segunda-feira, 30 de março de 2015

Cobertura de Show - Marty Friedman: Talento, Humildade e Simpatia (Porto Alegre - Batemacumba, 22/03/15)


O dia 22/03 reservou muitas emoções para os amantes da guitarra, pois Porto Alegre/RS recebia neste dia a lenda Marty Friedman, mais conhecido pelos seus trabalhos no Megadeth e Cacophony.

O local escolhido para o workshow foi o Batemacumba, casa não tradicional em eventos de peso, porém uma escolha acertada, para um público seleto, que se misturava entre músicos e fãs.

Antes da casa abrir era hora do Meet and Greet com os fãs que compraram o ingresso especial, então era possível ver já a ansiedade do pessoal que aguardava e muitos vinis e guitarras para serem autografados.


Não demora muito para Marty chegar ao local e passar tranquilamente por todos, muitos extasiados não tiveram reação outros o cumprimentaram, mas sim, a lenda estava ali e parecia surreal.

Com o inicio do Meet and Greet foi possível ver um músico extremamente atencioso e humilde, conversando com os fãs, dando autógrafos distribuindo algumas palhetas, algo quase inimaginável, principalmente para esse que vós escreve fãs desde adolescência de Megadeth e Cacophony, e estando ali conversando e tirando fotos com Marty, esbanjando simpatia.

Pois bem, pós esse momento nostálgico era hora de ver o mestre em ação, que entra em cena pontualmente, chegando ao microfone e arriscando alguns palavrões em português como: “foda, foda” (risos gerais) sendo extremamente ovacionado e tocando logo de cara “Ballad of the Barbie bandits” e “Hyper Doom”.


Após mostrar claramente que é um dos melhores e mais influentes guitarristas do mundo, é apresentado o tradutor, onde Marty abriu a sessão perguntas para os fãs, e claro muitas delas relacionadas ao Megadeth e Cacophony.

Mas é óbvio que uma pergunta não poderia faltar, se ele retornaria ao Megadeth, e antes do fã terminar a mesma, Marty já se antecipou e disse que não retornaria, até mesmo confirmou que sim, foi procurado pelo Mustaine após a saída de Chris Broderick, pois são muito amigos ainda, e achou normal ser procurado, porém enfatizou que, não é porque um músico deixa a banda que uma vaga se abre.


Respondeu também a diversas perguntas sobre o Cacophony, inclusive sobre as tais notas “exóticas” que tanto dizem que ele usa na guitarra, mas mostrou certa surpresa em os fãs acharem isso, pois quando está criando não pensa em ser exótico ou não, apenas pensa na melodia e tudo sai naturalmente.

Também respondeu sobre seu amigo Jason Becker, e contou uma curiosidade, que quando conheceu Becker, Marty já estava com seu disco solo pronto, mas ao ver o talento e a pessoa incrível que Jason era, acabou dando um jeito de colocar ele pra tocar junto, sendo assim, nascia o clássico “Speed Metal Symphony” do Cacophony.

Ao meio a tantas perguntas o workshow continuou que foi focado somente em sua carreira solo (mais precisamente nos discos mais atuais), tocando temas como “Stigmata Addiction”, “Meat hook”, “Inferno”, “Undertow” e etc.


Ao final de sua apresentação foi pedido que tocasse algo do Megadeth, então a intro de “Tornado Of Souls” entra em cena, mas não por completa, até porque como o próprio Marty disse aos fãs, que olhar para o passado seria impedir a evolução.

Mais um grande evento realizado pela Pisca Produtora, onde trouxe não só um músico, mas uma lenda, uma pessoa de grande carisma e humildade, claro que fez falta um som ou outro do Megadeth ou Cacophony, mas mesmo tocando só seu material solo encantou os presentes, com todos saindo impressionados com o grande gênio que tinham acabado de ver.

Cobertura por: Renato Sanson
Fotos: Uillian Vargas

Setlist:

Ballad of the Barbie bandits
Hyper Doom
Amagi Goe
Stigmata Addiction
Meat hook
Inferno
Devil take tomorrow
Undertow

Amazing grace 

domingo, 29 de março de 2015

José Rubio's Nova Era: Metal com Melodia, Técnica e Poder


O que se iniciou como um projeto do conceituado guitarrista espanhol José Rubio (Warcry, Uroboros), quando do lançamento do seu álbum "Castles in the Moon", e a partir do segundo álbum, batizado "Nova Era", e o primeiro sob o nome "José Rúbio's Nova Era", que obteve excelente receptividade, com a banda tocando nos principais festivais da Espanha, além de realizar uma tour por todo o território.  (Read English Version Here)
Novembro do ano passado o JRNE  lança o terceiro full-lenght, "Fight", onde pretende dar mais passos e alcançar um público maior, algo que se depender do excelente Heavy Metal do grupo, que une técnica, melodia e peso em medidas bem equilibradas, uma ótima mescla entre e Heavy e Hard.

