domingo, 22 de dezembro de 2019

Sonata Arctica: Em Constante Movimento



Com mais de 20 anos de estrada, os finlandeses já são consolidados como uma instituição do Melodic Metal escandinavo, tendo uma carreira e base de fãs sólidas.

O Power Melodic mais voltado às canções velozes, foi dando espaço para sonoridades mais progressivas, nuances de Hard Rock e momentos mais introspectivos, mas as belas melodias e aquele ar mais sóbrio e por vezes até melancólico, sempre marca os álbuns do grupo, e seu mentor, Tony Kakko, é um dos nomes mais queridos do estilo.


"Talviyö", que significa "noite de inverno" em finlandês, é uma continuação natural do seu antecessor, "The Ninth Hour", que trazia uma banda mais enveredada por climas mais introspectivos, temas mais longos, mais passagens progressivas e canções de andamento mais moderado.

Muitos ainda se ressentem do Melodic Power Metal mais voltado às peças velozes, bem mais presentes nos quatro primeiros trabalhos, mas este é o caminho que a banda veio tomando, fruto do amadurecimento e a busca de se manter relevante, inclusive para si mesmos.

Como dito acima, prevalecem no álbum sonoridades mais progressivas, andamentos mais moderados, passagens instrumentais mais longas, ainda mais que o seu antecessor, provavelmente tentando passar o clima do tema central, o inverno. Os teclados e o baixo aparecem com mais destaque, e a voz de Tony me parece abafada em muitos momentos, sendo a mixagem um ponto que poderia ter sido diferente, e talvez dado um brilho maior ao trabalho.


Mas não é um mau álbum, embora um pouco abaixo da expectativa. Com uma faixa de abertura de andamento mais acelerado, a convidativa "Message From the Sun", traz uma boa expectativa para o restante, mas em termos de velocidade não espere muito mais, pois conforme o álbum vai rodando os temas mais moderados e progressivos vão ditando o rumo.

Portanto, se você gosta do trabalho da banda e "The Ninth Hour" lhe desceu bem, acredito que "Talviyö" vai cair também no seu gosto, mesmo necessitando algumas audições a mais para digerir, descontando um pouco a mixagem e alguns elementos que podem soar um pouco estranhos em alguns momentos.


Há ressalvas, mas há destaques e bons momentos, e além da faixa de abertura, é o caso também de "Cold", que flerta com o AOR/Melodic Rock, com muitos teclados e o baixo tendo destaque, algo que se nota por todo o álbum; "Whirlwind" e suas passagens progressivas, cozinha firme e boas linhas de teclado; "Who Failed a Most", com suas boas melodias e "A Little Less Undertanding", também com ganchos legais e refrão cativante, e mesmo os temas mais longos e mais lentos, como "The Raven Still Flies", sempre com os teclados no papel principal, despertam interesse.

O Sonata Arctica tem o mérito de buscar evoluir, experimentar caminhos diferentes em sua sonoridade, e "Talviyö" tem seus atrativos, com melodias bem construídas e bosa canções, mas depende de seu estado de espírito, pois se for ouvir esperando o Sonata dos 4 primeiros discos, não é o que vai encontrar.

Texto: Carlos Garcia

Ficha Técnica:
Banda: Sonata Arctica
Álbum: "Talviyö" (2019)
Estilo: Melodic Metal, Power Metal, Progressive Power Metal
País: Finlândia
Selo: Nuclear Blast/Shinigami Records
Adquira o Álbum na Shinigami

Site Oficial

Line-Up:
Elias Viljanen: Guitarras
Tony Kakko: Vocais
Henrik Klingenberg: Teclados
Tommy Portimo: Bateria
Pasi Kauppinen: Baixo

Tracklist
1. Message from The Sun
2. Whirlwind
3. Cold
4. Storm The Armada
5. The Last Of The Lambs
6. Who Failed The Most
7. Ismo's Got Good Reactors
8. Demon's Cage
9. A Little Less Understanding
10. The Raven Still Flies
11. The Garden

       


       

terça-feira, 3 de dezembro de 2019

Hollywood Vampires: "Rise" é a Afirmação do Elenco Estelar




O Hollywood Vampires chamou a atenção desde o anúncio de sua formação, em 2015, e o predicado de super banda foi logo atribuído ao grupo, que tem como trio principal o lendário vocalista Alice Cooper, o guitarrista Joe Perry (Aerosmith) e o ator, e agora também novo rock star, Johnny Depp.

Além do trio, uma trupe de convidados de peso participaram do primeiro disco autointitulado, assim como da banda que saiu em turnê, inclusive passando pelo Brasil e se apresentando no Rock in Rio em 2015. O disco de estreia trazia, porém, apenas 3 músicas inéditas e a restantes eram versões/covers. O estilo não fugiu das raízes dos músicos principais e respectivos convidados, ou seja, muito Rock Clássico, Hard Rock e tempero de Blues.


Para não deixar dúvidas de que não se tratava apenas de um hobby, o trio central - Cooper, Perry e Depp – retorna agora com o segundo álbum do Vampires, tendo ainda um outro ativo membro, o produtor e multi-instrumentista Tommy Henriksen (Alice Cooper, Warlock, e que também participou do primeiro álbum e respectiva tour), e “Rise” traz 13 músicas inéditas e apenas 3 versões, mostrando a personalidade e evolução do grupo, funcionando como uma “banda real”.

Alice Cooper, com seus 71 anos, mostra vigor com seu timbre vocal e teatralidade ímpares, Joe Perry destila riffs e licks criativos, embebidos em doses bluesy, e Johnny Depp, o "novato”, digamos assim, mostra evolução, e mais importante, que não estava atuando, é sim um músico de Rock and Roll respeitável, contribuindo muito na sonoridade da banda, e embora os vocais principais estejam a cargo de Alice, Depp brilha na versão para “Heroes”, de David Bowie.

As músicas são entrelaçadas por introduções que dão aquele clima de filme de suspense antigo, e a sonoridade nos entrega Hard e Classic Rock orgânico, honesto, com momentos de destaque e produção bem cuidada, a cargo de Tommy.


