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Histórica noite do Metal nacional trouxe aos gaúchos Viper |
21/07/2012: uma data para ficar marcada na história de Porto Alegre/RS. Neste dia a capital gaúcha recebeu o último show da turnê “To Live Again Tour” da lendária banda paulista Viper, que comemora o 25° ano do lançamento de seu 1° álbum, “Soldiers of Sunrise” (1987).
Ainda da turnê de comemoração, a banda conta com a volta de seu vocalista original, nada mais nada menos que Andre Matos (carreira solo, ex-Angra, ex-Shaman) e, para abrilhantar ainda mais está turnê, além de executarem o 1° álbum na íntegra, também executam seu álbum de maior sucesso, o clássico “Theatre of Fate” (1989).
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Apesar do baixo e apático público de início da noite, Phornax deu um show de energia |
A abertura do show ficou por conta da banda gaúcha Phornax que está em plena divulgação de seu 1° lançamento, o EP “Silent War”.
Com um Heavy Metal pesado e agressivo, após a intro “Smell Of Death” a banda abre seu show com a já conhecida “Silent War”. Era notável a tensão dos músicos em palco, mas em nenhum momento desapontaram, executando fielmente as músicas. “Final Beat” dá continuidade, com um refrão forte e marcante, sendo destaque o baterista Mauricio que sentou o braço (literalmente) e também da participação especial da dançarina Aline, fazendo a dança do ventre, que fizeram muitos se perguntar qual seria o real sentido da ligação da dança com a música.
Para fechar a curta apresentação do quarteto, “Dare Of Destruction”, que foi o primeiro single da banda, com muita precisão a banda encerra sua apresentação, um ponto que se deve destacar, foi que a banda disponibilizou via Bluetooth uma música inédita que pertence ao seu 1° disco que saíra em breve.
Era hora dos convidados da noite subirem ao palco. Estamos falando dos gaúchos do Scelerata que estavam fazendo o show de lançamento de seu 3° álbum de estúdio “The Sniper” (resenha em breve).
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Scelerata no seu primeiro show de divulgação de "The Sniper" |
Após a intro “Money Painted Red”, a banda executa logo de cara duas composições novas, com a dobradinha “Rising Sun” e “In My Blood”, que mostrou a nova cara da banda, o que nos surpreendeu positivamente, pois a banda esta mais afiada do que nunca, e soando muito pesada e agressiva.
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Renato Osório, também guita da Hibria |
Fabio Juan (vocal) instiga a galera, perguntando se aquilo era realmente um show de Metal e pede para todos se levantarem (show num Teatro intimida parte do público) e “Run to the Hills” (Iron Maiden) é executada, o que animou os presentes e na sequência um dos clássicos da banda é executado “Enemy Within”.
A banda ainda executaria mais cinco músicas, mas o grande destaque fica para “Must Be Dreaming”, canção composta e cantada por Andi Deris (Helloween), que foi interpretada toda por Juan, mostrando que o grupo possui uma qualidade ímpar e marcando esse momento da banda com essa apresentação nesta noite histórica.
Eis que o momento mais esperado da noite se aproximava e passando das 22h, Felipe Machado (guitarra), Guilherme Martin (bateria), Pit Passarell (baixo) e Hugo Mariuti (guitarra) entram em cena com “Knights of Destruction” e para iniciar a festa, Andre Matos entra em palco, deixando todos ensandecidos.
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Viper finalizou sua "To Live Again Tour" na capital gaúcha |
E podemos dizer que a banda está afiadíssima, executando fielmente o clássico e Andre Matos cantando muito. Sem tempo para respirar “Nightmares” com todos cantando seu refrão grudento.
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Pit Passarel |
O que tínhamos em palco era realmente uma banda se divertindo, um Andre Matos carismático e muito comunicativo com o público, sem contar a figura da noite Pit Passarel (tá certo o cara tinha tomado todas, rsrsrs...) brincando o tempo, conversando com o público e contando diversas histórias do Viper, fazendo do show não apenas uma celebração da música, mas da história do Metal nacional.
Dando continuidade, as melódicas “The Whipper” e “Wings of the Evil” mostraram como Felipe e Hugo estão entrosados, sem contar a presença contagiante de Felipe, mostrando muito feeling e uma felicidade em estar ali que era mais do que visível.
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Felipe Machado |
Tivemos um momento especial no show, quando Andre Matos demonstra o quanto gosta de tocar em Porto Alegre, falando também que em São Paulo eles gravaram o show para um futuro DVD, mas devido estarem muito a vontade em Porto Alegre este show também estava sendo gravado, e se realmente sair o DVD nós estaríamos nele, levando todos aos gritos de “Viper” e ganhando o público literalmente.
Mas a banda estava só na metade do “Soldiers...”, executando o restante da apresentação de maneira muito fiel ao material original.
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Banda afiadíssima executou dois discos na íntegra e mais alguns bônus |
Chegando ao fim da primeira parte do show, em um telão improvisado, temos cenas do DVD “Living for the Night – 20 Years of Viper” aliado a depoimentos atuais feitos pelo guitarrista Hugo Mariuti. Foi praticamente um longa metragem, trazendo as histórias da banda, deixando bem claro a real importância do Viper para cena nacional, o que foi muito bacana dando um clima mais do que especial.