Riffs poderosos fazem contraponto a excelentes melodias dos teclados, técnica e melodia presentes, lembrando bandas que sempre mesclaram bem a técnica, o peso e poder do Heavy Metal Tradicional com a melodia e malícia do Hard, como Pretty Maids e The Poodles, e podemos citar também álbuns como "Sacred Heart" (Dio) e "Trilogy" (Malmsteen), que são bons exemplos de casamento perfeito entre Hard e Heavy, grandes refrãos e melodias, teclados na dose certa e ótimos vocais.


A técnica e o senso melódico de José Rubio são muito bem acompanhados por uma banda extremamente talentosa, destacando os vocais de Fran Vázquez, um cantor de muita pegada, que possui um timbre que lembra Ronnie Atkins (Pretty Maids) e Jakob (The Poodles), com uma voz rouca e "rasgada", mas também alcançando tons mais altos, sendo agressivo quando necessário, mas sabendo levar muito bem uma balada mais melodiosa.

Contendo 10 músicas de muita qualidade, "Fight" abre com "After All", puro Heavy Metal, som poderoso e atual, grandes refrãos e melodias, excelente cartão de visitas, o ouvinte já percebe que está diante de algo diferenciado; a faixa título vem em seguida, seguindo a mesma linha, com grandes coros, com uma cara de "hino", pra cantar de punhos cerrados!; "Walls of Rock" traz a veia Hard Rock mais evidente, mais melodiosa e refrão cativante.


Melodias cativantes, riffs marcantes e poderosos e grandes refrãos não faltam, e isso é algo que deve estar sempre presente em um bom álbum de Metal, enquanto que para algumas bandas como o JRNE parece algo tão natural, para alguns parece tão difícil construir boas músicas, é o que sempre enfatizo, feeling não é todo mundo que tem, não basta ter técnica e uma produção cara.

Destaque ainda para as faixas "Eagle of Blood", "Rebellion" e "New Era", nova versão da música instrumental do primeiro álbum, com orquestrações e  adicionando vocais, transformando-se numa poderosa balada.

Um álbum poderoso e de ótimo nível, Heavy e Hard, peso e melodia, técnica e feeling, tudo muito bem dosado, aliados a uma excelente produção, soando atual mas sem perder as raízes e a essência do Heavy Metal em seu sentido máximo. Uma Nova Era está vindo!


Texto: Carlos Garcia
Fotos: Divulgação



Line Up
José Rubio: Guitarras
Fran Vázquez: Vocais
Gustavo Segura: Drums
José Pineda: Bass
Francisco Gil: Keyboards
Miguel Araújo: Guitarras

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Track-List
01. After All
02. Fight
03. Walls of Rock
04. Shackles of Gold
05. Time after Time
06. Eagle of Blood
07. Rebellion
08. Time to Survive
09. So Deep Inside
10. New Era












José Rubio's Nova Era: Metal with Power, Melody and Technique



What began as a project of the renowned Spanish guitarist José Rubio (Warcry, Trilogy, José Andrea's Uroboros), when the release of their album "Castles in the Moon", and from the second album, called "New Age", and the first under the name "José Rubio's New Age", which received excellent reviews and acceptance, with the band playing in the major festivals in Spain, and conduct a tour throughout the country.
November last year the JRNE launches the third full-length, "Fight", where they want to take more steps and reach more fans, something that depend on the excellent heavy metal practiced by the group, joining technique, melody and power with well balanced measures , a great blend of Hard and Heavy.

Powerful riffs are opposed to excellent melodies of keyboards, technical and melody present, reminding bands that always well blended technique, weight and power of traditional Heavy Metal with melody and malice Hard as Pretty Maids and The Poodles, and we can mention also albums as "Sacred Heart" (Dio) and "Trilogy" (Malmsteen), which are good examples of perfect marriage between Hard and Heavy, big choruses and melodies, keyboards in the right dose and great vocals.

The technique and the melodic sense of José Rubio are very well accompanied by an extremely talented band, highlighting the voice of Fran Vazquez, a singer of great punch, who has a tone reminds me Ronnie Atkins (Pretty Maids) and Jakob (The Poodles) , in a hoarse, "torn" voice, but also reaching higher tones, being aggressive when necessary, but knowing very well take a more melodious ballad.

Containing 10 songs of great quality, "Fight" opens with "After All" pure Heavy Metal, powerful and modern (in the best sense of the word) sound, big choruses and melodies, great welcome to the listeners, who will realizes that already have in hands something different; the title track comes next, following the same line, with big choruses, practically a "hymn" to sing with fists clenched !; "Walls of Rock" brings the Hard Rock vein more evident, more melodious and catchy chorus.


Catchy melodies, riffs and big choruses striking abound, and this is something that should always be present in a good Metal album, while for some bands like JRNE seems so natural to some seems so hard to build good songs, is which always emphasize, feeling is not everyone who has, not enough to have technique and an expensive production.

Also highlight, although all the songs are in a great level, the tracks "Time After Time", "Eagle of Blood", "Rebellion" and "New Era", new version of the instrumental music of the second album, with orchestrations and adding vocals, becoming a power ballad.