Não poderia ser diferente, muito do que se houve aqui remete aos trabalhos dos caras de mais peso nessa estrada, Alice Cooper e Joe Perry, e devido, claro, a personalidade desses dois. Joe, com seus riffs e melodias e Alice, com seu vocal rouco e por vezes teatral. 

A abertura com "I Want My Now", é uma faixa que se encaixaria fácil nos trabalhos da banda principal de Alice Cooper; em "New Threat", o estilo clássico de Joe Perry é facilmente identificado, numa faixa onde o flerte com o Blues dá o tom; "Who's Laughing Now" soa mais moderna e pesada, com Depp dividindo os vocais com Alice, e a letra parece um recado de Depp à sua ex, que o acusou de agressões.


O Classic Rock empolga na versão carregada de feeling de "You Can't Put Your Arms Around a Memory", de Johnny Thunder (The New York Dolls), onde Joe se encarrega dos vocais; "Mr. Spider" é outra em que o estilo de Alice se impõem, com dramaticidade e intensidade e doses psicodélicas, e temos que mencionar “Welcome to Bushwackers”, com a presença ilustre de Jeff Beck.

Simplesmente Rockn' Roll do muito bom! Traz uma diversidade empolgante, que com certeza deixará os fãs do estilo e das lendas Alice Cooper e Joe Perry, e, claro, de seus respectivos trabalhos em seus atos principais, bem felizes. E de bônus, há a afirmação de Johnny Depp dentro do cenário Rock and Roll. 

Texto: Carlos Garcia

Lançamento: ear Music/Shinigami Records

Tracklist
1. I Want My Now
2. Good People Are Hard To Find
3. Who's Laughing Now
4. How The Glass Fell
5. The Boogieman Surprise
6. Welcome To Bushwackers (feat. Jeff Beck & John Waters)
7. The Wrong Bandage
8. You Can't Put Your Arms Around A Memory
9. Git from Round Me
10. Heroes
11. A Pitiful Beauty
12. New Threat
13. Mr. Spider
14. We Gotta Rise
15. People Who Died
16. Congratulations



     


       

segunda-feira, 25 de novembro de 2019

John Diva & the Rockets of Love: O "Hair Metal" Vai Bem Obrigado!



Colocar o álbum de estréia de John Diva & the Rockets of Love pra rodar, é voltar imediatamente aos tempos em que os cabelos armados, bandanas e visuais extravagantes dominavam as rádios e enchiam arenas, é só dar uma sacada no visual do líder John Diva, algo como um Vince Neil ou Steve Rachelle, e no dos demais músicos, e também em seus pseudônimos - Diva, J.J. Love, Snake Rocket - e nem precisa ouvir nada pra saber o que você pode encontrar em termos sonoros.

Segundo ele mesmo conta, o líder John Diva passou sua juventude cercado pela música de grupos como Mötley Crüe, Bon Jovi, Kiss, Danger Danger, Tuff , Hanoi Rock, Guns n' Roses e tantos outros - alguns alcançando o estrelato, outros com fatias menores.

O fato é que, mesmo talvez sendo algum número no estilo Steel Panther ou grupos como o Wig Wam, que me esforcei para lembrar o nome, e o que quero dizer é que John Diva traz vários elementos do Hard ou Hair Metal 80's, mas muito provavelmente não uma banda para se levar totalmente a sério, e que em breve pode sumir da nossa memória, ou quem sabe simplesmente seguir os passos do citado Steel Panther, mas isso não diminui em nada o mérito de "Mama Said Rock is Dead", que é um álbum muito legal.


Falando em se levar a sério ou não, basta dar uma olhada na história da banda e nos perfis dos músicos no site do grupo, como por exemplo a descrição do perfil do guitarrista J.J.: "Anteriormente viciado em mescalina e tequila. O último mexicano que superou o notório muro. É muito bom em tocar partes impossíveis na guitarra, tanto como em tudo mais relacionado a perder dinheiro" (ha ha ha).

Numa mescla do que os grupos acima citados tinham em termos de visual e sonoridade, o álbum tem uma excelente produção, a cargo do alemão Michael Voss (Mad Maxx, Michael Schenker e outros) e supervisão de Chris Von Rohr (Krokus), ou seja, na mão de gente que conhece o estilo.

As letras, em sua maioria, fazem alusão à festas e garotas, naquele espírito do Hair Metal 80's. Em termos sonoros, a banda é muito competente nos seus instrumentos, John tem uma voz talhada para o estilo (e sem aqueles agudos estridentes demais, como um Axl) e mandam ver em Hard Rock com pegada, refrãos grudentos, melodias pegajosas e pra levantar o astral.


Os fãs do estilo certamente vão curtir temas como "Whiplash", com sua cozinha de peso e trabalho destacado nas guitarras;o balanço de "Lolita", que me lembrou um algo de Van Halen.

A celebração "Rock'n'Roll Heaven", numa levada mais cadenciada, numa linha tipo "God Gave Rock'n' Roll to You" ou "Wanted Dead or Alive", presta uma homenagem a músicos que já partiram, e ao contrário do que a maioria diz, Diva e os "rockets" afirmam que não há lugar para o Rock'n'Roll no inferno, e todos vivemos no nosso paraíso do Rock'n'Roll. Com direito aquela tradicional paradinha pra chamar a galera pra cantar junto e  órgão de igreja no finzinho.

Destaque ainda para "Wild Wild Life", que além de seu refrão altamente pegajoso, traz um belo trabalho nas guitarras, inclusive algumas melodias com guitarras gêmeas; a baladona "Just a Night Away", a encorpada e cativante "Toxic" e a grudenta e cadenciada, e também com jeitão de hit, "Fire Eyes".


Uma grata surpresa para os fãs do estilo, trazendo todas as nuances e clichês do Hard Rock/Hair Metal dos anos 80 e comecinho dos 90. Convencem no que se propõem e atingem em cheio os corações saudosos de álbuns com aquela pegada e aura 80's, com um ótima produção e som encorpado. Se você curte o estilo e as bandas citadas acima, pode mergulhar sem medo.

