqueles não familiarizados com a proposta da banda porque a atmosfera de ódio e peso que toma conta do lugar quando você ouve o som dessa horda é espetacular.

Sei que as bandas não curtem comparações, mas nesse caso tão teve como não lembrar de Deicide, Nile, Incatation e outras (pelo comparativo deu para sentir o poder de fogo dos caras, não?).

A parte lírica ajuda muito nesse cenário, pois pós-morte, exorcismo, o lado mais podre do ser humano são expressos na primeira demo da banda. Temas bem tranqüilos para você cantar junto com a sua namorada. Destaque total para a letra de “In the Valley of the Suicide”.
Já que comecei a citar uma demo, vamos falar um pouco das demais, sendo que a primeira veio na forma de “Limbus The Threat of Six”, um belo cartão de visita lançado em 2007. Um ano depois no Brasil pela Genocidio records é lançada a demo ensaio “Fury In Blood” que traz apenas 6 músicas, mas que demonstram todo o poderio de destruição da banda.
A única parte negativa se deve um pouco a qualidade da gravação, já que foi uma demo ensaio e um pouco a arte gráfica, mas uma simples olhada no Myspace dos caras (que apresenta novas músicas) dá para sentir que no primeiro full leght já está batizado como “Essence Of Madness” isso vai ser corrigido, mas a essência do Extreme Death Metal será mantida.

Texto: Harley

Revisão/edição: Eduardo Cadore

Fotos: Divulgação


Acesse o Myspace da banda

E-mail and MSN
madness.deathmetal@gmail.com


No Youtube


Faça o download da demo “Fury in Blood" aqui.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Draconian e a Perfeita Fusão Entre o Desespero e a Melancolia

Suécos são os principais representantes do Doom/Gothic Metal
Quando o Theatre of Tragedy lançou o álbum clássico “Velvet Darkness They Fear”, mal sabia que estava criando um divisor de águas para a cena o Doom Gothic Metal, pois a fórmula dos vocais líricos intercalando com guturais se tornou extremamente saturada e copiada por todas as bandas que vieram depois, sendo que muitas delas esqueciam do fator principal, o talento.
É claro que existem exceções, e agora com o fim do TOT o posto de reis do Doom Gothic, por justiça, cabe ao Draconian que com o seu novo lançamento “A Rose for the Apocalypse”, consegue a façanha de adicionar mais peso ao seu som e explorando novas sonoridades conseguindo criar um álbum profundo, escuro e desesperador, como todo bom Doom Metal deve ser.
Novo disco destaca o peso e a melancolia em belas canções
Formada na Suécia, em maio de 1994, primeiramente com o nome de Kerberos, a proposta inicial era muito diferente já que abrangia o Death Melódico, cuja busca por originalidade foi moldando o som levando a banda para direções do Doom, fato esse que se realçou com a entrada do vocalista Anders Jacobsson e da bela vocalista Lisa Johansson.
E são eles que roubam a cena nesse trabalho, começando pela parte lírica que foi escrita pelo próprio Jacobsson que define em suas letras toda a destruição causada pela irracionalidade do ser humano, sendo que a única saída seria a sua total extinção, exatamente por isso o apocalipse merece ser cultuado.
É nesse cenário que a sonoridade se constrói e arrisco dizer que esse é o melhor álbum do Draconian fazendo frente ao poderoso “Turning Season Within” de 2008, sendo um álbum que agradara todos os headbangers, pois a faixas como “The Age Drowning", onde os vocais Death comem soltos e o contraste com a voz feminina não se torna manjado e dá um clima todo especial para a música, e olha que essa é só a abertura.
”The Last Hour Acient Sunlight” apresenta sonoridades com violinos lembrando o trabalho do My Dying Bride. Não deixe de ouvir também “Phantom Dissonance” que apresenta grandes variações ao longo de toda a música e o peso melancólico de “Elysian Night” e “End of the Rope”.
O Draconian mais uma vez conseguiu se superar e, o mais importante, mantendo-se fiel ao seu estilo e aos seus fãs que foram presenteados com mais uma obra prima, melancólica sim, mas muito bela.