A powerful album and an excellent level, Heavy and Hard, power and melody, technique and feeling, all well proportioned, along with a great production, sounding modern but without losing the roots and the essence of Heavy Metal in its highest sense. A New Era is coming!



Review by: Carlos Garcia





Line Up
José Rubio: Guitarras
Fran Vázquez: Vocais
Gustavo Segura: Drums
José Pineda: Bass
Francisco Gil: Keyboards
Miguel Araújo: Guitarras



Track-List
01. After All
02. Fight
03. Walls of Rock
04. Shackles of Gold
05. Time after Time
06. Eagle of Blood
07. Rebellion
08. Time to Survive
09. So Deep Inside
10. New Era






Angra: Exposing Their Secrets


When we cling to a debate about the brazilian Heavy Metal, is hard to let slip the name "Angra". After all, with 23 years on the road, the band is one of the guarantors in spreading the Metal from Brazil around the globe, and, next to the grave, one of the leading names in the brazilian origin genre. And even those who do not worship them or do not like, respect their history, that has strong status. And using a phrase from former vocalist Edu Falaschi: "You can change the entire li-up that if you have the logo, the fans will go the shows." But several problems, both internal and external, kept the band going too more than that is, and the black cloud appeared again in 2010, shortly after the release of "Aqua", and which worsened in 2011, the bad performance at Rock in Rio, which eventually resulted in the following year, the departure with Edu Falaschi. (Leia aqui a versão em português)


A 2012 "sabbatical" and 2013 of cleanse the soul, Angra had to roll up their sleeves and solve several pending before returning to the stage. A imaginable outcome was always a ghost that bothered the members after all that passed between 2010 and 2011, mainly from the founder-member Rafael Bittencourt, who has a great affection to his fans. And thanks to striking songs, and fans who carries a passion since the foundation of the "goddess of fire", the band annihilated any doubt who thought the Angra should end, regardless of who would be singing, as the vocalist position was changed again.


Reconstruction began in early 2013, starting with the vocalist position, which was vacant since the departure of Edu. The intention from the beginning was always mount a reality show  to choose who would be the new voice of Angra, giving in mind that the priority was to give attention to the talent of the Brazilians, but in the same year, with a invitation to play on the cruise "70000 Tons Of Metal", the band had to find a vocalist urgently and through the cruise organizers, the Italian Fabio Lione (Rhapsody Of Fire, Vision Divine) was suggested, with the intention only to fulfill that commitment. But due to the positive reviews, turned out to solve recruit him to join the "Angels Cry - 20th Anniversary Tour", which was documented on DVD with the recorded show in Sao Paulo. And the stabilization of Fabio in Angra was not only just for his professionalism, friendliness and good communication with the public, since it has the Latin spirit, was essential for him to fall in grace of fans and have them in the palm of hand easily. In my view, respecting André Matos and Edu, Fabio Lione is who most fits the profile of the band.

The "Angels Cry - 20th Anniversary Tour" celebration tour at 20 years of launching the 'debut' album "Angels Cry" (1993), was the opportunity for fans to see the live Angra again, who had stints in various corners Brazil, Latin America and shows super crowded. The tour would not be what was due to a great person, nothing less that Paulo Baron, one of the most important names in the world of 'show business', the band's manager two years ago and doing things the right way and seriously. The return of Angra owes much to him too, considering some sort of 6 member.


After four years without showing any new material, it was time for everyone to come together to compose new songs, and the projection of how the new Angra would sound in the studio was very intense, recalling that the last two releases ("Aqua" and "Aurora Consurgens ") were well below expectations. And of course, as the Lione would behave before his first job in the band? Probably, fans of Rhapsdoy, imagined, of wide open way, that the new album would be returned to the Lione is used to working in his band. Have fans Creek had more endurance, reliability would be a groundbreaking work, different from what was produced in recent years. And it's what we find in "Secret Garden", which in addition to marking the Lione debut in a 'full-length', also brings the young drummer Bruno Valverde assuming the sticks.

Cheap gloomy, dark, melodic and even pop music elements, make the "Secret Garden" a modern and contemporary disc that those who hear for the first time will want to hear more often, because, in part, the disc avoids the clichés of Power Melodic Metal, but never leaving the DNA Creek side, which is put Brazilian rhythms here and there, and some of the influences of Prog Metal also, factors that made the band a world reference. And for those who already like the work on guitars Kiko Loureiro and Rafael Bittencourt will like it even more, because, in my view, "Secret Garden" is the richest work in guitar part, with indomitable and great riffs.


As in works like "Rebirth" (2001) and "Temple Of Shadows" (2004), Angra returned to Europe again to record the "Secret Garden" and the anointed person to assist in the production was the Swede Jens Bogren, who deciphered very well the intention of the band, returning with a splendid mix. The result could be no other, just ask his resume to know all the difference; and pre-production the band won a special extra, which was managed by renowned producer Roy Z, which prioritizes the main features of the artist and knows how to take the best of each. In parts of composition and preparation of arrangements, his presence was essential.