Texto: Carlos Garcia

Ficha Técnica:
Banda: John Diva & The Rockets of Love
Álbum: "Mama Said Rock is Dead"
Estilo: Hard Rock, Hair Metal 80's
País: USA
Produção: Michael Voss
Selo: SPV Steamhammer
Lançamento no Brasil via Shinigami Records

Line-up:
John Diva: Vocais
Lee Stingray: Bateria
Snake Rocket: Guitarra
Remmie Martin: Baixo
J.J. Love: Guitarra

Tracklist
1. Whiplash
2. Lolita
3. Rock ?N? Roll Heaven
4. Wild Wild Life
5. Blinded
6. Dance Dirty
7. Just A Night Away
8. Fire Eyes
9. Get It On
10. Toxic
11. Long Legs In Leggins
12. Rocket Of Love




       

       

quarta-feira, 20 de novembro de 2019

KISS - END OF THE ROAD TOUR, dia 12 de maio, no Anfiteatro Arena do Grêmio



Após 45 anos de carreira, o KISS vai se aposentar dos palcos do mundo e da maquiagem e botas plataforma. A maior banda de rock de todos os tempos está na estrada com a End Of The Road Tour, que começou em Vancouver, no Canadá, dia 31 de janeiro, e já passou pelos Estados Unidos, México, Alemanha, Áustria, Rússia, Polônia, Ucrânia, França, Itália, Escócia, Inglaterra, entre outros países.

E em maio de 2020, a End Of The Road Tour chega ao Brasil para seis apresentações. Os shows acontecerão no dia 12 de maio, no Anfiteatro Arena do Grêmio, em Porto Alegre, no dia 14 de maio, na Pedreira Paulo Leminky, em Curitiba, no dia 16 de maio, no Allianz Parque, em São Paulo, no dia 17 de maio, na Arena Eurobike, em Ribeirão Preto, no dia 19 de maio, no Estádio Parque do Sabiá, em Uberlândia, e no dia 21 de maio, no Estádio Nilson Nelson, em Brasília.

A Opus Promoções e a Mercury Concerts assinam a realização do show nas cidades de Porto Alegre, Curitiba e Brasília. A pré-venda exclusiva online para os fãs clubes Kiss Army e Kiss Cruise inicia dia 20 de novembro, a partir das 20h, e acontece até o dia 21 de novembro, também às 20h. A partir das 20h do dia 21 de novembro, a venda abre para o público geral, sempre através do site uhuu.com. A venda física inicia dia 22 de novembro, a partir das 10h, nas bilheterias oficiais do evento. Mais informações sobre preços e bilheterias podem ser encontradas ao final do texto.

Formada em Nova York, em 1973, por Paul Stanley e Gene Simons o KISS criou alguns dos maiores clássicos do rock, como “Rock And Roll All Nite”, “Detroit Rock City”, “I Love It Loud”, “Love Gun”, “Shout It Out Loud”, entre outros. Em mais de quatro décadas, a banda vendeu milhões de álbuns e seus shows repletos de efeitos especiais e pirotecnia lotaram arenas de todo o mundo criando uma legião de fãs conhecida como Kiss Army.

 A primeira passagem da banda pelo Brasil foi em junho de 1983, durante a The Creatures of the Night Tour para shows em São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. O grupo voltaria em agosto de 1994 para uma única apresentação na primeira edição do festival Monster of Rock, em São Paulo. Em 1999, durante a Psycho Circus Tour, o KISS fez shows em São Paulo e Porto Alegre. Somente 10 anos mais tarde a banda voltaria ao país com a turnê comemorativa de 35 anos de carreira para apresentações em São Paulo e Rio de Janeiro. Em 2012, a banda fez shows em São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre como parte da turnê do álbum Monster. E em 2015, além de se apresentar em mais uma edição do Monters of Rock, a banda passou por Florianópolis e Belo Horizonte.
A formação atual conta com Paul Stanley - The Starchild – nos vocais, Gene Simons - The Demon –no baixo, Tommy Thayer - The Spaceman – nas guitarra  e Eric Singer – Catman – na bateria.

SOBRE O KISS

Vencedor do Gold Record Award como o #1 da América de todos os tempos, e em todas as categorias, o KISS é considerada uma das bandas mais influentes do rock. Eleita para o Rock n´Roll Hall of Fame, o grupo já lançou 44 álbuns e vendeu mais de 100 milhões de cópias em todo o mundo. Em 2015, recebeu o prestigiado prêmio da ASCAP Founders Award. A banda quebrou recordes com suas turnês mundiais e, uma vez por ano, o Kiss Army se transform no Kiss Navy, com fãs de todo o mundo embarcando no Kiss Kruise, que á está na sexta edição.

O KISS fez apresentações especiais no Super Bowl, nas Olimpíadas de Inverno, no show Rockin´ The Corps e em vários episódios da série Family Guy, do canal FOX, além de se apresentar como convidado especial em duas finais do American Idol. A banda também foi destaque em grandes campanhas de publicidade, como John Varvatos, Google Play, Hello Kitty e, como parte da divulgação da turnê Hottest Show On Earth, apareceu em uma campanha do Dr. Pepper. A banda apoia diversas organizações de veteranos, incluindo: The Wounded Warriors Project, The USO, o programa “Hire A Hero” da Câmara de Comércio dos Estados Unidos, The Legacy Organization da Australia, Help For Heroes da Inglaterra e o The Dr. Pepper Snapple Groups Wounded Warriors Support Foundations.

O legado do KISS cresce geração após geração, transcendendo idade, raça ou credo. A inigualável devoção e lealdade do KISS Army para com a "Banda Mais Quente do Mundo" é um testemunho impressionante do vínculo inquebrável entre a banda e seus fãs.

SERVIÇO TURNÊ KISS

PORTO ALEGRE (RS)
Data do Show: Dia 12 de maio de 2020, Terça-feira
Abertura dos portões: 18h
Horário do Show: 21h
Pré Venda Fã Clube: 20/11/2019 – às 20h
Venda Online Público Geral: 21/11/2019 – às 20h
Venda PDV’s: 22/11/2019 – às 10h
Local: Anfiteatro Arena do Grêmio (Av. Padre Leopoldo Brentano, 110 - Humaitá, Porto Alegre)

CLASSIFICAÇÃO
0 a 11 anos – não entra
12 a 15 anos – entra acompanhado dos pais ou responsável
Acima de 16 anos – entra sozinho

INGRESSOS: *Ingresso Solidário (40% de desconto): válido para todos os setores e disponível para todo o público para compras realizadas na bilheteria e no ponto físico. Para validação do desconto, é necessário a entrega de 1kg de alimento não perecível na entrada do evento.

