Amaranthe tem se destacado na cena mundial em 2011
O Heavy Metal é um conceito muito amplo. Para muitos, apenas um “tipo de Rock”, enquanto para sua maioria de admiradores, um estilo de vida.
Gênero da música relativamente novo (cerca de 4 décadas), passou por muitas mudanças em todos esses anos. Mudanças essas que, na maioria das vezes, levou ao fim de carreiras inteiras de grandes bandas, ou pelo menos abalou suas estruturas (Judas Priest, Iron Maiden, Black Sabbath, Metallica, por exemplo, passaram por isso).
Mas, nos últimos anos, inovação me a palavra de ordem, já que até a maioria dos “dinossauros” buscaram expandir sua sonoridade, modificando-a em certos pontos.
Uma onda de bandas tocando Death Metal com melodia (contraditório?!) assolou o mundo, sobretudo vindas da Europa (Suécia, especialmente). Por anos, ao redor do mundo, as novas bandas passaram a se interessar pelo gênero, bem como a gravadora, vendo nessa “nova” sonoridade um mercado promissor.
Dentro desse contexto, como você deve imaginar, se destacar é algo bastante raro. Afinal, são milhares de bandas tocando Death Metal “Melódico”.
No final da década passada, em 2008, mais uma dessas bandas surgia, a Avalanche, lá na Suécia. Nada demais, especialmente oriunda daquele país.
Avalanche se tornou Amaranthe e, pelo menos aqui no Brasil, só passou a ser um nome comentado quando a vocalista Elize Ryd veio como convidada especial para os shows em nosso país e se destacou ao lado da deusa Simone Simmons (Epica).
Mas uma banda que tinha tudo para ser “só mais uma”, está se destacando mundo afora. Ainda definidos como Death Metal Melódico, termo esse que não penso ser aplicável sem reserva a banda, Amaranthe já conquistou várias coisas antes mesmo de lançar seu primeiro e, até agora, único disco, o auto-intitulado “Amaranthe” (2011).
Com o álbum na praça, com os singles sendo tocados à exaustão nas principais rádios de Metal do mundo, o sexteto que conta com três (!?) vocalistas, mostra que é possível fazer um som pesado (até certo ponto, pois muito marmanjo por aí não vai considerar o termo, rs), porém bastante acessível.
Trazendo como único elemento Death Metal os vocais guturais de Andy Solvestrom, que os desempenha muito bem, a banda caminha pelo Metalcore (numa audição superficial, essa pode ser a definição do grupo), mas é o Heavy Metal modernizado, com algo de Sinfônico e até mesmo eletrônico (os teclados de Olof Mörk, que também é o guitarrista, ficam responsáveis por isso), que predomina e faz desse disco de estreia ser algo bem legal de curtir.
Roy Khan (ex-Kamelot) e a bela Elize ao vivo
Mas cuidado! Não haverá de encontrar grandes inovações, muito peso ou algo revolucionário. Aqui as músicas são, sobretudo, empolgantes e bem construídas, de fácil assimilação.
O trio de vocalistas (completado pelos vocais limpos de Jake E. Lundberg) se destacam, além dos teclados “abusados”. Mas a cozinha é o que mantêm o peso, formada pelo baixista Johan Andreassen e o baterista Morten Lowe.
A banda tem atacado com os singles “Hunger”, Leave Everything Behind” e “Rain” (lançado agora!), mostrando que já tem o porte de banda grande (veja o clipe para “Hunger” ao final da matéria).
Destaques para faixas que caminham entre o comercial e o Heavy Metal, como “Automatic” (refrão muito grudento), “Amaranthine” (com show de Elize e Jake, mostrando o lado mais “balada” da banda), “Act Of Desperation” e “Serendipity” (fechando o disco).
Com certeza, “Amaranthe” é um disco que os radicais e/ou revolucionários devem passar longe. Mas inegável é a qualidade do grupo sueco-dinamarquês que, em apenas um disco e três anos de existência, está conquistando seu espaço numa cena mais que saturada.
Agora, se você me perguntar se a banda vai perdurar em destaque por muito tempo, só vai depender deles e da gravadora, com certeza.
Stay on the Road
Texto: Eduardo Cadore
Fotos: Divulgação
Ficha Técnica
Banda: Amaranthe
Álbum: Amaranthe
Ano: 2011
País: Suécia/Dinamarca
Tipo: Metalcore/Metal Sinfônico/Death Metal Melódico
Formação
Elize Ryd (Vocal Feminino)
Jake E. Lundberg (Vocais Limpos)
Andy Solvestrom (Vocais Guturais)
Olof Mörk (Guitarras e Teclados)
Johan Andreassen (Baixista)
Morten Lowe (Baterista)
Tracklist
1.Leave Everything Behind
2.Hunger
3.1.000.000 Lightyears
4.Automatic
5.My Transition
6.Amaranthine
7.It’s All About Me (Rain)
8.Call Out My Name
9.Enter The Maze
10.Director’s Cut
11.Act Of Desperation
12.Serendipity
Assista o vídeo-clipe oficial da banda:
Hunger
Assista a banda tocando ao vivo
Automatic/Call Out My Name/ Rain
Hunger
Acesse!
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