Once purchased the album, I was already jumping third track, due to the relevance of the first two. The range in which I refer is the "Final Light", one of my favorites, complete with well insane and amazing riffs. It is worth mentioning the work of bassist Felipe Andreoli, who holds well to quarrel with a good bass and treble sound, the acolyte luxurious voice of Lione. If someone is interested in discovering the concept of lyrics, especially this range, you will encounter what the band was going through in the past. The chorus reflects this clearly: "All the answers only led us to the edge/The final light never cam and never will/So we fall and rise and walk again/The matter still prevails/The end is the light path and not the end/It’s not the end.

"Newborn Me" has an "QI" of Prog Metal and a brilliant chorus, again prevailing the work of  Kiko and Rafael's guitars, who is one of the most special moments during the execution of the track. Brazilian rhythms, like "maracatu", so to speak, appear quickly in the final bridge, and some latin music passages, too. And when faced with the title track, that's report of a new phase of Angra; "Storm Of Emotions" is a 'power-ballad', which begins in a friendly and massively. It is being built gradually until you reach the explosive and Titanic chorus, winning a bonus with great vocal work of Rafael and Lione duet.

And speaking of the founder-member of the "Secret Garden", guitarist Rafael Bittencourt took the opportunity to present their skills as a singer in a disco Creek. "Bittencourt Project" was his first work as a musician soloist vocal lines where there's own, and "Violet Sky" group shows a much more mature tone of voice and refined, ranging from the most serious and even reaching high notes. In short, the track is well distorted riffs and grooves, but winning melody in the time; "Upper Levels" the one saved in weight to improve the technical part of the musicians, encompassing more balance and feeling, with Felipe putting on a show in the six strings of his bass, not forgetting, of course, the talented drummer Bruno Valverde, who in addition to play Thrash, Power and Death Metal, I can print their influences from Jazz and Fusion within the Heavy Metal. And a cool coincidence: the drummer lives in the same city this yours truly.


The female appearances are one of the most starched moments on the album, starting with the participation of the ruling queen of Heavy Metal, Doro Pesch, in "Crushing Room". When the voice of german Queen is present in any work, or any show, there are no errors to be appointed. Good neat duet with Rafael, Pop music merges with Heavy Metal and striking soils are the most superb points in the song; the other is the participation of the beautiful singer Simone Simons (Epica), entirely sings the title track, focusing more epic and symphonic passages.

Other highlights are the "Black Hearted Soul" (fast and accurate, with cracked Kiko's guitar solos) and "Perfect Symmetry" (with beautiful orchestrations), follows some of the standards that the public was accustomed to seeing coming from the band; and the album closes the lid with the beautiful acoustic ballad "Silent Call", where Rafael back to the lead vocal. For me, it has become classic and is indispensable in the list of best songs of Angra.

If the "Secret Garden" is likely to be considered a masterpiece I do not know, but the disc will be remembering for many not only for the revival of the group, but also by the changes brought, whether in the line-up or in the sound.
The invitation is for you to get into that secret garden!


Text: Gabriel Arruda
Editing / proofing: Carlos Garcia

Photos: Henrique Grandi

Credits
Band: Angra
Album: Secret Garden
Production: Jens Bogren
Pre-production: Roy Z.
Year: 2015
Style: Power and Progessive Metal
Country: Brazil
Seal: E-ar Music




Line Up:
Fabio Lione (vocals)
Kiko Loureiro (guitar)
Rafael Bittencourt (guitar/vocals)
Felipe Andreoli (bass)
Bruno Valverde (drums)

Track-List
01. Newborn Me
02. Black Hearted Soul
03. Final Light
04. Storm Of Emotions
05. Violent Sky
06. Secret Garden (feat. Simone Simons)
07. Upper Levels
08. Crushing Room (feat. Doro Pesch)
09. Perfect Symmetry
10. Silent Call














sábado, 28 de março de 2015

Toto: When the Music is Palpable



The quality of the musicians who are, or who have gone through Toto, no doubt, then, from the group, the least that is expected is something above average, and "Toto XIV", the first one by Frontiers Records, justifies all the Serafino Perugino’s enthusiasm , the boss of the record company, and certainly let the fans very happy.  (Leia a versão em português)

Through the comments of the musicians themselves, could also be noticed the excitement with these new songs, a clear example is one of many comments of the guitarist Steve Lukather, where he says that the album would bring all what the fans love in Toto music as well, an album that was being done with "blood, sweat and soul". In a production that took 11 months, "XIV" also served to the group to prove to themselves that they are still able to produce new and great songs.

The title "XIV", Steve explains that the Roman numerals and more the sword on the cover, always brought them luck, and also because they did not put a specific song as the title, for all the quality and diversity of the songs.
  


This album was long waited because the last studio album was "Falling Between", released in 2006, then the expectation was also big, and great expectations can create frustration, so that's how I was watching the proceedings with great expectations, but with a little fear, despite knowing very well the ability to musicians like Steve Lukather, David Paich, Joseph Williams, Steve Porcaro and Keith Carlock, the core of the current Toto, who is always surrounded by many people, both in the studio as live, remembering that it is the debut of Carlock, the group's youngest (musician who has accompanied artists such as Sting, John Mayer, Steely Dan, James Taylor), born in Mississippi, and he brings in the veins all the groove of the musicians of those sides, fitting perfectly into the diversity, technique and feeling that are required to integrate a band like Toto.