CADEIRA SUPERIOR

1º Lote - Meia-entrada: R$ 170,00 l Ingresso Solidário: R$204,00

2º Lote - Meia-entrada: R$ 195,00 l Ingresso Solidário: R$234,00

3º Lote - Meia-entrada: R$ 220,00 l Ingresso Solidário: R$264,00

CADEIRA GOLD

1º Lote - Meia-entrada: R$ 240,00 l Ingresso Solidário: R$288,00

2º Lote - Meia-entrada: R$ 265,00 l Ingresso Solidário: R$318,00

CADEIRA GRAMADO

1º Lote - Meia-entrada: R$ 310,00 l Ingresso Solidário: R$372,00

2º Lote - Meia-entrada: R$ 350,00 l Ingresso Solidário: R$420,00

3º Lote - Meia-entrada: R$ 390,00 l Ingresso Solidário: R$468,00

 PISTA PREMIUM

1º Lote - Meia-entrada: R$ 360,00 l Ingresso Solidário: R$432,00

2º Lote - Meia-entrada: R$ 400,00 l Ingresso Solidário: R$480,00

3º Lote - Meia-entrada: R$ 440,00 l Ingresso Solidário: R$528,00

4º Lote - Meia-entrada: R$ 480,00 l Ingresso Solidário: R$576,00

Valores inteiros:  Cadeira Superior: 1º lote R$340,00 2º lote R$390,00 3º lote R$440,00. Cadeira Gold: 1º lote R$480,00 2º lote R$530,00. Cadeira Gramado: 1º lote R$620,00 2º lote R$700,00 3º lote R$780,00. Pista Premium: 1º lote R$720,00 2º lote R$800,00 3º lote R$880,00 4º lote R$960,00

- 50% de desconto na pré-venda dos fã clubes Kiss Army e Kiss Cruise

- Clientes Porto Seguro: 60% de desconto na pré-venda do fã clube. Válido para titular e um acompanhante. Vendas na internet via código de validação.

- Clube do Assinante ZH: 50% de desconto. Válido para sócios do Clube do Assinante RBS. Limitado a 200 ingressos. Vendas na bilheteria e pela internet.

- Clientes Porto Seguro: 50% de desconto. Válido para titular e um acompanhante. Vendas na bilheteria mediante apresentação da carteirinha e na internet via código de validação.

- Clube do Assinante ZH: 40% de desconto. Válido para sócios do Clube do Assinante RBS para os demais ingressos. Vendas na bilheteria e pela internet.

- Ingresso Solidário: 40% de desconto. Válido para todos os setores e disponível para todo o público para compras realizadas na bilheteria e no ponto físico. Para validação do desconto, é necessário a entrega de 1kg de alimento não perecível na entrada do evento.

- Cartões Zaffari e Bourbon Card: 40% de desconto. Válido para titular e um acompanhante. Vendas na bilheteria e pela internet.

- Clientes Panvel: 40% de desconto. Válido para titular e um acompanhante. Vendas na bilheteria e pela internet.

*Descontos não cumulativos a demais promoções e/ ou descontos;

** Pontos de vendas sujeito à taxa de conveniência;

*** Política de venda de ingressos com desconto: as compras poderão ser realizadas nos canais de vendas oficiais físicos, mediante apresentação de documentos que comprovem a condição de beneficiário. Nas compras realizadas pelo site e/ou call center, a comprovação deverá ser feita no ato da retirada do ingresso na bilheteria e no acesso ao auditório;

**** A lei da meia-entrada mudou: agora o benefício é destinado a 40% dos ingressos disponíveis para venda por apresentação. Veja abaixo quem têm direito a meia-entrada e os tipos de comprovações oficiais no Rio Grande do Sul:

- IDOSOS (com idade igual ou superior a 60 anos) mediante apresentação de documento de identidade oficial com foto.

- ESTUDANTES mediante apresentação da Carteira de Identificação Estudantil (CIE) nacionalmente padronizada, em modelo único, emitida pela ANPG, UNE, UBES, entidades estaduais e municipais, Diretórios Centrais dos Estudantes, Centros e Diretórios Acadêmicos. Mais informações: www.documentodoestudante.com.br

- PESSOAS COM DEFICIÊNCIA E ACOMPANHANTES mediante apresentação do cartão de Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social da Pessoa com Deficiência ou de documento emitido pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), que ateste a aposentadoria de acordo com os critérios estabelecidos na Lei Complementar nº 142, de 8 de maio de 2013. No momento de apresentação, esses documentos deverão estar acompanhados de documento de identidade oficial com foto.

- JOVENS PERTENCENTES A FAMÍLIAS DE BAIXA RENDA (com idades entre 15 e 29 anos) mediante apresentação da Carteira de Identidade Jovem que será emitida pela Secretaria Nacional de Juventude a partir de 31 de março de 2016, acompanhada de documento de identidade oficial com foto.

- JOVENS COM ATÉ 15 ANOS mediante apresentação de documento de identidade oficial com foto.

- APOSENTADOS E/OU PENSIONISTAS DO INSS (que recebem até três salários mínimos) mediante apresentação de documento fornecido pela Federação dos Aposentados e Pensionistas do RS ou outras Associações de Classe devidamente registradas ou filiadas. Válido somente para espetáculos no Teatro do Bourbon Country e Auditório Araújo Vianna.

- DOADORES REGULARES DE SANGUE mediante apresentação de documento oficial válido, expedido pelos hemocentros e bancos de sangue. São considerados doadores regulares a mulher que se submete à coleta pelo menos duas vezes ao ano, e o homem que se submete à coleta três vezes ao ano.

*****Caso os documentos necessários não sejam apresentados ou não comprovem a condição do beneficiário no momento da compra e retirada dos ingressos ou acesso ao teatro, será exigido o pagamento do complemento do valor do ingresso.

