terça-feira, 31 de dezembro de 2024

Cobertura de Show: Angra – 21/12/2024 – Tokio Marine Hall/SP

O mês de dezembro de 2024 foi repleto de apresentações internacionais na cidade de São Paulo, especialmente as do Iron Maiden e do Dream Theater, muito aguardadas pelos que puderam assistir. No último dia 21 de dezembro, o Angra retornou a São Paulo com sua turnê em comemoração aos 20 anos do álbum Temple Of Shadows (2004), que este ano completou duas décadas de lançamento.

Na noite anterior e no próprio dia, a capital foi atingida por uma intensa chuva. Quando isso ocorre, especialmente em dia de espetáculo, surge de imediato o temor de que a audiência não será expressiva. Felizmente, o cenário se inverteu, com a banda conseguindo novamente atrair os fãs - muitos deles usando camisetas com a imagem do álbum aclamado - para o Tokio Marine Hall, localizado na região sul.

O Azeroth, um nome pouco conhecido e raramente citado entre nós, abriu a noite com o seu Power Metal robusto e potente. 

A banda, formada por Ignacio Rodríguez (vocal), Pablo Gamarra e David Zambrana (guitarras), Fernando Ricciardelli (baixo), Daniel Esquível (bateria) e Leonardo Miceli (teclado), apresentou-se para uma audiência tímida, diferentemente do que se presenciaria posteriormente com a atração principal. Contudo, isso não desanimou o sexteto, que manteve uma determinação forte desde o começo até o fim.

A qualidade de músicas como "Left Behind", "Falling Mask", "Urd" e "The Promise" surpreendeu os poucos presentesnão só pela sua qualidade, mas também pelo talento dos músicos envolvidos. 

Em particular, o vocalista Ignacio sobressaiu-se não só pelo seu talento, mas também pelo seu carisma. Ele expressou sua felicidade por se apresentar em São Paulo e destacou a importância da cena Metal brasileira na América Latina, fazendo referência a grupos como Sepultura, Hibria, Viper e o próprio Angra.

Fazia tempo que não via uma banda de abertura capaz de empolgar tanto o público, mesmo que a maioria não os conhecesse. Todas as canções foram recebidas com aplausos entusiasmados, particularmente "La Salida", a única música interpretada em espanhol da noite. 

O repertório também incluiu uma ótima versão de "Prelude To Oblivion", do Viper, onde Ignacio teve a oportunidade de recordar e prestar homenagem aos saudosos Pit Passarell e Andre Matos.

Os hermanos, que estão em atividade desde 1995, não decepcionaram durante o breve período que passaram no palco, onde deram tudo de si com grande confiança, vigor e felicidade.

Com o palco completamente ornamentado com as obras do mencionado Temple Of Shadows e um grande projetor atrás da bateria, o Angra surge pontualmente às 22h com a incomum "Faithless Sanctuary". Obtida do mais recente álbum Cycles Of Pain (2023), a canção possui um ritmo e uma intensidade singulares. 

Em seguida vem a icônica "Acid Rain", que sempre funciona muito bem ao vivo. "Tides Of Change Part I" e "Tides Of Change Part II", ambas do Cycles Of Pain (2023), finalizaram de maneira brilhante essa sequência inicial antes de Fabio [Lione] e Rafael [Bittencourt] anunciarem o momento mais esperado da noite.

Temple Of Shadows mantém-se como o álbum mais apreciado pelos admiradores do Angra. Essa preferência é compreensível, já que foi um trabalho que desafiou a criatividade dos músicos daquele período e ampliou ainda mais a identidade musical do grupo. 

Mesmo com toda essa fama, TOS é um álbum extremamente desafiador para tocar, e quem é músico entende perfeitamente o que estou tentando falar.