Well, with the album in hand, the expectations were met, the group presents fans with a great album, and can be placed among the great successes of Toto as "Hydra" and "IV".
Big hooks, big guitars, great melodies, great keyboards and great vocals (Joseph sounds great, keeps his voice intact through the years)! There are many textures and timbres, creative arrangements, either in instrumental or vocal parts, great melodies, some new instant hits, diversity and technique, all working for the compositions itself. The Toto can make music with extreme technical accuracy, while sound "commercial" and with the capacity to create huge Hits. Pure feeling. 



Relying on the little hand of musicians as David Hungate (formerly, but always present in multiple albums), Amy Keys, CJ Vanston (producer), Tal Wilkenfeld and others, what we have here is high quality music, and it's amazing how musicians with their capacity and feeling (just technique isn’t  good music warranty) transform the music in something almost palpable. It is as if the melodies, notes jumped by stereo, enter the ears, slide the fingers ... are so many details and arrangements of each instrument, each voice, which are necessary for many auditions you enjoy the work as a whole, and what is more commendable, you can simply listen without compromise because, as I said before, everything works for the good music, then immediately captivating melodies, perfectly combined technique and feeling.

The diversity of Toto's music is something that they bring from the start, then we can find from more nuances and Hard AOR, as in the opening with "Running Out of Time", with bright melodies of Lukather’s guitars, and that the new owner of drumsticks Keith Carlock, already shows all your skills, looking to further brought "groove" to Toto music; nice and catchy rocking "Holy War" (despite the serious subject of the lyrics), which has a great chorus also an immediate “Hit”,  highlighted the lyric, talking about all this tension we live in today, with groups of fanatics killing in the name of religion; diversity also arises in the modern blues "21st Century Blues" and the progressive and funk music inroads of "Chinatown". That brilliant musicians. 



Besides the mentioned "Holy War", one that is an immediate hit is "Orphan", with amazing melodies to keyboards and guitar, and the beautiful and catchy chorus, the guys do not lose out to build big hits, and open parenthesis here to the detail that the band has more of a singer (here Williams and Lukather divide vocals), feature them too, though Williams take charge of lead vocals, David Paich, Lukather and Porcaro also sing or share some vocals on several tracks, and to top it off, there is the support of various backings guests, further contributing to the diversity of the arrangements; "Burn", which starts soft, with the main melody keyboard, simple but beautiful, which sticks in the mind immediately. The track grows in the chorus and there for its half, creating an air of "power ballad"; "Unknown Soldier", Lukather takes brightly vocals on a track loaded with emotion, where synthesizers and acoustic guitars give a progressive air, half folk; in "The Little Things" is the turn of Steve Porcaro do sometimes vocalist in a sensitive and touching ballad, full of beautiful and striking melodies and a certain "pop vocation." Excellent. 



The aforementioned "Chinatown" with Lukather, Paich and Williams sharing the vocals, full of groove and variations, ranging from pop to progressive, AOR to Jazz, and therein lies the magic in Toto music: you can not label their music! The music is at the same time, complex and commercial; I played with my son, who is also an admirer of the Toto’s music, which was missing a song with a woman's name because they have several ("Angela", “Rosanna”, “Carmen”, “Pamela”...), but then we have "All the Tears That Shines" in which the subject is implied hehehe , composed and sung by David Paich (author or co-author of some of the biggest hits of the band, as "Rosanna," "Africa" ​​and "Hold the Line") then ok, nothing is missing in this album (well, could have a appearance of Bobby Kimball, the original singer, and my favorite, although Joseph comes second in my preference). The mature voice of David, supported by soft melodies, the groove of Keith and beautiful backing vocals, delivery over a beautiful ballad to the Toto’s vast collection ; "Fortune" also has the Toto’s characteristic "groovy" in a captivating way, besides the great vocal work and always hooked choruses;

Now, what a beautiful piece is "Great Expectations," which brings the trio Paich / Lukather / Williams dividing the vocals again, and the longest track on the album (6:48 min), we have another lesson on how to melodious music with technical , feeling and groove. Striking vocal lines, many variations, progressive raids and amazing drums, huge keyboards / synths and guitars, this music is perhaps one of the fastest bring that air of classic Toto, and, I believe, for this more progressive calling it, has a “seventies air” as well. In some editions can still be found the bonus track "Bend", an acoustic ballad, short, permeated by loop effects on acoustic guitar.

  
Musicality, feeling, groove, technique, good taste ... are so many adjectives, elements that any fan of the band know you will find in the group's music, and will certainly be very, very happy with this album, which brings the Toto classic sound. Here, they did what they do best, and without pressure to produce a radio hit, as it was in the 80s. Definitely one of the best albums of the band, walking shoulder-to-shoulder with their more classic stuff, and also one of the better releases of this 2015. To listen without moderation!