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Andre Matos |
Após este grande momento de descontração e risadas, era hora do álbum “Theatre of Fate” e após a intro “Illusions” a euforia da galera sobe e “At Least a Chance” abre os caminhos e mostra como o Viper está bem, uma banda feliz com músicos emocionados em cima do palco e Andre Matos simplesmente impecável.
“To Live Again” vem na sequência, para deixar todos sem pulmões, cantando junto seu refrão marcante. Vale ressaltar o baterista Guilherme Martin, que sentou a mão literalmente, mostrando um feeling absurdo e, claro, Pit Passarel, que fez com que todos se sentissem a vontade e era notável a emoção deles em tocar esses hinos do Metal nacional.
Então era hora de uma das melhores músicas que o Power Metal já criou: “A Cry from the Edge”. Arranjos perfeitos e uma sintonia e entrosamento genial, esta música representa muito bem o que é o Viper: forte, melódica e grudenta. Faço menções honrosas a Andre Matos nesta música, pois jamais imaginaria que ele cantasse ela praticamente igual a versão de estúdio e na hora dos agudos mais altos, ele não se intimidou e os fez com grande maestria.
Assim como na primeira parte, a banda estava impecável e, mesmo que alguns pequenos erros (observados apenas por músicos da platéia), a festa rolou solta, especialmente com Pit, que literalmente fazia a festa no palco.
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Hugo Mariuti (esq.) acompanha Matos desde Shaman e carreira solo do vocalista |
Aliás, um momento muito emocionante foi aquele em que Andre Matos pede para a plateia cantar o hino do Rio Grande do Sul, a ponto de Pit dizer que foi a coisa mais linda que ouvira (tá certo, ele estava um tanto emotivo, mas realmente foi de arrepiar aquelas centenas de pessoas cantando juntas a bela letra).
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Guilherme Martin |
Destaque para o maior clássico da banda, “Living For the Night”, com Andre deixando para o público cantar boa parte da canção. Momento emocionante e onde também houve a apresentação dos membros da banda (como se fosse preciso!).
“Theatre of Fate” veio em seguida (que canção épica!) e “Moonlight”, numa interpretação sensível de Matos aos teclados e vocais.
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Emocionante momento de "Moonlight" |
A pedidos incessantes, Pit começou a cantar “Evolution”, mas a canção não terminou de ser executada. Para compensar, a banda toca a belíssima “The Spreading Soul”, num dueto entre Pit e Andre que, dentre outros momentos, foi o ponto alto da apresentação.
Ao final, muitos começaram a gritar “everybody, everybody, everybody...” pois já sabiam que a saideira seria “Rebel Maniac”, clássico de 1992 e que foi gravada no disco pelo Pit e, ali, ouvi-la na voz de Matos foi animal. Ainda rolou o cover “We Wil Rock You” (Queen) antes do encerramento do show.
Infelizmente a banda não atendeu aos fãs ao fim da apresentação, apenas quem havia garantido entrada (paga) pro Meet & Greet. Esse foi o único “porém” da noite, afinal, muitas pessoas esperavam poder tirar fotos com seus ídolos, ainda mais no teatro intimista como o CIEE.
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O "festeiro" da noite após término do show: muita satisfação pelo grande sucesso da tour |
Noite histórica, com os fãs saindo surpreendidos positivamente (houve um encontro de gerações, com muita presença de jovens que viam, pela primeira vez, Viper ao vivo), um serviço organizado e de ótimo atendimento dos funcionários do CIEE e da equipe da Abstratti Produtora que também recebeu à equipe Road to Metal com profissionalismo e cordialidade (aliás, a segurança também está de parabéns).
Agora é torcer para que realmente imagens do show tornem-se parte do aguardado DVD e que, desse sucesso que foi a tour, o grupo possa voltar a gravar e excursionar juntos. Sempre é tempo de viver novamente!
Revisão/edição: Eduardo Cadore
Fotos: Road to Metal (proibido uso sem citar a fonte)
Veja dezenas de outras fotos do show clicando
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Público lotou o Teatro do CIEE para ver Viper |
Selist Viper
01 Knights of Destruction
02 Nightmares
03 The Whipper
04 Wings of the Evil
05 Signs of the Night
06 Killera (Princess of Hell)
07 Soldiers of Sunrise
08 Law of the Sword
09 H. R.
10 Illusions
11 At Least a Chance
12 To Live Again
13 A Cry from the Edge
14 Living for the Night
15 Theatre of Fate
16 Moonlight
17 Prelude to Oblivion
18 Evolution
19 The Spreading Soul
20 Rebel Maniac
21 We Will Rock You
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Magnus (esq.) e Juan, agitando a galera no Teatro do CIEE |
Setlist Scelerata
01 Money Painted Red (intro)
02 Rising Sun
03 In My Blood
04 Run to the Hills (cover Iron Maiden)
05 Enemy Within
06 Breaking the Chains
07 Must Be Dreaming
08 Spell of Time
09 Unmasking Lies
10. Leave Me Alone
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Banda fez bonito divulgando seu primeiro EP |
Setlist Phornax
01 Smell Of Death (intro)
02 Silent War
03 Final Beat
04 Ghosts From The Past
05 Dare Of Destruction