CANAIS DE VENDAS OFICIAIS (sujeito à taxa de serviço):
Atendimento: falecom@uhuu.com
Bilheteria do Teatro do Bourbon Country: Av. Túlio de Rose, nº 80 / 2º andar (de segunda a sábado, das 10h às 22h, e domingo e feriado, das 14h às 20h)

CANAIS DE VENDAS OFICIAIS (sem taxa de serviço): Hits Store: Shopping Praia de Belas – 2° andar - Porto Alegre / RS. Horário de funcionamento: de Segunda a Sábado, das 10 às 22h/Domingo das 14h às 20h

Formas de pagamento:
Internet: Visa, Master, Diners, Hiper, Elo, American.
Bilheteria: Dinheiro, Visa, Master, Diners, Hiper, Elo, American e Banricompras (débito).

Parcelamento: 3x sem juros até a data do evento. De 4x até 10x com juros até a data do evento.

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segunda-feira, 11 de novembro de 2019

Black Star Riders: Mudando de Nível, Mas Mantendo a Inspiração Principal



O Black Star Riders foi formado em 2012, quando os membros da mais recente formação da lenda irlandesa Thin Lizzy, resolverem gravar matéria inédito, porém não queriam usar o nome do antigo grupo, que seguiria apenas como maneira de manter o legado, um tributo à obra do fundador Phil Lynott, falecido em 1986.

Dessa formação do Thin Lizzy, as figuras centrais e membros remanescentes desde 2012, são o vocalista e guitarrista irlandês Ricky Warwick e o guitarrista Scott Gorham, que foi um dos responsáveis - ao lado de Brian Robertson - pela sonoridade com as guitarras gêmeas e backing vocals dobrados, que se tornaram tão característicos no Thin Lizzy,  influenciando muitas bandas de Hard Rock e Heavy Metal.


Chegando agora ao seu quarto álbum, “Another State of Grace”, os cavaleiros da estrela negra seguem com as características fortes do Thin Lizzy, como as guitarras gêmeas e as nuances vocais de Warwick, que seguidamente lembram Phil Lynott, e essas influências estão bem audíveis na faixa de abertura, “Tonight the Moonlight Let Me Down”, Hard de melodias cativantes e refrão grudento.

Uma maior variedade também é notada, tendo uma pegada mais pesada em alguns momentos, transições pelo Hard e Classic Rock, mas claro, assim como o Thin Lizzy, sempre com muita importância dada às melodias e refrãos fortes. a faixa título, "Another State of Grace", tem peso e com melodias que lembram algo do folk daquelas regiões, e com certeza soa muito bem no palco, com seu refrão intenso e os riifs principais, que são acompanhados por um "Hey", praticamente um grito de guerra!


Essa variedade nas canções, sempre com refrãos e melodias marcantes, mantém o álbum sempre interessante, como também no "rockão" empolgante de " Ain’t The End Of The World" e a leveza cativante regada a Hammonds de "Soldier in the Ghetto", ou na pegada quase Metal de " In The Shadow Of The War Machine".
 
O Black Star Riders pode ser colocado como uma continuação do legado do Thin Lizzy, claro, Gorham está aí, com seu estilo que ajudou em muito na sonoridade do Lizzy, e Warwick foi e é um digno frontman para a versão que hoje é possível, mas a banda não é uma mera cópia ou simplesmente uma tentativa de viver do passado, pois possui uma personalidade que vem se mostrando mais forte a cada álbum, e como bônus, mantém viva a memória da lenda Irlandesa.

Uma ótima pedida para os fãs do estilo. “Another State of Grace” está disponível no Brasil, via parceria Nuclear Blast e Shinigami Records.

Texto: Carlos Garcia
Fotos: Divulgação

Lançamento: Shinigami Records

Line-up
Ricky Warwick - Vocals/Guitar
Scott Gorham - Guitars
Christian Martucci - Guitars
Robert Crane - Bass
Chad Szeliga - Drums



Tracklist
01. Tonight The Moonlight Let Me Down
02. Another State Of Grace
03. Ain’t The End Of The World
04. Underneath The Afterglow
05. Soldier In The Ghetto
06. Why Do You Love Your Guns?
07. Standing In The Line Of Fire
08. What Will It Take?
09. In The Shadow Of The War Machine
10. Poisoned Heart


       


       


terça-feira, 5 de novembro de 2019

Blind Guardian: O Grandioso "Twilight Orchestra: Legacy of the Dark Lands"



Tido como um dos precursores do metal sinfônico, os alemães do Blind Guardian são uma banda que sempre buscou se superar e evoluir, alcançando seu ápice criativo com a trilogia “Somewhere Far Beyond” (92), “Imaginations From the Other Side” (95) e “Nightfall in Middle-Earth” (98), álbuns que os tornaram conhecidos no mundo inteiro, aclamados pelos fãs de Metal, e inclusive lhes rendeu contrato com uma grande gravadora.

O Power Metal mais direto dos primórdios foi sendo lapidado, e os temas fantásticos inspirados em lendas e livros como a série “Senhor dos Anéis” e “Game of Thrones”, foram sendo envoltos em uma trilha sonora de Heavy Metal sinfônico brilhante e criativo, criando uma assinatura bem própria.


Embora os álbuns seguintes não terem alcançando o mesmo nível, a banda seguiu lançando trabalhos de qualidade, e o flerte com a música clássica e trilhas sonoras foi alimentando, desde o lançamento de “Nightfall...”, o desejo de realizar uma obra ambiciosa e audaciosa: um álbum totalmente orquestral. Um passo praticamente inevitável para a banda.

Agora em 2019, cerca de 20 anos depois, o sonho, que vinha sendoconcebido pela mente de seus principais compositores, Hansi e André e com a parceria do escritor Markus Heitz, vê a luz do dia e “Blind Guardian & Twilight Orchestra: Legacy of the Dark Lands”, álbum gravado com a Orquestra Filarmônica de Praga, tem a data de lançamento oficial marcada para 08/11.


A história se passa no período da guerra dos 30 anos na Europa, no século XVII, onde um segredo apocalíptico é revelado. A personagem central do livro em que a saga se inicia é Aenlin Solomon Kane, filha de Solomon Kane, personagem criado por Robert Howard (criador de Conan, o Bárbado, entre outros). O Livro, “The Dark Lands”, do escritor de fantasia alemão Markus Heitz foi lançado no começo deste ano, e precede a história contada no álbum do Blind Guardian.