The sad note, is that the 15th of this month died Mike Porcaro (1955-2015), former bassist Toto (brother of Steve Porcaro and also of the original drummer, Jeff Porcaro, who died in 1992), who suffered from ALS, degenerative disease which forced him to leave the stage for some time. RIP Mike.

Text: Carlos Garcia

Edition: Carlos Garcia

Credits:
Band: Toto
Album: "XIV" (2015)
Country: USA
Label: Frontiers
Production: CJ Vanston and Toto






Track-list
"Running Out of Time"
"Burn" Williams
"Holy War"
"21st Century Blues"
"Orphan"
"Unknown Soldier (For Jeffrey)"
"The Little Things"
"Chinatown"
"All the Tears That Shine"
"Fortune"
"Great Expectations"


Line Up
Steve Lukather - vocals, guitars, bass on tracks 5, 6, 11
Joseph Williams - lead vocals
David Paich - vocals, keyboards
Steve Porcaro - vocals, keyboards
Keith Carlock - drums


Toto: Quando a Música é Palpável





Da qualidade dos músicos que estão, ou que passaram pelo Toto, ninguém dúvida, então, vindo do grupo, o mínimo que se espera é algo acima da média, e "Toto XIV", o primeiro deles pela Frontiers Records, justifica todo o entusiasmo de Serafino Perugino, o chefão da gravadora, e com certeza deixará os fãs muito felizes.

Através dos comentários dos próprios músicos, também podia ser notado a empolgação desses com as novas canções, um exemplo claro é num dos tantos comentários do guitarrista Steve Lukather, onde ele diz que o álbum traria tudo que os fãs amam na música do Toto, além de ser um disco que estava sendo feito com "sangue, suor e alma". Em uma produção que demorou 11 meses, "XIV" também serviu para os grupo provar para eles mesmos que ainda são capazes de produzir coisas novas e de qualidade.

O título "XIV", Steve explica que títulos com números romanos e mais a espada na capa, sempre lhes trouxe sorte, e também porque não queriam colocar uma música específica como título, por toda a qualidade e diversidade das canções.


A espera foi grande, pois o último álbum de inéditas foi "Falling Between", de 2006, então, a expectativa também era grande, e grandes expectativas podem criar frustrações, então foi assim que fui acompanhando o desenrolar, com grande expectativa, mas com um pouco de receio, apesar de conhecer muito bem a capacidade de músicos como Steve Lukather, David Paich, Joseph Williams, Steve Porcaro e Keith Carlock, o núcleo central do atual Toto, que sempre está cercado de diversos colaboradores, tanto em estúdio como ao vivo, lembrando que é a estreia de Carlock, o caçula do grupo (músico que já acompanhou artistas como Sting, John Mayer, Steely Dan, James Taylor), nascido no Mississipi, e que traz nas veias todo o groove dos músicos daqueles lados, encaixando-se perfeitamente na diversidade sonora, técnica e feeling que são necessárias para integrar uma banda como o Toto.

Pois bem, com o álbum em mãos, as expectativas foram satisfeitas, o grupo presenteia os fãs com um grande álbum, podendo ser colocado entre os grandes êxitos do Toto, como "Hydra" e "IV".
Grandes ganchos, grandes guitarras, grandes melodias, grandes teclados! São muitas texturas e timbres, arranjos criativos, seja nas partes instrumentais ou vocais, excelentes melodias, alguns novos hits instantâneos, a diversidade e a técnica apurada, tudo trabalhando em prol das composições em si. O Toto consegue fazer música com extremo apuro técnico, e ao mesmo tempo soar "comercial". Feeling puro.


Contando com a mãozinha de músicos como David Hungate (ex-integrante, mas sempre presente em vários álbuns), Amy Keys, C.J. Vanston , Tal Wilkenfeld e outros, o que temos em mãos é música de alta qualidade, e é incrível como músicos desse gabarito e desse feeling, pois não basta ter técnica, conseguem fazer com que a música seja praticamente palpável. É como se as melodias, as notas saltassem pelo aparelho de som, entram pelos ouvidos, escorregam pelos dedos...são tantos detalhes e arranjos, de cada instrumento, cada voz, que são necessárias muitas audições para que você usufrua da obra como um todo, e o que é mais elogiável, você pode simplesmente ouvir sem compromisso, pois, como afirmei antes, tudo trabalha em prol da boa música, então as melodias cativam de imediato,  técnica e feeling perfeitamente conjugadas.

A diversidade da música do Toto é algo que eles trazem desde o início, então podemos encontrar desde nuances mais Hard e AOR, como na abertura com "Running Out of Time", com brilhantes melodias de Lukather, além de que o novo dono das baquetas, Keith Carlock, já mostra toda sua perícia, parecendo que trouxe ainda mais "groove" para a música do Toto; o balanço agradável e cativante de "Holy War" (apesar do tema sério da letra), que possui um grande refrão também, hit imediato, destaque também para a letra, que fala sobre toda essa tensão que vivemos hoje, com grupos de fanáticos matando em nome de religiões; a diversidade também aflora no blues moderno de "21st Century Blues" e nas incursões progressivas de "Chinatown". Que músicos brilhantes.