"Spread Your Fire", "Angels And Demons" e "Waiting Silence", que deixaram os admiradores em transe, demonstram a versatilidade do álbum. Adicionalmente, ficou evidente que Rafael Bittencourt e Marcelo Barbosa (guitarras), Felipe Andreoli (baixo) e Bruno Valverde (bateria) se preparam com cuidado para executar a parte instrumental deste trabalho intrincado.

TOS também possui trechos vocais desafiadores, o que provocou algumas dúvidas e críticas em relação a Fabio Lione. De fato, o vocalista italiano precisou se empenhar e pedir auxílio ao público para cantar algumas canções, como foi o caso da balada "Wishing Well" e da rápida "The Temple Of Hate". 

Se eu afirmar que ele se saiu excepcionalmente bem nas duas músicas estarei mentindo. Contudo, não houve nada negativo, ao contrário do que muitos costumam declarar..

"The Shadow Hunter", com suas melodias cativantes, provocou lágrimas em algumas pessoas próximas a este que vos fala. No final das contas, esta canção não só é a mais experimental e a mais bela do álbum, como também a que melhor resume o conceito do álbum, que narra a história de um cavaleiro templário que se junta ao exército papal durante as cruzadas e reflete sobre a guerra, a igreja e a fé. 

"No Pain For the Dead" contou com a presença surpreendente de Vanessa Moreno. Reconhecida como uma das principais vozes da MPB atual, a cantou já realizou várias parcerias com o grupo. Em um período de tempo relativamente curto, ela já participou do Cycles Of Pain, do CD e DVD acústico lançados este ano, além da turnê correspondente em agosto. 

A próxima, "Wind Of Destination", é a que melhor se ajusta à voz de Lione, onde ele demonstra toda a sua habilidade vocal de maneira impressionante, com destaque para a parte operística no final.

"The Sprouts Of Time" e "Morning Star" sinalizavam o término da jornada templária, diminuindo um pouco a excitação do público, que até aquele momento estava repleto de adrenalina, cantando fervorosamente todas as músicas. 

A icônica "Late Redemption" repetiu essa dinâmica. Apesar de Rafael e Lione terem interpretado as partes do grande Milton Nascimento, o público também fez a suas parte cantando em uníssono.

Antes de encerrar o primeiro segmento, a banda apresentou mais alguns clássicos, começando com "Make Believe". Desta vez, a banda inteira participou, diferentemente das anteriores, onde apenas o Rafael tocava violão e cantava. Depois, apresentaram "Vida Seca", a última do Cycles Of Pain na noite, que foi bastante aplaudida durante suas primeiras melodias. 

"Rebirth" trouxe de volta Vanessa Moreno antes de a banda se retirar para um breve intervalo e voltar com as clássicas "Carry On" e "Nova Era".

Sempre é um prazer assistir o Angra ao vivo. Esta formação atual, que completará uma década no próximo ano, tem se mostrado a mais unida durante essas três décadas de história. 

Mesmo com os desafios impostos, Fabio Lione, Marcelo Barbosa e Bruno Valverde - membros que chegaram posteriormente - demonstraram um desempenho excepcional. Isso também se aplica a Rafael e Felipe, os únicos membros da atual formação que gravaram o álbum comemorado.

Esta turnê, que ainda terá algumas datas até março, tem gerado um sentimento de nostalgia, pois, após o seu término, a banda entrará em pausa. É uma escolha compreensível, já que ao longo desses onze anos, a banda lançou álbuns de alta qualidade e ofereceu shows inesquecíveis para seus fãs. 

Apesar de sentirmos essa falta, o que nos resta é manifestar nossa gratidão por tudo o que esta banda proporcionou ao Heavy Metal em todo o mundo.

Muito obrigado Angra!