Hansi comentou a respeito em entrevistas: “Markus é um ótimo contador de histórias; com "Die Dunklen Lande", ele criou o cenário perfeito e, com o misterioso Nicolas, o personagem perfeito para nossos trabalhos complexos. Sua inventividade parece ser quase infinita. Absolutamente impressionante e muito inspirador ”. A banda e o escritor narram a história do mercenário Nicolas e seu envolvimento na Guerra dos Trinta Anos. Markus Heitz começa a história em seu livro e o Blind Guardian prossegue a saga em "Legacy Of The Dark Lands".

Markus Heitz
Se trata de um trabalho brilhante e grandioso. Não há uso de guitarras, ou seja, não é um disco convencional de Metal, é o vocalista Hansi Kürsch e a orquestra, em cerca de 1h 15 minutos de música, contando introduções e interlúdios, com as canções sendo intercaladas pelas vozes de atores e efeitos especiais. E as vozes ouvidas nas intros e interlúdios são conhecidas dos fãs, Norman Eshley e Douglas Fielding também gravaram os diálogos ouvidos em "Nightfall...". 

As orquestrações incríveis, os corais grandiosos, as vozes e o magistral trabalho vocal de Hansi (que apresenta em "Legacy" possivelmente uma de suas melhores performances) trabalham juntos, formando a maravilhosa trilha para a história inspirada na obra de Markus Heitz. 

As composições possuem a marca e assinatura do Blind Guardian, porém sem guitarras, e inicialmente pode soar um pouco estranho, mas essa sensação logo passa e o interesse pelo álbum vai aumentando. As canções possuem muitos momentos memoráveis, grandes refrãos, e algumas das melhores melodias que a banda compôs nos últimos anos.


Aquele certo receio de que poderia ser um álbum que soasse cansativo, foi dirimida. Parece que o esforço criativo da banda estava especialmente concentrado nesse trabalho, reservando para ele algumas de suas melhores ideias. Bom, foram cerca de duas décadas para torná-lo realidade.

Composições como “War Feeds War”, “Dark Clouds Rising”,  “In the Red Dwarf’s Tower”, "Point of No Return", por exemplo, são puro Blind Guardian, e podem ser colocadas entres as grandes composições do grupo.



Um clima fantástico, repleto de suspense, com composições cheias de melodias marcantes e refrãos memoráveis. Os arranjos são muito bem feitos, ricos. Um trabalho diferente de tudo que a banda já fez, e diferente também de outros grupos que se utilizaram de orquestra, como Trans-Siberian Orchestra, por exemplo. 

Com certeza o melhor álbum do Blind desde “Nightfall”. Já falei as palavras "épico" e "Memorável"? Fica aquela curiosidade, que aflora a imaginação, de que como seriam versões dessas músicas com os instrumentos convencionais, com as duas guitarras, baixo e bateria. 

Texto: Carlos Garcia
Fotos: Divulgação
Selo: Nuclear Blast
Obs: Versão nacional a ser lançada via Shinigami Records

Site Oficial

Track-List:
"1618 Ouverture"
"The Gathering"
"War Feeds War"
"Comets And Prophecies"
"Dark Cloud’s Rising"
"The Ritual"
"In The Underworld"
"A Secret Society"
"The Great Ordeal"
"Bez"
"In The Red Dwarf’s Tower"
"Into The Battle"
"Treason"
"Between The Realms"
"Point Of No Return"
"The White Horseman"
"Nephilim"
"Trial And Coronation"
"Harvester Of Souls"
"Conquest Is Over"
"This Storm"
"The Great Assault"
"Beyond The Wall"
"A New Beginning"

       


       


       

domingo, 3 de novembro de 2019

Entrevista - Hellish War: "Nada Mais do Que Metal..."



Com mais de duas décadas de estrada o Hellish War segue firme em seu propósito, desde a criação da banda, que é fazer Heavy Metal à maneira clássica. Nessa caminhada já são 4 álbuns de estúdio, um ao vivo (com gravações de sua tour na Alemanha), duas viagens ao velho mundo, onde ampliou sua base de fãs, mudanças de formação, um pequeno hiato e outras dificuldades dessa batalha que é fazer arte, música e principalmente Metal.  (English Version)

Conversamos com o baixista JR para falar um pouco dessa história, e principalmente sobre o novo álbum, "Wine of Gods", que já está disponível em formato físico e digital, e ainda vai receber uma edição limitada em LP, que será lançada pela gravadora Abigail Records. Confira!


RtM: O Hellish War foi formado numa época que o mercado musical estava mudando, os anos 90, algumas bandas tentaram inclusive mudar o estilo para se encaixar no mercado, mas em contrapartida surgiram novos nomes, inclusive um revival do Metal dos anos 80, usando o termo “True Metal”, com nomes como o Hammerfall, e o próprio Hellish War aqui. Um movimento que renovou e recuperou aquela sonoridade do Heavy Metal 80’s. Gostaria que você comentasse a respeito disso, e sobre como você vê o espaço no cenário hoje para as bandas que seguem essa linha mais 80’s?
JR - Acredito que tem espaço para todo mundo. Obviamente algumas modas vão e vem, alguns estilos ora em alta tendem a cair na semana seguinte e assim por diante. Este lance do revival chega a ser engraçado, pois nosso principal compositor nasceu na década de 70 e viveu a aura dos anos 80 in loco. Então mais do que normal que essa influência se refletisse nas composições. Entendo o ponto jornalístico da questão, mas pra nós, isso nada mais é do que Metal. Metal que nós ouvimos e curtimos no dia a dia. É nosso background e influência, o revival quem faz geralmente são os fãs e a mídia em geral.



