terça-feira, 31 de julho de 2012

Hell Divine: Chegando a sua 10° edição, acompanhado do 7° lançamento da coletânea Upcoming Hell

A coletânea Upcoming Hell chega ao seu 7° lançamento

Já está disponível para download a sétima edição da coletânea “Upcoming Hell”, idealizada pela equipe da revista virtual HELL DIVINE. Nela você encontrará grandes nomes do underground nacional, mostrando que a cena Metal está cada vez mais ativa e contando com excelentes bandas. A coletânea tem uma periodicidade bimestral, sempre apoiando nomes emergentes ou já consagrados do Metal, sem distinção de estilo, do Heavy ao Grind, passando pelo Metalcore ao Thrash.


Confira o track list:

1 - Akira - Carpe Diem
2 - AmnesiA - Inside My Head
3 - Blakk Market - The Dawn of the Dead
4 - Brave - Heavy Metal
5 - Brutality Murdered - Killed by the Sword
6 - Command6 - Ace in the Hole
7 - Dare - Heavy Metal Machine
8 - Dinnamarque - One Spirit of Thousand Faces
9 - Distraught - Raise Your Flags
10 - Diva - Worlds Collapse Full
11 - Dominus Praelli - We Are the One
12 - Evil Emperor - Devoured by Inner Bestiality
13 - Evisceration Blast - Ignominious Human Putrescence Master
14 - Pethallian - Caroline
15 - Revogar - Territory of the Shadows
16 - Scelerata - In My Blood
17 - Trator BR - Fogo Fátuo

Para fazer o download, clique aqui.

Confira a 10° edição da revista Hell Divine com Terrorizer na capa

Confira também na 10º edição da revista HELL DIVINE, que é disponibilizada de forma gratuita para leitura e download nos links abaixo, entrevistas com Terrorizer, Kiko Loureiro, Distraught, Pethallian, Noctem, Itself, Coldworker e com o artista gráfico João Duarte. Na seção OLD SKULL os leitores também poderão conferir a segunda parte dedicada ao Metal nacional, abordando discos do Stress, Anthares, Ratos de Porão e Overdose. 

Ao todo são 60 páginas, contendo diversas colunas, além de resenhas de CDs, DVDs e shows. A revista está disponibilizada em formato PDF, mas, pode ser visualizada na tela sem necessidade de download. Para fazer o download gratuito da revista, acesse o link informado abaixo; para abrir o arquivo PDF em seu computador, é obrigatória a instalação do programa ACROBAT READER, que pode ser baixado gratuitamente através do site: http://get.adobe.com/br/reader.

Para fazer o download da revista clique aqui.
Para visualizar na tela, clique aqui. 

Contatos:
Site: www.helldivine.com
Blog: www.helldivine.blogspot.com
Myspace: www.myspace.com/helldivine
Facebook: www.facebook.com/HellDivineMagazine
Twitter: twitter.com/helldivine
E-mail: helldivinemetal@gmail.com

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Resenha de Shows: Viper – Revivendo Clássicos do Metal Brasileiro em Porto Alegre/RS

Histórica noite do Metal nacional trouxe aos gaúchos Viper


21/07/2012: uma data para ficar marcada na história de Porto Alegre/RS. Neste dia a capital gaúcha recebeu o último show da turnê “To Live Again Tour” da lendária banda paulista Viper, que comemora o 25° ano do lançamento de seu 1° álbum, “Soldiers of Sunrise” (1987).

Ainda da turnê de comemoração, a banda conta com a volta de seu vocalista original, nada mais nada menos que Andre Matos (carreira solo, ex-Angra, ex-Shaman) e, para abrilhantar ainda mais está turnê, além de executarem o 1° álbum na íntegra, também executam seu álbum de maior sucesso, o clássico “Theatre of Fate” (1989).

Apesar do baixo e apático público de início da noite, Phornax deu um show de energia


A abertura do show ficou por conta da banda gaúcha Phornax que está em plena divulgação de seu 1° lançamento, o EP “Silent War”.

Com um Heavy Metal pesado e agressivo, após a intro “Smell Of Death” a banda abre seu show com a já conhecida “Silent War”. Era notável a tensão dos músicos em palco, mas em nenhum momento desapontaram, executando fielmente as músicas. “Final Beat” dá continuidade, com um refrão forte e marcante, sendo destaque o baterista Mauricio que sentou o braço (literalmente) e também da participação especial da dançarina Aline, fazendo a dança do ventre, que fizeram muitos se perguntar qual seria o real sentido da ligação da dança com a música.
Para fechar a curta apresentação do quarteto, “Dare Of Destruction”, que foi o primeiro single da banda, com muita precisão a banda encerra sua apresentação, um ponto que se deve destacar, foi que a banda disponibilizou via Bluetooth uma música inédita que pertence ao seu 1° disco que saíra em breve.