Edição/Revisão: Gabriel Arruda 


Realização: Top Link Music 


Azeroth – setlist:

Left Behind

Falling Mask

Urd

The Promise

La Salida

Beyond Chaos

Prelude to Oblivion (Viper cover)

Trails of Destiny


Angra – setlist:

Faithless Sanctuary

Acid Rain

Tide of Changes - Part I

Tide of Changes - Part II


Temple of Shadows

Deus le Volt! / Spread Your Fire

Angels and Demons

Waiting Silence

Wishing Well

The Temple of Hate

The Shadow Hunter

No Pain for the Dead (feat. Vanessa Moreno)

Winds of Destination

Sprouts of Time

Morning Star

Late Redemption


Make Believe

Vida Seca

Rebirth (feat. Vanessa Moreno)

Bis

Carry On

Nova Era

quinta-feira, 26 de dezembro de 2024

Entrevista: Phornax - Mais Maduros e Sem Perder a Essência

 



Formado em 2009, depois de um hiato de 10 anos fora dos palcos, o grupo está de volta com sua nova formação que é composta por Cristiano Poschi (vocal e co-fundador), Mauricio Dariva (baterista e co-fundador), Deivid Morais (guitarra) e Uesti Papée (baixo), e teve um 2024 com vários compromissos no palco, entrosando a banda cada vez mais. Além disso, o primeiro full-lenght está em processo final de composição e deverá ser lançado já no primeiro semestre de 2025.


1. Como você pode descrever o trabalho de composição do EP?
A sonoridade de Silent War reflete nossa busca por intensidade, técnica e emoção. Cada música foi composta como um capítulo de uma história maior, unindo influências de metal clássico e moderno, mas sempre com a nossa identidade. O processo foi intenso, envolvendo muita experimentação até chegarmos ao equilíbrio ideal entre peso e melodia.


2. Vi alguns feedbacks que falam sobre a necessidade de ouvir mais vezes o trabalho para absorver e entender melhor a proposta da banda. Comente a respeito.
O EP foi pensado para ser uma experiência profunda, então é natural que alguns ouvintes levem tempo para captar todas as nuances. Mas temos recebido muitos feedbacks positivos, especialmente de fãs que gostam de se aprofundar nas letras e arranjos. Essa profundidade é intencional e faz parte do que queremos transmitir.


3. Existem planos para o relançamento de “Silent War” através da MS Metal Records, atual gravadora de vocês?
Sim, nossa ideia é relançar todas as músicas do Silent War em um formato atualizado, incorporando nossa visão e maturidade atuais. Queremos revisitar essas faixas com uma abordagem que reflita nossa evolução como banda, tanto musical quanto criativamente.


4. Trabalhar com o inglês não pode vir a atrapalhar vocês no mercado nacional?
O inglês é uma escolha estratégica e artística. Queremos que nossa música ultrapasse fronteiras e dialogue com fãs do mundo inteiro. Sabemos que pode limitar o alcance nacional, mas o público brasileiro de metal é muito receptivo a bandas que cantam em inglês, e isso tem funcionado bem para nós até agora.


5. Como estão rolando os shows em suporte ao disco? A aceitação está sendo positiva?
Os shows têm sido incríveis! É muito gratificante ver a reação do público ao vivo. Cada apresentação é uma oportunidade de conectar nossa energia com a dos fãs, e a aceitação tem sido muito positiva. Estamos ansiosos para levar essa experiência para mais cidades.

6. Quem assinou a capa do CD? Qual a intenção dela e como ela se conecta com o título?
A capa foi assinada pelo João Duarte. Ela simboliza o conflito interno e silencioso que todos enfrentamos em algum momento da vida. É uma metáfora visual para as batalhas que muitas vezes travamos em silêncio, mas que moldam quem somos.


7. “Silent War” foi todo produzido pela banda, isso? Foi satisfatório seguirem por este caminho?
Sim, foi uma decisão desafiadora, mas também muito recompensadora. Produzir o álbum nos deu total controle criativo sobre o resultado final, e o aprendizado foi imenso. Foi uma experiência que nos uniu ainda mais como banda.