Além da citada "Holy War", outra que é um hit imediato é "Orphan", com incríveis melodias aos teclados e guitarra, além do maravilhoso e cativante refrão, os caras não perdem a mão para construir grandes hits, e abro parenteses aqui para o detalhe de que a banda conta com mais de um vocalista (nesta faixa Williams e Lukather dividem os vocais), característica deles também, apesar de Williams se encarregar dos vocais principais, David Paich, Porcaro e Lukather também cantam ou dividem alguns vocais em várias faixas, e como se não bastasse, há ainda o apoio de vários backings convidados, contribuindo ainda mais para a diversidade dos arranjos; "Burn", que inicia suave, com a melodia principal ao teclado, simples, porém bela, a qual gruda na mente de imediato. A faixa cresce no refrão e lá pela sua metade, criando um ar de "power ballad"; "Unknown Soldier", Lukather assume os vocais brilhantemente, numa faixa carregada de emoção, onde sintetizadores e guitarras acústicas dão um ar meio progressivo, meio folk; em "The Little Things" é a vez de Steve Porcaro fazer as vezes de vocalista, em uma sensível e tocante balada, cheia de belas e marcantes melodias e com uma certa "vocação pop". Excelente.


A já citada "Chinatown", com Lukather, Paich e Williams dividindo os vocais, cheia de groove e variações, que vão do pop ao Progressivo, do AOR ao Jazz, e aí que reside a magia na música do Toto: não dá pra rotulá-la! A música do grupo é, ao mesmo tempo, complexa e comercial; Eu brinquei com meu filho, que também é um admirador da música do Toto, que estava faltando uma música com nome de mulher, pois eles têm várias ("Angela", "Rosanna", "Carmen", "Pamela"...), mas aí, temos "All the Tears That Shines", em que o tema está implícito hehehe, composta e cantada por David Paich (autor ou co-autor de alguns dos maiores hits da banda, como "Rosanna", "Africa" e "Hold the Line"), então, ok, não falta nada neste álbum (bom, poderia ter uma participação ao menos de Bobby Kimball, o vocalista original, e o meu preferido, apesar de que Joseph vem em segundo lugar na minha preferência). A voz madura de David, apoiada por suaves melodias, o groove de Keith e lindos backing vocais, nos entrega mais uma bela balada para a vasta coleção do Toto; "Fortune" também traz o característico "groove" da banda em uma levada cativante, além do grande trabalho vocal e os sempre ganchudos refrãos; 

"Chinatown", com uma levada de Funk Music, só enriquece a diversidade do álbum; agora, que bela peça é "Great Expectations", que traz o trio Paich/Lukather/Williams dividindo os vocais novamente, e na faixa mais longa do álbum (6:48 min), temos mais um aula de como fazer música melodiosa com técnica, feeling e groove. Linhas vocais marcantes, muitas variações, incursões progressivas e levadas brilhantes de bateria, grandes teclados/synths e guitarras, a música talvez seja uma das que mais traz aquele ar do Toto clássico, e, acredito, por essa vocação mais Progressiva dela, tem um ar bem setentista também. Em algumas edições ainda pode ser encontrada a faixa bônus "Bend", uma balada acústica, curta, permeada por efeitos de loop à guitarra acústica.


Musicalidade, feeling, groove, técnica, bom gosto...são tantos adjetivos, elementos que qualquer fã da banda sabe que vai encontrar na música do grupo, e com certeza ficará muito, muito feliz com este álbum, que traz o som clássico do Toto. Aqui, eles fizeram o que fazem melhor, sem pressão de produzir algum hit radiofônico, como era nos anos 80. Sem dúvida, um dos melhores álbuns da banda e de 2015. Para ouvir sem moderação!

A nota triste, é que dia 15 deste mês faleceu Mike Porcaro (1955-2015), ex-baixista do Toto (irmão de Steve Porcaro e também do baterista original, Jeff Porcaro, falecido em 1992), que sofria de ELA, doença degenerativa que o obrigou a abandonar os palcos há algum tempo. RIP Mike.

Texto: Carlos Garcia
Edição: Carlos Garcia


Ficha Técnica:
Banda: Toto
Álbum: "XIV" (2015)
País: EUA
Selo: Frontiers
Produção: C.J. Vanston e Toto

Site Oficial




Track-list
"Running Out of Time" 
"Burn"                                 
"Holy War"        
"21st Century Blues" 
"Orphan" 
"Unknown Soldier (For Jeffrey)"
"The Little Things"
"Chinatown"
"All the Tears That Shine" 
"Fortune" 
"Great Expectations"   


Line Up 
Steve Lukather - vocals, guitars, bass on tracks 5, 6, 11
Joseph Williams - lead vocals
David Paich - vocals, keyboards
Steve Porcaro - vocals, keyboards
Keith Carlock - drums



Músicos Adicionais
David Hungate - bass on tracks 4, 7, 8
Tal Wilkenfeld - bass on tracks 9, 10
Leland Sklar - bass on track 2, 3
Tim Lefebvre – bass on track 1
Lenny Castro - percussion on track 2, 3, 5-10
Martin Tillman - cello on track 6, 7
CJ Vanston – additional synths, production
Michael McDonald – background vocals on track 6, 8, 10
Amy Keys – background vocals on track 4, 6, 8, 10
Mabvuto Carpenter – background vocals on track 5, 11
Jamie Savko – background vocals on track 1, 2, 11
Emma Williams – background vocals on track 2

Tom Scott – saxophone/horn arrangement on track 4, saxophone on track 8




quarta-feira, 25 de março de 2015

The Midnight Ghost Train: Stoner/Blues de Peso Bebendo da Fonte "Setentista"

 
Nos últimos anos várias bandas seguindo essa linha mais 70's estão emergindo, algumas mais pesadas, pendendo para o Stoner e Sludge, algumas mais Hard e Classic Rock, e várias gravadoras estão apostando e lançando muitos desses nomes, e muitos vão surgindo para tentar pegar a sua fatia do bolo, cabe ao público separar o que é bom e o que não é, e o tempo também se encarregará disso.
(Read the English Version here)

No caso do The Midnight Ghost Train, é uma banda que me agradou muito dessa safra atual, formado em 2008 e oriundo do Kansas, o trio The Midnight Ghost Train traz uma sonoridade que não nega as influências do Black Sabbath e outros grupos de Hard setentistas, resultando numa base Stoner Metal e Blues pesado, com timbres graves de guitarra, utilizando-se muito dos wha-whas (outro elemento bem típico da sonoridade dos anos 70), cozinha com peso descomunal e uma certa "sujeira", além de vocais cavernosos, quase guturais.


Com um visual que lembra bastante bandas da época setentista, como os conterrâneos do Black Oak Arkansas, aquele estilo meio "fazendeiro" de se vestir, cabelos e barbas desgrenhados, o trio destila seu Stoner/Blues pesado, em riffs que prestam louvor ao mestre Iommi, aliás, apesar da sonoridade mais direta, várias bases, linhas de baixo, viradas da batera e variações remetem imediatamente ao Sabbath (natural, se tratando de uma banda de Stoner), não fossem os vocais cavernosos de Steve Moss, a força motriz da banda, conhecido já por suas performances cheias de energia, em alguns momentos dá pra confundir com os pais do Heavy Metal, e parece que Ozzy, ou um Dio, já vai entrar cantando, não significa que a banda seja uma cópia, e não é nada degenerativo ser comparado a grande Sabbath.

Composições que primam mais pelo peso e andamentos mid-tempo, o trio, neste seu terceiro full-lengh, "Cold Was the Ground", traz algumas variações, passando, além do Stoner e o Blues sujo e pesadão, pelo 70's Hard mais cru, e com certeza ao vivo, essas músicas soarão ainda mais pesadas, pode-se perceber claramente pela pegada da banda, que é um trio que ganha muita força no palco.


Gostou do que leu até agora? Pode cair de cabeça sem medo, é ouvir e bater cabeça com o Stoner/Blues pesadão do grupo. Ouça por exemplo o peso "Sabbathianos" de "BC Trucker", que começa com Brandon sentando a mão no seu kit, Moss manda riffs pesados e até "pegajosos" com direito a solo com wha-wha, e novamente impossível não lembrar os timbres do mestre Iommi,  ou "Gladstone", que também segue essa linha, destacando o riff marcante e os timbres graves (não poderia ser diferente) da Gibson de Moss, e a cozinha porradona de Brandon e Boyne (que faz sua estreia, trazendo ainda mais peso para a cozinha do trio), e destaco ainda o Blues "sujão" de "One Last Shelter", com seu final mais "groove", "Nº 227", mais veloz e quebrada, com Moss sentando a palhetada em bases carregadas de peso e vociferando como um urso ferido, além da "discursada" "The Little Sparrow".


Um álbum em que a banda dá um passo a frente, além de ser o terceiro, uma marca importante, que, segundo muitos, define se um grupo vai seguir em frente e também muito de sua personalidade, e que praticamente não dá folga ao ouvinte em seus cerca de 35 minutos, diretos e certeiros. Confira sem medo.

Texto/Edição: Carlos Garcia
Fotos: Divulgação

Ficha Técnica
Banda: The Midnight Ghost Train
Álbum: "Cold Was the Ground" (2015)
Estilo: Stoner Metal/Heavy Blues/Hard 70's
País: EUA
Selo: Napalm Records

Site Oficial
Facebook

Line Up
Steve Moss: Guitarra e Vocais
Brandon Burghart: Bateria
Mike Boyne: Baixo


Track-List
1.  Along the Chasm
2.  Gladstone
3.  BC Trucker
4.  Arvonia
5.  One Last Shelter
6.  The Canfield
7.  Straight to the North
8.  No. 227
9.  The Little Sparrow
10. Twin Souls

11. Mantis