Era hora dos convidados da noite subirem ao palco. Estamos falando dos gaúchos do Scelerata que estavam fazendo o show de lançamento de seu 3° álbum de estúdio “The Sniper” (resenha em breve).
Scelerata no seu primeiro show de divulgação de "The Sniper"

Após a intro “Money Painted Red”, a banda executa logo de cara duas composições novas, com a dobradinha “Rising Sun” e “In My Blood”, que mostrou a nova cara da banda, o que nos surpreendeu positivamente, pois a banda esta mais afiada do que nunca, e soando muito pesada e agressiva.

Renato Osório, também guita da Hibria
Fabio Juan (vocal) instiga a galera, perguntando se aquilo era realmente um show de Metal e pede para todos se levantarem (show num Teatro intimida parte do público) e “Run to the Hills” (Iron Maiden) é executada, o que animou os presentes e na sequência um dos clássicos da banda é executado “Enemy Within”.

A banda ainda executaria mais cinco músicas, mas o grande destaque fica para “Must Be Dreaming”, canção composta e cantada por Andi Deris (Helloween), que foi interpretada toda por Juan, mostrando que o grupo possui uma qualidade ímpar e marcando esse momento da banda com essa apresentação nesta noite histórica.

Eis que o momento mais esperado da noite se aproximava e passando das 22h, Felipe Machado (guitarra), Guilherme Martin (bateria), Pit Passarell (baixo) e Hugo Mariuti (guitarra) entram em cena com “Knights of Destruction” e para iniciar a festa, Andre Matos entra em palco, deixando todos ensandecidos.

Viper finalizou sua "To Live Again Tour" na capital gaúcha

E podemos dizer que a banda está afiadíssima, executando fielmente o clássico e Andre Matos cantando muito. Sem tempo para respirar “Nightmares” com todos cantando seu refrão grudento.

Pit Passarel
O que tínhamos em palco era realmente uma banda se divertindo, um Andre Matos carismático e muito comunicativo com o público, sem contar a figura da noite Pit Passarel (tá certo o cara tinha tomado todas, rsrsrs...) brincando o tempo, conversando com o público e contando diversas histórias do Viper, fazendo do show não apenas uma celebração da música, mas da história do Metal nacional.

Dando continuidade, as melódicas “The Whipper” e “Wings of the Evil” mostraram como Felipe e Hugo estão entrosados, sem contar a presença contagiante de Felipe, mostrando muito feeling e uma felicidade em estar ali que era mais do que visível.
Felipe Machado

Tivemos um momento especial no show, quando Andre Matos demonstra o quanto gosta de tocar em Porto Alegre, falando também que em São Paulo eles gravaram o show para um futuro DVD, mas devido estarem muito a vontade em Porto Alegre este show também estava sendo gravado, e se realmente sair o DVD nós estaríamos nele, levando todos aos gritos de “Viper” e ganhando o público literalmente.

Mas a banda estava só na metade do “Soldiers...”, executando o restante da apresentação de maneira muito fiel ao material original. 

Banda afiadíssima executou dois discos na íntegra e mais alguns bônus

Chegando ao fim da primeira parte do show, em um telão improvisado, temos cenas do DVD “Living for the Night – 20 Years of Viper” aliado a depoimentos atuais feitos pelo guitarrista Hugo Mariuti. Foi praticamente um longa metragem, trazendo as histórias da banda, deixando bem claro a real importância do Viper para cena nacional, o que foi muito bacana dando um clima mais do que especial.

Andre Matos
Após este grande momento de descontração e risadas, era hora do álbum “Theatre of Fate” e após a intro “Illusions” a euforia da galera sobe e “At Least a Chance” abre os caminhos e mostra como o Viper está bem, uma banda feliz com músicos emocionados em cima do palco e Andre Matos simplesmente impecável.

“To Live Again” vem na sequência, para deixar todos sem pulmões, cantando junto seu refrão marcante. Vale ressaltar o baterista Guilherme Martin, que sentou a mão literalmente, mostrando um feeling absurdo e, claro, Pit Passarel, que fez com que todos se sentissem a vontade e era notável a emoção deles em tocar esses hinos do Metal nacional.

Então era hora de uma das melhores músicas que o Power Metal já criou: “A Cry from the Edge”. Arranjos perfeitos e uma sintonia e entrosamento genial, esta música representa muito bem o que é o Viper: forte, melódica e grudenta. Faço menções honrosas a Andre Matos nesta música, pois jamais imaginaria que ele cantasse ela praticamente igual a versão de estúdio e na hora dos agudos mais altos, ele não se intimidou e os fez com grande maestria. 