RtM: Para este novo álbum vocês contaram com apoio importante, com financiamento pelo Proac Editais, o que certamente, devido as dificuldades para uma banda brasileira poder investir, é uma saída muito interessante, para seguir lançando novo material, podendo investir mais na produção, consequentemente podendo ser mais competitivo. Gostaria que vocês comentassem a respeito desse apoio e o que mais isso trouxe e poderá trazer de resultado.
JR -  O PROAC foi uma porta gigantesca para tentarmos um novo approach. É legal ver que uma banda de Metal, do underground nacional foi contemplada com este projeto. Mostra que de certa forma ainda existe abertura para a cultura, seja ela qual for. Foi muito importante termos este apoio e isso acrescenta e muito para a história do Hellish War. A liberdade financeira foi essencial neste projeto, além de ter ajudado no nosso ego. A auto estima foi lá em cima.

RtM: Algo que achei muito interessante é a contrapartida ao projeto que a banda dará, que são as realizações de oficinas musicais. Ou seja, o estado investiu em cultura, e a população recebe também o retorno. Inclusive o Show de lançamento também é com entrada franca não é? Então, é muito importante tudo isso, pois muitos parecem não ver o Heavy Metal como algo que mereça um investimento maior por parte de órgãos de incentivo à cultura. Gostaria que vocês comentassem a respeito.
JR- Sim, fizemos três shows de forma gratuita. É muito legal isso, pois, acabamos por alcançar pessoas que não são do metal e até sendo possível melhorar a imagem do estilo perante a sociedade em geral. Em nossos shows abertos ao público sempre tem crianças, famílias inteiras. Esta contrapartida é essencial para disseminarmos a cultura, e sendo uma cultura que vivemos e respiramos, melhor ainda. 


RtM: E com relação à produção de “Wine of Gods” e aos trabalhos anteriores, visto o apoio com o financiamento, acredito que vocês conseguiram dispor de mais recursos, mais alternativas e mais tempo para a produção. Poderia nos destacar as principais diferenças da produção deste álbum para os anteriores?
JR - A diferença principal foi a verba mesmo, porque tempo não tivemos. O projeto tinha um deadline bem menor do que estamos acostumados a trabalhar, então foi bem tenso o processo de composição e gravação. Mas com a verba, foi possível avaliarmos mais de um produtor, mais de uma forma de lançar, etc.

RtM: “Wine of Gods” com certeza será apontado por muitos como o melhor trabalho da banda, trazendo composições muito fortes e bem trabalhadas, e claro, produção cristalina. Gostaria que vocês comentassem a respeito do processo de composição, inclusive vocês se isolaram em um sítio durante o processo não é?
JR - Sim, nos isolamos por alguns dias em um sítio no interior. Foi legal termos este espaço, longe dos problemas corriqueiros do dia a dia. Longe de trabalho, família, etc. A criatividade flui. Tínhamos a aparelhagem ligada o tempo todo, então era só chegar e tocar a qualquer momento. Cansou? Era só dar um pulo na piscina, fazer um churrasco. Nossa composição segue uma linha uniforme em todos os álbuns, o Vulcano e o Job geralmente apresentam as ideias e vamos lapidando com a banda toda. Com o lance do sitio isso aflorou, e até eu que nunca compus nada acabei assinando uma das músicas.

RtM: Um dos destaques, que inclusive teve um lyric-video lançado recentemente, é “Warbringer”, que traz como convidado Chris Botendahl (Grave Digger), gostaria que vocês nos contassem mais a respeito de como surgiu essa ideia e oportunidade de convidá-lo, e que critério foi usado para decidir em qual faixa iriam utilizá-lo?
JR - Tínhamos a ideia de convidar alguém do Metal. Fizemos a lista dos que mais gostamos e entramos em contato. Tinham alguns outros, mas o Chris foi muito simpático e prestativo desde o início. Mostrou interesse e respondeu quase de imediato. A escolha da música foi bem óbvia pra gente, este som tem a cara dele e já imaginávamos ele cantando. Mas ele fez um trabalho excelente e contribuiu muito pro som. Somos muito fãs de Grave Digger, é uma realização ter ele no álbum.


RtM: Uma das grandes dificuldades é o espaço para shows, ainda mais em um país enorme como o nosso, aliadas a dificuldades econômicas. Na sua visão, o que pode ser feito para termos melhorias nesse sentido?
JR - Olha, são tantos anos na estrada e respondi tanto sobre esse assunto que já nem sei mais por onde ir. Mas, sendo objetivo, acredito que falte incentivo mesmo. Dinheiro é o que gira o mundo e se não nos unirmos para prestigiar as bandas nacionais que aparecessem por aí, dificilmente este cenário irá mudar. O incentivo de um projeto estadual mostra que a realidade pode ser alterada, temos que levar isso para a cena como um todo também.

RtM: E suas expectativas para shows no Brasil e também expectativas de novamente um trabalho da banda ser lançado por um selo estrangeiro, além de voltar para uma tour maior na Europa, um dos grandes mercados do Heavy Metal?
JR - Para o Brasil já fizemos três shows de lançamento, como parte do projeto para o Proac: Sorocaba, Santos e Campinas. Os demais serão divulgados em breve. Tem coisa legal vindo por aí, o Hellish irá quebrar algumas barreiras daqui pra 2020. Quanto a Europa, o álbum sairá em vinil pela Abigail Records de Portugal e estamos procurando parceiros para lançar o disco lá. O mesmo vale para um nova tour por lá. Nada definido, mas está no nosso radar.

RtM: Obrigado pela atenção! Espero vê-los conquistando mais reconhecimento, e também ver um show da banda aqui no RS ano que vem. Fica o espaço para sua mensagem aos leitores.
JR - Seria um prazer irmos para o RS. Só falta o convite!! Quero agradecer pelo espaço concedido e agradecer a todos os leitores e fãs da banda! Ouçam o novo álbum, sigam nossas redes sociais, compartilhem com os amigos e em breve nos vemos na estrada!!

Entrevista: Carlos Garcia
Fotos: Divulgação

Line-Up:
Bill Martins: Vocals
Vulcano: Guitar
Daniel Job: Guitar
JR: Bass

Daniel Person: Drums

Agradecimentos: Som do Darma

Discografia:
Defender of Metal - 2001
Heroes of Tomorrow – 2008
Live in Germany - 2010
Keep It Hellish - 2013
Wine Of Gods - 2019


       



       

Interview - Hellish War: Nothing but Metal



With more than two decades on the road the brazilian band Hellish War has been steadfast in their purpose, since the band's creation in 1995, which is to do Heavy Metal in the classic way. In this walk are already 4 studio albums, one live (with recordings of their tour in Germany), two tours over Europe, where they expanded their fan base. The band had lineup changes, a small hiatus and other difficulties of this battle that is making art, music and especially Metal music. 