8. Vocês estão trabalhando no full-length, como está se dando o processo e como ele está soando?
Está em estágios avançados de composição. O novo material está mais maduro, mas sem perder a essência que define o Phornax. Estamos experimentando novas ideias e mal podemos esperar para compartilhar mais detalhes com os fãs no futuro.


9. Novamente, parabéns pelo trabalho e vida longa ao PHORNAX.
Muito obrigado pelas palavras e pelo apoio! É um privilégio ter ouvintes como você, que se dedicam a entender nosso trabalho. Vida longa ao metal e à nossa conexão com os fãs. Nos vemos na estrada! Stay Heavy!


Entrevista: Alternative Sound

Edição Final/Revisão: Carlos Garcia 


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segunda-feira, 23 de dezembro de 2024

Entrevista: Connecting Pieces - Hard Rock e Temas Ligados ao Horror

 

- Rafael, grande satisfação ter este papo contigo. Como andam as atividades da CONNECTING PIECES?

O prazer é meu!! O Connecting Pieces lançou recentemente a música Falling Down, seu primeiro single com a nova formação, que conta com o Leandro Caçoilo nos vocais. Em paralelo continuamos trabalhando na divulgação do álbum Your Soul Dies First, que ganhou sua versão física no segundo semestre deste ano.


- Como está sendo a aceitação do novo álbum, “Your Soul Dies First”?

A melhor possível ! O trabalho foi extremamente bem recebido tanto no Brasil quanto no Exterior. Temos tido um feedback que evidencia a evolução da banda, caminhando para um estilo próprio, um pouco mais pesado e sombrio, sem deixar de lado as raízes AOR e Hard Rock do primeiro álbum.


- O Single “Falling Down” foi lançado já com o seu novo vocalista, Leandro Caçoilo. Como se deu a entrada dele na banda? Como este material vem sendo recebido? 

A recepção foi surpreendente. A música é uma composição minha e trata-se de algo autobiográfico. É impressionante como você pode ir a lugares obscuros dentro da sua cabeça quando não cuida da sua saúde mental. 

A interpretação do Leandro foi a peça que faltava para transmitir essa sensação ao ouvinte. Conheço o Leandro há algum tempo, fizemos alguns shows com o Journey Cover no qual eu tocava, tive aulas de técnica vocal com ele, portanto o convite para que ele fizesse parte do Connecting Pieces foi algo natural.


- “Spank Wire” eu gostei muito. O que você pode nos falar sobre ela e sua veia de Rock Clássico?

Spank Wire é uma grande composição do Thiago Cicilini ! É um típico Hard Rock, bem sacana, com muita lascívia! Quem é fã do Hard Rock oitentista certamente vai se deliciar com esta música. Todos nós temos nossas raízes musicais calcadas no Rock e Metal Clássicos. 

Obviamente com o passar do tempo vamos assimilando novas referências e adquirindo novos gostos, mas é impossível tirar aquilo que está tão enraizado desde que somos moleques.


- A versão em CD de “Your Soul Dies First” ficou excelente, e nela ainda temos o EP “Reconnecting” como bônus. Como você enxerga a importância deste formato para uma banda underground?

Num mundo cada vez mais virtual creio que a mídia física traz o fã mais para perto da banda. É uma experiência sensorial completamente diferente. 

Na mídia física vc tem o tato, vc tem o olfato, vc tem a visão e, finalmente, vc tem a audição. Pegar o CD, abri-lo, sentir o cheiro do material novo, ler o encarte, ver as fotos e ouvir o material com uma qualidade muito superior, é algo que fez parte da vida de muita gente e é algo que as novas gerações estão começando a apreciar. O CD materializa a banda, torna palpável, torna verdadeira, isso não tem preço.


- Como foi que surgiu a ideia para a concepção de “Reconnecting”? Foi complicada a tarefa de escolher a track list?

Foi extremamente divertido gravar este álbum ! Com a entrada do Carlos Alfano e do Thiago Cicilini precisávamos de material novo para apresentar a nova formação. Começamos pela regravação das músicas Army Of Viruses e Zombie Tsunami, que também ganharam vídeo clipes. 