Assim como na primeira parte, a banda estava impecável e, mesmo que alguns pequenos erros (observados apenas por músicos da platéia), a festa rolou solta, especialmente com Pit, que literalmente fazia a festa no palco. 

Hugo Mariuti (esq.) acompanha Matos desde Shaman e carreira solo do vocalista
Aliás, um momento muito emocionante foi aquele em que Andre Matos pede para a plateia cantar o hino do Rio Grande do Sul, a ponto de Pit dizer que foi a coisa mais linda que ouvira (tá certo, ele estava um tanto emotivo, mas realmente foi de arrepiar aquelas centenas de pessoas cantando juntas a bela letra).

Guilherme Martin
Destaque para o maior clássico da banda, “Living For the Night”, com Andre deixando para o público cantar boa parte da canção. Momento emocionante e onde também houve a apresentação dos membros da banda (como se fosse preciso!).

“Theatre of Fate” veio em seguida (que canção épica!) e “Moonlight”, numa interpretação sensível de Matos aos teclados e vocais.

Emocionante momento de "Moonlight"
A pedidos incessantes, Pit começou a cantar “Evolution”, mas a canção não terminou de ser executada. Para compensar, a banda toca a belíssima “The Spreading Soul”, num dueto entre Pit e Andre que, dentre outros momentos, foi o ponto alto da apresentação. 

Ao final, muitos começaram a gritar “everybody,  everybody, everybody...” pois já sabiam que a saideira seria “Rebel Maniac”, clássico de 1992 e que foi gravada no disco pelo Pit e, ali, ouvi-la na voz de Matos foi animal. Ainda rolou o cover “We Wil Rock You” (Queen) antes do encerramento do show.

Infelizmente a banda não atendeu aos fãs ao fim da apresentação, apenas quem havia garantido entrada (paga) pro Meet & Greet. Esse foi o único “porém” da noite, afinal, muitas pessoas esperavam poder tirar fotos com seus ídolos, ainda mais no teatro intimista como o CIEE. 

O "festeiro" da noite após término do show: muita satisfação pelo grande sucesso da tour


Noite histórica, com os fãs saindo surpreendidos positivamente (houve um encontro de gerações, com muita presença de jovens que viam, pela primeira vez, Viper ao vivo), um serviço organizado e de ótimo atendimento dos funcionários do CIEE e da equipe da Abstratti Produtora que também recebeu à equipe Road to Metal com profissionalismo e cordialidade (aliás, a segurança também está de parabéns).

Agora é torcer para que realmente imagens do show tornem-se parte do aguardado DVD e que, desse sucesso que foi a tour, o grupo possa voltar a gravar e excursionar juntos. Sempre é tempo de viver novamente!

Texto: Renato Sanson e Eduardo Cadore
Revisão/edição: Eduardo Cadore
Fotos: Road to Metal (proibido uso sem citar a fonte)

Veja dezenas de outras fotos do show clicando aqui.

Público lotou o Teatro do CIEE para ver Viper


Selist Viper
01 Knights of Destruction
02 Nightmares
03 The Whipper
04 Wings of the Evil
05 Signs of the Night
06 Killera (Princess of Hell)
07 Soldiers of Sunrise
08 Law of the Sword
09 H. R.
10 Illusions
11 At Least a Chance
12 To Live Again
13 A Cry from the Edge
14 Living for the Night
15 Theatre of Fate
16 Moonlight
17 Prelude to Oblivion
18 Evolution
19 The Spreading Soul
20 Rebel Maniac
21 We Will Rock You

Magnus (esq.) e Juan, agitando a galera no Teatro do CIEE


Setlist Scelerata
01 Money Painted Red (intro)
02 Rising Sun
03 In My Blood
04 Run to the Hills (cover Iron Maiden)
05 Enemy Within
06 Breaking the Chains
07 Must Be Dreaming
08 Spell of Time
09 Unmasking Lies
10. Leave Me Alone

Banda fez bonito divulgando seu primeiro EP

Setlist Phornax
01 Smell Of Death (intro)
02 Silent War
03 Final Beat
04 Ghosts From The Past
05 Dare Of Destruction

domingo, 29 de julho de 2012

Lita Ford: Agora Sim a "Runaway" Voltou!