But after that hiatus, they returned with batteries recharged, and the new album, "Wine of Gods", came full of energy, with ten new Heavy Metal missiles, receiving a lot of praise, including from the legendary Chris Botendahl (Grave Digger).  (VERSÃO EM PORTUGUÊS)

We have talked to bassist JR to tell us a little about this history, and especially about the new album, which is already available in physical and digital format, and will still receive a limited edition in LP, which will be released by the label Abigail Records. Check out!


RtM: Hellish War was formed at a time when the music market was changing, the 1990s, some bands even tried to change their style to fit the market, but in contrast new names came up, including an 80's Metal revival, using the term "True Metal", with names like Hammerfall, and Hellish War itself here. A movement that renewed and regained that heavy metal 80's sound. I would like you to comment on this, and how do you see the space on the scene today for bands that follow this 80 plus line?
JR - I believe there is room for everyone. Obviously some fads come and go, some up-and-coming styles tend to fall the following week and so on. This revival move is funny because our main composer was born in the 70's and lived the 80's aura. So more than normal that this influence was reflected in the compositions. I understand the journalistic point of the matter, but for us, this is nothing but Metal. Metal that we listen to and enjoy on a daily basis. It's our background and influence, the revival we usually do is the fans and the media in general.


RtM: For this new album you had important support, with funding by Proac (a program that gives support to culture, from State of SP), which certainly, due to the difficulties for a Brazilian band to invest, is a very interesting way out, to continue releasing new material, being able to invest more in production, consequently it may be more competitive. I would like you to comment on this support and what else it has brought and could bring about.
JR - PROAC was a huge door for us to try a new approach. It's nice to see that a metal band from the national underground was awarded this project. It shows that in some ways there is still openness to culture, whatever it may be. It was very important to have this support and that adds a lot to the history of Hellish War. Financial freedom was essential in this project, as well as helping our ego. Self esteem was up there.


RtM: Something that I found very interesting is the counterpart to the project that the band will give, which are the accomplishments of music workshops. That is, the state has invested in culture, and the population also receives the return. Even the launching show is also free, right? So, all of this is very important, as many do not seem to see Heavy Metal as deserving a larger investment by cultural incentive agencies. I would like you to comment on this.
JR- Yes, we did three shows for free. This is very cool, because we eventually reach non-metal people and it is even possible to improve the image of the style before society in general. In our shows open to the public there are always children, whole families. This counterpart is essential for spreading the culture, and being a culture we live and breathe, even better.


RtM: And with regard to the production of “Wine of Gods” and previous works, given the support with the funding, I believe you have more resources, more alternatives and more time for production. Could you highlight the main differences in the production of this album to previous ones?
JR - The main difference was the money, because we didn't have time. The project had a much shorter deadline than we're used to working on, so the writing and recording process was pretty tense. But with the money, it was possible to evaluate more than one producer, more than one way to launch, etc.


RtM: “Wine of Gods” will surely be pointed by many as the best work of the band, bringing very strong and well crafted compositions, and of course, crystal clear production. I would like you to comment about the composition process, including part of it held on a small farm during the process, is not it?
JR - Yes, we are isolated for a few days in a place, a little farm far from the city. It was nice to have this space, away from the usual problems of everyday life. Far from work, family, etc. Creativity flows. We had the stereo on all the time, so just get in and play anytime. Tired? Just jump in the pool, have a barbecue. Our composition follows a uniform line in all albums, Vulcano and Job usually present the ideas and we cut with the whole band. With the bid of the farm this came up, and even I who never composed anything ended up signing one of the songs.


RtM: One of the highlights, which even had a recently released lyric-video, is “Warbringer”, which features Chris Botendahl (Grave Digger) as a guest. I would like you to tell us more about how this idea and opportunity to invite Chris came up, and what criteria was used to decide which track to use it?
JR - We had the idea of ​​inviting someone from Metal. We made the list of the ones we like best and get in touch. There were a few others, but Chris was very friendly and helpful from the start. He showed interest and responded almost immediately. The choice of the song was very obvious to us, the song "Warbringer" has his face and we already imagined him singing. But he did an excellent job and contributed a lot to the sound. We are very fans of Grave Digger, it is a real accomplishment to have him on the album.


RtM: One of the biggest difficulties in Brazil is the space for shows, especially in a huge country like ours, coupled with economic difficulties. What do you think can be done to make improvements in this regard?
JR - Look, it's been so many years on the road and I answered so much on this subject that I don't know where to go anymore. But, being objective, I believe that it really lacks incentive. Money is what turns the world around and if we don't come together to honor the national bands that appear around, this scenario is unlikely to change. The encouragement of a state project shows that reality can be changed, we have to take it to the scene as well.


RtM: What about your expectations for shows in Brazil and also expectations of again a band's work being released by a foreign label, besides returning to a bigger tour in Europe, one of the big Heavy Metal markets?
JR - For Brazil we have already done three release shows, as part of the project for Proac: Sorocaba, Santos and Campinas. The others will be released soon. There's cool stuff coming around, Hellish will break some barriers from now on by 2020. As for Europe, the album will be released on vinyl by Abigail Records from Portugal and we're looking for partners to release the album there. The same goes for a new tour there. Nothing definite, but it's on our radar.


RtM: Thank you for your attention! I hope to see them gaining more recognition, and also see a band show here in Rio Grande do Sul next year. 
JR - It would be a pleasure to go to RS. Just missing the invitation !! I want to thank you for your space and thank all the readers and fans of the band! Listen to the new album, follow our social networks, share with friends and see you soon on the road !!


Interview: By Carlos Garcia
Photos: Suzy dos Santos (Som do Darma)

Line-Up:
Bill Martins: Vocals
Vulcano: Guitar
Daniel Job: Guitar
JR: Bass
Daniel Person: Drums

Discography:
Defender of Metal - 2001
Heroes of Tomorrow – 2008
Live in Germany - 2010
Keep It Hellish - 2013
Wine Of Gods - 2019



More info: