Algumas bandas têm o status de lenda ou Dinossauro do Rock,
não importa o termo, o Lynyrd Skynyrd se encaixa perfeitamente aí, estando na
primeira prateleira do Rock. Felizmente, o público paulistano teve a felicidade
de ser agraciado com o show de sexta-feira (22/09) na capital Paulista com a
vinda de muitos fãs de várias regiões do Brasil.
O show aconteceu no Espaço Unimed, em São Paulo. Este ficou
praticamente lotado, sendo que a capacidade da casa é de 8.000 pessoas e, para
registro, foi a primeira visita da banda na capital. Previamente, o Lynyrd
Skynyrd já havia se apresentado em um único show no Brasil no ano de 2011, no
extinto festival SWU, em Paulínia, interior do estado.
O Lynyrd Skynyrd é uma daquela bandas de cabeceira de todo
fã do bom e velho Rock’n’Roll, tendo mais de 50 anos de estrada. Banda oriunda
do Sul dos Estados Unidos e a que criou um estilo próprio, o “Southern Rock”,
onde cruzam elementos de Rock clássico, Hard Rock e Country Music. Uma banda
que agrada fãs do Rock pesado, Rock clássico e até fãs de Country, ou seja,
agrada uma gama grande de fãs que, com certeza, angariou mais alguns novos fãs
nesta noite.
Com tanto tempo na estrada, os americanos possuem inúmeros
hits, entre esses a imortal e mais do que clássica “Sweet Home Alabama”, aí
fica fácil entender que seria uma boa noite pela frente.
Alguns fãs puristas irão dizer que não temos mais nenhum
membro da formação original e que essa banda atual não passa de um tributo.
Discordo totalmente daqueles que pensam assim, pois temos integrantes que estão
por décadas e mantendo a chama viva da música do Lynyrd Skynyrd, levando as
novas gerações a oportunidade de ouvirem um expoente musical do gênero Southern
Rock. (N.T.: esse ano, os mesmos perderam o último integrante da formação original,
o guitarrista Gary Rossington).
Apesar da perda de Rossignton, os guitarristas mandaram
muito bem. Medlocke já esteve lá atrás (entre 1971 e 1972) e permanentemente
desde 1996. Além disso, foi membro de outra lendária banda de Southern Rock, o
Blackfoot. Já Damon Johnson, outro guitarrista atual, já tocou com Alice
Cooper, Thin Lizzy e Black Star Riders, entre outros projetos.
O terceiro
guitarrista é Mark Matejka, membro do LS desde 2006; Johny Van Zant segura o
microfone desde 1987 e é muito carismático com o público. A todo momento
interagindo seja por gestos ou falando “Obrigado Brasil, Obrigado São Paulo”.
Os outros membros que completam a formação atual são:
Michael Cartellone (bateria, desde 1999), Peter Keys (teclado, desde 2009) e
Keith Christopher (baixo, desde 2017) – completam o time Carol Chase and Stacy
Michelle nos backing vocals.
A atual tour é um tributo e uma missão para celebrar o
legado para os milhares de fãs mundialmente.
A banda começou o show, às 22h07, com “Workin’ for MCA”,
após uma introdução ao som de AC/DC e com imagens projetadas no telão e
continuou destilando hits atrás de hits, passando por “What’s Your Name”, “I
Know a Little”, “That Smell”, “Gimme Three Steps”, “Simple Man” e “Tuesday’s
Gone”. Por fim, não podia faltar. “Sweet Home Alabama” e “Free Bird”.
Highlights do show ficam para “Working for MCA” que já
cativa o público no início do show, “What’s Your Name” com seu refrão pegajoso
em que a plateia acompanha e interage com a banda. “That’s Smell”, a minha
favorita em particular, e acredito de uma boa parte dos presentes no Espaço
Unimed.
Em “Tuesday’s Gone” temos uma belíssima homenagem ao
falecido Gary Rossington com o telão projetando várias imagens do músico. Muito
emocionante, chega a tirar lágrimas de alguns na plateia durante a execução.
Já “Simple Man”, temos uma bela surpresa para os
brasileiros, onde Johnny lê um cartaz de alguém na frente do palco, onde diz
que é um fã que gostaria de cantar com a banda. Johnny dá uma risada após ler o
cartaz e diz que realizará o sonho, e o fã então é convidado para subir ao
palco. Johnny fala então para o público: ‘mas ele parece um cantor de Rock,
não?’
Pois é, era um cantor mesmo! Nando Fernandes, vocalista da banda
Sinistra. Momento histórico e uma bela homenagem do Johnny para com o público
brasileiro. Nando mandou muito bem nos duetos com Johnny e parecia incrédulo,
não acreditando no que estava acontecendo e ficando de joelhos em alguns
momentos, um momento ímpar do show. E “Simple Man” tem uma das letras mais
lindas já escritas, vale a pena conferir.
Claro, tivemos “Sweet Home Alabma” com o público cantando o
refrão e encerram o show.
Para o bis, só tocaram uma música, mas é aquela que todo fã
do Lynyrd Skynyrd fica até o final do show para ouvir. Com mais de 13 minutos,
tocaram “Free Bird”, que tem um dos melhores solos de guitarra da história do
Rock. Aqui, o Johnny não canta!
Ele coloca um chapéu no microfone,
representando o seu irmão, Ronnie, vocalista original da formação clássica e
acena para o público e sai do palco. Os vocais são de uma gravação com o Ronnie
Van Zant, tendo sua imagem projetada no telão e acompanhada pela banda.
Belíssima homenagem!
Tenho certeza que todos os presentes saíram do show
impressionados com a qualidade dos músicos e plenamente satisfeitos. A aura de
Ronnie Van Zant, Billy Powell, Steve Gaines e outros membros que já se foram
estão presentes no show.
A estrela do show do Lynyrd Skynyrd é a música e esses
músicos presentes nos presentearam com um pedaço da história do Southern Rock,
o melhor que o gênero já criou.
Texto: Reinaldo Alves
Fotos: Camila Cara
Edição / Revisão: Renato Sanson
Realização: Mercury Concerts
Mídia Press: Catto Comunicação
Lynyrd Skynyrd
Thuderstruck (AC/DC) na abertura e com vídeo do LS nos
telões.
Working for MCA
Skynyrd Nation
What's Your Name
That’s
Smell
I Know a
Little
Whiskey
Rock-a-Roller
Saturday
Night Special
The Ballad
of Curtis Loew
Tuesday's
Gone (Dedicada ao Gary Rossington)
Gimme Back
My Bullets
Simple Man
(comh Nando Fernandes da banda Sinistra)
Gimme Three
Steps
Call Me the
Breeze
Sweet Home
Alabama
****Encore***
Free Bird