Pois é, depois de um álbum um tanto quanto estranho (e ruim!), o "Wicked Wonderland" (2009), produzido pelo seu ex-marido, Jim Gilette, onde recebeu duras críticas e decepcionou os fãs (para não dizer que não serviu pra nada, pelo menos uma música do álbum entrou na trilha do game "Brutal Legend"), nossa querida Carmelita Ford levantou do tombo e veio com um trabalho que todos esperam dela, ou seja, aquele Hard cheio de melodias, até com algumas pitadas pop, e o timbre vocal suave característico de sempre, mostrando que tropeços acontecem e que ela ainda tem muito a oferecer!

"Living Like A Runaway"(2012), lançado recentemente, é a volta que os fãs de Lita esperavam, já que desde "Black", de 1995, a guitarrista/vocalista não lançava um trabalho de inéditas (e o álbum "Wicked Wonderland" não foi do agrado da grande maioria) ficando meio que sumida, fazendo apenas algumas aparições e colaborações esporádicas.

O título também é uma alusão a banda "Runaways", que revelou Joan Jett e Lita para o mundo da música, celebrando também as pazes feitas entre ela e suas ex-colegas. Lembrando que o filme de 2010, "The Runaways" (veja resenha no Road), causou algum desconforto entre Lita e os agentes de Joan Jett, já que a guitarrista não quis ceder direitos sobre sua história. O filme é bem interessante, embora "Hollywoodiano" demais, sabe-se que as história das meninas e os problemas com o produtor Kim Fowley eram bem mais pesados!


Produzido por Gary Hoey, que contribuiu em muito para Lita voltar as raízes, com o álbum soando como seus bons trabalhos nos anos 80 e início dos 90, com pegada, melodia, transitando pelo Hard, Metal, Punk e pitadas pop.

Por exemplo, "Branded" começa animando, vem com um riff direto e cru, pegada bem Punk, lembrando as Runaways, mas não esquece as melodias; "Hate", a segunda, começa com uma linha de baixo, que vai comandando a música, a qual é pesada e traz um refrão bem pegajoso! "The Mask" meio que assusta com o início meio modernoso, mas não chega a comprometer, mas logo em seguida vem a faixa título, "Living Like A Runaway", um Hard com pitadas pop, melodias e refrão que grudam, bem ao estilo dos hits dos seus primeiros CDs, e aí fica a certeza que temos em mãos um álbum muito bom, gostoso de ouvir, e que finalmente é uma volta digna para Lita!


Destaco ainda a balada "Mother", a balada Metal "Asylum", melodiosa, e com que tem umas linhas de guitarra que lembram Iron Maiden, outra que é candidata a hit do CD! E ainda "Love 2 Hate U", outro Hard com acento pop, com melodias pra lá de cativantes. 

Saldo altamente positivo, se você curte a carreira de Lita, ou é fã de Hard, ou simplesmente quer ouvir um CD recheado de boas e cativantes canções, pode conferir sem medo. O divórcio conturbado de Lita com Gilette (e bota conturbado, pois o cara não é flor que se cheire, vai saber porque a guitarrista foi se meter com o sujeito! O amor é cego!!!??) fez bem a ex-Runaway, que agora está livre para conduzir novamente sua carreira e sua vida como bem entende!



Texto e Edição: Carlos Garcia
Fotos: Divulgação


Ficha Técnica
Banda/Artista: Lita Ford
Álbum: Living Like a Runawya
Ano: 2012
País: EUA
Tipo: Hard Rock
Selo: SPV/Steamhammer

Formação
Lita Ford: Vocal e Guitarra
Gary Hoey: Produção
Pete Peloquin: Drum Engineer

Set List:
01. Branded 02. Hate 03. The Mask 04. Living Like A Runaway 05. Relentless 06. Mother 07. Devil In My Head 08. Asylum 09. Luv 2 Hate You 10. A Song To Slit Your Wrists By 11. Bad Neighborhood (Bonus Track) 12. The Bitch Is Back (Bonus Track)
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sábado, 28 de julho de 2012

Thrash Metal Moderno Com Veia Bay Area

De Melbourne (Austrália), 4Arm lança terceira pedrada Thrash


Ao ouvir os primeiros acordes de “While I Lie Awake”, música que abre o disco “Submission for Liberty” do grupo 4Arm, a impressão que temos é que estamos diante de uma banda da Bay Area, pilar do Thrash Metal norte-americano e, provavelmente, a principal influência de 9 entre 10 bandas de Thrash Metal mundo afora.

A verdade é que a banda vem da Austrália e, embora ainda buscando um maior reconhecimento internacional (que está vindo com sua turnê atual nos EUA), já conquistaram bastante fãs e um patamar de banda profissional, mesmo que surgida apenas em 2004.

De lá pra cá, foram três discos de puro Thrash Metal que amantes de bandas como Anthrax, Metallica e Megadeth dos anos 80 irão apreciar, mesmo que em alguns momentos exalte-se a produção mais cristalina (não muito a ver com o estilo), feita pelo mestre da “nova geração” Matt Hyde (Machine Head, Slipknot, Trivium), fazendo com que também caia nas graças de quem curte Machine Head, por exemplo.

São 10 pedradas (tá, nove, porque a intro não conta) de um verdadeiro Thrash Metal enérgico. Sabe aquele som para bangear e se jogar na parede? É o que sentimos ao ouvir sons como a própria faixa-título, assim como o mias recente single “Raise A Fist” (confira os vídeos das músicas ao final da matéria), “I Will Not Bow” e “My Fathers Eyes” (o vocalista/guitarrista Danny Tomb lembra James Hetfield do Metallica, mas sem soar mera cópia), não deixam pedra sobre pedra. A energia, o peso e a força do quarteto saltam aos ouvidos!

Danny Tomb destacando-se pelos vocais e riffs Bay Area

Os riffs cavalares de Tomb, aliado aos solos certeiros de Johnny Glovasa, fazem das guitarras o grande destaque, embora a bateria monstruosa de Michael Vafiotis seja uma das mais interessantes que ouvi este ano (e olha que ouço muita coisa sempre!). O baixo, claro, não podia deixar de marcar presença colocando o peso que faz de “Submission for Liberty” um dos melhores lançamentos do ano, num trabalho eficiente de Andy Hinterreiter.

Estou exagerando? Bom, antes de tirar conclusões, confira os dois vídeos abaixo e prove a qualidade de 4Arm!

Stay on the Road

Texto: Eduardo Cadore
Edição: Eduardo Cadore
Fotos: Divulgação

Ficha Técnica
Banda: 4Arm
Álbum: Submission For Liberty
Ano: 2012
País: Austrália
Tipo: Thrash Metal 
Selo: Rising Records

Formação
Danny Tomb (Vocal e Guitarra)
Johnny Glovasa (Guitarra)
Michael  Vafiotis (Bateria)
Andy Hinterreite (Baixo)



Tracklist
01. Sinn Macht Frei
02. While I Lie Awake
03. Raise A Fist
04. Submission For Liberty
05. The Oppressed
06. I Will Not Bow
07. Taken Down
08. My Fathers Eyes
09. The Warning
10. Blood Of Martyrs

Assista ao vídeo de “Submission For Liberty”

Assista ao vídeo de “Raise A Fist”
Acesse e conheça mais sobre a banda

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Vorticis: EP Apresentando a Nova Vocalista e a Nova Fase


A banda mineira Vorticis lançou recentemente o EP "Don't Fix Me", marcando a estreia da nova vocalista Sarah Lugon, efetivada no ano ano passado, após a saída da cantora anterior, Nienna, mostrando composições que deverão estar em seu futuro debut.

Sarah chamou a atenção da banda pelo seu timbre e pela versatilidade que observaram na cantora, podendo cantar músicas utilizando um vocal mais lírico, mas também pode soar com mais pegada, proporcionando explorar um terreno musical mais amplo e trazendo mais um diferencial para o grupo, algo importante neste concorrido cenário, onde é também difícil soar original.

Na estrada desde 2003, formada pelo guitarrista Kleiner Marra (a banda também conta com Rafael Porto, da Drowned) a Vorticis apresenta 5 faixas mostrando músicas como "Forgotten", que já fazia parte do seu set-list, mas aqui apresenta um amadurecimento maior, e aponto como um dos destaques do EP.


O estilo (ou sub-estilo), lembrando que muitos não gostam de rotular a música, preferindo apenas usar o termo Heavy Metal, mas é algo necessário, principalmente para situar as pessoas que não ouviram o som, também está mais difícil de definir, aponto como mais um ponto positivo, pois se no início,e talvez por contar com vocal feminino, li muitas resenhas que definiam a Vorticis como "Gothic Metal", apesar de apresentarem  características do estilo, a banda apresenta um Metal moderno, apostando bastante nas melodias e teclados,   e acredito que vai agradar os fãs em geral, despertando interesse também nos aficcionados por bandas com vocais femininos, como o Epica, por exemplo.


Uma boa amostra do trabalho, muito profissional, muita seriedade, como pode-se notar pelo material de divulgação apresentando nos canais oficiais do grupo, que vocês podem conferir nos links abaixo, que nos deixa a certeza de que a banda tem condições de galgar seu espaço, pois mostrou que está no caminho certo e sabe o que quer, e que sem um trabalho sério e profissional, não se chega a lugar nenhum.