Texto: Harley
Revisão/edição: Eduardo Cadore
Fotos: Divulgação

Ficha Técnica
Banda: Draconian
Álbum: A Rose For the Apocalypse
Ano: 2011
País: Suécia
Tipo: Doom Metal/Gothic Metal
Selo: Napalm Records


Formação
Anders Jacobsson (Vocal)
Lisa Johansson (Vocal)
Johan Ericson (Guitarra)
Daniel Arvidsson (Guitarra)
Fredrik Johansson (Baixo)
Jerry Torstensson (Bateria)

Tracklist
1. The Drowning Age
2. The Last Hour of Ancient Sunlight
3. End of the Rope
4. Elysian Night
5. Deadlight
6. Dead World Assembly
7. A Phantom Dissonance
8. The Quiet Storm
9. The Death of Hours
10. Wall of Sighs (Bonus Track)

Acesse:


Compre o disco na Die Hard aqui.


terça-feira, 27 de setembro de 2011

Vingança Pelo Heavy Metal Oitentista: The Rods de Volta

25 anos depois, a vingança

Muitas bandas que surgiram nos anos 70/80 (bem como nas posteriores décadas) obtiveram certo reconhecimento, mas caíram no esquecimento, ou por fim prematuro ou por falta de um bom agenciamento (e sorte, quem sabe).

O The Rods sofreu de um fim prematuro. Surgindo após o fim do Elf (já que o baixinho vocalista fora para o Rainbow, começando realmente a imortalizar seu nome: Ronnie James Dio), emplacou pelo menos um disco que é considerado clássico (“Wild Dogs” de 1982), mas teve o fim decretado em 1986, quando lançou seu último e mal recebido “Heavier Than Thou” (1986).

Seu líder, o guitarrista/vocalista David Feinsten, conhecido como “o primo de Dio”, a partir dali caiu num anonimato, e a volta do The Rods foi ensaiada em boatos várias vezes, até que em 2009 a coisa se tornou realidade, e junto com seus companheiros Garry Bordonaro no baixo e Carl Canedy na bateria e vocais, voltaram com força total, passados pelo menos 25 anos desde o término da banda.

Mesmo o The Rods sendo desconhecido pelos headbangers na sua maioria, uma volta dessas só poderia gerar um disco tão bom quanto seus clássicos. Desse retorno, lançaram este ano “Vengeance” (2011), literalmente uma vingança em nome do Heavy Metal tradicional oitentista, aquele mesmo que lhes virou as costas 25 anos antes.

O trio preparou um CD que te leva de volta aos riffs simples, mas certeiros, o vocal pouco interessado em soar “perfeito” (David nunca teve lá um grande vocal, mas quem se importa?), a bateria que, mesmo com bumbo duplo, é básica e não soa perdida no meio desse som viajante. O baixo, cru e reto como sempre, faz de Bordonaro um cara muito injustiçado por não ser lembrado entre os mais interessantes do gênero.

Trio nos brinda com disco clássico oitentista em pleno 2011

São 11 faixas de puro Heavy Metal tradicional, cuja sonoridade oitentista poucos conseguem fazer atualmente (talvez apenas o Accept tenha acertado mais ainda que o The Rods).

Som empolgante e certeiro, como “Rebels Highway” e “I Just Wanna Rock”, te fazem querer bater cabeça sem precisar soar a banda mais pesada e agressiva do mundo (hey, galera da nova geração, aprendam como fazer isso sem exageros).

Há muito da “sujeira” do Blues, o que só torna o disco mais atrativo ainda. Esses elementos encontramos bastante em “Ride Free or Die” e “Livin' Outside the Law”, lembrando até mesmo Motörhead.


David "Rock" Feinstein em ação

Um dos grandes atrativos do disco é a presença de Ronnie James Dio cantando em “The Code” que, a exemplo de sua participação no álbum solo do primo (que inclusive resenhamos aqui), soltou o gogó em sua última gravação antes de morrer devido a um câncer.

A música não é a melhor do disco, mas, po*&%, trata-se de Dio se despedindo daquilo que mais gostava e sabia fazer bem, que é cantar Heavy Metal. O som é de arrepiar os fãs desse Deus do Metal que nos deixa imensas saudades, mas um legado sem precedentes na história do Metal.

Mas “Vengeance” traz outros destaques. As guitarras de David “Rock” (apelido apropriado), na minha opinião, são as melhores que já deixou vir à público. Impossível não nos empolgar pelos clichês que fazem dos riffs do Metal os melhores do mundo.