Em seguida fomos pensando em algo inusitado, que fugisse do óbvio, para mostrar que o Connecting Pieces era único, que não tinha medo de inovar e de escancarar as referências musicais dos integrantes fora do Metal. Foi assim que fomos apresentando idéias e chegamos nas músicas e versões que estão no álbum. É algo que eu faria novamente com todo prazer !

 

- João Duarte assinou a arte da capa de “Your Soul Dies First”, e o resultado ficou matador, porém um tanto quanto pesado para uma banda de Hard Rock. Essa foi a real intenção de vocês?

A intenção, desde o início, foi chocar. Mas não de uma maneira simplista, chocar somente por chocar. A capa tem um simbolismo e ao mesmo tempo uma mensagem. 

Ela segue um tema que abordamos desde o clipe da música Zombie Tsunami, que pode ser encontrado em nossa página do YouTube. Trata-se de uma crítica ao tempo que as pessoas perdem presas aos seus dispositivos eletrônicos enquanto o mundo real está esvaziado e a vida está escorrendo entre nossos dedos. 

Na capa temos o personagem com um celular em mãos tendo seu cérebro corroído por uma armadilha feita de celulares, tablets e afins. 

O Visual foi baseado nos pôsteres promocionais da série “Jogos Mortais” (SAW). Your Soul Dies First e retrata estas pessoas, que só se mantém vivas com seus aparelhos em mãos, enquanto sua alma vai se apequenando cada vez mais. Podemos fazer uma analogia de que a tecnologia é o novo demônio e que a maioria das pessoas já vendeu sua alma para ele.

- “Your Soul Dies First” tem canções que se baseiam na série “Jogos Mortais”. Você é fã de filmes de horror? Quais outras franquias você poderia indicar para os nossos leitores que amam este gênero?

Sou um grande fã do gênero ! Consumo filmes de Terror quase que diariamente ! Com a enorme popularização do gênero nos últimos tempos temos muita coisa descartável hoje em dia, mas ainda temos excelentes produções mais atuais. 

Em se tratando de franquias é complicado uma constante na qualidade dos filmes, mas sou um grande entusiasta das franquias clássicas Halloween, Michael Myers encheria o Jason de porrada (risos), A Hora do Pesadelo, Sexta Feira 13, os filmes sobre Zumbis de George Romero, Evil Dead, Hellraiser (a versão da música do Motorhead é MUITO MELHOR que a do Ozzy, julguem-me, risos), a mais recente Invocação do Mal, as franquias derivadas de filmes japoneses como O Chamado e O Grito, Jogos Mortais (Claro!). 

Uma trilogia atual que eu gostei bastante foi Rua do Medo da Netflix .... enfim, tem muita coisa boa se você tiver paciência para garimpar.


- Um novo álbum já está sendo escrito? Leandro terá participação ativa nele, Rafael?

Sim, estamos em fase de pré produção de um novo álbum. O Leandro permanece firme e forte nessa empreitada. Estamos realmente empolgados com o rumo que as novas músicas estão tomando. Este novo trabalho será o retrato da evolução que a Banda vem tendo, caminhando em direção a um estilo próprio, e temos certeza que o público e a crítica irão adorar o resultado !


- Rafael, ficamos imensamente gratos por apoiar o nosso trabalho na Road to Metal. Agora este espaço é inteiramente seu, para suas considerações finais...

O apoio é mútuo, vocês não sabem o quanto é importante este espaço para que as bandas nacionais possam apresentar seu trabalho. O Connecting Pieces tem muita lenha para queimar e 2025 será um ano repleto de novidades. Os fãs podem esperar por muita coisa boa. Mal podemos esperar para encontrar a todos nos palcos por aí !

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Entrevista: Alternative Sound

Edição Final/Revisão: Carlos Garcia