Texto e Edição: Carlos Garcia

Formação:
Kiko Lopes: Drums
Daniel Salazar: Bass
Sarah Lugon: Vocals
Kleiner Marra: Guitars & Vocals
Rafael Porto: Guitars

Set List:
01 – Awaken
02 - Crystal Clear
03 - Forgotten
04 - Light Up
05 - Fairy Sin



MAIS INFORMAÇÕES:
SITE OFICIAL
MYSPACE



Lançado Vídeo Clipe da Lendária Banda de Black Metal Brasileiro Amen Corner



O mais recente disco do grupo Amen Corner, de Curitiba/PR, foi lançado em 2010 com o nome de “Leviathan Destroyer” (via Cogumelo Records) e recebeu inúmeras críticas positivas, algo já de praxe em se tratando do verdadeiro Black Metal que o grupo realiza há 20 anos.

Recentemente a banda liberou vídeo clipe para a faixa-título, mostrando uma alta produção para o gênero que, aqui no Brasil, produz pouquíssimos vídeos promocionais, seja pela postura dos grupos, seja pela falta de apoio financeiro, já que a maioria das bandas caminha pelo underground apenas.

Álbum foi lançado em 2010 e é o último registro (até agora) do grupo

O vídeo foi realizado no mesmo estúdio onde o álbum fora gravado, o Avant Garde Studio, produzido por Maiko Thomé Araújo, ficando as animações à cargo de Heloisa Duda. Aliás, a banda pretende lançar, ainda este ano, o DVD comemorativo aos 20 anos de história.

Edição: Eduardo Cadore
Fotos: Divulgação

Confira esse grande trabalho do Amen Corner.

Ouça mais canções da banda clicando aqui.

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Banda Scelerata Lança Vídeo Clipe e Terceiro Álbum

Banda gaúcha lança o vídeo clipe "Rising Sun"

Referências do Power Metal gaúcho, a banda porto alegrense Scelerata lançou recentemente no Japão (e passou a vender no site e em shows no Brasil) seu terceiro álbum, “The Sniper” (2012), trabalho que traz a estreia do novo vocalista Fabio Juan e as participações especiais dos gigantes Paul Di’anno (ex-Iron Maiden) e Andi Deris (ex-Pink Cream 69, Heloween).

Capa de "The Sniper", novo trabalho do grupo gaúcho

“The Sniper” foi gravado na Alemanha, no Twilight Hall Studio (da banda Blind Guardian) e produzido pelo renomado Charlie Bauerfein e pelo guitarrista Renato Osório e traz a banda apostando num som mais encorpado e pesado, partindo em alguns momentos para o Metal Progressivo, embora sobressaia o Power Metal cativante já conhecido da banda cuja mostra é “Rising Sun” (que conta com participação de Paul Di’Anno), música que abre o álbum e é o primeiro single.

Banda abriu apresentação do Viper em Porto Alegre/RS (21/07) apresentando novas canções

O vídeo traz a canção que já estava sendo apresentada ao vivo. Recentemente a banda fez a abertura para a apresentação histórica do Viper em Porto Alegre/RS e, na ocasião, apresentou várias das novas composições, inclusive este single e “Must Be Dreaming”, que no estúdio traz Andi Deris participando como vocalista e compositor.

Para adquirir o álbum (e também a camiseta) que está matador, basta acessar o site e solicitar. Fique atento que, em breve, rola resenha do primeiro show de divulgação de “The Sniper” e entrevista exclusiva com a banda.

Edição: Eduardo Cadore
Fotos: Divulgação

Conheça a banda
Assessoria/shows: contato@wargodspress.com

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Marduk: Novas Sonoridades Somadas às Velhas Blasfêmias

Novo disco "Serpent Sermon" marca novas sonoridades


Parece que foi ontem que os Black Metalers ficaram assombrados com o peso e a desgraça de uma obra vinda da Suécia. O nome do petardo: "Panzer Division Marduk" (1999), um verdadeiro tanque de guerra disparando blasfêmias e com um peso absoluto, sem momentos mais calmos e um vocalista extremamente possuído que atende pelo nome de Legion.

Alguns anos se passaram, a banda mudou muito a sua formação, sendo que foram recrutados para horda Mortuus (vocal), Morgan (guitarra) e Devo (Baixo) e essa formação estreou no álbum “World Funeral” de 2006, onde ouvinte foi apresentado a nova sonoridade da banda com uma temática ainda mais anti-cristã. Entretanto, o som vem metendo o pé no freio muitas vezes acrescentando elementos sinfônicos. Na sequência, temos o experimental “Wormwood"(2009) e obedecendo o mesmo padrão de tempo vem agora  “Serpent Sermon” (2012).