Ainda nas canções, vale destacar “Raise Some Hell” que abre a bolacha (entrei no clima oitentista também, rs) e “Runnin' Wild” (que riff e que empolgação, você se assegura para não sair “chutando a avó”).

Este trabalho é para aqueles que sabem do que estamos falando quando se diz que os anos 80 foram os anos do Metal na sua forma mais elevada. E o The Rods mostra que aquela década não ficou marcada apenas por Judas Priest e Iron Maiden, mas também por um trio esquecido que agora, décadas de atraso, tem sua vingança.


Texto: Eduardo Cadore

Fotos: Divulgação


Ficha Técnica

Banda: The Rods

Álbum: Vengeance

Ano: 2011

País: EUA

Tipo: Heavy Metal (anos 80)


Formação

David “Rock” Feinsten (Guitarra e Vocal)

Carl Canedy (Bateria e Vocal)

Garry Bordonaro (Baixo)


Tracklist

01. Raise Some Hell
02. I Just Wanna Rock
03. Rebels Highway
04. Ride Free or Die
05. The Code
06. Livin' Outside the Law
07. Let it Ripp
08. Fight Fire With Fire
09. Madman
10. Runnin Wild
11. Vengeance


Acesse

Site Oficial

Myspace

Vídeo de “I Just Wanna Rock” tirado do DVD da banda ao vivo

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Revista Online Hell Divine Olhando Cada Vez Mais Para a Cena Gaúcha


Eis o terceiro lançamento da revista virtual Hell Divine que traz mais uma super coletânea “Upcoming Hell” com o que temos de melhor no underground brasileiro e nesta terceira edição os gaúchos marcam grande presença.

Temos a Decimator (Thrash Metal - POA – RS) com faixa “Call To War”, que está no seu segundo álbum “Bloodstained” que saiu este ano (confira entrevista clicando aqui), também marcam presença Evil Emperor (Death Metal – POA – RS) com a música que dá nome a seu primeiro álbum que está previsto para sair este ano “Evil Emperor” (confira entrevista clicando aqui), Phornax (Heavy Metal – POA – RS) também aparece com a faixa “Silent War” que nomeia o primeiro EP da banda, também está previsto para sair este ano, Finally Doomsday (Death Metal / Grind Core – POA – RS) com a faixa “Post Nuclear Armageddon” que está presente na demo “Finally Doomsday” lançado este ano e, fechando as participações gaúchas, Hammer 67 (Metal Industrial – Caxias Do Sul – RS) com a faixa “Time to Burn” do seu primeiro álbum “Mental Illness”, cuja resenha em breve você encontra aqui.

A revista online, que acaba de lançar sua 5º edição (faça download aqui), tem crescido muito entre os headbangers do Brasil, especialmente, trazendo grandes entrevistas, resenhas dos principais lançamentos e, o melhor, com galera que entende do assunto. Vale conferir quem ainda não conhece, pois quem conhece espera cada edição com ansiedade.


Texto: Renato Sanson

Revisão/edição: Eduardo Cadore

Fotos: Divulgação


Nota do editor chefe da revista, Pedro Humangous:

A cada dois meses - intercalando com cada lançamento de uma nova edição da revista Hell Divine - procuramos lançar uma coletânea digna de nos representar. Para isso, buscamos as melhores bandas do nosso cenário nacional e internacional. As bandas mais conhecidas já não precisam de tal exposição. Portanto, damos espaço para o underground - que convenhamos, é repleto de bandas sensacionais! Apresentamos então, o volume 3 do Upcoming Hell! Como costumamos dizer: Aproveitem, baixem e divulguem bastante! É pra vocês, é de graça! GO TO HELL!!


Tracklist

01 - Against Tolerance - Cold Hearts

02 - Age Of Artemis - Truth In Your Eyes

03 - Andragonia - Silent Screams

04 - Cangaço - Sete Orelhas

05 - Comando Nuclear - Unidos pelo Metal

06 - Confiteor - More Than Their Lies

07 - Decimator - Call to War

08 - Deus Castiga - Darkest Night

09 - Evil Emperor - Evil Emperor

10 - Finally Doomsday - Post Nuclear Armageddon

11 - Hammer 67 - Time to Burn

12 - Hate In Flesh - Wondering Through Despair

13 - Nekrost - The Dark Path

14 - Phornax - Silent War

15 - Spallah - Shine

16 - Tales For The Unspoken – Makumba


Faça o download desta coletânea clicando aqui.