Após algumas dezenas de audições, posso afirmar que temos aqui o trabalho da consolidação do “Novo Marduk”: Mortuus está cada vez mais consolidado no posto de vocalista e consegue fazer uma ponte entre os momentos mais esporrentos, como as passagens mais lentas (entenda macabras e nem um pouco leves).

Vocalista Mortuss consolidando-se como frontman da band a cada álbum

Como sou um fã das antigas, não posso deixar de expressar minha alegria a ouvir atentados como “Hail Mary (Piss-soaked Genuflexion)” e a curta e certeira "Messianic Pestilence". "World of Blades" poderia estar perfeitamente no "Heaven Shall Burn...” (1996). Isso prova que a horda não perdeu seu vínculo com o passado.

“Souls For Belial” ganhou clipe e na minha opinião é de longe a mais fraca do trabalho. Os efeitos de vozes ficam enjoativos e quando a música começa a fica boa ela... bem, ela acaba (!?). Músicas que definem melhor essa proposta do Marduk seriam faixas como "Into Second Death" e  "Temple of Decay", essa a propósito possui um teclado de fundo, mas nada que lembre os exageros orquestrados de Dimmu Borgir.

Com formação estável, Marduk galga o posto de maior nome do Black Metal atual

“World of Blades” fecha o material com efeitos mais apocalípticos e vocais mais desesperados, realmente um Grand Finale. Agora nos resta saber como a horda vem com esse material ao vivo e a chance não vai faltar, pois o Marduk desce ao Brasil agora em agosto em diversas capitais (dia 13 em Porto Alegre/RS). Então preparem se para o Amargedon.


Texto: Harley
Edição/revisão: Eduardo Cadore
Fotos: Divulgação

Ficha Técnica
Banda: Marduk
Álbum: Serpent Sermon.
Ano: 2012
País: Suécia
Tipo: Black Metal 
Selo: Century Media

Formação
Mortuus  (Vocal)
Morgan Steinmeyer Håkansson (Guitarra) 
Devo (Baixo) 
Lars Broddesson (bateria)



Tracklist
01.  Serpent Sermon 
02.  Messianic Pestilence 
03.  Souls for Belial 
04.  Into Second Death 
05.  Temple of Decay 
06.  Damnation's Gold 
07.  Hail Mary (Piss-soaked Genuflexion) 
08.  M.A.M.M.O.N. 
09.  Gospel of the Worm 
10.  World of Blades 

Acesse e conheça mais sobre a banda


Assista ao vídeo clipe oficial “Souls for Belial”

terça-feira, 24 de julho de 2012

Inauguração do Urânio Complexo Cultural



Estive no último sábado (21/07/12) na inauguração de um importante espaço cultural na cidade de Porto Alegre/RS, o Urânio Complexo Cultural. Localizado no bairro Santana, o Complexo envolve uma produtora, escola e um futuro estúdio de ensaio e gravações.

Várias salas compõem o investimento que, diga-se de passagem, deve ter sido alto. Uma estrutura bem legal em um prédio com dois pavimentos. Salas para aulas de vocal, guitarra, violão, baixo montadas com equipamento e ambiente para que o aluno e professor sintam-se a vontade.

Fabiano Müller (Tierramystica) durante a inauguração

O empreendimento é capitaneado pelo pessoal da banda Tierramystica junto a um sócio empreendedor que tive a oportunidade de encontrar no local. Fabiano Müller e esposa receberam muito bem a todos os convidados. Falei também com o Alexandre Tellini, o Rafael Martinelli, Luciano Thumé, Ricardo Durán e o Gui Antonelli, que nos brindou com um pocket show acústico com inúmeros sucessos nacionais e internacionais. Regado por um bem servido buffet de doces e salgados e um bom vinho chileno e cerveja de Gramado, a noite foi bem divertida. Pude encontrar muitas pessoas que fazem a diferença no cenário metal e musical da cidade como o Alexandre "Tiziu" da Zeppelin e o Márcio da A Place e alguns músicos como o Mike Polchowicz, meu amigo de muitos anos de Hangar e o pessoal da Save Our Souls.

O vocalista Mike Polchowicz (ex-Hangar, atual Venus Attack) com o redator Nando Mello (Hangar)

Com certeza um evento desse porte deveria contar com mais apoio de alguns músicos e figuras importantes da cidade, mas são coisas que só quem conhece Porto Alegre pode entender. Após um pequeno discurso do Fabiano Müller foi feito um brinde comemorativo e o anúncio das primeiras produções da empresa com a vinda dos shows de Arnaldo Antunes e em dezembro a banda finlandesa Nightwish. 

Foi uma grande noite e desejo toda sorte do mundo aos amigos empreendedores desse projeto cultural que vai marcar a cidade e o estado como um todo.

Texto: Nando Mello
Edição/revisão: Eduardo Cadore
Fotos: Nando Mello


Conheça mais sobre a Urânio aqui.

Landwork Prepara Álbum de Estreia Lançando Vídeo Oficial



A banda de Blumenau/SC, Landwork, que está em processo de composição/gravação de seu primeiro disco, lançou recentemente o vídeo para a música “The Fight”, primeiro single do debut álbum que deve sair ainda neste ano de 2012.

A banda foi o grande destaque no Massacre 2012, festival de Florianópolis que conferimos de perto em março deste ano (confira resenha clicando aqui).

Banda liberou a capa de seu álbum de estreia

Calçados numa experiência sonora que tende a fugir de rótulos, Landwork se aproxima dos estilos Groove e Alternative Metal, embora possa mostrar influências mais setentistas, como Led Zepellin e Black Sabbath, passando pelo Rock dos anos 90, como Alice in Chains.

O grupo é um das referências no estado sulista quando o assunto é Metal Cristão, tendo conquistado admiradores independentemente da posição religiosa, mostrando que quando a música é feita com qualidade e esmero, transcende ideologias.

Texto e Edição: Eduardo Cadore
Fotos: Divulgação

Assista ao vídeo oficial abaixo e conheça mais sobre a banda nos links.

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Candlemass: Finalizando a Era Lowe e Carreira em Novo Álbum

Lenda do Doom Metal se cala em último álbum de estúdio


A mudança de um vocalista considerado clássico de uma banda sempre tende a dividir os fãs. Haverá quem jamais aceite um substituto (clamando até mesmo pelo fim da banda), e haverá aqueles que aceitarão as mudanças, com ou sem ressalvas.

Me incluo nesse segundo grupo em relação à banda sueca Candlemass. É sabido que Messiah Mercolin foi e sempre será a grande voz da banda, mas a verdade é que Robert Lowe, que gravou três álbuns com a banda, foi um grande achado.

Robert Lowe é mandado embora devido à problemas na performance ao vivo (substituído por Mats Levén)

Infelizmente, a banda divulgou recentemente a saída de Lowe, numa mudança que abala o processo de divulgação de seu mais recente disco (e o último da carreira, pois a banda já anunciou sua aposentadoria), “Psalms For the Dead” (2012), disco que saiu pela Napalm Records e marca o fim dessa lendária banda.

Com 9 músicas não tão pesadas quanto seu antecessor (o esplêndido “Death Magic Doom” de 2009), este novo trabalho registra a banda caprichado ainda mais na construção das músicas, em alguns momentos, noutros mostrando-se bastante básica.

Músicas como “Prophet”, que abre o álbum, “Waterwitch” e “The killing of the Sun” não ficam devendo nada para alguns clássicos da banda e, num contexto geral do disco, mostra um grupo de Doom Metal clássico em grande forma, com riffs arrastados dos mestres Mats “Mappe” Björkman e Lars “Lasse” Johansson, a bateria pesada e grave de Jan “Janne” Lindh e o baixo marcante de Leif Edling (líder do grupo).

Banda promete seguir tocando ao vivo, mas não gravará mais
Talvez não a despedida esperada (a banda garante seguir excurcionando por mais tempo, mas não gravará novos discos), mas com certeza “Psalms For the Dead” tem os elementos que encontramos nessa última e definitiva era Lowe, que para os shows finais fora substituído pelo reconhecido Mats Levén, famoso pelo seu trabalho com Yngwie Malmsteen e Therion, sendo atual membro da banda Krux.

Dividindo os fãs, mesmo assim um disco do Candlemass não passa despercebido entre os fãs de Doom Metal e se você se encaixa nessa característica, deve ouvir sem medo.

Stay on the Road

Texto: Eduardo Cadore
Edição: Eduardo Cadore
Fotos: Divulgação

Ficha Técnica
Banda: Candlemass
Álbum: Psalms For the Dead
Ano: 2012
País: Suécia
Tipo: Doom Metal
Selo: Napalm Records

Formação
Robert Lowe (Vocal)
Mats “Mappe” Björkman (Guitarra)
Lars “Lasse” Johansson (Guitarra)
Jan “Janne” Lindh (Bateria)
Leif Edling (Baixo)



Tracklist
1. Prophet
2. The Sound Of Dying Demons
3. Dancing In The Temple (Of The Mad Queen Bee)
4. Waterwitch
5. The Lights Of Thebe
6. Psalms For The Dead
7. The Killing Of The Sun
8. Siren Song
9. Black As Time

Acesse e conheça mais sobre a banda